Café

Foto de Gleisson Brito

Luz da Fresta

A luz apagou-se ao fundo.
Pingos invasores choravam...ressoavam...
Preta velha, colchão velho, jornal novo,
fitava o teto do barraco, do seu mundo

A noite a luz entra, pela fresta
Da janela, da porta, do telhado
Compõe vultos ignóbeis, tão igênuos...
desses filhos dessas pretas, incorretas

Ja vai longe a lembrança (la no fundo)
do café, do trigo, da colheita
Fazem parte de um passado, do seu mundo

Luz da noite. Luz do dia, Luz da fresta
Acompanham o martírio insolúvel
Dessa gente, a luz do mundo, incorreta.

Foto de yosoy13msn

Los Cuatro Elementos

Playa Blanca 07/10/06

Los Cuatro Elementos

Me gustaría ser como el viento poder viajar libremente
por todas las parte, ver la tierra desde arriba, azotar
las hojas de los árboles y hacer con que el perfume de
los campos llegue a todas partes.

Me gustaría tomar todas las direcciones hasta que pueda encontrarte, tocaría con una leve brisa tus cabellos y tu piel para poder refrescarte todos los veranos.

Me gustaría ser como el agua para poder regar las plantas, llevar agua donde es necesario y matar la sed.

Me gustaría deslizar por tu piel acariciando todo tu cuerpo humedeciendo toda tu piel.

Me gustaría ser como la tierra para poder hacer crecer las plantas, poder ser firme cuando necesario y tierno al mismo tiempo, hacer montañas y valles, planicies y rocas.

Me gustaría ser firme y claro para que cuando pisaras no te resbalases, hacer tu camino firme para que alcanzaras tus objetivos.

Me gustaría ser como el fuego, arder dentro de las montañas y calentar la tierra, derretir las rocas y hacer nuevos continentes, nuevas islas paradisíacas, dibujar sobre las rocas bellas paisajes.

Me gustaría calentar tus días y tus noches en los días fríos del invierno para que te sintieras a gusto y protegida, poder calentar tus pies en las noches frías, poder calentar tu café, tu te, tu baño, calentar tu alma y tu corazón para que hirviera de amor.

Carlos Campaña

http://yosoy13msn.blogspot.com

http://yosoy13.spaces.live.com

Foto de cathy correia

Sobre a Amizade

Isto de ser amigo de alguém a sério, tem muito que se lhe diga.
Ser amigo pode ser uma de muitas armadilhas do destino, pelo menos para aqueles que são amigos a valer!
Lembrei-me de falar nisto depois de uma conversa que tive há tempos atrás, numa mesa de café, com alguém que considero um amigo de verdade, daqueles sinceros sem interesses dissimulados e que não se importam de mostrar o seu ponto de vista, mesmo que não o partilhemos!
Sim… porque amigos há-os para todas as ocasiões:
- Os amigos da “copofonia” – aqueles que duram enquanto dura a “bezana”!
- Os amigos dos jantares – enquanto se come de graça, “tá-se bem”!
- Os amigos do dinheiro – enquanto tiveres “guito”, és o maior!
Existem miríades de amigos, um para cada ocasião: os amigos da gargalhada, do alheio (estes serão mais inimigos…!), da ocasião (também não serão os melhores!), da onça (ufa! ufa!)... Enfim!... Amigos para todos os gostos e feitios!
No fim, e depois de bem vistas as coisas… ficamos reduzidos a 2 ou 3 amigos… esses sim – dos verdadeiros!
Daqueles com quem se pode contar para tudo e que tudo farão para tornar melhores os nossos dias, quaisquer que sejam… quer chova ou faça sol!
Um amigo é um tesouro que se deve ter o cuidado de manter e guardar! Para cimentar uma amizade é preciso mimá-la, fortalecê-la e prestar-lhe atenção todos os momentos da nossa vida.
Ser amigo é saber dar espaço e deixar que aqueles que consideramos amigos nos ponham de parte quando tiverem vontade de o fazer e que se aproximem quando sentirem necessidade disso.
Ser amigo verdadeiro obriga-nos a adiar a nossa vida pessoal porque frequentemente os amigos nos exigem toda a nossa atenção e carinho.
Quando se é amigo vive-se a loucura contagiante do outro e aproveita-se ao máximo cada momento porque a vida é fugaz e devemos aproveitá-la junto daqueles que mais amamos!
Ser amigo é amar, de forma sincera, sem pretensões ou interesses subjacentes, uma vez que o verdadeiro amigo não usa disfarces, dá-se por inteiro… tentando encher de sol e sorrisos todos quantos o cercam!
Bem hajam os amigos!
Nunca se esqueçam deles e não deixem para amanha o que podem fazer agora! Peguem no telefone e falem com aquele amigo que não contactam há séculos… não adiem esse sentimento tão bonito!... Se essa amizade for daquelas de pedra e cal, verdadeira… vão ficar surpresos com a resposta do outro lado da linha, porque as palavras… também podem sorrir!

