Estranhos

Foto de Letícia

Materialização

Por que te fizeste carne?
Enquanto espírito
Eras sensação de paz e de alegria
Agora, és também paixão

Que faço desta tua essência
Que me impregna a pele?
Sou toda em ti – realizada

Ando à roda de mim mesma
E te consumo no meu espaço

Desejos estranhos de morder
De gargalhar e dançar na chuva
Correr de ti para encontrar-te
E em ti ser feliz

Tens sido tanto...
Tão maravilhoso, tão delícia
Nem precisavas ser assim
Tão completo
Bastava-me teu humor
Tua constância
Não pediria mais que isso

Entretanto...
Estás presente
No sol na lua na madrugada
Nos sabores e na arrumação

E na desarrumação que em mim fizeste
Organizaste minha existência

Foto de Ana Botelho

DIÁRIO DA ALMA FEMININA

FRAGMENTOS DO LIVRO A SER LANÇADO EM BREVE:

DIÁRIO DA ALMA FEMININA.
"A mulher, por sua forma polêmica e única, arrasta consigo uma história que além de triste, é um dos retratos mais fiéis que temos da tortuosa evolução da humanidade, dos seus grandes preconceitos e de monstruosidades cometidas como forma de camuflar os desastres cultivados nos seios das famílias desajustadas, onde os complexos variados eram repassados aos seus descendentes, um método presente na velha tradição familiar era a de se lavar a honra de um parente querido com o sangue alheio, ou mesmo outro tipo vingança desmedida como se esta compensasse um crime anteriormente realizado. Além da figura da fêmea, qualquer outra criatura que tivesse nascido com a predominância das características “femininas” de ser, teriam marcadas em seu destino uma triste síndrome, uma espécie de anomalia social, ou seja, a de passarem a vida inteira buscando a sua real identidade..."

"Quem nunca travou desafios incansáveis para desfrutar dos direitos que por lei lhe pertenciam há séculos? Quem foi que sempre trabalhou por uma família mais amorosa e por um mundo bem mais justo, carregando, na maioria das vezes, a debochada caracterização de "piegas", ou "reacionária fracassada"? Se você ainda não ouviu tais comentários, certamente, eles estão velados, embotados e que só serão percebidos em atitudes de pessoas que parecem nos amar mesmo as mais próximas..."

"E qual assediada nunca recebeu:
- um telegrama misterioso de um amigo do seu pai, acompanhado de calcinhas comestíveis;
- um beijo roubado pelo marido da vizinha de andar, no elevador do seu prédio;
- umas piadinhas inconvenientes daquele coroa que ficava todo torto quando você passava para o colégio;
- uma perseguição indesejada e vergonhosa, pelas ruas quando ia fazer compras;
- um beliscão nas pernas sob a mesa, durante um jantar de família, por aquele marido ridículo de uma prima, ou da sua melhor amiga;
- um recadinho atrevido jogado na varanda da sua casa vindo das mãos de um respeitado chefe religioso do bairro;
- uma cena de masturbação em uma praia, ou praça obrigando-a a ir embora imediatamente;
- uma esfregada extremamente incômoda em um ônibus lotado e teve que se calar com receio de desencadear uma confusão em público;
- a sua residência violada por um tarado causando um distúrbio sem fim em sua vida, com processo, audiências e situações de constrangimento diante de estranhos e amigos;
- uma briga enorme que pensou ter causado, envolvendo um irmão, por atrevimentos vindos de pessoas outras;
- propostas de riquezas e casamentos estranhos, onde a sua casa seria em local deserto e freqüentado apenas por este suposto romance;
- uma literal luta corporal para se desvencilhar de um assédio de alguém que namorasse uma aparenta, ou uma amiga;
- bilhetes de desconhecidos com propostas ridículas colocados no limpador de pára-brisas do seu carro, bolsa, ou entregues em restaurantes por terceiros...
Estas são algumas situações pelas quais odiamos passar, mas que, por estarmos representando o sexo feminino, somos alvo dos "machistas" preconceituosos e que na maioria delas não podemos reclamar, nem retrucar porque logo somos consideradas as "culpadas" pelos assédios recebidos. Registro aqui a declaração de uma jovem que passou por uma situação complicada de quase violência sexual e que, ao chegar à delegacia para registrar a queixa, foi debochadamente abordada pelos plantonistas enquanto faziam as perguntas recheadas de um sorriso irônico sobre os fatos, traumatizada e controlando um grande desespero, só não desistiu de realizar por completo a denúncia por causa do seu compromisso com ela mesma e com outras pessoas que já passaram, ou que podem um dia se deparar com tal absurdo.
As pessoas “femininas” também sentem desejos, têm preferências, sofrem de afinidades físicas com outras pessoas e, por isso, deverão ter oportunidades de participar de escolhas e terem o direito de dizer "não" quando acharem necessário..."
(NÃO PERCAM, DENTRO DE ALGUNS MESES NAS LIVRARIAS)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

