Braços

Foto de Cecília Santos

SOMBRA DE MÃE

SOMBRA DE MÃE
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Não sinta-se sozinha.
Sou como uma sombra a te seguir.
Se as lágrimas ofuscarem seus olhos,
Lhe tirando o brilho do sol.
Te impedindo de ver o caminho.
Não se assuste, estou com você.
Conserve o que há de melhor em você,
Esse coração cheio de amor.
Esse amor te guiará por onde for.
Não haverá chuva, frio ou calor,
Que te impedirá de seguir adiante.
Não sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Obstáculos e barreiras surgirão,
Te ajudarei a ultrapassá-los.
Se tiver algum tropeço.
Terá minha mão pra te amparar.
Se não puder caminhar, meus braços,
Se tornarão fortes pra te carregar.
Jamais sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Sombra de carinho, sombra de amor.
Sombra de mãe, à proteger um pedacinho,
Do meu próprio coração...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/07*

Foto de JGMOREIRA

45 GRAUS

45 GRAUS

As malas arriadas ao rés do corpo
As mãos frias ao longo
Um peso de medo forçando os ombros
Olhar rotativo querendo guardar
Coisas,
Cheiros que se perderão quando outros odores...

A casa fica
As coisas ficam
Um desejo intenso de incorporar-se
De ser tão parte que a parte seria uma só.
Cimento areia ciúme desejos caibros
Poltronas pessoas livros tardes ruivas

A serenidade das lembranças
Amacia a ânsia pedindo licença
Para se acomodar na sacada
Ver a rua que não mais será visão
Quando as mãos forem arregimentadas
Os braços paralelos
Os passos forem deixando uma marca
Uns sons

Os músculos abandonam
Os joelhos em 45 graus
A casa vai ficando pequena
Antes que os olhos condenem
A distância degusta lembranças

Amanhã nada mais restará de hoje
em nossas Vidas

Foto de Ednaschneider

Doze

Trago doze rosas para teu dia
No teu rosto doze beijos
Doze cheios de desejos.
Uma dúzia de alegria.

Trago doze olhares de ternura
Com doze versos te desperto;
Feitos da forma mais pura.
E te espero de braços abertos.

Doze.O número da sorte.
Doze de junho vi meu rumo norte.
Onde oficializamos nosso amor.
E este número para eternidade ficou.

Joana Darc Brasil *
12 de setembro de 2007
Direitos reservados *

Foto de Carmen Lúcia

Tua sombra

Colei-me em ti,fui tua sombra noite e dia
Cegou-me teu luzir,a tua luz sorvi...
Banhei-me de tua aura,de teu carisma me servi,
Andei teus passos,tua distância percorri...
Sonhei teus sonhos,me deserdei de mim...
Soprei tuas lágrimas,teu pranto dissolvi
Sorri tua alegria,o teu sorriso absorvi,
Te busquei na noite,te dei amor sem fim,
Quis teu querer,ser teu querer,fiz-me querer
A ti roguei...e implorei...e te amei...
Dei-te meus braços pra me envolver os teus abraços
E minha boca, quente e louca por teus beijos
Fui teu descanso,teu remanso,teu abrigo
Fui o teu cais,onde ancorar o teu navio
Perdido ao léu,entregue a mares tão bravios...
Voei teus vôos,transcendi os teus limites
E ao pousar,perdi o chão,onde pisar...
Não percebi que ao viver a tua vida,
Eu me esqueci...e me perdi...e te perdi...

Foto de JGMOREIRA

GARDEL

GARDEL

Comprei Gardel,
do pescoço verd'amarelo,
com alguns milhares de cruzeiros.

Gardel era meu.
Verd'amarelo na gaiola,
Gardel cantava em vao.

A garganta de Gardel
era só trinado e solidao.
A minha, rouca,
a do carceireiro torturado.

Gardel no ônibus,
na caixa de sapatos.
Princípios e razao.

Gardel no mato,
debaixo do meu braço,
meus cuidados de pai e mae.

Abri a caixa
abri os braços
gardel trinou, hesitou

levantou vôo
ruflou suas asas de anjo
verde e amarelo

sobre as árvores verdes,
Gardel livre.

Quem voava era eu.

Foto de Sirlei Passolongo

Mágoas

É estranho esse sentimento de mágoa
por alguém que sorriu junto com você
alguém que você teve nos braços...
que dividiu carinhos e juras
E de repente, você percebe que
eram apenas injúrias

E essas mágoas
vão se transformando em lamentos
Lamentos por você mesmo,
pela ingenuidade do seu coração,
e logo, serão lamúrias

Então você faz promessas de esquecer
que tudo morrerá dentro de você
e voltará a sorrir.
Mais uma vez, a lágrima da saudade
molhará seus olhos e enfim,
percebe que não adianta mentir

Que você não faz mágica
capaz de esquecer alguém quando quer...
E não está em suas mãos
a sede do seu corpo
nem o grito do seu coração.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de JGMOREIRA

CÂNTICOS

CÂNTICOS

És bela, Amada pela minha alma
Como o sol afastando a madrugada.
Teus olhos são frescas paragens
Abrigando os meus da vida voragem.

Teus lábios são fontes murmurantes
Que matam a sede dos meus, ofegantes
Beija-me e embriaga meu coração
Com o licor da tua boca em profusão.

Formosa és entre as mais belas
Reconheço-te entre todas elas;
estando entre mil, quando passas
meu coração desperta e dispara.

