Eco

Foto de Enide Santos

EU E O QUE SINTO

Não tenho mais nada de meu
Só eu e o que sinto por ti.
Coisas que julgava serem minhas
nunca foram, nunca me pertenceram.
Olho para o mundo,
tudo que tenho,
é tudo que sou,
eu e o que sinto.
Nada mais restou.

Temos dores absolutamente infinitas
Saudades e o peso da rejeição.
E acabamos que nós entendemos.
Eu com minha saudade,
e o que sinto, com sua rejeição.
Dividimos o eco das lembranças,
cumpliciamos com nobreza e pujanças.
E nas caladas das noites
meramente nós emendamos.

Este meu sentir,
Hoje é tudo para mim.
É com quem falo,
com quem ando.
Com quem almoço,
com quem janto.
Dormimos e acordamos
E não nunca nós bastamos.

Enide Santos 18/04/14

Foto de Enide Santos

FÓSSEIS DE SONHOS

O eco que ouço da minha dor,
(re) bate nas paredes deste infindo vazio,
E por vezes deixa-me insana.

Prostro-me imóvel e ciente de;
Não pode tocar,
Não pode realizar,
E nem ao menos sonhar.

São fósseis dos grandes sonhos,
Caminhos do qual,
(in) voluntariamente desviei-me.

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos
Presa em cada devaneio desfeito
Sequelas adornam minha alma
E tento regurgitar-me de mim.

Neste instante, nada, nada sou.
Apenas um corpo, procurando por amor.

Enide Santos 11/05/14

Foto de Jardim

andei pelas avenidas

andei pelas avenidas
até minhas pernas se confundirem
com o asfalto.
ouvi as vozes de amigos desaparecidos
e de antigas paixões
perdidas num passado distante.

tantos anos, tantas mudanças,
tanta coisa mudou.
mas tudo permanece tão igual
reverberando nas paredes.

à noite vi o meu reflexo no espelho
e não reconheci meu próprio rosto,
somente meu olhar vazio.
eu podia sentir o sangue
em minhas veias
tão negro e tóxico
como a chuva ácida
que cai sobre as ruas de são paulo.

caminhei por ruelas, becos e travessas
seguindo o eco de meus próprios passos
para tentar fugir de mim mesmo
e encontrar um refúgio
profundo e escuro.

despi qualquer desesperança
que ainda restasse,
deixei o momento calar.
deixei a manhã chegar
para esquecer os relógios,
os infernos e os paraísos.

Poema do livro Amores Possíveis
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Foto de Jardim

foi preciso te encontrar

foi preciso te encontrar para perder o meu chão e minha pátria, para mergulhar em exílio voluntário e esquecer o nome da terra em que piso. foi por causa de teus descaminhos que se embaralharam minhas rotas e acabei por aceitar meu destino: já não podia mais ser salvo, já não havia mais resgate. por causa deles desfiz minhas fronteiras e me tornei meu próprio horizonte, minhas vontades fora de meu alcance. vassalo de tuas ambições, súdito de tua sorte. foi por causa do que dizias que meus ouvidos se tornaram escravos unicamente do que fosse teu eco. foi por ouvir teus ruídos e tua respiração enquanto me afundava em ti que acreditei que pudesse ser teu dono e que também me possuías. foi por me tocares como só tu sabias e por causa do cor de rosa de nossas línguas a se enroscarem que mergulhei submisso no desconcerto, como um náufrago que desiste de lutar. restou a certeza de que não seria possível acordar ao lado de mais ninguém a não ser que voltasse a ser eu mesmo.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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Foto de Arnault L. D.

Pedras da Lua

O amor, mesmo consumido
jamais torna-se em nada.
Ele muda o jeito sentido,
torna-se encanto de fada...

Doce a amargar a boca
e aos olhos úmidos brotar,
feito em tristeza; a concha oca
de ser, porém, não mais estar.

O amor está aonde ecoa,
o meu, está em mim, quiçá...
Em não sei está, se escoa,
nalgum lugar do tempo há.

Juntos no oculto, sob a lua,
ouço um eco assim dizer,
palavras doces da voz sua,
antes de tê-la e me esquecer.

