História

Foto de cnicolau

Sem ressentimentos

Pela segunda vez, depois do fim, retorno ao Lar.

Um lugar que uma vez pude chamar de Meu Lar.

Um lugar pra ter Paz, carinho, atenção,
AMOR.

Por um tempo foi exatamente assim que
vivi, porém, as intempéries do
relacionamento não maduro, o desfez...

Duas pessoas que juravam amores uma a outra,

pouco a pouco,

começaram a não jurá-lo mais,
e sim, dize-lo, da boca pra fora.

Foi-se indo,
Foi-se tocando,
Foi-se levando...

O tempo. Ele não perdoa...

Aos poucos a rotina foi tornando-se
o dia-a-dia.
As semanas, um fardo.
Os fins de semana, uma obrigação...

Meu coração, por muitos dias sofreu em
silêncio, sofreu calado, sofreu angustiado...

Minha mente queria a conversa, porém o
medo costurava minha boca...

Meu coração a desejava, porém meu corpo
a repelia...

E em pouco tempo, o que era pra ser uma
linda história de amor,

FINDOU-SE

Desentendimentos, discussões, palavras mal
pronunciadas uns contra os outros,
cobranças, etc...

O Amor já havia acabado,
O costume havia adentrado a porta da
frente de nossa casa, NOSSO LAR...

O fogo da paixão, tornara-se uma
centelha de fósforo, prestes a queimar
a ponta de nossos dedos(vidas)...

Até que, em um dia triste qualquer,
o que estava se arrastando,

TERMINOU

Obrigado Senhor,

Por tê-la colocado em meu caminho,
Por ter feito eu e ela aprendermos
muito ainda sobre a vida, sobre como
a devemos levar, como a devemos seguir...

Obrigado...

Sem ressentimentos,

Cleverson Luiz Nicolau
10/06/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Desapaixonado

Existem pessoas no mundo que passam a vida inteira sem ter uma paixão sequer. Se este for seu caso, vá procurar coisa melhor que se faça, ou caso contrário vai se entediar com a história que contarei agora. Citado aqui como homem, masculinamente, o Desapaixonado sempre fazia questão de gabar-se dessa condição. Era assim o modo com que se relacionava com as pessoas a sua volta, ou o imaginava.

O Desapaixonado vivia emoções fortes, gostava delas, talvez pelo fato de nunca tido experimentado uma paixão de verdade, fosse por gente, coisa, ou animal. Gostava de encarar riscos. Não era do tipo sentimental. Mesmo assim tinha lá os seus momentos de alguma fraqueza. Um dia, um tanto distraído, pensou até em chorar. Em outro, mais deprimente ainda, até em sorrir.

- Eu tenho coisa melhor pra fazer! – pensou alto, já entretido por um desses afazeres mundanos que se esquecem rápido.

O Desapaixonado era heterossexual no sentido sexual da palavra. Ele achava que mulher tinha um gosto bom, que era um produto liso e macio. Quem sabe, poderia amar uma por usucapião. Gostava também da sua família, que nunca havia lhe deixado passar por necessidades, ou, pelo menos, nunca o deixara tomar-se conta do mesmo. A perda dos pais doía por ser desvantajosa no sentido financeiro da palavra. Mas por outro lado, o Desapaixonado tinha bom discernimento, sentindo algumas vezes saudades daqueles velhos ingênuos, babacas. Até que não tinham sido tão ruins para dois pobres coitados. Os outros parentes, irmãos, tios, primos, já não o interessavam, como parte de um passado inglório que devia ser esquecido.

Mas, como era de se esperar, certa vez o Desapaixonado passou por um grande apuro. Quase morreu, mas diriam os mais íntimos que vaso ruim não quebra. O homem, então seguro das suas certezas, viu-se estremecido pelas veias que carregam seu sangue pelo corpo que tinha ganhado ao nascer. Sentia-se enfim vulnerável. Sentia-se enfim vivo! O medo que antes atrapalhava seus planos, agora os atormentava, os colocava em choque com sua liberdade. As amarras eram seu motivo para buscar a redenção. Então veio o arrependimento.

O Desapaixonado, na sua razão solitária, nunca havia enxergado de verdade o que se tem de bom nas suas limitações, que esses seriam os cordões da sua catapulta, arremesso ao real, que é triste sim, mas mordaz. Viu que se não amassem aqueles no seu entorno, não os considerasse, tudo o que havia feito na sua existência não teria sentido. E, com a vertigem de um grego, pulou no precipício de se alcançar a felicidade. Desnecessário dizer que quebrou a cara no chão, mas com um sorriso provocador de quem sabe o porquê dos sacrifícios.