Foto de JGMOREIRA

SONHO

SONHO

Eu tenho um sonho que carrego comigo
de um dia ser livre, plenamente livre
como fui um dia quando era menino

Esse sonho se depara todos os dias
com a crua realidade da minha vida
que é a obrigação de vencer os dias

Eu não queria vencer nada, lutar;
sequer que fosse o viver uma disputa
Queria apenas poder a cada sol, brindar

Mas eis que me aparece à frente um amigo
preocupado com seus ganhos e não comigo
e me conta a história de um negócio perdido

Ouço porque tenho ouvidos e quase expluo
no desejo de dizer-lhe para tirar os sapatos
sentar no meio-fio e esquecer o mundo

Tenho documentos para assinar, café à mesa
Fumo sei lá quantos cigarros para suportar
a faina à qual o corpo empresto com tristeza

Tenho que percorrer quilômetros e sumir
dentro de um prédio onde não conheço ninguém
Tenho. Tenho que me segurar para não fundir.

Mas acalento esse sonho de ser livre
Essa vontade incontida de esquecer o tenho
e apenas ser um menino que apenas vive.

Não sei onde acabará a minha história
Mas não queria ser encontrado derrotado
dentro de um apartamento sem nenhuma glória

A glória de ter conseguido, antes do fim
atingir a maioridade do meu ser e existência
tendo sido, na minha velhice, o menino que vive em mim.

Foto de JGMOREIRA

À ESPERA DE DEUS

À ESPERA DE DEUS

Com os olhos borbulhando
sem conseguir evitar olhar
espero, noite após noite
que Deus habite este lugar

Um Deus amplo, acolhedor
de braços longos e quentes
que abrigue toda essa gente
faiscando de pavor

O medo de estar vivo
O medo de estar sóbrio
O medo de mais um dia
o medo de todos os dias

Em tão rápido passar
apenas riscam a vida
Crendo-se sempiternos
correndo a coxia

Esperando Deus em sua chegada
fico, o parvo, observando
os homens pela madrugada
como tochas se apagando

O velho que puxa a carroça
A mulher que serve o café
A moça na janela do trem:
rosto emoldurado em ferro

Fumaça, sonhos e aço
eis a salvação
Todos à procura de abrigo
Aguardando revelação

Com seus instrumentos tortos
vão construindo suas certezas
Rolam dados em busca da sorte
que não os quer por consorte

Canso-me de esperar por Deus
Observando meu descrédito
ele sequer se ergue
quando meu coração se verga

Quatro cadeiras na casa
O homem se senta
separado do ser;
a razão e a emoção descansam

Na cama, apenas o corpo
peso, volume, massa
Guardado por seus apetrechos
sentados, insonos, de guarda

Sem êxtase, o gozo jorra
para que a vida tenha forma
Antes que o cansaço me vença
ofereço-me a Deus em oferenda.

Foto de Edilson Alves

UM CONTO

Quando conto um conto
Chego a ficar tonto.
Quanto vale um conto?
Sei, não vale tanto.

Meu conto é assim...

Fui ao sapateiro
Sem ganhar dinheiro
Não paguei o salto
Voltei de chinela
Fiquei sem sapato.

