Eco

Foto de Marsoalex

Dor de amor

O som da minha voz
Que não tem eco
Que morre no meu
Grito abafado
Explode no meu peito
Em desalento
E vibra o sofrimento
Sufocado

A dor vai se espelhando
No meu corpo
Depois de mutilar-me
Mentalmente
Percorre as minhas veias
Como fogo
No prazer de matar-me
Lentamente

É dor de amor
Que dói assim tão forte
Tirando os sentidos
A razão
Só de amor
Percorre o corpo inteiro
Depois de perfurar
O coração...

Marsoalex

Foto de Carmen Lúcia

Só falta você...

Surge a lua...
Compactuando com a noite,
quebrando a gravidade da escuridão soturna,
lançando luminosidade aos cantos;
becos, esquinas,
lugares solitários e esquecidos,
preferidos dos amores clandestinos...
Imbuídos de fagulhas de misticismo.

Estrelas silenciosas contribuem com o momento;
não mudam de lugar, nem se apagam.
Piscam caladas, submissas à cumplicidade,
demonstram expectativa, ansiedade...
Uma aragem morna passeia pra lá e pra cá;
temperatura propícia para a ocasião,
talvez aumente conforme a dimensão
da paixão...

No ar, essência de dama da noite
inebria e incita a amar;
mistura-se aos suspiros e pulsações
que se arranjam em fundo musical.
Cenário de amor incondicional...

Saio à rua, alma nua, coração ardente;
ouço apenas meus próprios passos,
eco eloquente,
que permeia os espaços vazios
e retorna dizendo que você
não está...

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Insônia

INSÔNIA
Paulo Gondim
27/10/2009

Uma procura desmedida
Um ai gemido, uma vontade incontida
Ausência total de sentido
Um eco que ficou perdido
De um grito que não se deu

Assim, sou eu
No jogo de minhas perdas
Acostumado com elas
O adversário sou eu

E como mau contendor
As perdas já se avolumam
Inevitável o vazio...

O pensar confuso, de vez, me toma
Como presa do tanto que me exponho
Angustiado, vejo-me só na cama
Ah, se pelo menos me abraçasse o sono...

Foto de Ivanifs

Um novo olhar

Um novo olhar

A realidade desnuda meus ombros
Com asas cortadas ao meio
A noite cai e meus olhos marejam
Procurando por alguma estrêla ou por um sonho esquecido...

O céu de seus olhos azuis
Anunciam o limite da felicidade
São um refúgio para meus devaneios

Sinto a dor inundando minha alma
Sinto o amor confortando meu sonho e..
Correndo em meu rosto a chuva
A sorrir e a chorar
O silêncio me traz o eco de sua voz
Que calou a minha...

Como se me conhecesse há tempos
Como se me tivesse olhado por dentro
Como se me arrancasse a coragem do pouco dela que me resta...

Sou poeta você leitor
Sou leitora ,você poeta
Amo tuas mãos que escrevem
Como se usassem as minhas

Foto de Robson Fraga

Recomeço

Chega uma hora na vida
em que tudo parece torto:
a música não rola,
o chope não desce,
e a cabeça não pára de rodar.

Qualquer palavra é xingamento;
a resposta ao "oi" é tchau!
Os minutos demoram a correr
e a estrada fica longa demais.
Não há luz no fim do túnel.

A poesia que antes despertava
teima em dar sono.
Os filmes da TV são repetidos.
Na agenda não há sobrenomes
e a linha está sempre vazia.

Na garganta apenas um nó
apertado pela culpa.
As entranhas contorcidas
insistem em gritar,
mas no vento não há eco.

Tô sozinho nessa imensidão.
Olho pro mundo e não vejo estrelas,
pro tempo e ele já se foi...
pra dentro e não vejo saída;
pra alma e quase desisto!

Paro pra pensar de novo.
Insisto em buscar caminhos.
Brigo com meus monstros,
me escangalho por inteiro.
No último suspiro derroto a soberba.
É hora de recomeçar!

