Aves

Foto de Graciele Gessner

Doces Pombinhos. (Graciele_Gessner)

Existem histórias de amor que parecem um grude total. Mas existem outras histórias que parecem aves da paz, que se encontram pelo destino da vida e se enamoram como doces pombinhos.



14.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de A ciganinha

Tarde Inquietante

Tarde inquietante

Tarde morna de céu acinzentado
Pensamento solto... Inquietante!
Dói no peito o sentimento velado
Quisera alçar vôo como ave migrante

No poente ainda brilha os raios dourados
Do sol. Encanta-me o arrebol pujante
Introspectiva... Entrego-me ao passado
No coração, uma saudade arquejante

No regato, águas remanseando
A correnteza deslizando suavemente
Borbulham e seguem serpenteando
Finda o dia e minha tarde inquietante

O gorjeio das aves anunciando
O anoitecer. E a tarde suavemente
Vai caindo, caindo e adormecendo...
Nos braços da lua que chega sorridente.

Diná Fernandes

Foto de Arnault L. D.

mil palavras... e silêncio

As vezes as palavras são desnecessárias.
Somente basta olhar, tocar, deixar sentir,
o calor gostoso, a brisa fresca, a paisagem...
Como a brisa ela foi caricia suave
e eu beijo o calor de uma tarde morna,
seus encantos de mulher desejada:
Profundo e fascinante mar, a guardar segredos
quando em seu amor a encontar tesouros submersos,
até o sol recostar-se, adormecido, no dorso de suas águas
como um amante exalrido em prazeres.
Sei; as vezes as palavras são desnecessárias:
é quando a olho nos olhos, é quando seus olhos me acham
e a amo, e me perco
e o mundo aquieta-se em suspenso
como aves a planar no horizonte
girando, brincando entre o poente e o mar
mergulhados em imensidão, reflexos e espuma,
bailando uma antiga canção, perdida,
sonha-se talvez, um devaneio, um ruído do vento
E mais ainda sei que a amo
e sabes que a amo, mesmo sem palavras,
por tantas mil palavras... e silêncio.

Foto de Joaninhavoa

Não há distância.

*
Não há distância.
*

"Enquanto o sol emerge
do horizonte verde
Aves! Voarão sempre
divinamente
Entre a subtileza esvoaçante
inerente da natureza
O som frenético em corrente
d`água cristalina
Espécie de vibração latente
ao longo de um braço
e de um violão...

Dois caminhos! Uma
mesma rua
Longos braços do violonista
Ao querer tocar...
Abraça! Leve e forte
Sem lonjura."

Joaninhavoa
(helenafarias)
13/09/2009

Foto de gilsanjes

CÂNTAROS

Chove a cântaros
O sol não esta a brilhar
O gorjear dos pássaros
Jeito triste igual não há
Do calor resta saudades
Tantos dias sem sentir
O tempo é uma vaidade.
Não se sabe o que há por vir
Brisa forte, vento frio.
Caudalosos como um rio
Sobre as matas, névoa fina.
Das aves nem os cantos.
Eis que dou vazão aos
prantos
Transparente cortina.

Foto de LuizFalcao

"A VIDA"

De: Luiz Antônio de Lemos Falcão - 20/06/1998

Dormi um sono como poucos não durmo.
Adormeci de uma realidade cansada, exausta e sonhei.
Seria mesmo um sonho?...
Na verdade não sei!...
Se dormindo ou acordado não importa, apenas sei que não estava em mim.
Por onde estive, sei, não era aqui.
Um lugar de pradarias!
Ao longe uma floresta.
Andei por estradas de barro e achei um lago.
Tudo era bonito, lindo mesmo!...
Eu vi um menino brincando.
Eu vi o verde.
O verde corria por baixo dos pés do menino!...
Ouvi o vento.
E uma brisa brincava com os cabelos daquela criança.
Ela sorria!
As faces, rosadas.
A alegria era sua hospede, ou quem sabe? Senhoria!...
Eu vi a vida!...
A vida corria livre nas pradarias.
Eu vi o lago, e vi suas águas abraçarem a vida.
A vida que havia naquela criança, naquele menino de tanta alegria.
E olhei, e procurei.
E a vida? ...E a vida?... E a vida?...
A vida que havia, não era mais!...
A vida que foi, se foi em paz!..
E o lago?...
O lago!..
Ele sorria!...Sorria!...E sorria!...
E olhei, e vi no fundo do lago a vida brincando.
Ela se movia entre as pedras, entre as algas.
Nas mais variadas formas, era a vida, que um dia criança, não era mais.
Havia crescido, se espalhara na superfície do lago!
Sobre a terra firme!
No vôo das aves!
Numa revoada de andorinhas!
No amor entre os casais!
No choro das crianças!
Na serena paz!