Foto de Rosa Pink

* Entrego-te meu Coração*

*ENTREGO-TE MEU CORAÇÃO*

Entrego-te meu coração revestido de rosas,

Para que o sinta e perceba que ele é teu.

Em suas mãos o entrego porque sei que assim estará seguro,

E cada vez mais agasalhado.

Suas mãos são singelas, assim como a beleza das flores.

Seu perfume pode ser sentido de qualquer lugar.

Guarda esse coração, porque ele a ti pertence.

Nele está escrito nossa história e detalhes do nosso amor.

Detalhes dos nossos sentimentos.

Sentimentos de tristeza, alegria, felicidade, prazer, ilusão, desejo e
paixão...

A partir de hoje, você é o guardião deste coração,

Que a ti entrego com tanta paixão!

Entrego-o a ti em sã consciência, repleto de amor.

Deixa-o acolhido em teu peito,

Prende-o com correntes, deixa-o refeito,

Para que assim eu continue sendo sua menina, mulher e sua eterna paixão.

Há três meses, VOCÊ É MEU AMOR!

Foto de valdeci ferraz

ARREPENDIMENTO

ARREPENDIMENTO

Um dia você vai sentir falta de mim.
Vai lamentar não ter-me amado tanto.
Vai procurar o meu corpo e, enfim,
Encontrará a saudade, e um pranto.

Já não lhe importará da vida a sorte.
Pois o pranto lhe trará cruel dormência,
Como choram os elefantes ante a morte
Você há de chorar a minha ausência.

Mas enquanto não se cumpre o destino
Desfrutarei desse amor desesperado
Pois quem sabe a história se transmude

E em vez do teu pranto puro, cristalino,
Seja eu por fim, triste, desgraçado
A chorar a tua ausência, amiúde.

Foto de Anderson Maciel

POESIA, BELINDA

Veja o que no mundo te espera
não sofras aqui sozinho
com você eternamente estarei
guiando teus passos neste caminho

Não chore, mas alegre cante
eu estarei sempre aqui por você
embora você não perceba
o teu sorrizo me faz viver

Sorria e mostre o que há de melhor
conte uma história, a mais linda
onde você é o mestre, autor
dessa bela poesia, belinda. Anderson Poeta

Foto de Carmen Lúcia

Doces e amargas lembranças

Invade-me suave nostalgia.
Não chega a ser saudade,
nem a ser doída.
Mescla de melancolia com vestígio de dor,
sequelas de história interrompida
não sei por quem, nem porquê.
Talvez pela própria vida.

Doces e amargas lembranças...
Tons de azul em dégradé
abrindo-se quais cortinas
esvoaçantes como a brisa,
revelando, de relance, seu olhar
que já não vê...que não me vê.
E que gravei pra sempre recordar.

Olhar fixo num horizonte perdido;
isento de brilho, da habitual sensualidade,
declaração febril de amor “eternidade”
que em silêncio, incandescia,
deixando-me estarrecida,
entregue ao torpor da vibração exercida.

Ainda ouço música no ar...
Agora, inexpressiva, sem emoção.
Inacabada...
Outrora, melodia que ensandecia
ritmada,
em sintonia com o pulsar de coração.

Frágeis notas musicais
a derramar seus tristes ais
em gotas pálidas, delicados cristais...
Lágrimas fugazes que se esvaem
como o tempo que já não há mais.

Carmen Lúcia

Foto de betimartins

Na voz do meu poema

Sonho, um belo sonho de amor
Onde tu estás sempre presente
Tua voz preenche o meu coração
Tuas promessas são o amanhecer
Teus abraços à noite que esta a chegar
Eu estou aqui escrevendo um poema
Um poema só para ti, não sei, o que escrever
Todas as palavras são pequenas, curtas
Para tamanho amor, grandioso amor
Que escuta pacientemente, mesmo impiedoso
Mesmo compulsivo, ciumento e genioso
Juntos superamos, tempestades, tumultos
Caminhando, conduzindo as nossas mentes
No nosso amor, juntos de mãos dadas
Galgamos estradas, montanhas e mares
Dançamos à chuva e ao vento, sorrindo
Mesmo no nosso corpo, cansado pelo tempo
Somos ainda jovens, capazes de reescrever
Uma nova história, uma nova vida, sorrindo
Nos sons, na vitalidade do sol, do dia
No ar que respiro e no vento sempre fresco
Na terra que, nós os dois pisamos, quente
Eu ainda sou capaz de me sentir única
Ali contigo, encostada nos teus braços
Olhando o por do sol, no belo entardecer
Ainda sinto arrepios pelo teu terno olhar
Capazes de inspirar apenas um poema a ti
Repleto de belas palavras, palavras ditas a ti
Em segredos, na noite e no dia, que ainda virá
Mas onde! Apenas o silêncio é o nosso poema
Na voz do meu poema feito a ti, amor...

