Café

Foto de tizapoe

DELÍRIOS

O Mar está tão doce,
O doce está amargando,
O amargo me deixa a seco,
O seco vai me alagando...

O gelo está bem quente,
O café já clareou,
O dia só vive escuro,
O infinito enfim se acabou...

O Rio está parado,
E a parada não está mole,
A mola não mais quica,
Mas, por mim, a gente fica!!!
Este mundo não mais me engole...

Foto de Canceriano apaixonado

Diário de uma espera

"Acorde......acorde......"
Quem ousa me retirar para fora dos meus sonhos....
Mesmo com olhos semicerrados, sinto um calor gostoso, acariciando meu ouvido....Será vc me chamando amor?

Abro os olhos mais não vejo ninguém, além deste quarto solitário, dos livros abertos e das roupas espalhadas que eu já conheço há tempos.

Corro para a tela do notebook, pena...não há nenhum recado teu desde seu último e apressado sumiço. Insisto em ver, perplexo, o bonequinho do msn, orando pra que ele mude de cor. Mas acredito que ele está corado de ira, de ciúmes deste sentimento tão lindo q tem surgido em minha vida.

Tudo bem, a vida continua. Tomo um café amargo, escovo os dentes e inicia-se mais um dia de monotonia.

Silêncio...

Engraçado, são exatamente as 12 hs aqui, e devem ser 2 da madruga, e juro q senti vc alguém me chamando...Corro para tela novamente. Ainda está vermelho...Claro, esta hora deve estar dormindo.

Abro novamente as duas unicas fotos q mandara, e te dou um beijo carinhoso de boa noite.

Academia, ufa, finalmente em motivo, são 1h e 20 de corrida... Nunca foi tão fácil. Vc estava sempre lá mesmo não estando, converso com vc e lembro de cada detalhe das maçãs do seu sorriso. Obrigado por existir!

É noite, tomo um gostoso banho. Ah, como queria q estivesse aqui compartilhando este momento agradável. Esfregar as tuas costas e lavar seus ouvidos...e te dizer no seu ouvido baixinho: Eu te amo...

Obaaaaaaaaa...
Vc chegou...como sempre, mesmo q frustro.
Como aquela dourada entardecer q anuncia a lua e as estrelas..
Como aquele arco-iris q ilumina após as lágrimas dos céus..
Vc demora...como sempre...ou será q minha ansiedade q apressa o tempo...
Mas vc sempre chega...
trazendo a sagrada água q rega as minhas fantasias de todo dia.

Por isso sempre te espero...
sempre espero..

Foto de Welington de Haia

Nem um segundo

Meus ouvidos precisa da sua voz
Meus olhos precisa da sua imagem
Minha boca precisa dos seus lábios
Meu olfato precisa do seu cheiro

Minhas mãos precisa da sua pele
Na sua pele minhas mãos te saborear
Meus passos precisa do seu caminho
Meus pulmões necessita do seu ar

Meu peito precisa da suas mãos
Mãos que neles desejam tocar
Meu sexo precisa do seu sexo
Como café, almoço e o jantar precisa de alguém para o devorar

Meu dia precisa de suas horas
Minhas horas do seus minutos
Não quero contar o tempo nem de um segundo
Segundos que o tempo tardia o nosso provar...

Foto de Carlos Donizeti

Os últimos Cantos

Já me vestiram para a festa
os convidados aos poucos chegam.
Todos adornados de preto
ao invés de balada, choros.

Lamentações, remorsos.
nesta noite, eu sou o astro principal.
E ninguém vai querer me imitar,
minhas musicas, poesias ou vida passada.

A crepúsculo já é espesso e vazio
Já não tem o bolero, tango e a valsa
O samba pagode ou funk
Nem bebidas, aqui só café

Nesta noite, de madrugada
Já estou seguindo a estrada
Em breve serei pó e vento
E uma Historia nos livros
Para alguns, talvez um alento

http://carlosdonizeti.blogspot.com/

Foto de TrabisDeMentia

1 dia antes (do fim)

