Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Um breve momento ( Valsa )

Eu quero um breve momento
que dure pra sempre
e não vá com o vento
que viva e não lembre
que fique e não saia
mesma aberta a baia
não corra em disparo
que seja qual aro
que torna e volta
sempre e para sempre
se complete e solta
eterno completo
ao infinito reto
contraponha o lirismo
a todo esse abismo
que é este mundo
que é tão raso ao fundo
que não crê que amor
seja eterno e for
para a vida inteira
e dessa maneira
quero o querer
viver, ser e ter
Quero um beijar
quem sabe amar
que toque-me a alma
e traga-me a calma
do amor já feito
abraçar dormir no leito
a sonhar com flores
adormecer dores
e sem mais querer
viver...

Foto de Arnault L. D.

Quando sei que te amei

Quando seus passos me tomaram
como a águia a uma presa
como a maré a areia
me tragaram, me sugaram
se fazendo uma certeza
meu amor por ti anseia

Quando palavras não bastaram
pra dizer o que queria
pra dizer de tanto gosto
e os verbos se rasgaram
e de ti não conseguia
desviar-me do teu rosto

O amor veio-me atroz
consumindo tudo em volta
se alastrando feito fogo
quente e luz, rompendo nós
como fera que se solta
incondicional sem jogo

Hoje sei que fora ali
que o amor eu encontrei
hoje sei que a perdi
mas o amor por ti guardei

Na vontade eu te guardo
a amo... inda a quero
mesmo que seja meu fardo
até a morte... te espero

Foto de Arnault L. D.

Palavra

Apenas uma palavra
pode mudar uma vida
pode mudar o ruma de uma história
alterar uma rota

Quando se fala a palavra certa
no momento exato
na hora esperada, ou no susto
pode colar ou quebrar

Pode salvar, ou renascer
e tudo isso com apenas uma palavra
lábios, boca, linguá e ar
somadas a vontade de dizer

Quando se fala algo
lembre que as palavras
depois que faladas não mais voltam
e depois de caladas não mais falam

deixam de ser só nossas
passam a ser dos ouvidos alheios
e apenas uma palavra
na hora certa, ou errada
pode mudar um mundo

Foto de Arnault L. D.

Olhos de crepúsculo, pele de luar

Neste mundo tão imenso
de tantas ruas e esquinas
de enormes distancias
encontrei
você
que colocou luz sobre as cores

Preencheu de lirismo a vida
aqueceu um coração tão gelado
com um sol sempre brilhante
tornou-e minha querida
como se sempre a tivesse esperado
fez-se necessária e falta se ausente

Sonho em seus cabelos negros
como numa noite para dormir
e nas verdes aguas de seus olhos
adormeço à tarde banhada de ouro
olhos cor do crepúsculo no campo
tons de amarelo e verde mesclados

E nesta penumbra o céu e ornado
e era a sua pele nívea de luar
se banha em prata e mistério
quanto a imagino linda e nua
quanto me pego contigo a voar
sem senso e sem critério

Sem pensar em ses ou por quês...
apenas você veio e se plantou
florindo estrelas, parindo flores,
desabrochando infinitos buques
em jardim meu coração tornou
repleto de todas as cores
completo de todos os amores

Foto de Arnault L. D.

Brisa

Deixa uma janela aberta
que eu serei uma brisa
a soprar gostoso,
lhe buscar em hora incerta
arrepiar a pele que alisa
com um tocar gostoso

Buscar as frestas de seu vestido,
tocar as curvas delicadas,
atravessar sua roupa...
Despertar desejo e sentido
te fazer tão desejada...
de prazer tornar-te louca

Como um soprar de um beijo,
como o frio do cetim,
como a seda que lhe recobre.
Se fecho os olhos te vejo,
linda, e inteira pra mim. Assim...
Seu corpo que se descobre

Sou uma brisa, suave e amena
que suas costas alisa e toma.
Que transpassa os tecidos e flerta
a lhe trazer uma caricia plena
mas como entrega e sem doma
deixa-me a janela aberta

Foto de Arnault L. D.

