Braços

Foto de Minnie Sevla

Meu corpo chama-te

Amor, meu corpo chama-te
Nas batidas do meu coração
No sangue navegando nas artérias
Nas noites quentes de verão

Chama-te sem palavras
Confia em mim
Abra teu coração
Vem! Como a mais linda canção

Amor, vem seduzir-me
Com palavras doces
Aguçar meu paladar
Com seu corpo bronzeado
Vem correndo me amar

Chama-te meus braços
Querendo abraçar-te, num abraço sem fim
Minha boca desejando beijar-te
Chama-te todo meu corpo
Como um vulcão explodindo dentro de mim

Ramgad/Minnie Sevla

Foto de Dennel

Inocência

A inocência abraçada à experiência
Duas gerações em flor desabrochando
Dois corações pulsantes de alegria
Duas vidas que estão se completando

A inocência crê e espera
Da experiência a condução
Águas brotando em fontes cristalinas
Nos braços defensores e fortes de mãe

Beija a vida, celebrando a data especial
Fazendo votos de dias promissores
Crescer, casar, ter filhos, ser feliz
Desejados nesta data triunfal

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

ACORDAR NOS TEUS BRAÇOS

ACORDAR NOS TEUS BRAÇOS

Sinto desejo de acordar nos teus braços.
Sentindo-me presa nos teus laços.
Sinto um desejo de ser acordada com beijos.
Sinto desejos...
Sinto uma vontade louca de viajar contigo.
De ver o dia nascer noutro lugar.
Tenho estes sonhos.
Quero contigo mais tempo estar.
Contigo dormir, contigo acordar...
Nos teus braços repousar.
Te amar.
Acariciar...beijar...

Foto de Fernanda Queiroz

Esperança de outrora.

Muitas vezes,
sou arremesso no tempo.
Em um mundo diferente,
paredes nuas e cruas,
ornamentam uma visão.
Pessoas de rostos inexpressivos,
desfilam plácidamente,
incógnitos á minha dor.
Apenas um frio corredor,
opaco na cor
sem vida ou odor
me faz perdida,
reabre ferida.
Como se fosse dono,
ou imperador,
de momentos vividos,
jamais esquecidos.
Mutila tuas pernas,
na lentidãodo momento,
impregna de inércia
tira dos braços os movimentos,
coíbe pensamentos,
espalha fragmentos,
anestesia sonhos,
faz da cama o abandono,
onde apenas o coração,
cravado em um punhal afiado,
desafia a melancolia,
saindo da letargia
gritando sem rendição,
faz do apelo uma vocação.
E como um ternor agudo,
mais forte que uma canção,
ecoa um forte grito,
por esperança, por união.
Grito que resseca a garganta,
umedece os olhos,
que copiosamente choram
diante da incapacidade
de ser mais que amor,
mais que carinho.
Que atravessa a porta
em uma hora morta,.
porque sem você,
nada mais importa.
Veja-me, estou aqui,
segure em minha mão,
deixe eu ser proteção
sem ser ilusão.
Olhe em meus olhos,
penas por um momento,
transforme este sofrimento,
na esperança de outrora.
Deixe-me dar-te minha vida,
Ou na morte me leve embora.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de tadeu paulo

F E L I C I D A D E

F E L I C I D A D E . . .

posso vê-la
em todas as cores,
nas matizes degradês
de tons e semitons dos dias,
e melhor, bem melhor,
senti-la, como sinto,
nos teus perfeitos
e estéticos dons;
como posso ouvi-la
em seus tantos
e diversos sons,
da gargalhada de vida
à voz trêmula e triste,
dos momentos
de sofrimento e dor...
mas importa é que
te ouço, bem aqui,
nos meus ouvidos,
e assim posso te consolar
e te ver descansar
e dormir nos meus braços...
brigar, discutir, tem a vantagem
das pazes e das tantas desculpas
e dos perdões, que são eternos;
e os beijos são mais ternos,
invasivos, perdidos e tocantes
lá na ponta da língua,
lá no fundo da alma...
isso também não é FELICIDADE?

(Tadeu Paulo -- 2007-09-28)

Foto de angela lugo

Amor meu vem logo

Amor meu vem logo para meus braços
Vem adormecer ao meu lado
A saudade bateu forte no meu coração
Não queria abrir esta brecha
Mas de nada adiantou...
Senti o teu perfume correndo no ar
Inalei-o e não consegui mais esquecer
Este cheiro que somente você possui
Ele é especial tem cheiro de amor
Que faz incendiar o meu corpo
Faz com que minha alma delire
E que meu corpo peça pelo teu
Amor meu vem logo...
Não me deixe aqui a te esperar
Não vou suportar mais tempo
Sem ter você nos meus braços
A me amar, acarinhar...
E esquecer o tempo que fiquei
Aqui sozinha morrendo de saudade
Deste amor que somente você sabe dar

Foto de tadeu paulo

TE AMO

TE AMO . . .

não me basto
pois sem ti
não sou bastante
choro como
o mais mísero
dos pedintes
me mascaro
como o maior
dos farçantes
sofro, por não
controlar este amor
imploro com
a humildade
e o medo dos fracos
pena que não
me ouves, pois ausente
pena a tua lembrança
tão viva e tão perto
e você flutue
e voe nos braços do vento
e só exista
em minha saudade
e só caminhe
em meu pensamento...

(Tadeu Paulo -- 2007-09-28)

Foto de Flower Medeiros

Não pude resistir

Está difícil,
Meu coração já não sabe mais o que fazer.
Tu vieste, tão meigo, tão sereno
Que não pude resistir
Lutei, mas fui vencida

Agora diante de tudo que me é importante
Diante da ética, dos valores familiares,
Como jogar tudo fora?
E me afogar nos teus braços,
E deixar que teu corpo revele,
Meus delírios escondidos.

Como dizer não a uma vida
De pudores, deveres, cumplicidade
E me arrebatar as mais loucas tentações
Que Tu, mundo pode me oferecer

Como fazer tudo que mais tenho vontade
Sem parecer mundano.
Sem deixar marcas dolorosas,
Cicatrizes incuráveis.

Como saber se tudo que sinto neste momento
Não será passageiro
E que as conseqüências vão me esperar.
Ao menos é recíproco meu desejo?
Não tenho certeza.
A única certeza é que não pude resistir.

Foto de diego_drigo

PENSO EM VOCÊ

PENSO EM VOCÊ

Quando penso em você me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...

Tento apenas superar,
a imensa saudade que arrasa o meu coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.

É através desse tal sentimento, a saudade,
que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...

A delicadeza de tuas palavras
contrasta com a imensidão do teu sentimento.

A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...

E nesse momento de saudade,
quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvo aos teus braços...
Tudo isso acontece porque amo e penso em você...

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