Calçada

Foto de Carmen Lúcia

Faça de conta...

Se me vir andando pela rua
finja que jamais me viu,
como se esse meu olhar triste
por um motivo qualquer surgiu
e que não foi você o causador
do estrago que em meu peito
transformou-se em dor.

Finja com naturalidade
como sempre muito bem o fez
fazendo parecer verdade
a mentira que nunca desfez,
que se vestiu de autenticidade
levando-me a crer que o amor
nunca pudesse morrer.

Mude de calçada, siga calmamente,
deixe que as mágoas todas eu transporto,
mesmo com a alma pesada
pela dor que transbordo.
Faça de conta que a culpa foi minha,
que toda farsa em meu ser se aninha...
Deixe que eu carregue o peso desse fardo
e siga como se nunca o houvesse amado.

_Carmen Lúcia_

Foto de carlosmustang

ECLESENÇÃO

Nos novos sonhos, carência de sonhar
Minha amada esta aqui...a disposição
Meus pais se amam, e me amam também
Ta difícil andar, sem revoltar-me

Empurrar alguém na calçada, ignorar
Essa história é furada, não aceito não
Se querer me repreender tirem as crianças dos sinais
De aos velhos alguma dignidade, humanidade
Depois aponte esse dedo seco,e detonem minhas lágrimas

Não me venham com xurumelas, esse mundo eh a mesma babaquice de sempre
Onde as autoridades cagam e andam para minha dor, e a Humanidade ignoram

Só eu que sinto, onde quero chegar
Podes o tempo passar, o espirito esta aqui
Desculpe mas a luta continua, ADEUS...

Foto de Anjo Serafim

Lágrimas da dor

Amei te com a esperança da vida,
Ate Domei a minha imaginação saciada
Me vendi nos sabores dos teus beijos,
Acarretando a tesão dos teus desejos

No amor intenso da vida, comparei te a uma sensação,
Vivi contigo o inesquecível, tornando o teu amor em algo inestimável,
na calçada da solidão tu foste a minha solução
Mas tu foste embora, levando assim a cor do meu amor por ti

Para que viver, se já não me apetece conviver,
Estou no jazigo da dor, o meu espírito deseja morrer

Sei que sou o imaturo, duro, tudo que é obscuro,
Mas os meus canticos de amor eram escritas dum jeito puro

Revestiste as minhas lágrimas em gelo
Obrigaste pôr o meu coração inocente em leilão
Fuzilaste os meus sentimentos com duelo
Mataste me sem a chance da ressurreição

Para que viver, se já não te tenho,
se desconheço a real essência do teu carinho

Não te ter é o meu descontentamento,
Rasgaste o nosso amor na linha do testamento,
agora o que direi para paixão, se já não sinto os meus sentimentos
Humilhaste os meus pobres pensamentos

Agora sou o riso em forma inversa
A infelicidade tomou conta da minha esperança.

Feito em: 26/10/2009

Foto de omena

O ultimo beijo!

Era tarde de domingo, mais ou menos umas três horas, sempre tínhamos planos, mas naquele dia ela estava diferente, parecia esconder algo, foi quando ela me beijou e me disse: Acaba aqui o nosso amor! Eu simplesmente não entendi, ou não quis acreditar, mal havia começado, como podia acabar, ela disse que me amava, e eu de fato não a entendia, se pois me amava, como aquilo me diria, ela então explicou: Meus pais mais uma vez brigaram, mas desta vez foi a ultima, meus pais já não se amam, e distantes querem um do outro ficar, meu pai continua aqui, mais eu e minha mãe, longe, muito longe iremos morar. Eu inconformado fiquei, um amor assim não podia acabar, porém foi-se ela, a menina mais bela, que meus olhos podiam avistar. passam-se anos, e eu sem a esquecer ouço uma noticia, seu pai morre e elas então decidem voltar, para a casa, eu feliz muito fiquei, ao pensar em revê-la e reatar com ela aquele amor, tudo voltaria a fluir. Então chegou o grande dia, o dia da sua volta, meu coração batia, minhas mãos suavam, eu nervoso estava, sabia que ela a qualquer momento poderia chegar, misturando ilusão com realidade o táxi que parecia esta passando, parou em sua porta, avistei de minha calçada, sua mãe, sua tia que a um tempo atrás tinha vindo visita-lá, com um seu filho nos braços.
E então sim, ela, um pouco triste, olhou pra mim, e chorou ainda mais, então veio a chuva, que parecia cair dos olhos dela, incessante, entrei então e a cada minuto eu ficava mais nervoso, foi quando pela janela a avistei indo em direção a padaria do velho Manoel, ainda chovia muito, mas nem em guarda chuva pensei, bastava o dela pra nós dois, corri e quando perto dela cheguei ela se assustou, parecia não me conhecer, e ainda mais em me perguntar: O que é?
Eu fiquei triste mais a entendia, ela haverá perdido o pai, e inconformada estaria, e falei a ela: olha, eu sei o que você esta sentindo, mais isso passa, ela disse: não você não sabe! Então eu insisti: tudo bem, eu ainda tenho meu pai, mais eu posso ao menos tentar te deixar feliz?
Então ela me respondeu: Então é isso, você acha que estou assim só pelo meu pai?
E eu simplesmente disse: E pelo que mais seria?
Ela me respondeu:Meu pai morreu, mas como se não fosse o bastante, meu marido me traiu e agora sou mãe solteira!
Eu fiquei pior do que quando ela foi embora, então ela disse: agora eu tenho que sustentar meu filho, aquele que você viu nos braços da minha tia!
Meus olhos pareciam ter vida própria, eu não conseguia acreditar, e nem imaginava, de um dia ver a pessoa que eu amei, mãe de um filho, que não era meu, então eu descobri, que o passado, foi o que passou, mas hoje, o passado parece não acabar para mim, se perpetua em minha vida, hoje eu não sei amar, vivo pensando no pouco tempo de amor que tive com ela, mas que únicos, tiveram fim, e que só me trazem dor, dor daquela que um dia amei, que pensei que haveria me amado!

