Blog de Sonia Delsin

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E OS TEMPORAIS?

E OS TEMPORAIS?

Minha alma é esta menina que corre.
Espoleta ela sobe no monte de feno.
Diz.
Que dia ameno!
E os temporais?
Minha alma não se importa com o que não volta mais.
Ela segue.
Igualzinha uma criança.
Cheia de esperança.
Anda em jardins e afofa canteiros.
Cantarola dias inteiros.
Aspira o perfume da flor.
Minha alma só conhece o amor.
De resto ela vai driblando a dor.
Sempre linda.
Não guarda rancor.

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CANSEI

CANSEI

Cansei de ser espaço.
De ser regaço.
Cansei de esperar.
De me ajoelhar e rezar.
Cansei.
De olhar... de olhar a vidraça.
Olhar perdido.
Olhar doído.
Cansei de te buscar pelos caminhos.
De ansiar por carinhos.
Dobrei com cuidado a colcha de retalhos.
Quebrei os galhos.
Da árvore maior.
Aquela que dava maior sombra.
A vida é surpreendentemente linda.
Quando o cansaço me dominou eu vi um novo horizonte.
Eu vi a fonte.
E pensei.
A água está jorrando.
Por que vou seguir chorando?
Há motivos para rir.
Vou me divertir.

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VIDA INTEIRA

VIDA INTEIRA

Cresci num lugar fantástico.
Eu via pássaros, o céu azul, tanto verde, animais...
Ouvia a cachoeira.
...
Pensava comigo.
Quero viver aqui a minha vida inteira.

Nem imaginava que tão cedo meu paraíso eu deixaria.
Minha terra era pura poesia.
Lá ficaram pedacinhos de mim.
Partículas.
Lá ficou meu coração latejando nas folhas das bananeiras.
Nas pereiras.
No jardim onde morava uma roseira príncipe negro.
Nunca cresci.
Nunca.
Esta que aqui vive é a menina que lá morava.
A mesma.
A mesma sonhadora.
A mesma guerreira.
Que armas eu tenho?
Um coração que consegue guardar o imenso, o eterno.
A terra da minha infância. As pessoas, as coisas, os cheiros.
Deus! Ó, Deus! Parece que ainda afundo o rosto nos travesseiros.
Eram de penas.
Não são lembranças apenas.

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Quanta decepção!

Quanta decepção!

Tem dias em que eu penso naqueles olhos escuros.
Dois lagos.
Eu queria mergulhar, queria ir ao fundo.
Mas qual!
Ele não permitia.
Desviava o olhar.
Parecia que tinha medo do que eu pudesse encontrar.
Aqueles olhos na minha alma fizeram morada.
Eu me julgava amada.
Tão amada.
Aqueles olhos estiveram nos meus sonhos.
Estiveram nos meus sonhos me buscando.
Se entregando.
Era pura fascinação.
Obsessão.
Emoção. Sensação.
Mas, Deus! Quanta decepção!

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SONHOS AO CHÃO

SONHOS AO CHÃO

Foram sonhos que eu tive.
E como sonhadora eu sou,
em grande estilo sonhei.
Em meus devaneios quantos beijos lhe dei.
A ti me entreguei.
E voei.
Voei...
Para paradisíacas ilhas.
Para as Antilhas.
Para além mar, além ar.
Eu nem te conto aonde eu fui parar.
Esperava a cada manhã que nascia a tua companhia.
Um sim eu queria.
Um sim eu queria.

Tudo transformava em poesia.
A dor, a esperança.
A desesperança.
Voltei até a ser criança.

Nós dois num espaço nosso idealizei.
Esperei, esperei.

Se me cansei?

E quem não cansaria?
Tu fugias.
Me dizias.
É impossível.
E eu acreditava que tudo é possível.
Quando se quer de verdade existe sempre uma possibilidade.

Que pena!
Vi os sonhos ao chão.
E ainda tive forças.
Repeti diversas vezes.
Vou te amar para sempre, coração.

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Mais um Natal que chega.

Mais um Natal que chega.

Como recordo ainda meus tempos de criança quando colocava o sapatinho cheio de capim na janela. Achava que Papai Noel o encontraria e me deixaria uma linda boneca. Que tempo bom aquele! Que saudade! Que saudade dos Natais em que eu via crianças andando pelas ruas exibindo seus brinquedos. Parece parte de um sonho isso. Um lindo sonho que vivi. Eram mágicos os Natais da minha infância. As rabanadas, os frangos assados. Tudo era mágico.

Sonia Delsin

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ÉS MEU CÉU

ÉS MEU CÉU

És meu amado.
Meu doce namorado.
Meu céu.
Teu beijo tem gosto de mel.
De mel.
És tudo que eu tinha desejado.
Que eu tinha esperado.
Me fazes apagar o passado.

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SE EU MORRER AMANHÃ...

Se amanhã eu morrer.
Ah! Eu quero viver!
Como se amanhã eu fosse morrer.
Quero sentir o vento, a chuva, banhar-me ao luar.
Quero namorar.
Beijar, abraçar.
Como se amanhã tudo fosse se acabar.
Quero dizer as pessoas o quanto as amo.
Quero a todos contar...
Do meu amor.
Pelas flores, pelas crianças.
Pelos velhinhos que andam pelas ruas.
Pelos que vivem em abrigos.
Pelos que estão acamados.
Quero dizer o quanto são amados.
Se eu morrer amanhã vou tranquilamente.
Sei que tudo começará novamente.
E estarei mais fortalecida a cada nova vida.
Quero deixar registrado tudo que tenho amado.
As borboletas, os passarinhos.
Fui de bolir em ninhos.
Não para destruir.
Mas para sentir.
O mundo.
Eu sou assim.
Um ser profundo.
Se eu morrer amanhã deixarei um legado.
Tudo que por mim foi registrado.
Não passei no mundo simplesmente.
Fui poeta e palavras eu distribui.
Contei em verso e prosa.
Fui neste viver uma alma menina.

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CORAÇÕES PARTIDOS

CORAÇÕES PARTIDOS

Despedidas.
Tristes vidas.
Corações partidos. Tempos idos.
Lembranças.
Doces lembranças.
E desesperanças.

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TEU RETRATO

Eu guardo teu retrato em minha alma.
Cada traço, cada sorriso teu mora no mais profundo de meu eu.
Eu guardo ali onde nada alcança.
Se perdi a esperança?
Perdi.
Mas não te esqueci.
Teu retrato é a certeza do meu ontem.
Dos meus ontens.
Antes era fácil.
Bastava abrir uma janela e olhar a lua.
Ficar namorando...
Imaginando.
Mas o tempo vai passando e a espera se torna dolorosa.
O vento ama, mas despetala a rosa.

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