Eco

Foto de Arnault L. D.

Mil vezes (Eu te amo)

Enquanto as frases se desprendem,
não as cale sem dizer.
Pois um dia, hão de perder
todo motivo e se rendem

Ao silêncio, à surdez talvez.
Não trarão mais o sentido,
se o querer ouvir já houver se ido,
exaurido, no esperar o que não fez.

Mais que a dor do não ouvido
é o som do nulo a estancar.
O esperar o depois é confiar
numa sorte que pode ter partido.

Não guarde para si se ama alguém,
não enterre em si, o que falar...
Uma palavra pode uma vida mudar
ou pô-la a perder se a deixarmos sem.

Se há quem ouça, eu te exclamo:
Enquanto amor, eco a reverberar,
nos lábios deixe as silabas juntar,
por mil vezes, eu te amo, eu te amo...

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

A escolha

Qual é a escolha certa?
Escolher nadar, ou morrer afogado
eu não tenho outra alternativa
escolhi viver
e o preço que se paga por uma escolha
mesmo quando não haviam outras alternativas viáveis
é o eco da opinião alheia
sobre a vida privada
no fundo e no íntimo, o que os outros acham de você
parece não ser tão importante
mesmo que você pense assim, eu sei que inconscientemente
isso machuca
a opinião te ordena que você faça
e depois te recrimina: Por que fez?
julgamentos e condenações morais
mas eu juro, eu não tinha outra alternativa
escolhi viver

Alexandra

Foto de betimartins

Poema! Vai à fava.

Poema! Vai à fava.

Teci leves criticas ao meu poema
Era extenso, vaidoso e sempre cruel
Fútil nas palavras que faltaram
Não! Devia ser um simples poema...

Mas era um grito
Um eco, irrefletido
Na transformação
De simples palavras...

Da nossa natureza
Meio morta
Despida, fria
E tão ultrajada
Entre vômitos
Criando náuseas...

De comentários
Absurdos
De quem não
Entendeu nada
De nada, mesmo
Criando o absurdo
Apenas...

Vontades, desejos
Que em mim
Matutam
De poder
Um dia...

Mandar à fava
O meu poema!

Foto de betimartins

A rosa do amor

Meus pensamentos andavam dispersos, inquietos, ausentes do que ninguém sabe, aliás, nem eu mesmo, sei. Entre vontades, entre desabafos, entre memórias e passado, quis gentilmente abrir o meu baú, arrumar tudo bem dentro e ir ao jardim enterrar-lo bem fundo para nunca mais o acessar.

Estranho escutava vozes, vozes ausentes, pouco perceptíveis, parecendo um eco da minha alma, difuso, parecendo um breve amanhecer, quem sabe o despertar da minha consciência. Meio confusa e perdida entre este mundo e outro invisível, procuro saber quem eu sou e que eu faço aqui,nada satisfaz, acorda para este momento adormecido em minha alma sumida do meu corpo.

Entre memórias de infância, vejo rostos iluminados, felizes, escuto seus pensamentos e suas vozes que acalmam meu ser, minha mente e meu ego. Recordo o rosto das minhas meninas, pequeninas, tão fofinhas e dependentes e eu hoje o que eu sou? Dependente das lembranças e das raras memórias e não nos pedaços estilhaçados do meu coração, enterrei para sempre o passado, jogando-o ao vento e deixando-se perder no mais distante buraco negro na galáxia e direcionando-o ao infinito do universo.

Hoje me deixo dançar ao sabor do vento, deixo-me sorrir, atrevo-me a ser feliz, sentir a vida em forma pura, intensa e alguma vez sonhada. Hoje sei que sou infinitivamente amada, sou mimada num mundo que muitos jamais alcançam o mundo do amor.

Sorrindo, deixei os pesadelos, fazerem parte do passado que foi ontem, hoje plantei a mais bela roseira, de bela rosa vermelha, dentro do meu jardim, deixei-me descansar entre as pontas do triangulo sagrado.

Abrindo as janelas da minha alma de par em par, deixei-me purificar no meu altar divino puro e casto, entre espinhos ultrapassados até florescer, de forma delicada, a mais bela rosa vermelha, que tu, meu amor, deixaste-a crescer dentro de mim, com o teu amor dedicado a mim..

A Rosa do amor, a rosa que coloquei de agradecimento no altar, e humildemente, ajoelhei-me entre lagrimas de pura felicidade e agradeci ao mais alto supremo o Meu Deus que dentro de mim habita.

Foto de Arnault L. D.

Esse amor, meu amor... ( Fim da poesia )

Esse amor, meu amor,
foi assim perdido.
Boiando, num mar de lágrima
até o horizonte, onde ido.
Até o além do sentido,
até o romper da “ânima”...

Foi-se indo, de mansinho,
lentamente, a mim sumir...
Seguindo noutro caminho
distanciando o meu seguir.
Nada, além é a paisagem,
do não ter prosseguir

Mas, quando, aonde, esteja.
onde a mão se cansa;
onde eu não mais veja;
no morrer da esperança.
Na inanição do que almeja;
no esforço do que não alcança.

Por quando, onde, haja,
o não saber que se eterniza.
Nas rimas de uma poesia,
no coração, que o paralisa.
Num oculto de fantasia,
que ao sonhar, me ameniza.

