Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Outono

Outono

Muda-se o verão para o outono,
As folhas aventuram-se pelo ar.
Almejam liberdade, grande sonho
De voar, voar e revoar.

Estonteantes de alegria,
Achega-se às gaivotas.
Burburinho e cantoria
Acompanham cambalhotas.

E conhecem outros seres,
Respiram outros perfumes,
Misturam-se a outras espécies.

Dançam, soltas pelo vento,
Coreografias de lumes
Até o chão que as recebe.

Também assim é a vida,
A mudar de estação.
Que sejamos bem felizes
Para não morrer pelo chão.

Foto de Marilene Anacleto

Mulheres

Passos de amor
Correm no ar
Braços alados
A me levar

Nos rodopios
Céu perfumado
Sonambulando
Sob o luar

Tanta esperança
Naquela dança
A alma leve
A suspirar

Os astros morrem
Sol aparece
Triste suspiro
Ele se esquece

Mágoa no olhar
Se não me queres
Somos assim
Nós, as mulheres.

Foto de Marilene Anacleto

Feliz Páscoa!

Domingo. Páscoa, lua cheia.
Céu aberto, dia de sol.
No oeste, a lua repousa
Sobre nuvens de algodão.

Dançante, inspirador, professor,
Vem do sul o cordão de patos d’água.
Danço com ele os amores da vida
Ao caminhar, devagar, pela água.

Ora se separa, ora se abraça,
Ora se aprende, momentos de graça.

Em partes, o cordão se aproxima
Da lua, em sua bela imagem,
Formam um cálice andante
Recebem a luz naquela viagem.

Alguns não percebem
Alguns outros fotografam
Eu, apenas paro e contemplo
E bebo daquele cálice

A luz de cada abraço
Ao relembrar enquanto
Dançava com o cordão de patos.

Amores passados. Sem mágoa.
Lições aprendidas. Vida nova.
Renascimento. Feliz Páscoa.

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Felicidade

Quem pensa que é feliz
Por poder tudo comprar
Engana seu coração
Que esqueceu de amar

Explora seus funcionários,
Rouba o tempo da família,
Mata a vida em si mesmo,
E a si mesmo se humilha.

Triste de quem não percebe
A vida escorrer entre os dedos.
Talvez só com os cabelos brancos
E as doenças que se achegam.

Se acaso a doença trouxer
Dos queridos, abraços e prece,
Quem sabe o amor sobreviva
Naquele coração carente.

Passa, então, a sentir
Uma oração a vibrar
Percebe que tudo ao redor
Tem vida e também quer amar.

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Amor

Tudo tende a morrer
Ou ficar no esquecimento.
A árvore que me dá frutos,
O amor que se foi com o vento.

Mas, perdura para sempre
A bondade recebida
Daqueles que ora se ausentam
Em viagem infinita.

Desfaz-se a pedra em areia,
A madeira vira cinzas,
O amor em pó se transforma.
O verdadeiro amor sobrevive.

Percorre veia a veia,
Vence tantas emoções!
Revive vida após vida
O amor de pai e mãe.

Foto de Marilene Anacleto

Ouro e Prata Sobre o Mar

Chega a lua cheia dourada,
Em rasgos doces, dançantes,
Quando o vazio do crepúsculo
Torna cinza os corpos andantes.

Paro para sentir
O homem e seu silêncio
A fotografar, extasiado,
Cabelos bailando ao vento.

Calmamente o tempo passa,
A lua devagar se ergue.
O veludo do mar vira prata,
Enquanto o céu escurece.

O povo, aos poucos, se vai,
Ondas nos meus pés a tocar,
Momento de sentir e ouvir
A orquestra de cristais do mar.

Foto de Marilene Anacleto

Meu Amado Poeta

O meu amado, poeta,
Alegria para viver,
Uma palavra, uma graça,
Um verso para me dizer:

- Eu te amo e te respiro
Como o sol ilumina a aurora.
Entre abraços e poesias
És minha luz a qualquer hora.

Foto de Marilene Anacleto

Tsunami

Amigos de infância, brincadeiras, medos,
Adolescência, juventude, como os pais,
Agricultura, primeiro emprego.

Terremotos e furacões na pátria gentil,
Um deles, mulher e dois filhos em perigo,
Em busca de segurança, veio para o Brasil.

Começa o cultivo em pequena área de terra.
Planta, colhe, vende com ajuda da família.
Incentiva produção, estuda novas técnicas.

Quer trazer o amigo, mas este não concorda.
Recusa-se a abandonar os pais e a terra
Que o gerou e que abençoa desde a aurora.

Anos após, o agora brasileiro já tem algum gado.
Deslizamento de encostas tudo arrasta.
Sobra lama, paus e pedras no mês de março.

Onde era rio, pedras enormes fazem estrada,
Onde era estrada, um rio barrento já seca.
Feito o amigo do Japão, não escapou da tragédia.

Dele, a terra devastada transformou-se em ilha.
Ficam apenas filhos e amigos para contar a história
Do homem que veio apenas para salvar a família.

A mulher amada consola netos e filhos.
Conta-lhes a história do amor que se fez proteção,
Eleva-o ao posto de herói, enquanto seus olhos brilham.

Foto de Marilene Anacleto

Mulher de Hoje

A mulher ativa seu lado masculino
Enfrenta profissões de risco
Sem se descuidar dos filhos.

Administra obras e reformas,
Encanador, uma água, dinheiro,
Um cafezinho para animar pedreiro.

O material que não chega
Não lhe causa aborrecimento,
Nem o dinheiro escasso para o cimento.

Conversa, ensina, escuta,
Dos dias e meses, as tragédias,
E o perfume das floradas da terra.

Dias, semanas, meses, ano,
Suporta, mas em alguma hora,
O lado feminino chora.

A dureza da conquista,
A alegria da conquista,
Meio terapeuta, meio artista.

Depois vem a casa, a roupa,
O quintal, a comida na mesa,
Do amado, o abraço quando chega.

Aprende, sobretudo, a confiar,
Usar o coração sem egoísmo,
Aumentar seu magnetismo.

Inteira, doa-se à família e à sociedade,
Inteligente, feita de doçura e respeito,
Sem concorrer com homem ou mulher,
Seja por atenção, seja por dinheiro.

Foto de Marilene Anacleto

A Vida

O tempo nos empresta a vida
Para cada qual fazer o que quiser.
Horas alegres ou doloridas,
Necessitamos viver.

Surgem muitas alegrias,
Contratempos nos abatem,
Nada que o tempo não leve
E deixa lamento ou saudade.

Amor! Amor! Amor!
Não me deixe neste tempo,
Para que a minha saudade
Não se transforme em lamento.

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