Aurora

Foto de Henrique Fernandes

ATÉ LOGO AMOR

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Como é bom ouvir o cantar do galo
Misturado com o teu respirar ao meu lado
Num acordar agarradinhos na fornalha dos lençóis
Calorosamente tingidos por mais uma noite de tantas
Em que assinamos a dois um adormecer apaixonados
Madrugada fora, abrigados numa partilha de calor
Enquanto o galo canta desperta a ternura em nós
Num presente que partilhamos num beijo terno
Nas nossas faces pálidas e quentes madrugadoras
Que depois de um suave bom dia em voz rouca
Soltamos nossos corpos em gemidos de preguiça
Interrompida por um abraço que estala os ossos
Finalmente espertamos numa brincadeira de cócegas
Carregando positivamente mais um dia de felicidade
Nessas primeiras gargalhadas quase silenciosas
Quão barulhentas de energias inventadas por nós
Recordações que nos sustentará até ao fim do dia
Depois de nós acorda o dia timidamente da aurora
Com o som repetido de todas as manhãs da natureza
Convidando-nos para o banquete da vida simples
De repente a corneta do padeiro na rua que ainda dorme
Lembra o pequeno-almoço em mais uma troca de carícias
E espalhando sorrisos pelo nosso ninho de amantes
Terminamos o jejum e combinamos os planos do dia
Que depois de umas apalpadelas delicadas e agradáveis
Por entre beijos e beijinhos satisfeitos em pressa
Despedimo-nos para mais um ganha-pão com orgulho
Dos sacrifícios que os nossos sonhos exigem
Até logo amor!

Foto de CarmenCecilia

SE TODOS FOSSE IGUAIS A VOCÊ

SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ

Faço uma retrospectiva...
Só você me cativa...
E me traz pra esse mundo encantado...
Em que tudo que é por ti tocado
Enche-me o coração...
Recordações
Ficam cravadas no meu peito
Todas as marcas...
Tuas marcas...
Que me renovaram...
Clarearam-me como a bonança
Depois de um dia de tempestade
Tua suavidade...
Tua espontaneidade...
A risada solta...
Teu carisma...
Teu encanto...
Que me trouxe o canto
E fez esquecer o pranto
Porque ninguém é igual a você...
Quando me olho
Vejo-te nos momentos...
Eternos... Ternos...
Contigo aprendi...
E me surpreendi...
Que o mundo...
Pode ser mais bonito
E contemplarmos o infinito...
Em cada minuto...
Que emana da tua aura...
Que a cada aurora...
Encanta-me
Com o anuncio
Da manhã vindoura...
Em que estarás
Na minha memória...
Perguntando onde estará você?
Pois ninguém é igual a você.

Carmen Cecília
17/02/08

PS: TÍTULO BASEADO NA MÚSICA DE TOM JOBIM E BADEN POWEL

Foto de Ana Botelho

RETORNO

RETORNO

Após uma longa caminhada
Retorno totalmente extênue...
E aqui, de olhar longínquo
Aguardavas ainda por mim.
Eu, profana, aturdi-me
Brincando com tantos perigos,
Iludi-me entre os sinos,
Sorri para a vã felicidade
E, permaneci soluçante
Entre as fátuas alegrias,
Sepultando em minha vida
As mais cândidas alegrias...
De vestes estranhas e sedenta,
Solitária e de alma vazia
Personificava a própria dor,
Quão pobre eu era!
E, se vislumbrei os campos,
Foi por pensar em ti,
Sorvi doces esperanças
Como fora raro vinho...
E nem por um instante
Te afastaste de mim.
Agora nos pertencem
Os sorrisos, a beleza,
A musicalidade dos versos.
E como prêmio te ofereço
Um composto madrigal,
Na ansiedade da aurora
Desta manhã em festa,
Em cujo alabastro precioso
Esculpido nas vigílias noturnas,
Guardo ainda úmidas de dor
As minhas, só minhas lágrimas.
E, nas mãos,um tanto trêmulas,
Trago madressilvas raras
Colhidas nos nossos jardins
De tão lindos castelos,
Para ornarem pelo eterno
Os nossos, só nossos sonhos...

