Borboletas

Foto de pmgp3795

Será isto que sinto o amor?

Meu coração não para de saltitar
Em meu peito, ele não quer parar…
De palpitar sempre por ti!
Será isto que sinto o amor?

Toca meu telemóvel, és tu! …
Experimento tal sensação,
Ao mesmo tempo estranha e agradável.
Como que eu tivesse borboletas no estômago.
Mas será isto que sinto o Amor?

Quando te sinto, te abraço
Sinto-me feliz, inabalável
Sem que nada me faça sofrer.

Não sei que sinto,
Sei que gosto do que sinto
Será paixão, será amor?
Não sei o quê possa ser
Mas sei que contigo a meu lado
Algo que não vou fazer…
Será mesmo Sofrer!...

Por: Pedro Pereira 17-05-2009

Foto de sandra mello-flor

Borboletas

Sou flor onde borboletas posam
E levam com elas um pouco de mim
E com isso renasço em outros canteiros
Não a mesma flor, mas parte de mim.
Não levam com elas, estas borboletas.
As minhas pétalas, meu desabrochar
Tão pouco meu brilho, que ao sol
eu deixo num doce encanto de cor alegria
O meu gosto, o cheiro do orvalho
que o vento morno quando me balança,
deixa no ar no céu estrelado,
de uma noite linda no meu mar de lua.

Sandra Mello-flor

Foto de Sonia Delsin

ONDE ANDARÁ MEU PRIMEIRO AMOR?

ONDE ANDARÁ MEU PRIMEIRO AMOR?

Onde andará meu primeiro amor?
Onde andará o menino sorridente?
Será que guarda recordações do antigamente?
Ele era tão diferente.
Tão diferente dos outros meninos.
Ficávamos de mãos dadas quietinhos.
Ou corríamos.
Éramos tão pequeninos.
Onde andará aquele menino lindo que encantava meus dias?
Onde andará?
O que a vida fez conosco.
Nos separou.
Uma hora nos aproximou.
E depois... depois veio um vento e o levou.
Alguma coisa deixou.
Esta lembrança que não se apaga em mim.
A pureza do primeiro amor.
A pureza de beijos leves como borboletas pousando.
Nossas mãos se grudando.
As escadarias do colégio íamos pulando.
Fecho os olhos.
Volto a ser menina e ele vem lentamente se aproximando.
Sei que nos perdemos.
Mas não o esqueci e penso.
É uma relíquia. Uma preciosidade que guardo.
Lembrança boa do passado.
Quem não tem? Este mundo é uma roda de vai de vem.
Mas não creio que encontrarei de novo este meu primeiro bem.

