Deuses

Foto de Carmen Lúcia

Marquês de Sapucaí

Ao longe, som de cuíca, reco-reco e
tamborim.
É a festa maior do povo vibrando a
Sapucaí...
Deem tréguas pra tristeza, abram
alas pra beleza,
deixem a alegria passar e explodir no
Carnaval!

É a arte simbolizada por mil
sentimentos.
É o povo sambando mazelas,
cantando lamentos;
extravasa seu peito sorrindo,
querendo chorar
e a avenida que antes vazia, quer
junto sonhar!

Tanto brilho luzindo o asfalto
pisando o ar,
invejando as estrelas do céu que no
chão vêm sambar.
As escolas combinam espaços,
cronometram compassos,
mestres-salas e porta-bandeiras
rodopiam abraços...

E os carros alegorizados
sugerem altares
aos destaques que glorificaram a
humanidade.
Fantasias bordadas com o luxo da
simplicidade
fazem deuses sobrevoarem os mais
altos pilares.

E no auge a
avenida esvazia
pelos cantos se
esconde a folia.
Quarta-feira, confetes são cinzas a
serpentear...

E a ilusão sai de cena pra realidade
entrar.

-Carmen Lúcia-

Foto de Metrílica

"Fazer Amor"

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Meu Amor, minha Inspiração, meu Poeta!
maravilhosa, a forma como expressas o sentir,
o desejar,
o seu modo de amar,
o fazer amor,
o gozo ao rubor da face,
na minha boca ainda sinto o gosto do teu beijo,
enrosquei-me entre desejos e suspiros,
enrosquei-me na paixão de tuas palavras,
amazona extasiada,
cavalgar selvagem,
rumo ao paraíso,
delirei ao som de seus gemidos,
me fizestes perder os sentidos!
presente dos deuses,
corpo, alma e mente,
ingredientes poderosos,
meu poeta alquimista!
bebas da poção em meu cálice,
o elixir da vida!
verta teu sagrado veneno,
veneno que entorpece,
veneno que vicia,
musculos contraídos,
espasmos,
corpos entorpecidos,
inicia o bailar suave,
o cálice trasborda!
o gozo nas rubras faces!

by Metrílica ;-* for Anibal Minotaur
Dezembro_2009
"Fragmentos"

Foto de Jonas Melo

NO BALANÇO DAS DEUSAS

NO BALANÇO DAS DEUSAS

Elas conhecem nossos maiores segredos
Como o vento, brincam ao nosso redor
Se divertindo de nossos medos

Sabem de nosso começo e quando chegará nosso fim
Ficam sempre atreladas ao grande quinhão ou ao fio menor
Independente de qualquer situação, jamais terão pena de mim

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

São extremamente respeitadas por qualquer deus
Ninguém jamais ousou em desrespeitá-las
Pois elas guardam o grande segredo, inclusive do próprio Zeus

São elas que cortam o grande véu para a morada dos mortos
São elas e não o próprio Zeus, que determinam à existência dos mortais
E nos dão a escolha entre o bem e o mal, por isso devemos estar apostos

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

Filhas do próprio Zeus entre si irmãs
Cada uma detendo os fios da própria vida
Não interessando, se são humanos, deuses, semi-deuses ou mesmo titãs

Clotho na roda seleciona a vida de todos os seres
Lachesis no alto de sua concentração mede a duração
Átropos indicava o fim, ceifando quaisquer quereres

Venha meu amor antes que a noite adormeça
E nossos sois estremeçam em um eclipse eterno
E no balanço das deusas eternamente te esqueça

Da roda da fortuna jamais se que participar
Mesmo estando por um fio no jogo do amor
Sendo destino, todos teimam em não querer cooperar

Nix em seu momento soturno, apenas ilumina as almas aladas
E as fiandeiras Nona, Décima e Morta quedam-se no momento ideal
Para sucumbi toda gestão de uma vida em nossa eterna e breve caminhada

Venha meu amor, antes que a noite adormeça
E no balanço das Parcas ou das Moiras
Eternamente te esqueça

Jonas Melo !

Foto de Metrílica

Fragmentos da "Loucura"

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(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

De quem se trata este ser?!!!
Que ganhou vida, personalidade e alma,
Que ganhou destaque em terceira pessoa!
Que o diga “Erasmo de Rotterdam"!!!
A "Loucura"! viva, presente e necessária "Loucura"!