O POETA TAMBÉM CHORA

****
***
**
*

O POETA TAMBÉM CHORA POR AMOR .

O poeta sentiu-se enganado.
Por ter a poetisa ele deixado.
O poeta esta infeliz.
Com sua alma de aprendiz.
Tentou amar tentou se dar.
Mas sua poetisa escolheu
Outros caminhos a pisar.
O poeta esta sem inspiração
Sua poetisa levou consigo
Junto ao coração.
O poeta já não tem fantasias.
Sonha com sua poetisa noite e dia.
O poeta precisa se concentrar
Para novas inspirações poemas criar.
Sem a sua poetisa não consegue inspiração.
Lágrimas de tristezas lavam seu coração.
O poeta precisa voltar a viver.
O que podemos nós a esse poeta fazer?
O poeta é fonte rica em inspiração.
Vamos alegrar esse poeta.
Que por um amor encontrou a ilusão.
Poderíamos apresentá-lo uma nova fonte de inspiração.
E apresentá-lo uma nova poetisa para seu coração.

A FLOR DE LIS.

Ps; Assim como qualquer ser humano, por mais que o poeta sonhe invente crie,
fantasie vive em mundos estranhos surrealista. O poeta também é sensivél ,o poeta chora, o poeta sofre por amor.
talvez sofra até mais do que quem não faz poesia poemas, pois seu coração já esta tomado pelas emoções das inspirações. O poeta também ama como todos os mortais! Não por ser poeta, mas sim por ser humano!
A Flor de Lis.

Foto de pttuii

Discussão

enviesei demasiado as tuas palavras. Estavam escritas como que num monte em chamas, rosadas em cada perna das vogais que queriam dizer algo mais que simples chiadeira de argumentos gastos.Fui o retransmissor de sinais ocultos naquela tarde de aconchegos estranhos. Senti-me a parede de rechaço do que disparaste para a ofensa primária. Fui a bóia de socorro das redes de desculpa que me tentaram pescar no mar revolto da ofensa. E no fim, lá estavam as tuas palavras. No envólucro baço, quase fino do papel de embrulho do que se quis dizer, deixou-se o restolho daquele fogo fátuo que pairava entre o respirar de duas criaturas que se desentendiam, entendendo-se por etapas.

Foto de Sonia Delsin

UMA ATITUDE - Conto

UMA ATITUDE

Mariana sempre se levantava tão cedo. Gostava disso. Heitor ficava na cama e ela saía para suas caminhadas matutinas.
Ia olhando as árvores, os pássaros, as casas. Caminhava porque gostava e também para pensar na vida.
O casamento estava mal? Péssimo. Não existia mais desejo de ambas as partes. A ternura dos primeiros anos... ah, aquele encanto todo tinha acabado há tempos. Por que continuavam juntos?
O único filho estava casado e morava no exterior. Por que continuavam morando sob o mesmo teto, se não existia mais nada? Ela não sabia, ou sabia.
Heitor procurava outras mulheres? Ela imaginava que sim, mas não se importava. Não dormiam mais no mesmo quarto e ela nem o via chegar. Isto não a incomodava. O casamento estava falido, como falida estava a empresa que tanto ela empenhara em manter de pé.
O pai deixara para ela a fábrica de pregos.
Pobre paizinho! De que valeu tanto empenho? Heitor afundou-a.
Viviam da aposentadoria dela e do que Marcelo enviava. Marcelo queria ajudar, sempre tão prestativo e amoroso o filho.
Pelo menos ele estava bem, pois encontrara uma boa esposa, tinha um excelente emprego e morava no primeiro mundo.
-- Mãe, por que não se muda pra cá?
-- Deixar seu pai?
-- O casamento de vocês está acabado faz tempo.
Estava mesmo e ela ia ficando.
Um cão se aproximava e ela o agradava. Mais pra frente era um gato que vinha lhe fazer um agrado.
Um casal passava conversando. Caminhando e conversando e ela pensava se seriam felizes como aparentavam ser.
Ela não fora feliz no casamento e era uma covarde, pois não tinha coragem de sair dele.
Um dia teria? Talvez nunca.
Heitor por certo ficaria na cama até dez horas e se levantaria mal humorado. Colocaria defeito no almoço, em tudo. E ela ficaria quieta. Pra que brigar?

