Céu

Foto de Carmen Lúcia

Hoje é carnaval

Hoje o dia está triste. Chove lágrimas de um céu cinzento e hostil, em discrepância com o carnaval. Ainda há carnaval!
A alegria descabida e camuflada de um cenário não convincente onde protagonizam a vida vestida de dourado, teima em desfilar pela avenida em desagravo às sanguinolentas feridas.
Querem curá-las a qualquer custo...mesmo arrancando suas cascas com as unhas para sangrá-las de uma só vez. Ou quem sabe estancar o sangue no intuito de reverter a dor e viver intensamente, no sentido mais amplo da palavra, o real carnaval, pois é ele que corre nas veias de um povo sonhador, que não se curva, não se abate, não desiste de fazer desse momento um canal gigantesco, surreal, por onde possam extrapolar todas as mazelas sofridas e dar vazão ao sonho de ser rei, rainha, deus, destaque, bateria, samba, enredo... de até voar, voar... concretizando o "Sonho de Ícaro".
Três dias que valem por uma vida! Momentos a serem relembrados e aclamados durante o ano inteiro!Felicidade que alivia a infelicidade das desigualdades e injustiças sociais. Momentos que anestesiam os ais e energizam para a luta de cada dia.

_Carmen Lúcia _

Foto de Bruno Silvano

O Hotel

Eram 19h, a noite a noite começava a chegar, o vento fazia barulhos desconfortáveis que aliados a tempestade que estava chegando dava tons aterrorizantes para aquela pequena e isolada cidade, esquecida no meio do mapa.
Não era dali, mas estava hospedado em dos mais nobres hotéis da região, era bastante antigo e lembra em muito um cortiço, o que reforçava ainda mais o cenário bucólico. Era as férias de julho e chegará ali por um antigo sonho de meu pai, o de viver em um lugar calmo e seguro, ou que ao menos acreditava-se de lá.
Tínhamos mapas antigos e meus pais haviam ido a uma vendinha da região atrás de mapas atualizados quando a tempestade começou. O céu escureceu rápido e estava lá, sozinho, preso naquele fúnebre e bucólico quarto, sentado em uma cadeira que mais parecia um balanço, sendo embalado sorradeiramente pelo vento que se atrevia a abrir a janela, e sendo seduzido pelo barulho ensurdecedor do assobio do vento. As ruas, os campos, o ceú da cidade, ficaram ainda mais desertos, até os menores seres se retiraram. O vento se intensificava cada vez mais, foi quando em um só solavanco a janela se abre por inteira, e mais embaixo vejo vindo do infinito uma bela garota ao meu encontro, se aproximando, e quanto mais ela se aproximava mais vultos se criavam ao meu redor.
A noite acará de possuir por completo o sol e a cidade toda estava sem energia. Havia conseguido arrancar a porta que trancava o quarto, comecei a ouvir sussurros e gemidos, que começavam baixos e iam aumentando, sai desesperadamente em direção a recepção, mas estava tudo trancado, corri em direção a cozinha em busca de velas, mas estava fechada, não havia mais ninguém dentro do hotel. O ar-condicionado havia ligado de repente e consigo começaram a escorrer sangue pela parede. Os gemidos aumentavam e vinham do ultimo andar, fiquei receoso em subir até lá. As escadas haviam suado e estava escorregadias, mas com bastante esforço cheguei até lá em cima, encontrei uma garota bastante pálida e chorando apontando para o quarto 666 – Não era muito ligado a crenças, mas mesmo assim me custei a entrar no quarto -. Ao entrar quase não pude ver nada, achei não ser tratar de nada, até que a porta do quarto bate e se tranca, bati desesperado para abrir, mas os gritos de choro da criança sumiu, e eu estava mais uma vez trancado.
Minha respiração começava a ficar aguniada, sentia cianeto no ar. Não enxergava nada até que duas lâmpadas vermelhas se acenderam rapidamente no quarto, via muitas mariposas, e dois corpos amarrados em pé, totalmente ensangüentados, começaram a sair sanguessugas de dentro deles, até que em um deles solta um grito sorrateiro e acabado batendo na parede e desmaiando.
Fiquei em coma por alguns dias, quando acordei recebi umas das piores noticias da minha vida, que a do meu pai havia sido atacado por sanguessugas e morreu lentamente.
Minha mãe me fazia companhia no hospital, porém teve que sair e fiquei trancado dentro daquele quarto de hospital, esta convencido de que lá era seguro. Quando de repente de algum lugar surge misteriosamente uma enfermeira, com uma espécie de Teres medicinal para mim tomar, dentro dele formaram-se as palavras “Sangue”, “Choro,”Menina”,”Missão”, “Sanguessuga”, “Morte” e “Cemitério Funerário das Capivaras”. Achei ser coisa da minha cabeça, e continuei tomando, até que meus olhos ficaram todo branco e meus dedos todo cortados.
O Tempo passou sem sobre naturalidades, até que tomei coragem pra ir ao cemitério onde meu pai estava, procurei por vários túmulos até eu o achar na lapide de numero 666, e ao seu lado havia três mulheres enterradas, uma menina de aparência pálida, uma adolescente e uma enfermeira, que coincidentemente morreram em ataques de sanguessugas, que foram provocadas por causa do desmatamento ilegal, que meu pai estava comandando na região.

