Enquanto pregas o botão
na casa do vestido,
ponho o ouvido em sentinela.
Lá fora,
chove sem igual,
a água escorre pelo beiral.
O vento entra pela chaminé a dançar,
parece uma bailarina com os pés no ar.
As sombras da noite caíram em cima do telhado.
Depois do botão estar pregado,
comemos fatias de pão com água-mel,
fizemos palavras cruzadas,
entre as palavras cresceu a fome,
nasceu a poesia,
e ninguém sabe porque chovia.
Chuva
Data de publicação:
Terça-feira, 14 Dezembro, 2010 - 13:34
- Blog de L.Guerreiro
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