Quanto vale um conto?
Vale o quanto pagam.
Pague quem quiser.
Volto a contear.

Meu conto é assim...

Homens que trabalham
Sem poder voltar
Sem poder sorrir,
Chuvas, céu aberto.
Fogão sem comida
Menino a chorar,
Homens que trabalha
Sem ter onde morar.

Quanto vale um conto?
Não sei responder,
Pague o que puder
O que merecer.

Meu conto é assim...

Uma légua e meia
Caminhando a pé,
Mochila na mão
Enxada nas costas
Sem tomar café.

Quanto vale um conto?
Um tostão rasgado
Um chegue sem fundo
Um real passado.

Vale o choro triste
Uma lenda antiga
Um povo sem casa
Uma bela briga.

Foto de Marta Peres

Chuva

Choveu...
A terra precisa de chuva.
O café precisa do adubo.
A rosa precisa do espinho.
Ninguém pode existir neste mundo
vivendo sozinho.

Choveu...
Molhou todo o meu quintal.
A terra virou lama.
Eu fiquei sozinha na cama.

Choveu...
Os pássaros cantam no jardim.
De onde estou posso ouvir o cantar
ainda tenho lágrimas no olhar.

Choveu...
E ela trouxe uma jóia rara.
É o tesouro guardado
no coração de quem sabe amar.
Marta Peres

Foto de Jamaveira

Lindo dia de chuva

Lindo dia de chuva

Estava correndo uma brisa fria, as árvores agitadas o tempo escurecido típica manhã de inverno.
Fiz um café torrando de quente e fiquei ali na vidraça degustando sem pressa, pessoas iam e vinham encolhidas encasacadas percebia-se a tortura de estarem ali por força das obrigações, de repente a chuva engrossa, todos correm em busca de agasalho, foi quando uma linda jovem de saia curta e casaco vermelho se espremera no peitoral da minha janela sem que adiantasse muita coisa, pois o mesmo muito curto e estreito. Por momento fiquei sem ação observando a maravilha que ali se estalou, logo recuperei os sentidos abri a porta convidado-a a entrar no que fui prontamente atendido. Ali estava ela, peito ofegante, cabelos encharcados negros azulados, lindos!
Sua pele alva em contraste tremia de frio seus lábios carnudos balbuciava agradecido... Peguei de pronto uma toalha e passei pelos seus ombros, com gentileza leve-a até a sala aonde o ar quente iria lhe fazer muito bem. Ficamos ali quietos sem movimentos nem palavras, lá fora a chuva não passava, batia na vidraça com ímpeto desenhando filetes que escorriam ligeiros, foi quando de repente ela com seus olhos verdes violeta me fuzilam, assim a queima roupa pergunta:
- Eu poderia tomar um banho quente, por favor, estou gelada.
- Ca-claro fique a vontade, vou te levar ao banheiro.
Sai na frente ela me seguindo, casarão, cômodos distantes...
Ao virar-me pra ela, engoli em seco, deslumbrante cenário, totalmente nua minha visita estava,
sorriso matreiro e muita doçura no olhar.
Não sabia o que fazer, deu um branco, situação diferente minou minhas ações.
Ela com graça segurou minha mão e passou para o banho, não fechou a porta...
A fumaça da água quente logo envolveu aquele corpo de deusa molhado fumegante, era demais para
meu instinto machista, não suportei, peguei-a pelas costas com força apertando-a sobre meu pênis
para meu espanto ela pressionou sua bunda com astúcia e de mansinho pediu-me que ficasse nu.
Corpos ensaboados vontades sem limites taras em exagero, caramba! Uma loucura.
A sensualidade da garota era tanta que parecia ter nascido para o sexo, abri suas coxas penetrei a língua de aço massageando o clitóris seu urro de loba invadia toda casa, seus olhos melosos pedia mais, mais...Coloquei-a de bruços e com apetite animal cravei-lhe o ânus sem dó, feito cachorra no cio mordia, gritava e pedia mais... Empurrou-me de repente na banheira pulou em cima com seus lábios de suga-suga colocou meu cajado em sua boca, parecia que ia engolir de tanto prazer, olhava nos meus olhos e chupava, às vezes tirava o pênis permanecendo com a ponta da língua acariciando a cabeça pra de repente engolir, coisa de louco; nessa altura meus dedos deliciavam-se em sua vagina masturbando-a e acariciando seus seios, o tempo passando a chuva escorrendo nós na safadeza se derretendo, no ultimato do desejo finquei-lhe com ardor na vagina gritando com ira minha PUTA, CACHORRA e ela mordendo meus dedos gozava louca... Extasiados , enlouquecidos viramos bicho, ainda no ímpeto num bote felino bebeu todo meu sêmen com avidez. A chuva agora mansinha prenunciava à tarde que se avizinha, puxa! Que dia.

