Blog de Sonia Delsin

TEU FILHO

(dedicado ao filho de um amigo)

Peço a Deus que abençoe esta criatura.
Ela que chega tão pura.
Peço a Deus que cubra de graças esta criança.
Criança é sempre esperança.
É com carinho.
Imensa ternura que escrevo este poema.
Tu sabes.
Minha alma não é pequena.
Deixo-te uma lembrança.
Henrique vai estar no meu coração guardado.
Sempre será lembrado.
Talvez meus olhos físicos nunca o vejam.
Mas os da alma o enxergam já.
É assim que sou...
É assim que amo.
Como uma guardiã.
Peço a Deus muita proteção.
E deixo teu filho guardado no meu coração.

SAUDADES

Sinto saudade de tua boca.
Saudade de tuas mãos deliciosas.
Das nossas conversas gostosas.
Dos nossos momentos.
Devagarzinho vão nascendo os sentimentos.
Saudade de ti, meu belo.
Muitas saudades.
Nos teus braços estou encontrando muitas felicidades.

UMA BARREIRA

Tu criaste uma barreira.
Sempre fui verdadeira.
Sempre fui guerreira.
Te procurei.
Me entreguei.
Te mostrei...
Um paraíso.
Mas tu vias empecilhos em tudo.
Anos e anos esperei.
Um dia me cansei.
Descobri que te esperando envelheceria.
E era tão pouco o que eu pedia.
Teu carinho, tua companhia.
Tu criaste uma barreira...

O CÉU PODE ESPERAR...

A borboleta gambeta voava, voava...
Despencava.
Levantava.
Eu pensava.
O céu pode esperar.
Há um céu para borboletas?
Há um céu?
Sim, sim, deve haver.
Este pensamento fortalece o meu ser.

DANÇANDO...EMBALADA NO VENTO

Acordei e saí pro meu jardim.
Veio uma rajada de vento.
Soltei o corpo.
Soltei o pensamento.
Voei às alturas.
Ó, Deus!
E o sol nem tinha chegado.
O jardim estava orvalhado.
Dancei porque meu corpo pedia.
E minha alma carecia.
Mais um dia que nascia.
Amanheci dançando.
Com o vento brincando.
Amanheci cantando.
Meu ser descobriu a magia da vida.
E o que ela vem carregando.

SEJA BEM VINDO

Meu neto (a) está vindo...
Seja bem vindo.
Coloco a mão no teu ventre.
Como estou contente.
Minha querida, abrigas no teu seio meu neto amado.
Como ele é esperado!

PÁGINA VIRADA

Escorre. Água escorre.
Lava-me toda.
Escorre feito cascata sobre meu corpo...
deste meu tempo de agora.
Escolhi um tempo para esta chuva.
Escolhi este campo de trigo onde me deito.
E sinto esta chuva a escorrer por todos os tempos passados.
Por este tempo que não existe.

Esta chuva me purifica.
Me lava a alma.
Mesmo que ela não exista.
Que não exista este campo.
Nem esta exposição de minha nudez à chuva.
Mesmo que este meu corpo não exista.
Minha alma lá está e escorre tanta água.
Estou purificada... mesmo que o campo de trigo seja tão só...
uma estória contada.
Tão só uma página virada.

Quero nossos corpos nesta noite grudados.
Tão colados.
E beijos demorados.
Nossas mãos acariciando... deslizando...
... levemente caminhando.
Quero passar metade da noite o seu nome sussurrando.
E que minhas palavras façam eco no vácuo do tempo.
Pra que a eternidade tudo possa gravar.
Eternizar.
Quero esta noite que a entrega seja plena.
E amanhecer nos seus braços amanhã bem serena.
Quero que cada minuto ao seu lado seja eternizado.
Na pedra gravado.
Na cortina do tempo bordado.

HORTELÃ

Como é gostoso o perfume da maçã!
O cheirinho da hortelã.
Desci numa nave...
Não acho nada muito sério, impossível ou grave.
Penso que o viver aqui é apenas uma passagem.
E tudo faz parte da viagem.

DOMINGO

Lá fora pássaros cantam...
O azul do céu é um convite.
Ouço as músicas.
Sinto a vibração da natureza.
Tudo é alegria.
É domingo.
Que lindo dia!