Blog de Arnault L. D.

Sob a Lua pálida
sua pele alva se ilumina.
Suave, nívea e cálida,
linda visão que fascina.

Sob a Lua pálida
Sinto-me tentado.
No peito uma crisalida,
desejo, a despertar alado.

Nesta luz de prata
sua boca contrasta em cor,
Rubi que o luar refrata,
vermelho fruta, doce sabor.

Nestes olhos enluarados
fragmentos de estrelas e astros
soltam lampejos, tresloucados,
a pedir para soltar os lastros.

Uma atmosfera intima
em que todo distante é igual.
Você me aproxima...
e distancia-nos do banal .

Sob esta Lua eu a quero
e nos enluarar de prazer.
Nestas frutas e astros gero
um céu inteiro se puder.

Feche os alhos
abra os sentidos,
ouça os rumores
esqueça os atalhos,
estamos perdidos,
largue os temores

Venha e mergulha,,
Viva e esqueça
sinta e queira,
sim, não se tolha,
não se obedeça.
Estamos a beira...

Entregue-se a si,
se perca e se ache
no desejo temido.
Não deixe que passe
o que lhe mexe
e pode ser vivído

O sol está radiante
e só por isso está quente
na verdade o clima é frio
e quando estiver distante
tremores tomaram frente
a cortar com o seu fio

Durante o dia o sol persiste
mas, e quando anoitecer
haverá apenas o vento?
E um breu que em riste
se afirma a tudo envolver
escuro e gélido momento?

Não. Estou certo, estarei bem.
Pois quando o sol de despedir
me virá uma outra estrela
na forma de mulher, meu-bem
e consigo, aquecido, irei dormir
na noite morna em luz por ela

Não distante como fada
mas, é magica também e tanto
que possui um que de encanto
um tanto de sonho e madrugada.

Um tanto de flor e perfume,
um brilhar de um vagalume,
a essência doce dos rosas,
e o rimar a quebrar as prosas.
O sabor do chocolate
e o calor, vapor do mate
A pureza de menina,
a sensualidade da felina.
As aspirais da mandala
e o mistérios da cabala.
O fragmentar da luz brilhante
nas lapidações do diamante,
O crepitar de mil pecados
dos anjos do céu roubados
e em virtudes transmutados
em beijos apaixonados

Mas isso tudo é complicar
se tudo que se precisa é amar
e toda a forma é condensada
em uma palavra: Namorada.

Quero ser o fogo
que lhe desfaça o frio
e que a aqueça logo
e lhe traga o estio

Quero ser a coberta
que do tempo seja um porto
nesta noite que seja oferta
de sono, calor, conforto

Quero trazer o repouso
carinhoso e em sossego
então lhe acordar não ouzo
mesmo que num chamego

Para que logo esteja bem
e desperte, amor, radiante.
Que os anjos digam amém,
e que bem ela se levante.

Estou preso nesta chuva
no meio do caminho
atrasado e sozinho
sem guarda chuva ou luva

E o vento gélido a soprar
pelo toldo uma fria neblina
vem , umedece e contamina
de frio a tudo molhar

Olho o céu, escuro, e as gotas
que as lampadas vem revelar
mostrando que não vão parar.
Só minha esperança tão rota

Vou esperar... esperar passar
não quero ficar encharcado
e já estou tão atrasado
que não vou mais me importar

Deixa... a chuva cair,
Deixa... o frio gelar,
uma hora vai passar
e o céu ira se abrir.

Quero seu corpo afagar
aquecer nesta pele em fogo
o frio desta madrugada.
Gostosamente vem convidar
a ficarmos juntos logo,
aquecidos pelo amar e mais nada

E este gelado desta noite
não nos fará sofrimento,
será mais uma delicia.
Não será como um açoite,
sequer o soprar do vento
a arrepiar com a caricia

E quando assim ficarmos
aquecendo esta noite fria
aos poucos adormecer abraçados,
depois de muito nos amarmos
e sonhar até o raiar do dia
como doces enamorados

Voltei, estou aqui
com estrelas e flores
e um coração que te quer
Não me perdeu, estou aqui
com todas as cores
para pintar o céu se quiser

Sinta meu toque e calor
sinta-me contigo e teu
Pois me és a ternura
Vem te aninhas neste amor
que reestrela a lua e céu
e te leva até a altura...

Dorme meu carinho
e sonhe com poesia
e acorde sorrindo a cantar
Pois estás em meu caminho.
Lhe trarei maçãs e alegria
e motivos para sonhar

Na distância está ela,
ignora minha presença,
a Lua, brilha insinuante
sem saber de quem apela,
Que a distância não vença,
a uma ilusão delirante...

De chamar-lhe a atenção
e fazê-la me ver, responder:
Um sinal que faça ligação.
Mas, eu aqui preso ao chão
pouco, ou nada posso fazer
além de alar a imaginação.

Pego de uma pedra e atiro,
que suba até o infinito...
e lá, a alcançando me destaque.
Sei que esqueço que deliro
esperando um éco deste grito,
mesmo mínimo, pequeno traque...

Fecho os olhos e espero onde,
e ouço... uma pedrinha cair!
É ela! A responder meus ais...
Agora ela sempre me responde.
Quando lanço pedras, há de vir,
desde que eu não abra os olhos jamais.

Peça a peça ela retira
revelando encantos de mulher
que descuidada sem lembrar
abre botões e zíperes... tira.
Meu olhar guloso quer a ver,
delicias despertam a apreciar

Esse show de fantasia
de pele, volúpia e cor
De descobrir sua intimidade.
Suas coxas gostosas ao dia
oferecem-se aos olhos sem pudor
gulosos, pela sensualidade

A lingerie agora no chão
se junta a toda vergonha
e se abandona a mostrar a “fleur”
que torna-se toda em tentação.
Realidade que ao sonho sobreponha...
Nua, se veste de deusa,... mulher