Jamaveira

Foto de ssoaresmartins

aquarela sertanej

saudade,triste saudade
como no peito gravado
esse é, o penoso salário
de quem busca, viver o passado
de ti hó porteira velha
quase nada restou enfim
só os troncos de braúnas
e alguns paus de angelim

nas boas férias de julho
na anciosa caminhada
seu rangido, parecia
alegre com minha chegada
emocionado eu abraçava a vovó
que me punha a esperar
o café de rapadura
com umas broas de fubá

minha boa e velha amiga
bem conheces meu passado
daquele amor primeiro
o beijo que não foi vingado
se com um pequeno canivete
um coração desenhei
muito grande foi a paixão
com que em ti, o nome dela gravei

com tio nelson eu brincava
nas palhadas de feijão
abra o fole da sanfona
hoje é noite de são joão
as meninas arriscam sorte
com quem hei de me casar
dança valsas e rancheiras
até o dia clarear

que pena passou depressa
minhas férias acabou
preciso voltar ao colégio
papai um recado mandou
adeus sitio da bôa esperança
com um nó na garganta eu falava
um rangido agora triste
dentro da mata ecoava

e assim foi pôr muitos anos
minha mocidade chegou
mas um dia que tristeza
tudo de bom se acabou
a vovó muito velhinha
resolveu dali mudar
foi-se embora para são paulo
para nunca mais voltar

fui ao sitio com meus tios
que crueldade aquele dia
todos olhavam triste
para tudo que acontecia
ao passar pela porteira
amiga da infância querida
foi seu rangido mais triste
que ouvi em minha vida

e hoje aqui de regresso
contigo me deparei
mas ao ver o seu estado
te confesso que chorei
seus paus já apodreceram
nem o coração existe mais
só os troncos de braúnas
perdidos nos matagais

o tempo impiedoso
vai fazendo o rumo mudar
adeus sitio da bôa esperança
adeus canto do sabiá
e de tudo só restou
uma lebrança rotineira
atormentando a minha alma
o rangido da porteira

Foto de Carmen Lúcia

Lembranças

Eucaliptos contornam estradas de chão,
Florinhas colorem beirais de caminhos,
Maritacas acordam todos passarinhos,
Olores campestres invadem o rincão.

O ranger das rodas do carro-de- boi
( Saudosa lembrança,tempo que se foi)
Desperta o sorriso no rostinho corado
Da menina que sonha com carro-de-boi-alado.

No morro o gado, o rastelo,o arado,
Vaquinhas leiteiras ... mato capinado,
Sem cercas de arame farpado, som de riacho...
E doce cascata bailando montanhas abaixo.

Os ultra-violetas do sol acariciam manhãs,
Fumaça de fogão à lenha sai das chaminés,
Cheirinho de doce de pêra,de cidra e maçã,
Bolo de fubá sobre a mesa,biscoitos de nata e café.

Ao pé da colina, em branco, uma capelinha,
A cruz trabalhada, telhado em tons rosa-grená,
Na hora da Ave-Maria silêncio e harmonia
E uma romaria sugere ao povo rezar.

Varanda da casa,calada... uma namoradeira...
Que guarda segredos, suspiros da vida inteira,
Nos cantos samambaias,avencas,xaxins pendurados,
Fim de tarde...Um berrante tristonho,chorando...
chamando o seu gado.

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