Inesperado

Foto de cnicolau

Domingo...

Mais um domingo se vai,
Mais um dia findou-se.
A cabeça continua a mesma,
nada alterou-se.

Penso, tento resistir.
Luto contra tudo e todos.
Nessa selva de pedra,
fico sozinho nos escombros.

Sinto estar cansado,
demasiadamente exausto.
O corpo esta bem obrigado,
Mas a mente, em frangalhos.

Observo pela janela,
o sol a se esconder.
Tanta nuance de cores,
e meu coração,
só entente o DOER.

Novamente recebo algo inesperado.
Toda semana tem sido assim.
Quando penso estar melhorando,
algo entra dentro de mim.

Não sai, fixa, gruda,
já tentei tirar.
Mas por mais que tente,
não consigo apagar.

É inerente a meu desejo,
é coisa do destino.
Uma peça da vida,
A brincar comigo.

Chega, por favor,
dói, machuca, fere.
Não aguento mais,
essa dor em minha mente,
minha pele.

Socorro.
Misericórdia.
Tenha por mim SENHOR,
em sua eterna Glória.

Cleverson Luiz Nicolau
02/10/2011

Foto de Aparecida Maia

A medida do Amor

Eu te amo por que eu amo e não é necessário explicar o amor...
E se fosse possível?
A medida do amor pode ser um sorriso... Um dia... Um olhar... O amor pode ter o tamanho de umas poucas palavras ou caber num espaço imenso de anos...
Mas eu não quero medir o amor... Quero apenas senti-lo...
A medida do amor pode ser um encontro inesperado... Um beijo na chuva... Um andar de mãos dadas... A medida do amor pode estar na distância, na lembrança que se transforma em esperança de ver outra vez aquela pessoa povoa nossos sonhos...
Mas eu não quero sonhar o amor... Quero apenas vive-lo...
A medida do amor pode estar na sua intensidade e não no tempo em que permaneceu em nossas vidas... A medida do amor pode ser o desejo... O toque... O beijo... Depois de tanto tempo e você perceber que o tempo não passou...
Eu não quero que o tempo pare, nem que volte... Quero que ele passe... E que com o seu passar, possa sentir esse amor crescer cada vez em mim... Mas se pudesse voltar no tempo, não o faria para mudar nada, talvez para reviver um momento especial... Para ver novamente um sorriso... Olhar de novo nos olhos... Abraçar... Dizer eu te amo...
A medida do amor poderiam ser as palavras que aqui escrevo, o tempo pode passar, mas as palavras assim como o amor que sinto jamais se apagaram...
A medida do amor está no próprio amor... Só o amor sabe o que o amor faz, o que o amor diz e o que amor sente... Só aqueles que amam sabem até onde o amor leva uma pessoa...
Então se puder te desejar algo... Desejo o Amor...

Foto de Anderson Maciel

O DIA MAIS TRISTE

Numa noite fria, acompanhado da lua
vejo estrelas sobre o céu iluminado
cortando as mentes mutuas
com um sistema inesperado

Dor, sofrimento e puro tormento
vão acompanham a triste melodia
que ecoa com tons suaves
de uma mais terrível agonia

Em sussurros de delírio
morre lentamente a alma
em noite onde tudo é sombrio
vou criando meu túmulo. Anderson Poeta

Foto de Arnault L. D.

Pressentimento

Tudo em torno está parado,
mas, nem por isto sereno.
Abaixo desta quietude
move-se o inesperado,
que rodeia e faz aceno.
Iminência que algo mude.

Silêncio de pré-orgasmo,
calmaria e intuição.
No ar, pesa a tempestade,
mas, à vista, só o marasmo
e a incomoda sensação
de porvir outra verdade...

Mas, também pode ser nada,
apenas um mistério a mais
na imensidade misteriosa,
da cisma e coisa imaginada
a cochichar sons abissais
que ouço na hora silenciosa.

Foto de thatazinha25

Destinos que se cruzam

Num belo dia
Numa bela manhã
De sol
Encontrei
O inesperado
O inacreditável
O amor
O amor entrelaçado
Entre duas pessoas
Não é pura coincidência
Mais é o destino
O destino nos uniu
Não foi por acaso
Já estava escrito
O nosso encontro
Ai nasceu
O mais verdadeiro
E puro amor
Entre duas vidas
Vidas separadas
Que se uniram
Numa só.

Foto de Carmen Lúcia

Saudade

Os dias passam lentamente...
Enfim, o pesadelo vai se afastando
dando passagem às lembranças
que de saudade vão se vestindo
e no vazio da alma se imbuindo...
Antes nua...agora envolta de recordações.

Não chegam a doer, nem a retroceder,
marcam presença, lembram ausência,
fazem sorrir...momento indescritível
ou chorar...fato irreversível.

Resta-me a saudade...
Mesmo sem a querer ela invade,
pensa que pode suprir o lamento,
reverter o acontecimento
já sacramentado, injuriado...

Fantasia instantes que quero esquecer,
realidade que encaro sem compreender,
torpedo lançado sem mais nem porquê,
inesperado, abrupto, cai sem se prever.
Faz parte da vida...e pergunto:Por quê?

Saudade, fique...me resta você...
Não me iluda, nem desiluda.
Faça-me esquecer...

_ Carmen Lúcia _

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de Carmen Lúcia

Aos enamorados

Hoje as rimas reclamam versos,
bailam pelo ar dissimulando os queixumes,
flores realçam cores e perfumes
e se revestem das belezas do universo.

Hoje as dores dão dia de pausa,
secam o seu pranto, esquecem suas causas,
silenciam ante a canção anunciando festa
e festejam a vida que se manifesta.

Hoje o amor exerce seu poder
e com força tamanha se faz prevalecer,
surpreende o desencanto, sublima o inesperado,
enche de encantos os corações apaixonados.

_Carmen Lúcia_

Foto de Juliana Batista

Refexão sobre o Amor

O amor é algo tão inesperado
Que chega de repente sem avisar
Entra no coração sem ser convidado
E quando você percebe já está apaixonado
E amando de verdade.
(Autora: Juliana Batista)

Foto de caff

À Flor

Eu estava cansado de tentar,
Inconsciente caminhava quase sem esperanças
Mas lá no fundo sabia que ia chegar a hora
De nós nos acharmos no meio da noite
Quando te vi pela primeira vez não acreditei
Como pude viver tanto tempo sem você?

Você estava linda e cheirosa
E eu amei aquele sorriso e te chamei de flor
É a coisa mais cativante que já conheci
Seu sorriso alegra tudo ao redor
E o meu coração parou pra te ver sorrir
Como pude viver tanto tempo sem você?

A lua tinha um brilho novo
E nos olhava do céu em intensa felicidade
Sabia que tinha chegado a hora
Sabia que chegaria num dia inesperado
Pra ser infinito, pra ser eterno
Como pude viver tanto tempo sem você?

E o nosso amor começou assim
Você pra mim e eu pra voce
Nenhuma distancia vai nos afastar
Sabia que chegaria num dia inesperado
Seremos só nós dois e o resto do mundo
Como pude viver tanto tempo sem você?

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