Foto de Carmen Vervloet

OLHOS QUE VEEM, CORAÇÃO QUE SENTE

No meu coração, gravada em felicidade, a fazenda Três Meninas! O casarão caiado em branco, portas e janelas pintadas em ocre, a varandinha, como mamãe chamava, com jardineiras repletas de gerânios coloridos e camaradinhas que caiam até o chão. Em frente à casa, estonteante jardim, onde borboletas faziam seu ritual diário, beijando com amor a cada exuberante flor, cena que meu coração menino guardou para sempre. As cercas todas cobertas por buguenvílias num festival de cores. Em seguida ao jardim, o pomar com gigantescas fruteiras (olhos de criança, enxergam tudo maior), mangueiras, abacateiros, laranjeiras, goiabeiras e tantas outras que não se conseguiria enumerar, onde com a agilidade da idade subia, não só para colher e saborear os frutos maduros, mas, para ver de perto os ninhos de passarinhos, que papai com sua profunda sabedoria, já me ensinava a preservar. Passava horas sobre os galhos das minhas fruteiras prediletas, principalmente goiabeira, que era só minha, ficava ao lado do riacho, onde também costumava pescar. Lá do alto, no meu galho preferido, junto aos pássaros, voava em meus sonhos de criança feliz!
Nos meus devaneios, fui mãe (das minhas bonecas), fui anjo (nas coroações de Nossa Senhora), viajei pelo mundo (sempre que via um avião passar), fui menina-moça (sonhando o primeiro amor). Na vida real fui criança feliz, cercada pelo amor e carinho de minha doce mãe, de meu sensível e amigo pai (ah! Que saudade eu sinto de você, pai), de minhas duas irmãs mais velhas que faziam de mim sua boneca mais querida, colocando-me sobre uma pilha de travesseiros, num altar improvisado sobre a cama de meus pais, onde eu era o anjo, na coroação que faziam de Nossa Senhora. Nesta época eu tinha apenas dois anos e se o sono chegava, a cabecinha pendia para o lado, logo me acordavam, pois não podiam parar a importante brincadeira.
Já maior, menina destemida, levei carreira de vaca brava, só porque me embrenhei na pasto, reduto das vacas com suas crias, para colher deliciosa jaca, que degustara com o prazer dos glutões. O cheiro da jaca sempre me reporta às boas lembranças da Fazenda Três Meninas... Até hoje tenho uma pequena cicatriz na perna, que preservo com carinho, sinal de uma infância livre e feliz. Desci morros em folhas de coqueiros, cavalguei cavalos bravos, pesquei com peneira em rio caudaloso! Ah! Tempo bom que não volta mais!...
Mês de dezembro. Tempo de expectativas e alegrias. Logo no começo era a espera do meu aniversário, da minha festa, do vestido novo, do meu presente, o bolo, a mesa de doces com os deliciosos quindins feitos por mamãe. Depois a expectativa do Natal, a escolha do pinheiro, do lugar estratégico para montar a imensa árvore, os enfeites coloridos, estrelas, anjinhos, bolas que eu ajudava mamãe a pendurar, um a um, com delicadeza e carinho, junto à certeza da chegada do bom velhinho, em quem eu acreditava piamente, com todos os presentes que havia pedido por carta que mamãe me ajudava a escrever. O envelope subscritado com os dizeres: Para Papai Noel – Céu
E depois era esperar a chegada do grande dia. Era o coração batendo em ansiedade, era a aflição de ser merecedora ou não da atenção do bom velhinho. Quando chegava o dia 24, sentia o tempo lento, as horas se arrastando, o sapatinho, o mais novo, sob a árvore, desde muito cedo, o coração batendo acelerado. Mal anoitecia, já deixava a porta entreaberta para a entrada de Papai Noel e corria para minha cama tentando dormir, sempre abraçada a minha boneca preferida, para acalmar as batidas do meu coração. O ouvido apurado para tentar ouvir qualquer ruído diferente. Era sempre uma noite muito, muito longa! Os olhos bem abertos até que o cansaço e o sono me venciam!
No dia seguinte, cedo pulava da cama. Que grande felicidade, todos os meus presentes lá estavam sob a árvore. Era uma festa só! Espalhava os presentes pela casa toda, na vitrola disco LP tocando canções natalinas, função de papai que adorava música... (Ah! Papai quanta coisa boa aprendi com você). Lembro-me bem de um fogãozinho, panelinhas, pratos, talheres que levei logo para o meu cantinho, onde brincava de casinha. Lembro-me também de uma boneca bebê e seu berço que conservei por muitos e muitos anos.
Todas essas lembranças continuam vivas dentro de mim, como se o tempo realmente tivesse parado nestes momentos de paz e felicidade. Os almoços natalinos na casa de meus avós paternos onde toda a imensa família se reunia em torno de uma enorme mesa. Vovô na cabeceira, vovó sentada a sua direita, tios, tias, primos e mais presentes para as crianças, comidas deliciosas, sobremesas dos deuses, bons vinhos que eu via os adultos degustarem, (depois do almoço, escondida de todos, eu ia bebericando o restinho de cada copo), arranjos de frutas colhidas no pomar, flores por toda a casa e depois minhas tias revezando-se ao piano, já na sala de visita, onde os adultos tomavam cafezinho e licores. A criançada correndo pelo quintal, pelo jardim, pelo pomar... Tantos momentos felizes incontáveis como as estrelas do firmamento! Momentos que eternizei no meu coração.
Hoje o tempo é outro, a vida está diferente. Muitos se foram... Outros chegaram... Os espaços estão reduzidos, as moradias se verticalizaram, as janelas têm grades por causa da violência, as crianças já não acreditam em Papai Noel, desapareceu o espírito cristão do Natal para dar lugar a sua comercialização, as ceias tomaram o lugar dos grandes almoços em família, da missa do galo...
Mas a vida é dinâmica e temos que acompanhá-la. Os grandes encontros de família são raros. As famílias foram loteadas, junto aos espaços, junto a outras famílias, junto à necessidade de subsistência.
Nada mais é como antes, mas mesmo assim continuamos comemorando o nascimento do Menino Deus, em outros padrões é verdade, mas com o mesmo desejo de que haja paz, comida e felicidade em todos os lares.
Feliz daquele que tem tatuado nas entranhas da alma os venturosos natais de outrora vistos por olhos que vêem, olhos atentos de criança, sentidos com a pureza do coração!
Olhos da alma, sentimentos eternizados!...