Passa o tempo; muda a estação.
A natureza doa flores em admiração.
Teus seios são taças macias
Que me saciarão ao findar o dia.

Tua pele agradável como o linho
Tua cor deslumbra o peregrino
Abundante é o mel que alivia
Que sorvo desejoso da tua delícia.

Tua palavra doce acalanta
Tua voz é flauta que encanta
Ergo-me mais homem a cada dia
Que teus amores são puros, amada minha

Quisera fosses minha irmã, amada
Para desde antes termos as mãos dadas
Desde o primeiro dia da tua vida
Estarias entre meus braços protegida

A mão esquerda te apoiaria a cabeça
Para que te abraçasse a direita
Envolvendo teu corpo nos braços meus
Sou um homem que chega a Deus.

Deleito-me ao ver-te preparando o leito
Perfumando-o com aromas perfeitos
Para transformar a noite do nosso amor
Em palácio de ouro, puro esplendor.

Teu ventre é obra de mão apaixonada
Tuas pernas duas torres cinzeladas
Que guardam arca de rico tesouro
Que será entregue ao amado venturoso

Vem, amada minha, apressa teu passo
Que minha alma ressente-se sem teu abraço.
Acolhe-me em teu colo e apascenta
Ouve a melodia do coração na tua presença.

Amada minha, amiga fiel, irmã querida
Aceita o presente dos meus dias de vida
Afasta de mim os males da alma dos tristes
Salva-me com o amor que só em ti existe.

Sela meu coração com teus lábios
Ampara-me quando, triste, caio.
Leva-me ao leito que preparastes
Para com teu amor o desfrutasse.

És a flor banhada pelo orvalho
Quando ouço tua voz me calo
Música encantando a cotovia
Esta mulher, amada da alma minha.

Foto de Marta Peres

Frescor da Manhã

A manhã surge lenta e suave,
Há pelo ar uns frêmitos de festa...
Florescem lírios, desabrocham rosas,
E a vida, em tudo, a rir, se mainifesta.

O disco sanguíneo do sol,
escalando pachorrentamente
o horizonte, não chegara ainda
à altura de um cavalo.

O céu, puro e sereno,
é todo inteiro azul
a brisa não acoita
as folhas das árvores
Daqui da janela tudo vejo
e me delicio no frescor
dos seus braços.

Marta Peres

Foto de Dennel

Brincando com o pecado

Senhor, livrai-me das tentações desta mulher, olhai para mim com Vossos olhos de misericórdia. Perdoai-me, se olho para estes seios palpitantes que me atiçam, estas coxas roliças que me fazem perder o juízo, estes cabelos sedosos que me alucinam. Senhor, evitai que eu me atire em seus braços em uma profusão de amor, com doces palavras sussurradas. Impedi que eu aceite o convite que me é dirigido tão docemente.

Que meus pensamentos profanos sejam perdoados; que sejam contidos os desejos mortais que percorrem meu corpo, em eletrizantes ondas de prazer, frente a esta imagem provocante.

Tenho o olhar preso da mais terrível loucura, que me entorpece os sentidos. As mãos suadas querem estender-se e percorrer com as pontas dos dedos a escura mata, explorando, por fim, a gruta dos prazeres infinitos.

Sejam refreados meus pés, que me fazem avançar para esta escultura de deusa, que de tão perfeita, torna-se imperfeita, pela proibição a mim exposta. Os suaves e provocantes aromas de femme fatalle adentram as minhas narinas, fundindo-se com o suor do desejo, exalado por minhas glândulas sexuais, que contra a minha vontade se multiplicam, deixando clara a minha concupiscência, que me lança antecipadamente nas ardentes chamas do Sheol.

Senhor, caso não alcance a Vossa benevolência, deixai-me perdido nos braços desta mulher, deixai que desfrute dos seus beijos, como se estivesse saboreando a fruta proibida. Permiti-nos que encontremos conjuntamente o mel que corre da dura pederneira, o maná produzido no Templo dos prazeres. E, caso morramos, que seja de amor e paixão.

Juraci Rocha Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Marta Peres

Palavras Nada Mais

Palavras, nada mais que isto
frágeis, se espalham
com o vento.

Muitas vezes desnecessárias
sem sentido, palavras a se
consumirem no tempo.

Não é preciso palavras para
ter você em meus braços,
o silêncio fala por nós,
o tempo, só o tempo
é necessário.

Como queria estar em teus braços
provar dos teus beijos
sentir de sua boca o desejo.

Não diga nada, palavras,
para que servem?
Encher o tempo
que era para te amar?
O amor não precisa de palavras!
Soam falsas,tolas palavras
que ferem, ferem como punhal
punhal que mata.

Já me cansei,
não quero mais ouvir
palavras que machucam
palavras pontiagudas como setas
prontas para ferir.

Vou deixá-las ao vento
palavras sem significado,
vou tentar esquecer,
não quero trazê-lo pela mão
tudo isto machuca o coração.

Não mais pensarei em você,
não direi mais palavras
nenhuma só palavra,
já não quero cobrir-te de beijos
matar o desejo que me faz feliz.

Foram palavras,
equivocadas, palavras
pronunciadas em momento
de loucura, de dor.
Palavras impensadas
com garras afiadas,
felinas tal qual animal,
horror.

Palavras,
ditas, depois, desditas
num profundo olhar onde meus olhos
de tanto chorar não souberam ouvir
meu coração.

As palavras foram ouvidas
pois foram pronunciadas,
meu amor ferido sem compreender
a imensidão de minha dor.
Marta Peres

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