Betimartins

Foto de Grama Pereira

? Solidão

? Solidão
“Noites mal dormidas, sonhos e ilusão:
Amor não resolvido, história de paixão.
Dores, está é a vida de poeta profeta.
Mal sonhei contigo e me encontrei sem abrigo.
Amor: Segurança, tristeza, proeza;
De ter nascido da vontade de Deus.
Quando olhei a terra observei as guerras,
Disse ao anjo bendito: Esta não é a vontade de Deus.
Seres mesquinhos, pobrezinhos e eu aqui sonhando só.
Não eu quero acordar deste pesadelo profano,
Pois houve um engano, não é aqui o meu lugar.
Quero curar as feridas e sonhar com a vida.
Amar a ti, amar a mim, que amor profundo;
Que por um segundo o tive ou foi sonhar.
Se fostes sonho, ó pai não deixe a solidão;
Conta de mim tomar, me ensina a amar.
Pois fizeste-me ser perfeito e eu sem jeito
Não conta da solidão, deixe que a paixão viesse me ninar
Sofro por engano pois fui profano e não aprendi a acordar...”

Foto de Arnault L. D.

Estatua Branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Minha Elis – Parte 1

O ano era 1996, para variar. Eu morava na favela com a minha família. Não havia muito o quê fazer. Na televisão, tinha a Xuxa, a Sandy, a Maria do Bairro, e, diferente das outras casas, na nossa elas não faziam muito sucesso. Nós recortávamos tudo aquilo que sabíamos que não tínhamos dinheiro para comprar, e colávamos num papel para pendurar no único armário da casa, de duas portas e metro e meio, pouco mais que uma fruteira. Mas a maior diversão não era essa. Meu pai fazia uma espécie de rádio de um hipermercado no centro da cidade. Quando havia alguma promoção, ele trazia o máximo de coisas possíveis para a gente. E também tinham os discos. Todos dele, material de apoio para o trabalho que apesar de desdenhar em certo ponto, ele fazia com competência extrema. Mas a realidade não era tão boa assim. Mas meu pai era bom no serviço, e sacana no lar. Quando eles se separaram, foi um alívio. Mas, com o litígio, perdi em certa medida a melhor parte da minha modesta, porém digna bagagem cultural. Meu pai é ator, tem como base da carreira o movimento da tropicália. Ouvíamos a MPB, como ela é rotulada, todos esses artistas consagrados, de Caetano a Gil, Raul a Tim, e principalmente Elis Regina. Minha mãe cantava quando nova e mesmo sem grandes lucros, chegou ao profissionalismo. Sempre vi a imagem da minha mãe relacionada com a de Elis Regina. Era como se uma existe em função da outra. Era assim, na época em que me dei por gente.

Com a separação, perdi o contato com a obra de Elis Regina. Minha mãe era reticente quanto ao resgate desse conteúdo; era momento de sobreviver, e não pensar em música. Mas Elis, no meu âmago, foi ganhando o status de lenda. Elis morreu em 1982. Evidente que a imprensa, sem material novo, já não dava a mesma repercussão ao trabalho da cantora. Eu queria Elis. Sempre quis Elis, com o perdão da rima fácil. Quanto menos tinha, mais queria. Volta e meia se preparava um programa especial de televisão ou rádio, e lá estava eu assistindo. Foi assim até 2008. Nessa época eu já trabalhava. Na internet, procurava músicas e dados biográficos de Elis. Não sou o maior seguidor de Elis Regina, nunca fui, mas não me ligo nisso. O que sabia era que a artista me fascinava e queria o máximo possível de informações dela.

Um dia, já em 2009, no caminho da minha escola encontrei um desses camelôs que vendem música pirateada. Estamos na era do MP3. Nunca me importei muito com compra de discos, até os falsificados são caros demais para meus parâmetros. Perguntei se tinha Elis. O gaiato me mostrou três discos, segundo ele, a coleção completa. Tinha tudo mesmo! E era por uns vinte reais. Desnecessário dizer, amigos, que duas semanas depois cometi o

que considero até hoje um “crime famélico”. Era isso, ou então empenhar tempo e esforço numa gigantesca extravagância financeira. Acreditem que não me arrependo nem um pouco com essa decisão.

Com a compra da discografia de Elis, vi que tinha adquirido também uma enxurrada de música brasileira de alta qualidade. Já escrevia, e influenciado pelos compositores que trabalharam com ela, tive um salto no teor das minhas criações. Percebi que Elis não era só sua música, era a história do meu país acontecendo diante da minha sensibilidade. Era questão de tempo até que fosse lembrada nos meus textos.

(Continua...)

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