Carmen Vervloet
Vitória, 23/12/2008
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À AUTORA

Foto de Dennel

Meu cenário imaginado

Essa é a vida que sempre quis
Esse sempre foi meu desejo
Quero com você ser um aprendiz
Aprender a viver, livre, solto, sem pejo

Ignoraremos o mundo vil
Por não aceitar sua companhia
Entre abraços, beijos mil
Viveremos uma utopia

Lerei as noticias nos seus olhos
Saberemos do tempo vendo as estrelas
Sem preocupar-nos com a carestia
Esta é a vida que sempre queria

Campo sendo nosso palco de amor
O luar nos iluminando
As estrelas com inveja
Seguirei sempre te amando

Sentiremos perfume de rosas
Ornando seus cabelos com perfumoso jasmim
Mil borboletas graciosas
Pirilampos com luzes sem fim

Este será o cenário
De um casal enamorado
Despreocupados da vida
Vivendo lado a lado

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de ivete azambuja

BORBOLETAS

Borboletas

Se sair do casulo faço-o em mil pedaços,
inutilizo-o totalmente.
Se não sair, fatalmente serei morta,
estou diante de um impasse!

Depois da constituição do sujeito, que foi o primeiro,
o segundo drama de minha existência.

Sair de mim,
Voar livremente sem amarras,
Não esperar o forno quente
que me incendiaria,

Voar sem compromissos,
Mesmo sabendo que, dentro em breve,ao me tornar crisálida também morrerei,

Mas que morrerei me defendendo,
Batendo asas,
Sentido no corpo o abraço amigo do vento...

Foto de NiKKo

Gosto......mas amo.

Eu gosto do cheiro da chuva caindo sobre a terra,
de ver o sol se pondo no horizonte azulado.
Gosto de ficar olhando o céu noturno cheio de estrelas.
Amo acordar e sentir você ao meu lado.

Eu gosto de ver as borboletas e os beija-flores
que ficam perambulando sobre as flores no meu jardim.
Gosto sentir a água caindo sobre a minha pele bem morna.
Amo sentir seu cheiro através do vento chegando ate a mim.

Eu gosto de caminhar na praia sentindo a brisa do mar.
Gosto de tocar a maciez da pétala de uma flor.
Gosto de ouvir uma musica suave quando a noite vem caindo.
Amo o som de sua voz me chamando de amor.

Eu gosto da sensação de liberdade quando caminho descalça.
Gosto de brincar e rir junto com amigos queridos e leais.
Gosto de acordar de madrugada só para poder dormir mais um pouco.
Amo poder sentir em minha alma o bem que você me faz.