Ao abrir o portão Mariana notou que havia visita na casa. Era uma prima que não via desde o ano passado.
-- Você aqui, Bene?
As duas se abraçam.
-- Bonita como sempre, Mariana. O Heitor me contou que não abre mão das suas caminhadas por nada.
-- É, eu gosto.
-- Tirei o Heitor da cama hoje.
Mariana olhou o marido de pijama. Que ridículo ele lhe parecia naquele instante. Tinha bolsas enormes sob os olhos. Será que andara bebendo? É, ele andava bebendo nos últimos tempos. Além de fumar demais começara a beber. Será que estava querendo morrer?
O marido agora era um estranho pra ela. Um estranho que dormia no quarto ao lado do seu e que comia na mesma mesa.
Deus! O que ela fizera com a própria vida... o que ela fizera. As roupas de ambos eram lavadas na mesma água na máquina de lavar e estendidas no mesmo varal. E eram dois estranhos. Nada mais e nada menos que dois estranhos.
Tão longe ela estava quando Bene lhe chamou a atenção. Abraçada a Heitor a prima lhe parecia tão bem.
-- Estou apaixonada, prima.
-- De novo? É o quinto este ano?
-- Sexto.
-- Nossa! Você se apaixona tanto.
Heitor sorri gostosamente. Naquele instante ela até sente uma certa ternura por ele. Ele sorri tão leve e tão solto que parece o marido dos primeiros tempos.
Mas ela sabe que quando Bene se for ele será o mesmo ranzinza de sempre.

-- Fica pra almoçar, prima.
-- Tenho um compromisso. Estou de férias este mês, mas tenho mil coisas a fazer. Estou reformando a casa.
-- De novo?
-- Talvez o Marcos fique morando comigo.
-- Nossa! É sério desta vez?
Bene sorri e lhe dá um beijo na ponta do nariz.
Sussurra em seus ouvidos.
-- Vocês não parecem nada bem.
Ela nada diz. Melhor calar.
Os olhos do marido não a abandonam todo o tempo naquela manhã. Será que vai querer brigar quando a visita se for? Credo. Ela nem quer pensar nisso.
O que ela precisa é de uma atitude. Mas quando? Quando acontecerá?
Vai até o portão se despedir da prima e entra na casa. Começa a sua habitual tarefa. Arrumar a casa, ouvir as reclamações de Heitor...
Não quer brigar e deixa-o falar.
As palavras dele não têm mais o poder de perturbá-la, feri-la. Está meio morta e se faz de surda como uma porta.
Quando tomará uma atitude? Talvez nunca... Feliz é a Bene, ela pensa.

Foto de MarvinCesvaz

Conselhos de um Anonimo

Sempre que dormir e acordar;

Imagine o Paraíso
Unicornios branquinhos, brincando,
Voando e galopando pela Aurora Boreal
Pingando pegadas na areia do deserto, no gelo ártico,
Aparecendo através das ondas, na maré alta do mar

Imagine estrelas cadentes se divertindo no céu
Dilúvio de Cometas, Chuvas de Prata;
E os vaga-lumes enamorados entre as florestas,
Debaixo do banho de um luar

Imagine os anjos fazendo festa,
Quando o Natal se aproxima
Ou os cupidos alegrando o dia dos namorados

Lembre daquele sorriso de criança
Ao receber aquele presente que tanto esperava
Lembre do dia da independência da mulher
Tanto merecido e d’outros, de “outroras”,
ou mesmo os que ainda estão por vir! (os imagine)

Sonhe com as cores de todos estes dias e momentos perfeitos
A bagunça que deve ser lá “em cima”, repleto de emoções
E pense como deve ser o gosto de uma nuvem (quem nunca pensou?)