Fragmentos da “Loucura”

A “Loucura” nasceu,
Cresceu, tornou-se criança levada,
Conheceu a luz, a terra, a chuva, a água
Conheceu a vida, o calor do dia, o mornar da tarde,
Conheceu o mistério da noite e o frio da madrugada,

Quando criança,
Só pensava nas cirandas...cantigas de roda,
Não conhecia o que é o medo, a moral, não conhecia a hipocrisia,
Inocência, Liberdade, bem estar, leveza,
Doçura, encanto, descobertas e alegria,
Faziam parte do seu dia a dia,

“Loucura”! inocente, doce e levada “Loucura”,

A "Loucura" se desenvolveu, descobriu o mundo,
Tornou-se jovem, adolescente, homem, mulher,
Descobriu na luz do dia, o riso, a alegria, o brio, o orgulho, a poesia,
Descobriu na escuridão noturna, o perfume, o carnal!
Descobriu a luxuria, a libido, a liberdade dos sentidos!

Quando jovem, adolescente,
A “Loucura” se rebelou!
Satisfez todas as suas vontades, matou todas as suas curiosidades,
Riu, chorou de alegrias, chorou de tristeza! Mas viveu plenamente!
Livre!
Liberta, expressou-se das mais variadas formas,
Satisfez-se para que não lhe sobrasse uma emoção sequer que não tivesse sentido,
Amou, Amou, Matou e Enlouqueceu!!!

“Loucura”, jovem, apaixonada, extasiada, louca “Loucura”

A "Loucura" envelheceu,
encontrou sua essência,
Tornou-se idosa, velha, obsoleta, caduca!
Tornou-se “Louca”,
Concluiu que dessa vida nada se leva!
Concluiu que “o que mais vale é viver plenamente”,
Mesmo que isso seja contrário ao que se prega como: “bons costumes”!
Concluiu, que "o que vale são suas idéias, seus ideais e nada mais!”

A louca e insana “Loucura”!

Tornou-se um ser vivente,
Louca mas coerente,
Nasceu, viveu, envelheceu,
Invadiu as mentes dos poetas,
Induziu as vontades dos Deuses, dos Loucos procrastinados!
Povoando suas mentes, regendo com maestria suas vontades!
Dando-lhes vida e personalidade!
Embriagando-os de idéias, das mais belas às mais toscas, cruéis e “loucas”!

A “Loucura”!

Insana, insensata, amada,
Livre, sem escrúpulos, preguiçosa, corrupta!
Destemperada, sem reservas, sem pudor algum!
Alegre, pura, limpa, branca, branda,
Poética,
Linda, leve e doce,

Aquela, que alimentou o sonho de inocentes crianças,
Aquela, que invadiu pensamentos de mulheres rechaçadas,
Aquela, que embriagou de desejo e sentimentos os homens, os poetas,
Aquela, que fez ferver nas veias o sangue dos idealistas,
Aquela, que regeu a vontade de homens poderosos e corruptos,
Aquela, que levou consigo muitos por ela infectados!
Aquela, que abraçou docemente a velhice, que abraçou e a morte!
Aquela...Eclética, Prazerosa, Incansável, Extasiante, Excitante,
Contraditória mas Necessária,

A “LOUCURA”!

By Metrílica ;-* _dezembro de 2009.

(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

* http://es.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Rotterdam

Foto de Ozeias

Adoração

Os outros amores são apenas rabiscos
comparado ao nosso, que se compara a um poema
feito em um dia de glória, ou noite de estrelas
por dois deuses apaixonados, eternamente

As outras palavras não me chegam ao ouvido
exceto ás suas, que são músicas, cantos
Que fazem Vivaldi e o rouxinol não existir
que de tão doce, faz o mel ser amargo

O sol é frio, sem vida, comparado ao seu olhar
que é quente e me esquenta, trazendo a vida
E o que dizer do azul, amarelo, verde, vermelho
se todas as cores não chegam perto destes castanhos
que são terrivelmente hipnotizantes dos teus olhos?

Não existe sede comparada a minha
dois oceanos não a mataria...
mas o seu beijo equivale ao número infinito
elevado ao quadrado de oceanos
e o seu beijo sim, ameniza a minha sede

O seu corpo é meu universo, minha raiz
é o que completa, alimenta, satisfaz
deixando que não haja sede, muito menos fome
seu corpo é a terra prometida, porém cumprida

Do seu lado, os anjos são demônios
criaturas sem graça,invejosas,pecadoras
são horríveis e até choram
porque só você é assim, apenas você

Não há prazer, gozo, sensação maravilhosa
neste mundo ou em qualquer outro
que se compara ao nosso
muito menos palavras para descrevê-lo

Nada é perfeito, apenas meu universo
sua música, seu sol, nosso prazer...
ficaremos juntos eternamente...
mas uma eternidade é tão pouco, quando se trata de nós.