Eu gosto de sentir cheiro de canela e jasmim na minha pele.
Gosto do tremor que você causa em mim ao me tocar.
Gosto de me sentir especial por ter você comigo.
Amo cada momento em que juntos ficamos a sonhar.

Eu gosto de água cristalina e fresca que mata a minha sede.
Gosto do riso de uma criança que corre feliz sem medo.
Gosto de deixar emoção tomar conta de minha alma.
Amo a maneira como você se entrega a mim sem segredo.

Eu gosto da natureza livre, magnífica e exuberante,
quando mostra que no universo consegue a tudo reger.
Gosto de olhar nos teus olhos e sentir sua emoção.
Amo a maneira como você me inspira a poesias escrever.

Eu gosto das estrelas, da lua, do vento e do oceano.
Gosto do som do silencio, mas adoro as ondas na areia a deitar.
Gosto de deitar-me sob a relva e ver as nuvens.
Amo ver no sol, o brilho dos olhos do meu amor, quando está a me olhar.

Foto de Sonia Delsin

ROSA RUBRA ENCANTADA

ROSA RUBRA ENCANTADA

A flor lhe apareceu numa manhã esplêndida.
Mas aquela rosa rubra sangrava.
A mulher percebeu a dor da rosa, pois que tudo ela tudo notava.

Conheceu o sofrer da flor e reconheceu o seu no jardim que morria dentro de si.
Passava por um triste momento.
Tudo era sofrimento.

E a flor ali... embaixo do sol. Da chuva.
Resistindo à tempestade.
A mulher era só dor.
Vivia embaixo da iniqüidade.

A rosa apesar de ferida era só beleza e simplicidade.

E a mulher observava que sua rosa rubra a cada dia se transformava.
Por magia, sabe-se lá porque, uma borboleta ela se tornava.
E seus canteiros ela visitava.

Isto a fez despertar por inteiro.
Pela beleza da flor dolorida que já então estava transformada.
Pela sua vida que julgava acabada.

O tempo ia assim passando.
Muito ia se revelando...

Um belo dia a bela mulher descobriu que jardins renascem... reflorescem.
Despertou do pesadelo que quase a matou.
E a um sonho todo novo ela se agarrou.

Tentou segurar a borboleta.
Mas borboletas são sonhos...
A borboleta que tanto a encantou...voou.
Só que riquezas infindas ela lhe deixou.

Foto de Sonia Delsin

RENASÇO

RENASÇO

A cada dia que nasce renasço pra vida.
Sorrio para as borboletas.
Para os colibris.
Sorrio para cada pessoa que cruza o meu caminho.
Por tudo que me rodeia eu sinto um intenso carinho.
Redescobri dentro de meu coração a paixão e a loucura que é viver...

Foto de Rosinéri

O ESCORPIÃO

Tudo é muito escuro
Escuto o escorpião
Conheço esse som
Também esses movimentos
Movimentos sem música
A dança da morte
O escorpião se move
Espalhando medo
Conheço essa dança
Um exotismo fervente
De repente tudo pára
Como no orgasmo
Sentem-se raios de luz
O escorpião se movimenta
Em uma dança de êxtase
Borboletas saem da escuridão
Não entendem a orgia da dança
Borboletas buscam a luz do Sol
Fugindo o escorpião, que dança
Fogem do exotismo que o cerca
Esse não é o mundo delas
Esse pertence ao escorpião
Mundo feito de desertos
Completo de areia quente
Debaixo de pedras escondem-se
Ocultando seu veneno
Veneno que embriaga de exotismo
Que mata de prazer e dor
Também se mistura com areia que queima
Veneno que nos cega de amor
Como a areia que cega de calor
O escorpião ainda dança
Uma dança elegante
Movimentos de êxtase
Exotismo espiritual
Dança sem música
Dança da alma
Dança da morte.

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