Festança (poemas do arraial a festa)

Vãmu pula a fugueira
e no cér sorta balão
na roda que curupeia
siguro na sua mão

Quero brincar de quadria
Vai chove! Não vai mais não!
Se a ponte caiu nóis avorta
é a festa de São João

Argola e pescaria
Vô ganha uma prenda boa
Oferta ancim pra eia
um ursim, frô e uma broa...

E se haver garoa e friu
Tem vim, vim quente e quentão
fuguera, sanfona e miu
cantiga di roda e pinhão

Maça de amor e pipoca
incontro marcado em biete
compra beiju na barraca
contrar o amour de repente

Sorta no peito um buscapé
girar, girá, rodar, rodá..
e inte a lua saí do cé
Dança, brinca, namorá...

Foto de Arnault L. D.

Anér de noivado (poemas do arraial - O noivo)

O cér tá tudo florido
dos brio que vem dos balão
e o terrero tãmem incandiado
das foguera queimãno no chão

Vo contrar formosa inhá
Cos laço de fita encarnado
e seus óio verde de foia a oiá
Ha de eu deixa inté aluado

A módi o peito estrambeia
nos oiá da beleza sestrosa
ganha o cér incandiado
quar um balão cheim de rosa

No arraiá pelo falante
vo ferece uma moda
iguar correi elegante
pra dançar quadria em roda

Já chamei o seu paim
para um dedim de prosa
e se gostar de eu um cadim
vai deixa que ocê me esposa

No lumiar dos braseiro
Io um caboco sismado
vou pedir a sua mão
São Jão e Pedro do lado

Troussi aqui no meu jibão
anér de oro joiado
briando que só lampião
é um anér de noivado

Meu santin Toin irmão
acodi esse amour me aceitar
o deseji di meu coração
que cum ela io juro casar

Foto de Arnault L. D.

Pidido di casório* (poemas do arraial - a noiva )

Tudinha afogueada
eia tava a sarrumar
co seu vestidu vremeo,
lindo lacin nu cabelo,
assim sair pro arrair

Nu mei do pouvarel
tudim viraru o pescoçu
zoiando a prenda a passar,
tar uma anjinha do céu,
Quar uma flô de princesa
alumiando o arraiár.

Tar foi pegada di susto
Quandim mei da quadria
Avistou todo aprumado
aperrriado namorado.
Que di juei, mei da furdança,
lhe ofertou anér joiado

Eia vremea enrubizada
co pedido de casório
Ceito sim, na mesma hora
o tarl caboco pra casar.
E foi festa de casorio
bem no meim do arraiar

*de Poema as bruxas ( Witch )
e Arnault ( tradução p/ caipirez)

Foto de Arnault L. D.

Cancão

Feche os olhos e me encontre
naquele sonho que guardei
naquela história espera, sei
por em seus olhos despertar

Cruzando as letras faz caminhos
que a levaram a viajar
naquela estrada que eu inventei
desde o seu engatinhar

Quando você tiver saudades
de alguem que queira encontrar
feche seus olhos e de fronte
do coração ele vai estar

Nada se move nesta via
nada que havia deixa estar
o seu amor espera ali se alia
no fundo do que se sonhar

O meu amor esta em ti
e se partir eu vou ficar
guardado no seu pensamento, em si
pra sempre com você vou estar

Para sempre com você vou estar
para sempre com você
vou estar

Foto de Arnault L. D.

Troca letras ( 1996 )

Viver é guardar coisas cem ter fim
Há fim...
mas faço de conta que não
afim de nada em fim

Só mando dados revisto a revista
e revisto as entre vistas
deforma indecente de forma
para arquivar na ré-vista.
em decente for má ex-cita
em dez... sente.
E devidamente de vida, a vida ávida faz
Marcas são de memorias, faz-me em são

Coleciono desculpa confiança
se dez culpas com fiança soou omisso.

É a década da ciência,
de cá da ciência,
de cada ciência ,
de cada si em si há.
Decadência de cadência,
de cada em si há
de cadencia
como flor ido jazz mim no semi etéreo

( não adianta tentar entender na primeira leitura nem entender ouvindo, quando se lê as palavras se fundem e soam outras. )

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