Foto de Jonas Melo

AS ESTAÇÕES

AS ESTAÇÕES

No verão, quero teus beijos suaves para aliviar minha sede de amar você
Aliviar, pois saciar jamais, afinal, a cada contato com você,
Ela aumenta devido à temperatura de nossos corpos
Que está em constante ebulição

No outono quero colher em teu corpo o fruto do amor
Degustar cada parte, sentindo que esse fruto será eterno,
Sem medo da próxima estação que já se aproxima
Observando cada folha caindo, como forma de um novo recomeço...

Na primavera quero você com o aroma das flores
Sentir sua boca em minha boca, beber em seus lábios os deliciosos sabores
Que os amantes apaixonados se dão ao luxo de desfrutar
Mergulhando em teu corpo, praticando a deliciosa arte de amar...

No inverno quero te aquecer do frio
Beijar teus beijos causar-te arrepio
Sentindo a suave brisa ao nosso redor
Viver este momento como deuses,
Olvidar que um dia voltaremos ao pó

Meu amor vem se mantendo apesar das estações
Teu jeito de amar, deixa-me disposto
A esperar pela próxima temporada
E a certeza que viverei ao teu lado,
Pois és minha doce amada e eterna namorada

Jonas Melo !

Foto de Marsoalex

ESTORINHA BESTA

ESTORINHA BESTA

Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

Marsoalex

Foto de Scorpius

Alexsandra

Alexandre Mesquita
28/10/09



Alexsandra

Cada dia ao seu lado, sinto-me um glorificado.
Abobo-me vezes seguidas como bem diz.
Mas é inevitável conter a doce paixão.
Que corroí qualquer sanidade.

Em teus sonhos quero ter presença.
Nos seus desejos preciso infiltrar-me.
De corpo e alma porque inspiram à verdade.
Fato é que não vivo mais sem lhe ter.

Exclamo meus sentimentos às quatro direções.
Vocifero teu nome aos Deuses e estrelas.
Suplico para que me concedam uma única vontade.
A de te Amar e ser Amado por toda Eternidade!




Foto de Jonas Melo

A DEUSA E O ENCANTADOR

A Deusa e o Encantaor

Quando a deusa resolveu descer à terra
Em uma tarde linda e maravilhosa

Veio ela toda dengosa

E simplesmente se encantou
Por um encantador !

Sua atenção voltou-se para ele,
E ela não tinha como fugir dele

Entre encantos dele ou dela
A tarde simplesmente foi muito bela

Até que cronos em sua árdua arte de devorar os filhos
Deixou-os meio que apreensivos

Tudo porque a curiosidade da deusa, foi além de seus poderes
E de repente ela já estava entregue aos seus quereres

Seduzida pela arte de encanto do encantador
Que em seus belos versos, destilava palavras de amor

- E agora que faço eu disse a deusa
Mirando em seu espelho sua estupenda beleza

É apenas um mortal encantador, não tem descendência dos deuses
Eu não posso me apaixonar ai! meu Zeus

E o encantador em sua hábil manobra
Deixava a deusa muito mais dengosa

E foi assim que o poema nasceu
Numa tarde que uma deusa fugiu de Zeus

Entre versos e rimas dentro de um mundo virtual,
Uma amizade entre uma deusa e um encantador não faz nenhum mal

Apenas deixa encantos e no peito muita saudade
Tudo porque uma deusa se encantou, por um encantador em uma linda tarde.

Jonas Melo !

Foto de pedro felipe

Humildade

Humildade é diante dos homens se rebaixar
É ter a vontade de aparecer não como o maior de todos
Mas sim como uma pessoa simples, com a capacidade de amar
Amar o próximo assim como Deus nos amou
Reconhecer Jesus como nosso Senhor
Se pensas que nessa vida tu és o primeiro
Se pensas que tu és melhor do que teu irmão
Toma sua cruz e reconhece-te pecador
Converta o seu coração...
De graças a Jesus o nosso Senhor

Digo a ti meu irmão,
É sendo o último de todos que você será o primeiro
E nunca faça outros Deuses
Pois nada nesse mundo te dá a vida eterna
Somente DEUS.

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