Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

1° de Março

Seria uma data qualquer
se, sua ela não fosse.
É o motivo dela ser especial.
Nas primeiras horas do alvorecer,
trará a ele razão, mais doce,
bem mais que a outro dia banal

Porque neste, você nasceu...
Um presente aos que a rodeiam.
Um mimo, alguem para se amar...
E assim... você aconteceu.
Naquele momento, de repente,
ao vir à luz, veio a iluminar.

Um álibi a cada ano tenho
para lhe cobrir de carinho.
Espero esta data ao calendário.
E hoje, que ela chegou, venho,
com o coração e um versinho,
para dizer: Feliz aniversário!

Foto de Arnault L. D.

Luz da minha vida

Sou a página virada,
de uma história que não é a minha,
que completou-se de escada,
a uma outra, que se encaminha.

Sou a página esquecida,
entre outras, tantas, que se leu.
Que iludiu-se ser mais em sua vida;
continuar, e não a que se esqueceu.

Sou uma estrela cadente,
neste céu que me mostrou.
E em chamas, consumindo, ardente.
Fui um astro, enquanto incinerou.

Sei que não vou mais brilhar,
já no passado me enterrei.
Não há luzir, não há lugar,
Como viver desesperança? Não sei...

Os olhos e o firmamento,
exato instante e o seu olhar...
Naquela hora, a você me lançar
eu fui astro, mas, por um momento...

E agora, que eu não sou,
que despede-se a esperança,
sou a lágrima, que o vento secou,
um pontinho em sua lembrança...

Vou esquecer-me neste broquel,
página a sua, minha querida.
Um sonho; uma pedra que do céu,
por você foi estrela, luz da minha vida...

Foto de Arnault L. D.

Em cada pensamento

Quando em você eu penso
esqueço do mundo.
O que sinto é imenso
e tão mais profundo...

Que encobre o raciocínio
e me despe dos quereres,
só ficando o fascínio.
Somente você, meus prazeres.

Quando penso em você,
não respiro, estanco, paraliso.
Estagna-se o sangue nas veias.
Morro ao mundo, vou ao paraíso...

Eu tanto a amo... a amo,
se verdade, que ainda,
naquela rua... música... chamo
à memória você, tão linda...

Quando em você eu penso,
tudo se anula e fica mudo
e os olhos, marejam de saudade.
Pois, sei que seria meu tudo!

Pois, sei o que é o não ser...
O lembrar, triste, do não poder.
O amor que perde-se em viver.
E sei, eu nunca a vou esquecer.

Foto de Arnault L. D.

Indivisível

No ar, a pipa a voar
e a linha é o seu sustento.
Se um dos dos dois faltar:
É o vento, é o vento...

São completas quando unidas.
Sozinhas, não são a metade.
Se metade é o mesmo que nada;
separas perdem suas vidas,
só existe se na integridade.
Voando numa forma alada...

Por que então separar o amor?
Dizer que é outra coisa a paixão?
Se de uma delas, você se despor,
a outra, logo torna-se em vão...

Como o amor desapaixonado?
Se é madeira para combustão...
Mas, para o fogo ser inflamado,
deve haver paixão pelo amado.
Ou o amor fica sem razão,
Incompleto, acaba se fracionado.

A paixão quer no céu voar,
o amor, é linha, seu sustento.
Se um dos dois se acabar:
É o vento, é o vento...

Foto de Arnault L. D.

O amor e o vento

Ah! Poeta... Que só vê no amor alegria.
Desculpe... Mas, você nunca amou.
Que só sabe do amor, a luz do dia.
Ingenuidade de quem não o provou.

O amor também faz silêncio,
e traz nós a prender na garganta,
pode travar a vida no ócio,
a ruminar... Me perdoe se lhe espanta.

O amor não exclui-se em um só,
é prisma, uma lente, um habitat.
Onde convivem a semente e a mó...
O certo, o errado, aderem onde está.