Assim, espreito tal um voyer.
Vultos sentir qual foi sentindo,
com olhos da alma mister
reve-la fora ao mundo infindo

No intáctil ainda se ama...
Rir lágrimas secas, velho jogo.
No frio carvão, sopro chama,
logo se inflama e luz o fogo.

Ainda estou em mim guardado,
preservado onde fora aquém.
Tempo, ruas, vez fossilizado,
nas pedras que a memória tem.

Foto de João Paulo Victor

O Mal de se estar só

O Mal de se estar só, não é o fato de se sentir só...
O Mal de se estar só é poder ouvir com mais clareza a voz do subconsciente... É passar a conviver com o nosso verdadeiro eu, Desmistificando quem fingimos ser.
O Mal de se estar só é Deixar de lado a mascara usada durante todo o cotidiano. Mascara usada para diversos fins; fingir, mentir, sorrir, entre outros.
O Mal de se estar só é Externar de forma incrível quem literalmente somos, onde passamos a viver não mais oculto em nós, mas de maneira explicita, na sina de sermos amigos de nós mesmos, caminhando juntos, lado a lado, de forma que nossos pensamentos pareçam sussurros ditos em nossos ouvidos.
O Mal de se estar só é poder ouvir o estrondoso eco, Daqueles intensos sussurros sempre que nossos atos são mencionados por nossos pensamentos.

João Paulo Victor (JP)

Foto de Fernanda Queiroz

Uma história de amor

A noite cai suavemente, o sono não vem, Porque uns dias são mais difíceis que outros?

Tentei ocupar minha mente em vão, teu rosto sobrepôs e depôs as tentativas, pensei que a noite calaria meu pranto, que a maciez dos lençóis embalasse meu corpo cansado mutilando meus pensamentos, mas não houve trégua.

Não preciso ir até a cômoda onde guardo minhas relíquias para rever tua foto, teu rosto esta cravado em minha mente, de uma forma tão presente que sinto poder tocá-lo, minhas mãos tateiam sozinhas como se procurassem as tuas, mas não as encontro, parecem tatear nas pedras negras de meu desespero.
Letra da canção do Filme Love Story sopra em meus ouvidos “Quando eu te encontrei, eu não pensei que um grande amor eu fosse ter, eu que só tinha amargura em meu viver e que já estava tão cansada de sofrer, vivendo só.”

Nada nunca me soou tão verdadeiro, você despontou em minha vida como um raio de sol, trazendo todas as cores da natureza, sons e belezas. Era um acordar exaltado, um sorriso velado um trabalho apressado e encontros marcados onde o relógio pulsava tão rápido como nossos corações e o tempo se ia, o dia amanhecia trazendo alegria e se as lágrimas brotassem você as secava, se o sofrimento jorrasse você o estancaria com tua suave melodia impondo curas as amarguras.

“Quando eu te encontrei, lendo em teus olhos eu fiquei a imaginar, que o meu mundo tu virias alegrar, que eras tudo que eu queria encontrar”
E foi assim... Mágico... Verdadeiro... A risada brotava sem que eu pudesse impedir, os olhos negros como a noite tinha o brilho das estrelas o andar parecia um embalo ritmado pela nossa coletânea, cabelos soltos ao vento que em declínio das grandes colinas, calçada de patins, parecia uma bandeira em haste, blusa gotejada de sorvete e boca lambuzada, sabor de chocolate, sabor de teus beijos ansiados.

“Meu coração... eu te entreguei. Me deste a vida enfim... me deste amor... me deste a razão para viver... me desde paz...”

Preencheste tudo, intensa e completamente... Pensamentos. Atos. Ações... Despertaram todos os sonhos postados, toda alegria não vivida de uma alma sofrida, entrou como um furacão não usando tua força em estragos, mas para cravar profundos alicerces que desafia a força de Sanção, brotou sementes que produziriam nas mais engrene rochas, calçou de sonhos minha alma peregrina, vestiu de branco meu corpo moreno, relutante em se entregas as emoções entorpecentes dos pensamentos, fez-me correr para o eco do penhasco onde gritar teu nome e ouvi-lo de volta era a certeza que você existia.

“E onde quer que eu vá irás comigo... nos sonhos meus... na minha mente... eu não irei só... comigo irás também...”