Deite no gramado de um jardim repleto de flores-doces,
Conte as estrelas,
Se divirta com as formas que Deus faz entre o azul do céu
Só para você...

E não se esqueça de agradecer
Pois ele fez tudo isso somente por você!

Imagine a neve tocando a ponta do seu nariz,
E como deve ser onde começa ou onde termina um arco-iris

Lembre-se do Gosto do Champanhe
Espumante em sua boca,
E aquele gosto do primeiro beijo
Ou do ultimo beijo de amor

Não se esqueça do velho aroma
Daquela comidinha caseira da vovó
Ou do pão de queijo da mamãe
De todo sacrifício que seu pai sempre fez pra proteger você
E mesmo quando errado, errou tentando te proteger

Não justifique nenhum erro,
Nem deixe que justifiquem-no
Mas aprenda compreende-lo
De acordo com seus motivos
E jamais deixe de perdoa-los
Não porque amanha pode ser você
Quem poderia cometer algum deslize mesmo que pequeno
Porem, porque, errar é humano
E todos merecem uma segunda chance

Repare nos olhos de alguém que é perdoado,
No sorriso de alguém que você aceitou suas desculpas
E no olhar daqueles que te amam

Aqueles que te amam
Sempre serão seus melhores amigos acima de tudo!
Alguns irão interpretar este amor à sua maneira,
mesmo porque nem todo mundo tem o mesmo jeito de amar...

Outros te amarão tanto que, sentirão inveja
Ou confundirão amor com ódio
E uns, poderão ate te trair por desconhecer o amor que sentem
Entretanto, perdoe-os também
Pois com certeza reconhecerão o amor que sentem
E terão certeza desse amor quando você sorrir verdadeiramente pra eles
E então, a certeza do porque que, te amam tanto

Viva a vida como se fosse o ultimo segundo
Ou o ultimo dia dela
Sem pensar que possa ser;
Se divirta e não deixe de sonhar com filhos;
Nem com aquela casinha branca, de cercadinho
E janelinhas brancas no alto do morro...

Lembre-se que seus pais se tornam tanto criança quanto você já foi
Que quanto mais você cresce, mais criança eles se tornam
E não negues nunca um colo adulto,
Daquele que sempre esteve a seu dispor
Ou um ombro amigo aos curumins tão belos e lindos
Que seus pais um dia serão
E mesmo assim, você nunca deixara de ser
Aquela pequinês deles...

Pense na sua família no mínimo três vezes ao dia,
Assim que acordar
Durante a tarde e antes de dormir;
Pois ela certamente é sua força e seu ponto fraco!

Não se preocupe muito com o tempo
Porque ele é impiedoso
Mas vez ou outra se faz justo e virtuoso
Assim, saiba ser paciente e ver entre as linhas tortas e seus obstáculos;
Pois haverá um dia em que o tempo estará ao seu lado

Seja sempre perseverante,
Porque não será sempre que a correnteza estará a seu favor
Por isso esteja preparado sempre para uma tempestade em alto mar
E peque firme na mão que um dia poderá ser estendida a voce
Nunca sabe-se, se,
Salvara a sua vida; sem interesse a parte.

E não poupe salvar ninguém
Tenha o prazer de ser herói por um só dia (pelo menos)
E se preciso, seja covarde por um segundo
Só não deixe o medo dominar você

Brigue e batalhe por amor
Busque seu espaço e as vezes responda quem for preciso
Não com falta de educação,
Mas para mostrar que você esta em seu direito
E que todos vivem suas vidas
Que também tem sua vez e que se não deixarem,
Você jamais estará pronto[a]
Para esta selva que lhe aguarda fora da janela de seu quarto!

Que seja uma vez ao mês
Mas que não exite em acordar e tirar o dia pra sair dando abraços
E presenteando com bom dia
A todos os estranhos que você encontrar na rua

Pense que nunca existe o momento certo,
E que nunca é a hora certa, porque realmente não há
Não viva só em função ou corra atrás de quem não te quer;
Sempre é providenciado quem você merece;
Corra riscos e não deixe que um dia se torne “tarde demais”

Quando envelhecer,
Que você tenha treinado o dom da conversa
Que seja ou criativo, ou simpático, agradável,
E ainda mais carinhoso e paciente
Sabe porque?
Porque em sua velhice, talvez quem estiver ao seu lado
Irá mais precisar de suas mais lindas e belas palavras e do seu dialogo,
Que qualquer outra coisa...
Então não as poupe!