Foto de Rute Mesquita

Lacrimosas da noite

Chora a noite,
brotando-se escura e melancólica.
Sombra sem desquite,
desta tristeza alcoólica.

Choram-se as árvores,
despindo-se das suas folhas.
Implorado é o cântico das aves,
perante estas demolhas.

Choram as pedras da calçada,
por caminhos reprimidos.
Por de luz nunca ser alcançada,
choram-se restringidos.

Chora-se a água,
convertendo-se em sangue.
Ditado desta noite: ’ a mágoa,
que nos cegue.’

Choram-se os meus olhos,
queixa-se o meu corpo moribundo.
Aproximam-se os medonhos
e cobrem este mundo.

Chora-se assim a natureza,
como uma criança, como um adulto.
Como na noite perdeu a sua beleza,
em prol do seu tumulto.

A luz deseja-se,
à mais de cem anos de escuridão.
A alegria despeja-se,
se de longe vir a salvação!

Foto de Carmen Vervloet

Quatro Estações

Se me ponho a pensar no meu passado,
em que sonhei, vivi dias felizes,
quando o coração pulsava acordado,
sem compromissos, saudades e cicatrizes...

Quando minha vida era apenas primavera,
minha alegria, volteios de uma valsa...
Meus pensamentos grudavam-se feito hera
nos troncos livres de uma leve balsa.

Meus olhos, quais sóis gêmeos de verão,
brilhavam tanto... que chegavam ofuscar...
E mil carinhos saiam das minhas mãos
No sonho cândido de com a felicidade morar...

Mas veio o outono e derrubou as flores
e minhas pétalas caíram descoradas,
o frio inverno congelou as suas cores
e os meus sonhos se derreteram na calçada.

E pensativa fico a olhar o vago
com o olhar perdido no infinito do sem fim
buscando pedaços da balsa que naufragou no lago
e as lágrimas que choro, ninguém vê cair de mim...

Foto de William Contraponto

Viva a Sua Verdade!

Viva a Sua Verdade!
de: William Contraponto

Nem todos tem razão
O que parece certo à uns
À outros perdi toda 'noção'
E o que faz sentido
Vem do seu próprio coração

Ninguém pode seguir
Numa vida como refém
De influências forçadas
Alheias a vontade que se tem

Viva a Sua Verdade!

Desde os passos na calçada
Até as noites mais divertidas
São escolhas exclusivas
Só por você cabem serem tomadas

Viva a Sua Verdade!

Alguns muito atrasados
Esqueceram de se atualizar
O tempo passou e agora
O que importa é causar!

Viva a Sua Verdade!

Foto de Carmen Vervloet

Abstração

Todos vêem o lado feio da vida
mas nem sempre lhe prestam atenção...
Se não podem lhe dar a devida acolhida
por que então ferir o frágil coração?

Egoísmo, displicência ou abstração?
Um pobre mendigando na calçada,
uma criança faminta estendendo a mão...
A vida distribuindo bofetadas
e os transeuntes escolhendo sua visão.

Um bom filme ou quem sabe uma balada,
algo que possa lhes dar satisfação...
Ninguém se atreve a decifrar essa charada
almas anestesiadas na rotina da visão!

Para este quadro costumeiro não há trato,
não há tinta que tinja este negro chão,
não há fotógrafo que mude a feição deste retrato,
não há vontade política que mude a situação!

E assim fugindo da dura realidade,
cada qual fazendo sua abstração,
vamos seguindo pelas ruas da cidade
o amor encarcerado a sete chaves no coração!

Foto de MarcosHenrique

Um Grito Insensível

Estava em minha casa descansando.
O vento me trouxe o som de um grito
Intrigado, parei. Só escutei
Um menino, não sei por que, chorando.

Já incomodado com o barulho,
Fui à janela ver esse absurdo.
Sentado na calçada, uma criança.
Estendeu-me a mão, que petulância!

Recolheu-se o homem insensível
Ao calor de sua cama de coluna
Como se nada houvesse incidido.

O sol nasceu, o homem acordou.
Sentou à mesa, seu pão estava lá.
E ao menino, só resta chorar

Foto de Carmen Lúcia

Faça de conta...

Se me vir andando pela rua
finja que jamais me viu,
como se esse meu olhar triste
por um motivo qualquer surgiu
e que não foi você o causador
do estrago que em meu peito
transformou-se em dor.

Finja com naturalidade
como sempre muito bem o fez
fazendo parecer verdade
a mentira que nunca desfez,
que se vestiu de autenticidade
levando-me a crer no amor
que nunca pudesse morrer.

Mude de calçada, siga calmamente,
deixe que as mágoas todas eu transporto,
mesmo com a alma pesada
pela dor que transbordo.
Faça de conta que a culpa foi minha,
que toda farsa em meu ser se aninha...
Deixe que eu carregue o peso desse fardo
e siga como se nunca o houvesse amado.

_Carmen Lúcia_

Páginas

Subscrever Calçada

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma