Blog de Paulo Gondim

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Dependência

Dependência
Paulo Gondim
20/09/2013

Meu sorriso já não te encanta mais
Perdeu o brilho
E ficou opaco o meu olhar
Meu canto já não tem estilo
Acho que nem sei mais cantar

E o tempo passa e me avisa
Esperar por ti é minha sina
E nesse infortúnio fatal
Tua ausência já virou rotina
Já nem sei se me fazes bem ou mal.

Minha dor não te comove mais
Nem meu sofrer ainda te aflige
E, assim, te fazes indiferente
Embora, relute ao que tua vontade exige
Cá, fico eu dela dependente

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Mutismo

Mutismo
Paulo Gondim
20/09/2013

Eu gostaria de te dizer muito
E como não sei dizer
Fico mudo
Meu silêncio diz tudo

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Ser humano

SER HUMANO
Paulo Gondim
15/09/2013

Nasci numa terra seca
Tão hostil e tão cruel
E disputava o sustento
Da boca da cascavel

Ali, quase nada tinha
E do pouco que havia
Só se tinha uma certeza:
Que logo das mãos saia
E do mais que se buscava
Pouca coisa ali restava
Só a fé por garantia

Da série: “Era assim, no Sertão”

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O tempo e eu

O TEMPO E EU
Paulo Gondim
12/09/2013

Tentei ser eu mesmo
Na dúvida, esperei
O tempo passou lentamente
O tempo sempre se faz indiferente
Mas passa, independentemente
De minha vontade
De qualquer vaidade
O tempo passa

E como o tempo, as pessoas
Fechadas, ocupadas
Também indiferentes

E o que me resta?
Involuntariamente
De certa forma, ausente
Na minha procura
Do que sou e o que represento
Nesse palco torto
Num final de cena
No apagar das luzes

A vida segue
Ah, a vida exigente
De forma até inconsequente
Me bate à porta
Me pede sala
Diz que quer ficar

Nem sei o que é vida
Se Já se faz esquecida
Nem sei se vida ainda há...
Sei da solidão, no peito o nó
Nessa canção em dó
De pobre rima
De falsa estima
Cá, eu, mais uma vez, só...

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Ressurgir

Ressurgir
Paulo Gondim
01/08/2013

Renascerás
Sairás das cinzas
Mesmo franzinas
Mas serão vidas

Vidas que seguem
Aflitas, entreguem
Como almas gêmeas

No vai e vem constante
Cá, eu, teu amante
Não me vejo só

E ressurgirás
Como um novo dia
Nessa fantasia
Que nos faz viver

E vivo por ti
No teu existir
Que vives por mim

E assim vivemos
Do amor que temos
Único, vital

Não seremos dois
Mas apenas um
Sobre o bem e o mal

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Eco triste

Eco triste
Paulo Gondim
28/07/2013

Tudo se iguala
Na ausência da fala
Do que não se disse
Quando se cala

Vai-se a calma
No vazio da alma
No limiar da perda
Do que se vai entre mão e palma

Resta a dor
Numa áurea incolor
Que no peito fica
Murcha-se o que era flor

E no gesto aflito
Da vida em conflito
Tudo é solidão
No eco triste de meu grito

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Fuga

FUGA
Paulo Gondim
14/07/2013

O meu eu se desencontra sempre
Por caminhos a procura do teu
Por vias e rotas paralelas
Assim é meu eu, um barco
À deriva, sem velas

E nossos “eus”- o meu e o teu
Se desconhecem, fingem distância
Não se dão a verdadeira importância
Meu eu se faz amnésico
O teu se faz estratégico
Para fugir do meu

E por que fugir do que não é real
Se a incerteza do bem supera a do mal
Nossa fuga é comum
Apenas por vias de mão única
Saem de pontos isolados
Para outros, também, desencontrados

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Por te amar

POR TE AMAR
Paulo Gondim
06/06/2013

Por onde andará o meu amor
Que me deixa confuso em sua volta
Se é que volta, se é que quer voltar
Se é que pensará em meu amor
Se é que ainda pensará

A cada instante que passa
A saudade aumenta
Como nuvem que anuncia a tormenta
Como velas que derivam no mar
Expostas ao vento na procela
Como eu em cada vela
Vivo por te amar

Por onde andarás, amada minha
Que não vens sufocar meu pranto
Trazer teu canto, como acalanto
De minh’álma triste, em desencanto
Esquecida, jogada num canto
A penar por ti, que se faz longe

Vem, minha amada, não se furte
Sinta o prazer de meu colo quente
A energia que minh’álma sente
Em ter-te de forma permanente
Na ilusão da vida incosequente
Por te amar tanto, tanto assim

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Procura

PROCURA
Paulo Gondim
14/04/2013

Segui teus passos por muito tempo
Por muitas léguas, muitas andanças
Me fiz sentinela por tua volta
E aos poucos me vi sem esperanças

Andei por vias tortuosas, infinitas
Te procurei em vão, em cada estação
O inverno chegou, se foi o verão
E a tristeza instalou-se no meu coração

E por onde mais procurar, não sei...
Dei voltas ao mundo, como andei...
Juro que perdi as forças, cansei
Acho que perdi mesmo a quem amei

Mas não desisto. Continuarei de pé
Na solidão do frio que minh’álma corta
E quando uma brisa me sussurra
Sempre acho que és tu, batendo a porta.

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Alienação

ALIENAÇÃO
Paulo Gondim
19/03/2013

Eu já me acostumei com tuas idas e vindas
Com tuas desculpas, tuas conversas
Simples motivações, assunto vago
São meias verdades controversas

Nem sei por que ainda penso em ti
Mas penso. É caso consumado
Talvez, falta de vergonha, de caráter
Mas quem ama é mesmo alienado

Perde o senso do respeito
Esquece de viver e vive outra vida
E ver no ser amado, seu motivo
De ver sua vida dividida

Já nem penso mais em te ver. Desisti.
Fico cá, refém de minha solidão
Se voltares, já que não tenho vergonha
Entra, a casa é tua, como teu é meu coração

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