Não se prenda também a mídia,
Ou, padrões principalmente de beleza
Ela, não é eterna;
Ninguém será sempre jovem ou terá os padrões fisicos,
Impostos e vazios

Faça muitos churrascos em sua juventude
Muita bagunça (mas pondere)
Não falte as reuniões de família
Pois um dia poderão lhe fazer muita falta

E não economize tempo para promover os almoços
Todos os domingos que puder,
Com o maior numero de queridos e amigos possíveis!

Tenha pelo menos um dia de ação de graças em sua vida
Corra pelo campo e preste atenção sempre a sua volta
Porque infelizmente, vivemos perdendo amigos
Paixões e grandes amores
Simplesmente por ignorância e estupidez
Em momentos de cegueira,
Mesmo quando batem a nossa porta e faltam pouco gritar

Durma mas não bóie,
Viaje mas volte
Deixe as coisas fluírem
Mas jamais fique de mãos abanando

Não poupe afeto,
Não poupe cuidados,
Não poupe beijos nem abraços

Seja educado e humilde que seja uma horinha só
E se não gostar (o que duvido) não precise nunca mais;
Só não deixe de ser, ao menos,
E conhecer estes sentimentos por um milésimo sequer!

E quanto aos sentimentos, viva todos possíveis
Conheça todos os possíveis, todas as emoções
E seja sempre livre
Seja sempre mais você!
Pra quem quer, não existe o impossível! (grave isso em sua memória)

Garanto que mesmo a grama do vizinho sendo mais verde
Se você for mais você,
A sua grama será a mais verde pro seu vizinho

Mate aula, e não ignore os professores;
E na saída do colégio faça uma horinha...
Acredite: tudo isso te trará saudades

Não tenha preconceitos,
Não seja racista;
Toque todas as cores de pele
E sinta que não são nem um pouco diferente da sua
E que você pode se surpreender

Leia todos os livros
Ouça todos os ritmos
Dance, canse e descanse

Ame incondicionalmente
E quando chegar a hora de morrer,
Morra amando, de preferência; e sendo amado
Procure se arrepender de menos coisas possíveis (e fazer por onde)
E se possível não se arrependa
Ou talvez não deixe de se arrepender!

Não magoe ninguém,
Mas se magoar ou se cometer erros
Peça desculpas...
A este apreço, não tem preço nem valor

Nunca compre alguém com notas de dinheiro
Nem com notas falsas
Mas pode comprar com notas musicais!

Gaste energias, trabalhe, seja serio e responsável
Mas também seja extrovertido e goze a vida...
Cometer alguns erros, nada graves, não é nenhum pecado;
E pecado vez ou outra, redimíveis, não é nenhum crime...

Uma vez um grande homem da ciência humana disse:
“Você é aquilo que você pensa”.
Precisa-se dizer algo mais?
Enfim:
Viva, viva e VIVA!!!
Não tem melhor receita nessa vida, do que simplesmente, viver.

É simples assim!

(Conselhos de um Anônimo - Marcus Vinicius Cestari Vaz)

"ps: ignorem por fvr alguns como erros de acentuações, etc... se faz tarde e infelizmente preciso me retirar sem saber quando retornarei. Obrigado!"

Foto de Ayslan

Simplesmente "Eu te AMO"

Nestes dias estranhos. Nestas noites Chuvosas.
A ansiedade má não me permite respirar. E a cada batida do meu coração mais me convenço de que “Eu te amo Priscila”
Nossa, eu te amo, eu te amo simplesmente por que te amo e sem saber por que tanto te amo nem sei como ti dizer... Na angustia da vontade de esta contigo, na dor da saudade. Saudade de ti ver sorrindo, saudade de sentir você aqui juntinha de mim, sentir você aqui bem ao lado de meu peito... Saudade que não pode durar para sempre. Não posso viver sem você.
Simplesmente por que te amo, amo te e preciso do seu sorriso e amor para viver. Sorriso mais lindo e belo é para sempre tudo que eu quero ti ver sorrindo.
Meu amor não há mais palavras, não sei como ti falar. Mas mesmo que o sol se recuse a brilhar para sua amada lua, mesmo que minha poesia não venha rimar. Eu irei te amar...
Fácil é escrever frases das quais não tenham sentidos, e não expresse sentimentos.
Difícil é dizer “Eu te amo” por que com palavras sempre falta algo mais.
Mas o que realmente quero ti dizer, não posso. Só meu coração é capaz.
Então as lagrimas que percorrem meu rosto, são palavras do coração. Palavras que tento entendê-las e as transforma em poesias toda essa saudade, dor, vontade e todo meu amor.

para: Priscila

Foto de Darsham

Perdão Meu Deus!