Poeta, que só rima amor e flor.
Desculpe, mas, esse amor é mentira.
Quem realmente ama, aprende rimar com dor
e com tantas outras palavras que inspira

Iluminado é o amor, quando é bom.
Mas, não se iluda, poeta do fulgurante,
que o amor não é nota, porém, tom.
Comporta múltiplas escalas e o dissonante.

Não há musica de uma só nota .
Impossível amar sem mais sentimentos.
O amor, comporta além de si em sua cota
e justamente por isso, não é ar, é vento.

Foto de Arnault L. D.

Tua boca

Tua boca...Ah! Essa tua boca...
É como um fruto prenunciando sabores,
Como uma sombra no dia lhe cobrindo em capuz,
E despertando o real atras da cortina da luz!

Tua boca... Ah! Essa tua boca...
É como a névoa que encobri o aporte,
Que desvia, que leva a deriva do norte,
Que também sinaliza, na estrada da sorte.

Tua boca... Essa tua boca rara...
Pincelada rubra de crepúsculo, clara de verdade,
Tornou-se brilhante, uma taça que transborda,
Flor emergida no pomar da vontade.

(Este poema foi inspirado no poema "Teus olhos", de Carmem Lucia.
um abraço Arnault )

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Vestida de você

Posso sentir sua respiração,
uma torrente de suspiros.
E no toque o eriçar dos pelos,
no pulso o acelerar do coração
e os desejos, que em mil giros...
Somando a corrente mais elos.

Seu rosto, aos poucos, ruboriza,
seus lábios, macios, entreabertos...
Se umedecem. Vermelhos de fruta.
Soprarei segredos, loucos, em brisa
em seu cabelo, orelha, lugares incertos...
Que se desvelam nos mistérios que oculta.

Em seu colo um colar se encrusta.
Uma gema entre ouro, dourados seios.
Que se revelam, em silhueta e arrepios.
Guardada em perola; fechada em ostra,
que colhida à luz, entrega-se aos anseios.
E é linda. Apenas nua, sem pudor ou brio.

Foto de Arnault L. D.

Oceânica

Quero um fim de tarde, dolente.
Eu, você e o mar...
Como se houvesse só o nosso par
e a matiz de um sol poente.

Quero a brisa morna a soprar,
e o ir e vir das aguas do mar,
quero no beijo o sal provar.
É o oceano, a quero mergulhar...

Quero a maré a nos banhar,
no marejar, a vir, voltar e ir.
E no êxtase em ondas se quebrar,
espumas que se entregam ao dormir.

Sob o céu, tons, dourado e rosa
e nuvens em efeitos degrade.
Reflexos a tez molhada, estia,
reflexos do relaxar do dia
em sua pele, úmida e gostosa.
Tremula de gozo e saciedade.
Desejo, de sal e maresia,
de mar, de amar e de magia.

Foto de Arnault L. D.

Indícios

Como no cinema,
com trilha sonora
e a luz , perfeita.
Sincronizada ao tema.
Um sonho ali ancora
no olhar que aceita

Como nos romances.
No fim de cada capitulo,
Do ler para a memoria.
Que devora as nuances
e nos leva em um pulo,
para dentro da historia.

Como na canção.
De olhos fechados faz imagem,
pintando o ar de sentimento.
Vibração, tornada emoção.
E a melodia como passagem,
a libertar o que há por dentro.

Se nos filmes resiste;
nos livros e na canção;
na lira do antigo trovador,
um sentimento persiste.
Embora, digam ser só ilusão...
Não é. Acredite; é amor!

Foto de Arnault L. D.

Se ainda você

Seria uma palavra, se não fosse o silêncio.
Seria uma canção, se houvesse som.
Seria uma visão, se existisse a luz.
Seria uma dança, se houvesse um eixo...

Seria uma vida, se houvera história.
Seria uma entrega, se houvesse destino.
Seria, nós, se houvesse havido.
Não seria pretérito imperfeito.
Se ainda... você.

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