Foto de Sonia Delsin

ENTREGA

Quero nossos corpos nesta noite grudados.
Tão colados.
E beijos demorados.
Nossas mãos acariciando... deslizando...
... levemente caminhando.
Quero passar metade da noite o seu nome sussurrando.
E que minhas palavras façam eco no vácuo do tempo.
Pra que a eternidade tudo possa gravar.
Eternizar.
Quero esta noite que a entrega seja plena.
E amanhecer nos seus braços amanhã bem serena.
Quero que cada minuto ao seu lado seja eternizado.
Na pedra gravado.
Na cortina do tempo bordado.

Foto de Carmen Lúcia

Pátria amada!

Quisera eu trancar a voz ...Silenciar!
Não ter no sangue o arrojo... e me calar...
Acovardar-me às injustiças que poluem o ar,
desencantando a vida, erradicando o verbo amar.
Mas me ficou de herança esse impulso que aflora
de rebelar, ter esperança, a toda hora...Agora!
Reativando o brado que um dia foi bradado
e no entanto jaz em terra que ainda chora.

Grito incontido, potente alarido,
lamúria triste de um povo sofrido...
Sem encontrar um eco e nada transformar...
E a lei do mais forte é a que se faz vingar...
Lágrima furtiva que rola condoída
como a pedir desculpa à pátria tão querida,
que em berço esplêndido privou de se deitar...
Tão linda e altaneira...injuriada e ultrajada,
onde o cantar do sabiá é um pátrio lamento
e as verdes palmeiras se curvam à voz do vento...

O que fazer senão extravasar o peito
e arrancar palavras que livres circulem
(já que o livre arbítrio é poder aceito...)
em versos e poemas, mágoas que se difundem
bradando a honestidade em gesto varonil,
país de liberdade de um povo servil!

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
27/08/2008

Foto de Paulo Gondim

Desolação

DESOLAÇÃO
Paulo Gondim
25/08/09

Relâmpago de fogo numa noite fria
Corta o céu num estrondo surdo
Num eco que se esvai e fica mudo
Num clarão intenso, imenso
Enche os bosques, as montanhas
Num tremor sinistro, esquisito
Que remove o íntimo das entranhas

E no furor da tempestade, o rasgo
Da pedra que rola do penhasco
Na corrente bruta, nefasta
De força incontida, sem medida
Que tudo à sua frente arrasta

No final das águas, o desprezo
De tudo o que foi vida e sucumbiu
À desmedida luta sem vitória
A desolação, visão inglória
Tudo virou lama, barro só
O orgulho debelou-se
E o homem volta ao pó

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano"CONSTELAÇÃO"!

Da coletânea
"Eu, Poeta"! De pedaço em pedaço,
me faço um todo.

CONSTELAÇÃO!

Na mansidão da noite
no sibilar dos ventos,
setença de mandamentos
estrêla-maga dos ciganos.

No céu estrelado
do corpo carente,
o pranto sem lágrima
e estrêla cadente.

No sintoma fraqueza
da gente inocente
a rara beleza,
estrêla reticente.

No mar é cheia
no céu é anil,
estrêla Dalva
na terra brasil,
papaceias, estrêla guia.
No passar dos anos
mesmo a ermo,
sob estrêla matutina
coração, três Marias.

Alvaro Sertano.
http://pt.netlog.com/alvarosertano
Direitos do autor\"Ed.Eco's".

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano"PEDAÇO DE NÓS"!

PEDAÇO DE NÓS!

Não se vá
não diga adeus,
volta prá mim, seja como for
é bom lembrar
que ainda existe amor,
singeleza de corações
corpo a corpo nun laço
tesouro de emoções,
prá viver.
Retrato da vida
encantos, mil razões.
Nunca esquecer de sonhar
auto retrato: Abraço,
viver nova era
rara beleza, pedaço de nós.
Descartar a quimera
cantar um canto novo
prá ser feliz, feliz!
Face a desdita
semente da ilusão.
Quem dera...
Te ver sorrir outra vez,
amanhecer prá vida
para os filhos teus,
cheia de luz
noutra estação.

Alvaro Sertano,87.
http://br.dada.net/alvarosertano
DReservados\Ed.Eco's.

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