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Mais um dia de terror. Não conseguia aguentar mais. Ela simplesmente bateu a porta e disse não ao seu presente. Deslizou pelas escadas, encontrou caras, ouviu vozes dispersas, de conteúdo vazio. Procurou na sua memória onde estava estacionado o seu carro. Desejava teleportar-se naquele momento para os confins do universo, onde não fosse mais que uma pequena partícula, desejava que as vozes que teimavam em toldar-lhe a mente se dissipassem nos segundos que marcavam o tempo e que se transformavam em passado.

O frio que se fazia sentir, naquele dia, apesar de o sol se querer mostrar, gelava-lhe a alma e no entanto sabia-lhe bem, atordoava-lhe os pensamentos, sacudia a sua mente e transportava-a para outro plano.

Chegou ao carro, entrou, trancou as portas, ligou o rádio e chorou…baixinho, para que só ela ouvisse. Ficou assim apenas durante o tempo em que a música, tão sua conhecida, ecoou naquele lacrimejado silêncio.

Já na estrada, a sua condução era absorta…se o carro se movimentava, era porque sabia onde tinha que chegar…
Até que, algo lhe rasgou o manto taciturno em que estava envolvida e naquele momento temeu pela sua vida. Uma força desconhecida apoderou-se de si e travou o carro a fundo embatendo fortemente com a cabeça no volante. Naqueles milésimos de segundo, ela penetrou a escuridão e as trevas, para de novo alcançar a luz…

Tomou o comando do carro, agora com extrema atenção e lançou-se dali para fora, querendo apagar aquele momento da sua existência. O seu coração ainda estava acelerado pelo susto, na sua fragilidade recordou porque se encontrava naquele estado e chorou novamente…as lágrimas caíam desgovernadas pela sua face, para depois morrerem no seu pescoço.

Dirigiu-se para a praia. Só o mar lhe poderia dar o aconchego de que precisava naquele momento. Enquanto via a estrada à sua frente e o movimento frenético das ruas, tão próprio da quadra natalícia, apenas conseguia pensar que não pertencia a este mundo. Seriam as pessoas que não a compreendiam ou o inverso? Porque razão olhava para as pessoas próximas e lhe pareciam estranhos, defendendo a sua clausura, deixando que esta a absorvesse? O mundo era um lugar desconhecido para ela…

Sentia-se no término das suas forças e aos poucos ia abandonando o seu corpo. Parou o carro e dirigiu-se à praia. Descalçou-se e começou a caminhar junto à água.

As ondas batiam ferozmente nas pedras, enquanto o dia escurecia e a lua o anunciava…
Na vastidão dos grãos de areia, vislumbrava-se apenas um corpo prostrado, uma alma perdida que gritava na sua muda voz…

Num acto de extremo desespero brada aos céus:
- Deus? Estás aí? Não me ouves? Não me vês? Estou sozinha! Não tenho nada, já não acredito em mais nada, não sou nada! Ajuda-me! – E chorou, desesperadamente, como se a raiva e o desespero das suas lágrimas contivesse algum veneno lancinante, que acabasse com aquela agonia.

Desafiando todas as suas convicções e crenças, levanta-se do chão, ergue as mãos ao alto e berra:
- Acreditei em Ti, depositei em Ti toda a minha fé e hoje vejo que acreditei numa ilusão. Se Existisses não Deixavas que eu morresse em vida, vazia, desabitada…Já não tenho mais fé, já não sou ninguém… – Deixou-se cair sobre a areia e assim ficou, impávida a olhar o mar.
Repentinamente o vento acalmou, dando lugar a uma brisa suave. A água deveio cetim e as estrelas pronunciaram-se sobre o céu, ganhando vida própria.