Ontem duvidaste e disseste que te magoei. Hoje não duvides, pois vou-te magoar ainda mais. Bem podes começar já a chorar pois vou-me abrir contigo. Tu não és um anjo, és uma sereia... Tu não voas, tu nadas. Tu sentas-te nos rochedos e encandeias os marinheiros com a tua beleza, cantas-lhes músicas de engano e os levas á morte. Obrigas-me a me amarrar ao mastro para não cair na tentação de me afogar. Vendo os meus olhos para não me iludir. Tapo os ouvidos para não te ouvir. Sinto o teu encanto na pele e me arrepio só de pensar. Que queres de mim? Queres me ganhar? Tens tido azar. De mim só tens levado derrotas e desilusão, não é não? Então diz-me porquê te meteste na boca do lobo. Tu gostaste? Ou és assim tão ingénua? Disseste que não eras um anjo pois eras má. Será que tens razão? És má para quem? Para mim? Para ti? Dizes que és feia? É só para me picar? Dizes que és feia e depois te encostas a uma parede a ouvir elogios de cem?! Enganas quem? A mim? A ti? Dizes que tens que os ir aturar e que nunca mais és salva! Mas quem foi que se deixou ir? TU orgulhosa de TI foste “salva” a sorrir. Pois é... São peças que se encaixam mais tarde na memória. Hoje... como foi que te encontraram. Como foi que combinaram? Foi no café? No jardim da escola? Por telemóvel? Boca a boca? Ouviste elogios que chegassem?! Adoraste quando brigaram por ti não foi! És assim tão má? Tão feia? Beijinhos, beijinhos para todos! O último é o primeiro! O que a malta quer é beijinhos, quanto mais fofos melhor. Isso e nanar bem! Sonhar muito! Que sonhem contigo aposto! Sim pois apostas não devem faltar. É só olhar á tua volta e contá-los pelos dedos... E dizes que és feia. Desculpa, mas pelo que vi não acredito que te aches feia. Tu sabes que és linda. És a nossa sereia! Hoje faço-te um xeque. Fico há espera de um mate. Quero que me dês um estalo por cada mentira que disse. Quero que me odeies. Quero que acabes com o meu sorriso sarcástico de vez. O amor?! Queres que te diga o que é o amor? O amor é um misto de amizade e de paixão! Paixão implica sexo ou desejo! Amizade implica partilha, compreensão, confiança. Pois eu não te compreendo e teimo em não confiar em ti. Desejo uma sereia, uma meia mulher que não se encaixa em mim. O que queres de mim?! Eu que tenho jeito para sofrer. Eu que gosto de dar e receber. Eu que sou merda. Eu que te quero feliz mas a chorar. Eu que te amo e te invejo, mas que te deito ao chão e te espezinho. Eu que sou nada e que sonho com tudo. Eu que não suporto a ideia de perder para ti. Eu que não sei o que digo nem o que faço. Que te sinto já entre os dedos. Eu que desvio os olhos de remorso! Quero drenar toda a alegria que te rodeia. Quero chupar toda essa falsa ilusão. É verdade? A paixão, já me esquecia. Quando foi que me tocaste? Não me lembro. Quando foi que me beijaste sem eu te pedir? Já me disseste porquê mas eu não entendi. Vais juntar esta carta á tua colecção de triunfos? Quem sabe para mostrares ao próximo? Vais-me reenviar uma mensagem de imagem? Uma frase feita? Vá lá! Mata-me de vez. Diz-me que me odeias! Que nunca me amaste! Só assim te levarei a sério! Eu não suporto sentir ciúme.
Me desculpa... Desculpa-me, beija-me e abraça-me.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Saudades

Ando com saudades de café com pão;
de namorados dando beijinhos no portão;
de pedir bênção a pai e mãe (Deus te abençoe);
do sinal-da-cruz que fazia quando passava na frente da igreja;
de ver um varal cheio de roupa com cheiro apenas de sabão;
de ver alguém sorrindo enquanto lava a louça com bucha vegetal;
de sentir respeito pela polícia;
de cantar o Hino Nacional com mão no peito e lágrimas nos olhos;
de acreditar que o Brasil ganhou a Copa do Mundo porque jogou direito;
de saber que o Zezinho, filho do porteiro, não vai morrer de dengue;
e que Maria feirante poderá ter um filho médico.
Saudades de homens que usavam apenas o assobio como galanteio.
Fiu-fiu!

Morro de saudades do tempo em que um presidente de uma nação
era o mais respeitado cidadão do país.
Que cadeia era lugar só de ladrão.
Acho que andaram invertendo a situação.

Ando com saudades de galinha de galinheiro;
de macarrão feito em casa com tempero sem agrotóxico;
de só poder tomar guaraná em dia de festa;
de homens de gravatas;
de novela com final feliz;
de pipoca doce de pipoqueiro;
de dar bom-dia à vizinha;
de ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarinho,
preocupado com o passageiro.
Saudades de gritar que a porta está aberta para os que chegam.
Um saco destrancar tanto papaiz.

Saudades do tempo em que educação não era confundida com autenticidade.
Hoje, se fala o que quer em nome de uma
“tal” verdade e pedir perdão virou raridade.

Ando com saudades de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa.
Saudades das chuvas sem acidez, que não causavam aridez.
Saudades de poder viajar sem medo de homem-bomba,
de ser recebida com pompa em outra nação.

Atualmente, reina a desconfiança no coração.
Sinto muitas saudades do rubor das faces de minha mãe
quando se falava de sexo totalmente sem nexo.
Hoje, ele é tão banal que até eu banalizei.
Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei.
Para minha filha não poderei deixar sequer a esperança.
Hoje, já não se nasce criança.

Foto de Ricardo felipe

Abandono

O levantar do sol mostra o revoar dos pássaros.
Logo o horizonte em douro despertar sorri.
Ouço o sussurro dolente dos pequeninos alados.
Por que tu fostes parte e me deixastes aqui.

Onde tu ti escondes para ter essa palidez?
Nas noites de lua cheia em lamuriar surdez?
Clamei nos quatro cantos, em promessa me sacrifiquei.
Injusto correr das águas só levou a ti e eu fiquei

Com um olhar perdido ao horizonte dos ventos,
sem vida, graça, sonhar, asas ou esperança.
Restaram do outono as folhas secas e os tormentos,
a memória da felicidade e o pesar da lembrança.

Há um caminho solitário pelo qual devo seguir
Vejo a cavalaria branca ao céu em debandada.
Devo juntar as memórias, me unir a ela e partir.
Deixarei a ti estas linhas sobre a cama abandonada,

para que tu chores à noite, de volta, ao saber que parti.
Ti deixo a roseira que podei estes anos todos por ti,
o cheiro adocicado de café no bule e os cabides meus.
Restará tu ai. Parto como teu amor por mim. Adeus.

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