Encontro

Foto de Drica Chaves

Luta vã

Pergunto-me o que faço - das palavras:
ora rimo,ora canto,ora bailo;
embaraço-me - nas palavras:
ora grito,ora emudeço,ora falo;
desprendo-me - das palavras:
ora balbucio,ora resmungo,ora denuncio;
encontro-me - nas palavras:
ora rio,ora choro,ora silencio;
distancio-me - das palavras:
ora corro,ora pulo,ora driblo;
iludo-me - nas palavras:
ora aplaudo,ora bato,ora acredito;
despeço-me - das palavras.
_ Por Hora _
brinquei,pouco ajustei e como lutei
- com tantas vãs palavras.

Drica Chaves

Direitos autorais reservados.

Foto de Sonia Delsin

RENASCI DAS CINZAS

RENASCI DAS CINZAS

Todos os rios passam...
Todos os ventos...
Todos os sofrimentos.
Passas por mim e nem notas.
Ou percebes?
Que o sorriso voltou a morar no meu rosto.
Já não tenho a expressão de desgosto.
Tudo passa.
És do passado.
De um livro fechado.
Um cofre lacrado.
Se muito me machucaste.
Nem notaste...
E que as feridas cicatrizaram?
Teus olhos notaram?
A verdade é que nada disso mais importa.
Fechei uma porta.
Falo aqui de uma morta.
Que renasceu como fênix e voa de encontro a um novo sol.
Uma ave esplendida que acredita no arrebol.

Foto de Drica Chaves

Noite de lua

Enluarada a noite vagueia
Procurando cores
Risos de um palhaço estonteante
Até que enfim encontra um amante.
Sai a divagar no horizonte
Serena,orvalhando as flores.
Para onde vais?
Certamente ao encontro do mar
O lugar mais belo e profundo
Onde acha o seu abrigo.
Difícil conter-se diante do agito
Das ondas espumantes
delírios repletos de esplendor.
E o amante?
Sorri junto a ela,
Envolto numa atmosfera de sonhos
Românticos
Clareados por um raio fascinante
Por ser multiplicador
De quê?
amor,amor,amor...

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de Drica Chaves

Noite de lua

Enluarada a noite vagueia
Procurando cores
Risos de um palhaço estonteante
Até que enfim encontra um amante.
Sai a divagar no horizonte
Serena,orvalhando as flores.
Para onde vais?
Certamente ao encontro do mar
O lugar mais belo e profundo
Onde acha o seu abrigo.
Difícil conter-se diante do agito
Das ondas espumantes
delírios repletos de esplendor.
E o amante?
Sorri junto a ela,
Envolto numa atmosfera de sonhos
Românticos
Clareados por um raio fascinante
Por ser multiplicador
De quê?
amor,amor,amor... ( Drica Chaves) Direitos autorais reservados.

Foto de Drica Chaves

Amor,simplesmente

O amor é um espetáculo:
radiante,oscilante
Arma o circo,convida,diverte.
Desarma;o reverso.
O amor é luta e sabor
É mel,é a fina flor
Que perfuma e enfeita a vida.
É rio que corre,
Que encolhe,
Que enche,
Que encontra,
Que,às vezes,transborda.
O amor é a energia que rege o mundo
É o vento que sopra dos horizontes
Fazendo da vida a arte dum eterno encontro.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de JGMOREIRA

AINDA LEMBRAS? II

AINDA LEMBRAS? ll
RRR

Minhas desesperanças são vagos lumes
Na mata fechada sem alumiar nada
Além dos passos que dou, morta de cansada
Alpinismos milimétricos
Verminais gostos inodoros da tua saliva
Visual insípido aos teus olhos cépticos

Não sou nem o riso ou a dor
Comumente transparente em seu dorso
De suor no ato da falta de amor
O lirismo acabou?
Não incubou em teias de aranha na alma
Satanás ainda batendo palmas
Cristo se envergonha e chora
Vês? Todas as lágrimas transbordam

Não te espero mais na calçada
Não ando descalça nem sou sem graça
Policiais policiam meus fatos típicos
Feriados singulares, coincidentes
Sem reincidência, coerência, decência