Foto de DAVI CARTES ALVES

DEIXE-ME AQUI

Deixe-me aqui
Deliciando-me com este horizonte
Onde Deus esta a talhar
Neste pôr -do - sol rosicler
Uma tela fascinante
Sim! Uma obra excitante

Deixe-me aqui
Banhar-me nesta paz colorida
Pincelada na aquarela do ocaso
Neste chuviscar multicolor
Que nos faz esquecer completamente
Qualquer termo ou palavra
Relacionado com, atraso???

Deixe- me aqui
Por quê falar tanto em ir embora
Deleite-se comigo na harmonia
Que nos proporciona a beleza deste momento
Com que nos presenteia esta suave aurora

Deixe-me aqui
Não! Não tenho pressa em sair
Pois são em momentos mágicos como esse
Que embebido em gratidão
Me orgulho em existir

Deixe-me aqui
Ta! Pode ser ilusão
Mesmo sendo
Sinto uma caricía fagueira, agradável
Dentro d’alma, no coração

Deixe-me aqui
Meditar, refletir,
ponderar com este momento
tentar eliminar uma saudade
que me dilacera coração adentro

deixe-me aqui
deixa eu analisar essa nova situação
tentar compreender, entender, e assim reviver
como ela conchegou-se de tal maneira
em meu frágil e apaixonado coração.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de ssap98

<3

Estamos simplesmente,
amando-nos terna e eternamente...
Sentindo essa quente emoção
que dá vida ao coração...
Nas quentes horas deste amor,
que nos deixam em suave torpor,
sentimos uma imensa ternura,
sempre repleta de doçura...
Vivemos com imensa alegria,
nos beijos de cada dia,
sempre uma sensação inesperada,
naquela carícia sempre desejada...
Doces e deliciosas emoções,
que sempre embalam os corações...
Vamos nos amar até quando a aurora surgir,
brilhante, como nosso porvir...
Linda, trazendo segredos da natureza,
dando-nos do amor, toda sua beleza...
Sentindo as folhas das árvores balançarem,
no mesmo ritmo de nossos corpos ao se amarem...
Ouvindo o uivar do vento,
fazendo-nos sentir o amor em todo momento...
Vamos nos amar bastante,
na força deste nosso amor fulminante...
Vivendo horas de exuberante paixão,
quase explodindo de amor o coração...
Sentindo a doce presença desejada,
tendo ao lado a figura amada...
Nossos corpos, em completa fusão,
com pernas e braços em louca confusão,
vivendo essa paixão enlouquecida,
dando mais vida à nossa vida...
Sentindo sempre esse prazer,

Foto de Carmen Vervloet

VÁ... SEJA FELIZ!

VÁ... SEJA FELIZ

Toma jeito, coração...
Bate calmo... Devagar...
Não me deixe demonstrar
O que meus olhos
Insistem em confessar...

Não posso entregar meu segredo...
Já sofri e tenho medo...
Ele vem... Promete... Promete...
E a velha estória se repete!

Um dia de céu anil...
Suave lua a deslizar...
Palavras de amor... Toque sutil...
E depois, só tristeza a chorar...

Chega de decepção...
Tenho que usar a razão...
Detesto desilusão...
Quero a rosa felicidade...
Não suporto mais insanidade...

Vá... Siga seu caminho...
Busque outros carinhos...
Encontrarás outro sorriso...
Outra boca... Outro riso...
Novo porto... Quiçá o paraíso...

Deixarás comigo uma grande mágoa...
Meus olhos rasos d’água...
Busque auroras inebriantes...
Deixe comigo a dor deste instante...

Busque uma nova companheira...
Eu fui um sonho que acabou...
Abra portas... Janelas... Ultrapasse fronteiras...
Olhe o sol que ilumina um novo caminho...
Inspire este puro ar marinho...
Guarde o pouco que restou!...

Não olhe para trás
Eu te peço, por favor!
Fui apenas o curinga do seu ás
E não quero nunca mais
Sofrer a dorida frustração...
Ferir o meu coração...

Siga em frente... Busque outra aurora...
Ouvirás meu adeus na voz do vento...
Esqueça o meu amor... Vá embora...
Quero ficar só com os meus sentimentos...
Quero passear pelo nosso jardim...
Quero regar a nossa roseira...
Quero poder respirar enfim...
Quero lavar a acumulada poeira...
Que me cegou... Que me anulou
E me fez uma triste prisioneira...

Vá... Seja feliz!
Agora sou mestra...
Mas fui, um dia, aprendiz!