Foto de HELDER-DUARTE

E minha alma

E ainda perguntei a alma minha.... Em meu ser, Senhora!
Mas eu canto? Ou tu cantas? Como é que eu canto? Nesta hora?
Decerto, que não canto eu!... Mas na verdade eis que clamo alto.
Com força tanta, com se do bem, minha casa fosse sua morada.

Oh tu filho do monte das águas, do monte de Hebron, cantor da balada!
Filho da rosa de Sharon, tu amor meu, irmão do vento! Vindo do planalto
O grande espírito dos sioux, das Américas de outro tempo, das índias...
O pai do sol e da terra de Afonso, falou. Este é meu cisne, de eternos , dias!

Eis que ele habitará em babel, de Adam, terra do bem, com a luz de Salem!
A terra de Babilónia, será, Jerusalém, de Mequisedeque, sem do mal, dom...
Assim falou o Deus de todo ser. O Deus do céu, com alta voz, tom.

Ouvi, vos estrelas do norte de Portucalen e vós outras estrelas....
Que o mataste! Ele viverá! e em terra de Esaú...Edom reinará...
A vida a vós que o mataste . Ele comigo vo-la dará...!

Foto de carlosmustang

ACORDAMENTO QUARESMÁTICO

A sede que tenho é abismal
De ver igualdade, honestidade
Gente com direitos,fora, ao céu
Pessoas que choram por amor!

Cidadãos que vagam pela cidade
Que pagam(sem saber)o rumo na calçada
E andam livre, por ser honesto´
Acontecem transgressões, faltas

Perdem famílias, tesouros irrestituíveis
Sendo as obrigações infereciveis
Atitudes inverossilvemente concluídas

Deste que diz que a gente já era
Planta a revolta, nova era
E só não choram os sem dor!

Foto de Diario de uma bruxa

Em ....

Em muitas vezes somos como esculturas de areia, quando a maré sobe, a primeira onda já nos destrói.
Em outras somos como sereias, quanto mais a maré sobe mais as ondas nos elevam ao céu. ... . "Brilhamos com a luz do sol".

Deby N. M.

Foto de poetisando

Vida danada

Procurei no céu estrelado
Ver uma estrela encantada
Que me indicasse um caminho
Nesta vida tão danada
Uma estrela tão brilhante
Como todas elas são
Que me pudesse dar calor
Este meu pobre coração
Uma estrela encantada
Que me desse carinho
A este coração solitário
Que não encontra o caminho
Procuro no céu estrelado
Por uma luzinha brilhante
Onde eu me possa orientar
No caminho daqui em diante
Que essa estrela brilhante
Me faça brilhar mais a vida
Que me de força bastante
Para amar a vida vivida
Que seja bem forte a sua luz
E dure até de madrugada
Que eu fique com força
Para esta vida danada

De: António Candeias

Foto de Delusa

Pôr-do-Sol

Entre céu e mar se retratava
A figura de uma fada
Reluzente e perfumada
Que manto de seda arrastava

Corri para ela que se afundava
Num horizonte cor de granada
E na água do mar espelhada
Estrada vermelha se marcava

Tudo rápido desapareceu
A estrada vermelha se sumiu
E o mar escureceu

E logo a seguir foi o céu
Que de vermelho se vestiu
Onde a fada se escondeu

Delusa

Foto de Carmen Vervloet

Nasceu uma Constelação

Eram jovens! Tão jovens!
Viviam o apogeu dos seus sonhos,
construíam castelos tão altos
e tão belos!
Mas a vida é tão frágil!...
E num breve momento
deixaram a leitura interrompida,
os cadernos incompletos,
o Brasil perplexo e
estes versos caindo como lágrimas
sobre um mar de dor!
O Brasil lamenta a viagem sem despedida...
E os meninos num vôo encantado
chegam ao céu de Santa Maria
e formam uma constelação que brilha
e sinaliza as irresponsabilidades
dos homens da terra!

Foto de luciana braga

VOANDO AO ENCONTRO DO AMOR*

VOANDO AO ENCONTRO DO AMOR

No céu voando ao encontro do amor, carrego
Em meu olhar a saudade e a dor, desta minha
Ansiedade em te abraçar, desejando-te todos
Teus beijos sentindo a tua boca a me sugar.
De um modo excitado que me delicio, ai amor
Que delírio, dentro de mim tem tanta emoção
Que não controlo a loucura deste meu tesão
Quero ser teu fogo e toda tua linda paixão.
Quero uma união de almas em todas as horas
De amar, unicamente dessa forma estaremos
Prontos para nos entregar, em todas lindas
Delicias quero flutuar em teu corpo viajar.
Meu corpo suspirando as lembranças do teu
Que me fizeram ver o mundo mais bonito, o
Que para mim eu tanto desejo e necessito
Seja dia, ou seja, noite, te Amo, te Amo

Foto de poetisando

Os meus olhos

Os meus olhos estão tristes
Mas nem sempre foram assim
Já foram alegres ao ver-te
Como me faziam feliz a mim
Estou vendo o céu nublado
Com um jeito de ir chover
Não sei se é falta de vista
Ou por deixar de te ver
Como queria ver o céu azul
Os olhos cheios de alegria
Tornar ao fui no passado
Voltar a sentir o que sentia
Esta tristeza no meu olhar
Quando antes tanto brilhava
Agora ficaram tão embaciados
Já não olham como olhavam
Queria ter o olhar bem alegre
Como a cor do céu azulado
Voltassem a ser brilhantes
Contigo sempre ao meu lado

De: António Candeias

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