Onde andamos nós que ficamos tão sós?
Velhos jovens loucos sãos e de antemão, contraceptivos
Canto mas nada entoa
Falo mas nada em ti ecoa
Grito sem orgasmo
Só doloroso espasmo de músculo contraído

Onde fugimos de nós?
O hoje se masturbou no ontem
Lançou sêmen morto no amanhã
Que nasceu à noite
Abortou a tarde
Enterrou uma manhã pálida
Do dia ofuscante já morto

Não consigo estremecer perante o medo
Nem tenho medo perante o ladrão
Não há roubo. Só roubados
Não consigo aspirar e expirar
Os hélios ou helênicos que respiras
A mim não concedo o pão do Senhor
Não prossigo que a escada encaracolou
Submergiu no teu rodamoinho

Essa vida toda contida na cabeça de alfinete
Esse teu congelo e degelo, setenta quilos
De pedra e sub sal.
Meus afagos desafogam energias nucleares
Em homens que encontro nos bares
Acordando em camas alugadas
Faço amor sem amar, dando sem entregar
Essa imaginaria guerra real se prolonga
Ao som de tambores e caças
Submarinos submergem à minha aparição
Sou o front, o desalinho da tropa dispersada
Na tua farda mal amada, branca de medo

Somos as engrenagens enferrujadas das máquinas
Gosto ácido de azia que corrói o estômago
Espinho na pata do leão; Paleótipo vazio
Puro som de grito abafado na fronha usada
A caldeira do diabo a que me atiraste
Harpa de archanjo que jamais ouvirei
Depois que meu Deus passou para o terno e gravata
Cabelo cortado, ar compenetrado, empresário de almas

Correria se tivesse pés
Falava se houvesse voz
Amaria se meu coração não estivesse partido
Fragmentado em dor atroz
Amaro amargo, Cinzano
Corte de fazenda barata
Peso perdido na balança desregulada

Acima de tudo, quero amar
Projetar-te em outro corpo
Que seja meu, meu de tudo
Para amar essa parte tua
Como nunca pude te amar
Que não deixarias
Sem mágoas nem angústia
Nem caos nem paz

Ainda te perpetuo
Teimo contigo no meu peito indeciso
Incoerente
Ainda te sinto apesar do tempo cretino
Que só sabe medir distância
Sou o nãoseioquê na tua vida
Talvez, teu olho cego, um sonho teu
Despertado
Armário de respostas que não abres
O porto seguro no qual atracas após
A deriva diária
Um vício, mania de criança
Algo em alguém destemido
A força fraca de ser valente
Encarar e debochar da vida
Chamar homens de meninos
Rir dele e fazê-lo crescer
Estacionar o trem do tempo
No garimpo do sentimento
Carregando a bateia para te achar
Ou achar uma pedra preciosa
Não mais a rosa fria, cadáver de flor
No que esse amor me tornou

Talvez, seja só meu esse amor...

Outro dia/1979

Foto de JGMOREIRA

AINDA LEMBRAS? I

AINDA LEMBRAS? l
RRR

Talvez ainda tenhas neurônios
Talvez ainda recordes, pense e sonhe...

Quem nos viu não entendeu
Quem viveu foi sepultado
Vivemos em catalepsia
Seremos fetos no formol?
Seremos um pouco de dó em si-be-mol?

Ah, realmente me concebi no teu ventre fértil
Fui algum dos espermas que ejaculas sem prazer
Faço concorrentes na tua memória áudio-visual
Serei teu encontro provocado-casual?

Ah, meu amor, os homens marcham
As guerras se abastecem de almas desvairadas
E nós? Dois bêbados lúcidos a perambular
Sem importância por qualquer lugar
A pensar, queimando os fios do cérebro
A confundir os sistemas gastos
Convencendo nossos espíritos
A convalescer de cada endemia de mágoa.