Carmen Vervloet

Foto de Chuva Heavy

Surreal I

As imagens frenéticas passeiam diante dos meus olhos.Vagueiam sóbrias sobre a mata,alva mata onde gotejam pingos da doce aurora.Passeiam;não se contentam em apenas andar.Vagueiam não se contentam apenas em olhar sem ver,andar sem poder parar o poder das horas,que aniquilam seus sonhos com pesadelos a noite.Escondem-se atrás de outras que por de trás lhe pegam de açoite.
Seus ideais são esqueléticos,possuem o doce sabor da escolha...ora antiéticos,ora céticos estão presos em uma bolha de valores estéticos.
Ah...essas imagens....tão tolas!tão torpes!afinal tanto para se pensar,tanto para se...pensar....Se contemtam com as viagens que afetam o mundo em geral................

Foto de Amuika

Se se morre de amor...

Se outrora, oh! Vida aurora.
Sem ti não sei declamar,
Porque ainda ínsito em escrever,
Fez-me de palhaço,
Laçou-me jogou de lado,
Fez-me de gato e sapato.
Por que ainda ínsito em dizer?

Se digo que não amo,
Se falar, ainda reclamo,
Se amar, me chicoteio,
Oh! Amor da minha vida,
Perdoe-me se não sei chorar.

Se outrora te digo amor,
Perdoe-me por alheias palavras
Que nada de verdade de minha boca soaram.
E se eu ainda não sei rimar,
Amor, amor, amor.
Perdoe-me se não sei amar.

Ah! Se o poeta ainda existisse,
Ele me dizia,
Se, se morre de amor,
Sim, desse amor se morre!

Foto de sergiomorsan

ESCURIDÃO DO TEMPO

Na escuridão do tempo bate o tempo a cem por hora
Numa cidade sem perdão sinto tristeza e solidão
De uma escuridão morta de viagem sem volta
Na cidade mórbida sem sentido e sem razão

A Lua obscura brilha no céu agora
E minha solidão opaca assola meu coração
Deixando meu sorriso pra fora
Da criança que acorda sem imaginação

Vejo-me viajar movido à droga
Sinto bater acelerado meu coração
Parece bater a mais de cem por hora
Então peço perdão à minha insólita solidão

Mais aparece o Sol impondo nova aurora
No horizonte em sentido da paixão
Brilhando, ecoando o som que toca
A harmonia da cidade com a escuridão

Dia e noite, noite e dia tanto faz a troca
De Sol à Lua de Lua à Sol o que dirão
Da metamorfose que aqui nos joga
Contra a vida e a morte a dizer sim ou não

Foto de patrick_bange

A BRUSCA POESIA DA MULHER AMADA III (à maneira de Vinicius)

O corpo da mulher amada é sagrado.
Súbito como um susto, voraz como a carne vermelha.
O toque à sua superfície angelical é leve,
tem de ser silencioso como uma oração,
íntimo infinitamente.
Pelo corpo mergulha-se na mulher amada,
procura-se a aurora de seu ser, a luz secreta,
o silêncio celeste de sua matéria impalpável.
Haverá a hipótese do suor quente:
beber o vinho de sua alma e deslizar pelos caminhos úmidos,
salgados e vermelhos de suas curvas de ouro.
Para ouvir a mulher amada respirar, tem-se que fechar os olhos,
porque há nisso qualquer coisa de divino,
de eterno, de graças à vida.
A voz da amada é o canto de cem mil harpas em harmonia uníssona.
Seu sorriso guarda o espanto de uma noite estrelada,
olha-se para seus olhos como para uma flor vermelha,
rara, hipnoticamente bela.
E cai-se dentro deles como em uma alegre armadilha.
Não há coisa mais bonita e azul que a mulher amada.
Segurar suas mãos como a duas porcelanas chinesas,
e beijá-las como a um filho que nascera.
Comer a Poesia da mulher amada,
fazê-la água fria no deserto, agasalho no inverno,
alimento para toda a vida.
Entregar-se como a um deus bom,
cantar-lhe as incomensuráveis ternuras que nela explodem.
A vida da mulher amada é o princípio da minha,
também o meio, também o fim.
E como prova final de amor eterno ao ser da mulher amada,
escrever-lhe um poema simples,
sussurrá-lo em seu ouvido à noite
e selar o infinito com um beijo morno:
uma luz infinda que ilumine duas escuridões.

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