Foto de Jamaveira

Urubus

Urubus

No rastro da terra em brasa
Pés descalços descarnam a carne
Flagelando a alma que clama
Seres em chama
Perambulam buscando vida
Descobrindo suas feridas.
Negras aves prenunciam comida
Mortas de fome
Afinam os bicos nas carcaças
Fiapos de carniça
Cheias de lombrigas.
Olhos afundados cansados
Desgraçados sem causas
Causas dos descasos
Semblantes desnorteados
Vitimas decentes
Na trouxa pertences
Caminhos dementes
Pardacento horizonte
Suor na fronte
Agonia perene
Mais um inocente no ventre
Pra onde ir minha GENTE?

Jamaveira

Foto de sofiaclarisse

Anjos

Subiremos a pique
a imensidão do além.
Seremos grandes,
na ausência do sofrimento.
Apenas o nosso riso
de criança
ecoará num espaço
que só as aves conhecem.
Apenas o nosso toque
que enche os campos de flores.
Apenas o nosso Amor Branco
que só os Anjos vêem,
e amam,
e protegem.

Vestidos de áureas pétalas,
nossos Anjos,
cobertos de Primaveras de flores,
levar-nos-ão pela mão,
por entre o azul e as nuvens,
até alcançarmos
o eterno prometido.

O teu e o meu Anjo,
lado a lado,
espalharão em gotas límpidas
a ternura acumulada,
e o Amor recolhido
em cada passo
que dávamos
cada vez que nos amávamos,
num mundo de
imperfeição.

Clarisse

Foto de DAVI CARTES ALVES

LITERATURA fragmentos d'ouro

“ Ler é desequilibrar-se, é fazer do desequilíbrio, uma espécie de dança...
A vida não é como ela é, mas simplesmente como nós a vivemos.”

Jose Castello – Escritor e Jornalista

“Eu sei que um poema é bom, pela extensão do silêncio de quem o lê”

Fabrício Carpinejar - Poeta

“ Se o tempo provoca o esquecimento, o poema seria a arte da memória, e cita Ossip Mandelstam, que acredita que os cantos de Dante, são dirigidos a contemporaneidade, pois “ são mísseis para capturar o futuro”

Lúcia Bettencourt – Rascunho

“ A morte é o silêncio privado do olhar ”

Luiz Horácio - Rascunho

“ ... ele escreveu A Estepe, um conto aromático, leve e tão russo em sua melancolia contemplativa. Um conto para si mesmo.”

“ A douradura gastar-se-á, e o couro de porco permanecerá.”

Máximo Gorki - Escritor Russo

“ A fábula é uma pintura, onde podemos encontrar o nosso próprio retrato”

La Fontaine - Escritor Francês

“... Porém o que é preciso notar é que a chamada sociedade da informação acabou gerando uma falsa onipotência, em relação aos domínios dos vastos territórios do saber. Se por um lado, passamos a conviver com um amplo espectro de novidades de toda ordem, que convocam todos os sentidos, no universo da espetacularização bem descrito por Guy Debord, por outro, é como se o excesso de luzes do grande show ofuscasse nossa capacidade de discernimento e de escolha. Daí porque Fuentes, acertadamente, evoca Baudrillard, ao acusar que essa “ explosão de informação” corresponde a uma inevitável “ implosão do significado”.

Maria Célia Martinari -

Em resenha para o Rascunho de: Geografia do Romance - Carlos Fuentes - Escritor Mexicano

“ Noventa por cento do que escrevo é invenção,
o resto é mentira”

“ Quando as rãs falam com as pedras, e as aves falam com as flores:
é de poesia que estão falando.”
Manoel de Barros

“ Aprendi com a primavera a me deixar cortar, e a voltar sempre inteira”

“ Sou entre flor e nuvem,
Por quê havemos de ser, unicamente humanos? ”

Cecília Meireles

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de sofiaclarisse

Nem onde nem quando

Flores tombam no jardim:
miosótis, verbenas e jasmins.
A brisa estende a mão suave
e convida-as para valsar.
Lá vão,
rodopiando
ao som das aves e do mar.
O jardim calmo e perfeito
deixa exalar o perfume
salgado
misturado com o aroma das flores
e o cheiro da luz alva.

Sobre o altar, a toalha
branca de pureza e linho.
A jarra de vidro,
a vela onde a vida arde.

Nem onde nem quando.
Os sinos ecoam
pelo infinito resplandecente de frescura.
Da luz
explodem bolas de sabão,
de onde saem pombas brancas
e as maravilhosas crianças encantam
com suaves melodias.
Os amantes surgem:
NÓS.

Felizes e em Paz.
Vamos caminhando.
Deus está à espera
e os chilreios celebram

o Amor

que vai casar.

Clarisse

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