Realmente já passei dos talvez
Sou fruta madura à espera de solo com ph
Mais propício, úmido, fecundo
Já sou a anciã desgastada que foge calada
Cabeleira alvoroçada

E tu?
Rocha metamórfica
Tumulo descaverado
Alquimista falido
Engenho inacabado
Pecador sem pecado
Inseto urgente de formicida
Autômato despilhado

Eu vivo e sobrevivo
Sempre recomeço dos barrancos aos trancos
Sobre pés descalços, raros tamancos
Os homens olham, mas não me vêem
Os meus olhos olham sem enxergar
Procuro a forma simples de amar
Como amo a ti
Amo do amor mais profundo além do corpo
Para dentro da alma
Não vejo teu amor em ninguém, solto por aí
Não ouço o que diz a tua boca lacrada
Não rio seu riso em dente algum

Tanto amo que desamo
Nem sei se estou dando ou negando
Orando ou odiando
Subtraio ou multiplico
Se retrocedo ou ascendo no holocausto de espinhos

Não falo mais de coisas normais, informais
Imorais, sensuais, iguais, banais
Ando escutando sem ouvir
O astigmatismo me castra as pupilas
A miopia retrai o nervo ótico
Encurta os espelhos, já nem me vejo
Nem te vejo refletido nas poças de chuva

Ainda lembras-se das não promessas?
Dos teus adeuses solitários e burros?
Dos retornos às pressas com ar soturno
De quem lançou as últimas moedas no poço do infortúnio?

Talvez ainda recordes, sonhe e ao acordar, pense
Que sequer existimos.

Um dia/1979

Foto de Eclipse

Ao seu lado preciso estar

Quando você se foi, de mim meu chão foi tomado,
Acordei sem você ao meu lado, e em prantos me deparei com a solidão...

Seu amor, é para mim, um bálsamo que sustenta minha vida,
És meu caminho, minha luz...

Preciso de ti ao meu lado, para que possa seguir nessa estrada,
Sem ti, não encontro forças para prosseguir...

Te amo em silêncio, quando na verdade tenho vontade de gritar ao mundo, meu amor por ti...
Te quero ao meu lado, pois sem você já não posso mais viver...

Foto de Mentiroso Compulsivo

Aquele Encontro!

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Não foi fácil aquele nosso encontro.
Foram muitos os dias repletos de aflição.
E a longa espera que sufocou, pouco a pouco,
Fez a tua alma explodir a grande emoção.

Chegaste quieta, talvez envergonhada,
De ti, de mim, da nossa situação.
Fomos a um bar tentar encontrar a saída,
Para nos aliviar de toda aquela tensão.

Em instantes, a bebida gelada já descia no peito
Que ardia dentro de ti, em brasa, por um amor.
Ao teu sorriso emprestei-lhe um beijo,
Para acalmar o receio de teu temor.

Nos teus olhos eu encontrei um e outro,
Doce pedaço de um passado que ficou.
Lembranças de tempos felizes, agora oco,
Escritas com lápis, que uma borracha apagou.

Notei desfazer-se, tão facilmente, a tua imagem,
Da tua face de dor (a mais profunda desta vida).
Eu, com algum calor, quis transformar a paisagem,
Trocamos os copos da bebida servida.

Porque perdida naquele bar te vi cabisbaixo,
Para ti o elixir do álcool forte na poção gelada.
E para mim o licor que gotejava pela tua face abaixo,
Cocktail de uma e outra lágrima doce e salgada.

© Jorge Oliveira 7.MAR.08

Foto de Raiblue

Juramento

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Como se o mar
Invadisse a noite
Marulha o silêncio
Em meu ouvido
Sussurra lembranças
Penetra poros
Dilata veias
Por onde você
Corre, em ondas
Que me engolem ...
No espelho
São seus olhos
O meu reflexo
Vestida de você
Desapareço
Dissolvida,abduzida
Por alguma força mística
Poção mágica
Grudada nas retinas
Castanhos delírios
Sinestesias...
Alquimia de corpos etéreos
Explosão de átomos
Mistura volátil
Encontro marcado
Numa noite lúdica
Fluida
Quase música...
A guardar em suas notas
A respiração ofegante
Do beijo imaginado...
Adormeço sobre a seda
Do seu corpo astral...
Sobre as sobras dos sonhos
Amanheço...
Procuro o espelho
Preciso do ópio
Dos seus olhos
Só por mais uma noite
A última
Eu juro...
Depois...depois...
Quebro o espelho...

(Raiblue)

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