O amor meu, que não é meu,
nos olhos, verdes, brilhante.
O sorrir, calmo e feliz,
que para mim já se deu...
mas, o mesmo obstante,
por mim, nada mais diz.

As palavras que me disse,
usadas foram de novo.
Já não mais para mim.
Agora e como se novo,
como se o eco repetisse
o amor que não sabe o fim.

Ah... tristeza que me mata,
que em ecos reflete-se,
que transpassa e refrata,
tanta que entorpece.
E o querer se esquece,
de querer-se e fenece,,
mas, se outro eu tivesse
não trocaria o meu mal.
Esse amor... meu amor,
terminou... Sem final...

Foto de Melquizedeque

Admoestações

A vida nos mostra diversos caminhos
Mas quais deles nos mostram a vida?
Em que mercado ela fica mais fácil
Se o difícil é o mais encontrado?

Todo conselho é uma maçã envenenada
É a dor do moribundo, é a vida digerida
Seus atributos são todos tributados
Não tem voz verdadeira, é um eco, um vago

Seja um ser distinto com instintos selvagens
Não fuja da dor, pois o medo não tarda
A vida é rotativa, mas lembre-se que ela acaba
Não parcele a morte no fragmentar de sua mente

Ouça meus dizeres, sejam frívolos ou verdades
A paz precede a guerra e, depois quem sabe, a liberdade
Seja criança e ancião... Um receoso folião
Brinque com a vida, cumprimente a morte
Mas saibas que meus conselhos se evanescerão na sorte.

(Melquizedeque de M. Alemão, 03 de Março de 2011)

Foto de Cecília Santos

UM DIA QUALQUER...

UM DIA QUALQUER...
#
#
#
Um dia qualquer, serei pó ou
folha carregada pelo vento.
Serei lágrimas, num olhar de
despedida.
Serei eco, das palavras
proferidas.
Serei um breve instante, numa
vida quase sem sentido.
Serei um pouco de tudo, que
sempre quis ser.
Serei vento forte, ou brisa
mansa e passageira.
Serei a saudade, a doer num
coração.
Serei lembranças, de alguns
momentos felizes.
Serei um dia desses, um
perfume subtil.
Serei apenas um nome, quase
inesquecível.
Mas nesse dia serei apenas,
o que restou se um sonho.
Serei apenas um ser invisível,
na memoria de alguns!!!

Cecília-SP/02/2011*

Foto de airamasor

Vontade de Amar

A voz do meu coração apaixonado
Fala através da minha poesia,
Em versos intensos, exaltando nosso amor.

São intensos pela vontade de viver e de te amar.
Às vezes são tristes quando não tenho você ao meu lado,
Clamam pelos sentimentos e sentidos
Que só as palavras de amor sabem
Traduzir ou trazer a tona.

Há um eco em todos os meus poemas, o teu nome,
Escrevi minha paixão nas areias de uma praia e tudo foi levado pelo mar, menos os momentos que tivemos juntos e aqueles em que declamei nosso amor em verso e prosa.

Permaneceram vivos em nós
O mesmos sentimentos desde o que nossos olhares se encontraram,
Desde que nossos corações se entregaram,
Desde o momento que nossos lábios se uniram,
Desde que este amor incendiou nossas almas.
(Aira, 30 de janeiro de 2011)

Foto de Carmen Lúcia

Inúteis palavras

Recolho palavras que me atropelam
no silêncio inquieto que me interpela,
preciso com elas entrar num consenso,
que venham sem eco pra integrar meu contexto.

Ou mesmo sem nexo, sem explicação
porque eu nem sei explicar a razão
de estar tão calada, tão introvertida,
desconheço quem sou ou me sou bem conhecida.

Procuro nos simples detalhes um recomeço,
um motivo maior para continuar,
pular as reticências, revirar aos avessos
e nas entrelinhas descrever o meu texto.

Mas as lacunas se tornam pesadas,
devo preenchê-las de palavras sensatas,
esvaziar de minh’alma meus medos e traumas
que o silêncio estimula e a palavra engasga.

_Carmen Lúcia_

Foto de Runa

7º Concurso Literário - Amores moribundos

Ouço ainda o rumor dos teus lábios de cinza
a espernear de encontro às tábuas gastas do meu peito,
e dou por mim, num delírio febril,
a murmurar as sílabas nostálgicas do teu nome,
que dançam, numa vertigem de fumo,
ensombrando os versos obscuros do poema.
Um pássaro de cera derretida,
pousado no luar arruinado dos meus ombros,
digere a ressaca de um eco distante,
no vazio destroçado do papel
onde tento fixar as últimas sombras
do teu sorriso desfeito.

Vozes escondidas murmuram nos recantos da memória
a litania decadente dos ventos,
invocando, num ranger de ossadas,
a réstia contaminada de remotos sonhos
enterrados dentro de mim.
Sacudindo o feitiço,
acendo as palavras efervescentes do teu nome
e deixo-as, a queimar, no rebordo encardido do cinzeiro,
entre duas baforadas de fumo baço
e a insónia lenta da tua ausência,
renegando para os confins do poente
aquilo que já não me serve.

Esta noite, num derradeiro gemido,
entrego o teu rosto calcinado
às chamas fugazes do esquecimento
e, definitivamente, te fecho a porta.

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