Não há como medir um grande amor... Um sentimento de paixão... Todas as raízes que escravizam nosso coração... é assim que eu sei te amar... Nem meios ou mais... Intensamente e completamente.

A música do filme Love Story , é como acordes agudos que tocam em meu coração, sem piedade ou ilusão.

Diga-me... Como esquecer alguém que gosta de flauta... de me olhar como se tivesse me inventado...e de mim...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Arnault L. D.

Pelas estrelas do céu

Eu esperei encontrar no silêncio
um tanto ainda do que foi sentido
como se buscando a meu ouvido
um eco do passado... do início

Nos vestígios esparsos em mim
que ainda guardarem da história
além do pensar e da memória,
é o sentir, o que procuro enfim.

No fundo da mente, soterrado,
cavo com as unhas, garimpo gemas:
Pedaços de sonhos, coisas amenas,
que ainda fazem o olhar marejado.

E neste silêncio me vasculho,
à cata de todos os cacos de amor.
E neles, corto a carne, e nesta dor
de romper-me o peito mergulho.

Lá, tão profundo e sem senso:
Os sentidos todos, mesmo sem nexos
feito purpurina a criar reflexos,
é todo um céu estrelado, imenso...

Foto de Paulo Gondim

Em cada nau

EM CADA NAU
Paulo Gondim
04/08/2014

Eis que já se levantam velas
E já se vão todas do cais
Em cada barco, vai minha saudade
Eco triste de meus pobres ais

Por quem és, amada minha, que ora partes
Deixando-me cá, envolto em pranto
No vazio que minh’alma invade
Pois já se faz triste também meu canto

E ao ouvir este fado triste
O som da guitarra me angustia
Faz lembrar-me mais de ti
Pois todo fado é melancolia

E volto meu olhar ao cais
Já não vejo mais as velas
Fizeram-se em mar a dentro
Levando meu amor com elas

E o mar que se faz inquieto
No seu bramir em surdo vendaval
Gela-me o peito, fere-me a alma
Na saudade que vai em cada nau.

Foto de Rosamares da Maia

Declaração de Apropriação

Declaração de Apropriação

Queria me apropriar de Pessoa,
Não de qualquer pessoa. Não!
Qualquer um não serve.
Mas propriamente tomar posse de Pessoa,
- De Fernando.
Aliás, tenho me apropriado da sua pessoa.
Mesmo que de forma imaterial – Espiritual.
Tenho-me seduzido por seus versos,
Viajado em sua mística maçônica,
Sofrido a sua dor pelo que há de inexorável.
Tenho me apropriado de Pessoa, de muitos.
Sim tenho tomado posse e tenho sido tomada.
- Por todos Eles,
De todos os que saltaram de sua alma,
E em tons diferentes multiplicaram vidas.
Porque este Pessoa não se coube em um só corpo.
Tenho eu sido a cortezã de todos Eles.
Amando indistintamente, aventurando-me.
- Como D. Sebastião,
Louco além do mar português.
Tenho contado, cuidado e guardado os rebanhos,
Rebanhos dos sonhos meus.
Do menino do céu que veio brincar em minha aldeia
- Cuidei Dele também.
Perdoando-o por soprar os ventos,
Somente para levantar as saias das moças.
Tudo para apropriar-me de Pessoa.
Mas o que dele fica em mim?
Levanto-me por manhãs vazias,
E estou vazia de mim mesmo e Dele.
Porque não sou Ele!
O perfume de Fernando tem o cheiro da terra,
Das touceiras de capim arrancadas e alinhadas,
Todas dispostas a beira do caminho
O eco da sua voz me diz: “Uma flor é uma flor”
“Não foi feita para pensá-la, mas para sentir e cheirá-la”
“E eu tantas vezes vil, tantas vezes reles”.
Tenho me apropriado de pessoas e errado muito – admito.
Sou como a “criança das cidades e dos vales”,
Também eu não “aprendi a respirar”
Apropriar-me de sua alma? Sem a clareza da vista?
“Sem alma para ver claro”?
Sinto-me ridícula!
Sou como Maria José – a feia.
Escrevo cartas de amor ridículas,
Moribunda a beira da janela,
Para um homem que jamais as lerá.

Rosa Mares da Maia – 02.03.2014.

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