Ela continuava exactamente no mesmo lugar, mas agora já não estava sozinha. Ao ouvir o seu nome, ao longe, reconheceu aquela voz e virou-se para se certificar. Ao levantar-se sentiu-se inundada por uma sensação de estranha paz e sorriu perante a confirmação do que havia pensado quando ouviu o seu nome ser chamado. Era a sua amiga, aquela a quem tantas vezes havia chamado de anjo por sempre a tentar resgatar da solidão em que vivia.

Abraçaram-se cúmplice e carinhosamente. Após um olhar repleto de palavras, deram as mãos e caminharam até à ausência dos grãos de areia. Ela apertou a mão do seu anjo, em sinal de agradecimento, fechou os olhos e disse baixinho:
- Perdão Meu Deus!

Foto de pttuii

Rosa e quem a vê

Ontem à noite houve amor, a julgar pelo sorriso transversal. Uma boca assim diametralmente oposta ao pescoço, esforçando-se por assegurar os primeiros raios de uma madrugada preguiçosa. Se calhar é Rosa, porque Margarida é branca.
Sem sal.
Incongruências que não há, quando se observa de perfil.
Salta à vista um golpe.
Não, dois.
Com certeza três.
Estão na coxa translúcidamente morena, pouco acima da rótula.
Rosa é recatada, da porta para fora. Mal o último fio de cabelo cor de noz se escapa à prensa da porta do apartamento, muda. E muda porque sim. Simplesmente, porque o mundo não tem nada a ver com um universo de petulâncias auto-impostas. E Rosa gosta.
E Rosa delirou na noite passada. A tranquilidade da auto-confiança, ajudou a que caísse peixe na rede. Foi trazido para casa, dissecado toscamente.Abusado, mas não violado. Rosa gosta do vento que lhe afaga a boca quando tem na mão o coração de um homem. Por isso deixa a janela do quarto aberta. O ângulo é o suficiente para o néscio olho do mundo ver tudo o que se passa. E depois comentar.A manhã rompeu, não particularmente.
Observatório de emoções, não contundentes.
E quem escreve sobre o que vê, assume que adora o que descreve. Mede a profundidade dos supra-citados golpes de paixão. Admira curvas que não são dizíveis na retórica de um criador.Participa, quanto muito, na acção. Na côncava descrição de factos. Não opina sobre eles. Relata-os, esperando que eles se desfaçam na bruma da aceitação de quem lê.
Rosa é por muitos, aquilo que nunca foi por ninguém. Espera pelo mundo, quando ele já há muito que não espera por ela. Nota-se isso, quando deixa cair um toque sensível nas costas de quantos estranhos lhe passam por casa. Afaga-os, dilata-os, diminui esperanças. E hoje saiu de casa com uma vida invisível pela mão. Um, dois, três golpes para trancar o seu mundo, e dois passos para entrar no outro. Aquele que despreza, e dava tudo para exterminar.
Segura a bolsa dos desejos reprimidos, enquanto passa olhos de amendoa pelas primeiras da manhã. Rosa queria que o mundo estivesse sempre de pijama. Que fizesse amor com ele numa perspectiva de desvario cósmico, talvez porque o homem é um eterno apaixonado pelo contínuo da criação. E a mulher imita, porque sempre imitou tudo, para fazer melhor que o homem.
A história acaba, porque tem de acabar. Quem descreve, não é omnipresente. Quem é descrito, não pode perceber que é dissecado.
E Rosa vai voltar logo à noite.

Foto de pttuii

Dissertando no menor da morte

A morte discursa sempre numa sala repleta de sombras. Requisito essencial: janelas encerradas, e paredes ‘besuntadas’ de um cinzento entristecido, quase como se tratasse de um pedido de desculpas formal aos conferencistas.
São temas esparsos que nunca abrangem a compreensão de todas as multidões. Com o pé fincado no púlpito, a oradora só sai quando a retórica se esgota.Diz que tem pressa, e receio de invasões. As salas têm, por isso, de ser estanques. Em causa estão eventuais violações protagonizadas por elementos estranhos.
Especialmente receado é o arrependimento. Figura difusa, por vezes multiforme, capaz de estragar o encadeamento de um raciocínio.Por decreto, estão proibidas todas as manifestações deste sentimento durante sessões oratórias da morte. Devem evitar-se possíveis caminhos de retorno dos conferencistas convidados para os eventos periódicos.

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