Iniciantes

Foto de Arnault L. D.

Faz de conta

E lá vamos nós, de repente
cometer os mesmos enganos.
Tendo a coragem insciente
mesmo não sendo inocente.
Novos os erros, velhos planos,
e o mundo novo novamente.

Pois, somos agora novatos
tais iniciantes calouros,
a encher a boca de doce,
da vida, a encher os pratos...
Temos na cabeça os louros,
heróis pelo medo que fosse.

Dos guardados que sabiamos,
não mais nos servem de destino.
O futuro foi só iniciado,
ao inexplorado arriscamos...
Me reinventei um menino
adiante do inesperado.

Por hora, amada criança,
iremos passar por adultos.
E quem sabe, crescer de novo,
no concretizar da esperança
de dar tudo certo, e ocultos,
brincar de esconder entre o povo.

Foto de GEOVANEpe

O ULTIMO SUSPIRO DE UM GUERREIRO

Sonhos violentos me acordaram toda essa noite
O vento frio entrava pela fresta da porta e espalhava a terra do meu piso
Tento apreciar aquela que pode ser minha ultima noite
Abraço o calor da minha companhia que dorme e se desváia em lagrimas
Beijo aqueles que futuramente honrarão o meu nome
Nunca temi tanto o nascer do sol, mas ele é inevitável por hoje
Mas temo ainda mais a presença de estrangeiros sobre Minha terra que eis de defender
Sinto que o corpo esta pesado, assim como a minha cabeça
Pelas brechas das palhas um fio do sol me abençoa e me chama
Ergo-me com a obrigação de deitalos
Olho para aquele elmo que prende o livre arbítrio de muitas mentes
Visto aquela malha que cobre o coração de muitos reis
Sei que posso confiar no fio de minha espada e na resistência de meu escudo
A morte é certa assim queremos fazer da vida
A despedida e despeça
Fria...
Me junto aos milhões de compatriotas em uma grande marcha silenciosa
Um caminho cheio de rosas, mas que passam despercebidas
Esbarro meu escudo em uma lança tremula do meu companheiro de posição
Olhos lubrificados pelo medo
Os experientes se remediam
Os iniciantes vibram sem saber o que os aguardam
Chega à vista a ultima montanha
Sei que após ela terá outra, mas que no centro terá o pivô dos nossos medos
Chego ao cume e paro atrapalhando os irmãos que vem de trás
Eis que vejo o maior exercito de toda minha vida
Uma infantaria que poderia ela só nos devorar
Acompanhada de escudos impenetráveis, e infantaria leve e pesada
Ótima nação militar, péssima negociante
Paramos diante da aberração gananciosa dos homens que deseja o que não os pertences
Vejo que nenhum acordo foi tomado a não ser a rendição. Mas não a conhecemos
O silencio antes do gritos e de estourar os tímpanos
Ergo a cabeça e olho para a bandeira do meu país que tanto amo
O sol se esconde e da lugar para um chuva de flechas que dizima metade da nossa frente
O avanço é constante...
O sangue se mistura com lagrimas e gritos, o pedido de misericórdia não se ouve
Cavalos e homens disputam espaços violentamente, enquanto em um vestígio de luz observo as baixas da campanha e o avanço do inimigo
vi gigantes cair sobre mim e diante de mim
Sangue toma o lugar da água
Lanças tomam os das aves
Empadas o do abraço
Sinto-me leve e noto que já não tenho elmo e nem a malha intacta
Deito e sou pisoteado pelo cansaço e pela extinção da vida
Olho para o sol e observo que ele sorrir e me aplaude
Olho para meus irmãos avançando, e com a visão pela metade
Sigo olhando ate que paro diante da segunda montanha
Vejo a bandeira de meu país rasgada, mas erguida
Vitoria...
Vejo que a batalha valeu à pena
Livre
Posso da o ultimo sorriso e o ultimo suspiro...

Foto de Rose Felliciano

Poeta- Ser ou não ser...Eis a questão!

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Tenho percebido muitas dúvidas em como se tornar um Poeta.
O que escrever?
Como escrever?
Muitos solicitam a análise de seus textos Poéticos, para que tenham orientação de como estão escrevendo.
Diante de tantas dúvidas, resolvi escrever este artigo, com algumas informações que considero importantes para os iniciantes na arte da Poesia.
Bem, acho um tanto arriscado a análise e crítica de qualquer texto, sem o devido preparo para isto.
Escrever é algo maravilhoso e principalmente quando descrevemos sentimentos. Meu primeiro conselho é: Continue escrevendo.
Porém, quando se quer divulgar algo em espaços comuns, como é o caso da internet, alguns cuidados devem ser tomados:

• Procure não abreviar palavras.
• Verifique se o termo utilizado é conhecido culturalmente nas diversas regiões do seu País. Caso não seja, observe o seu significado no final do texto.
• Evite palavras obscenas, palavrões, expressões que contenham qualquer tipo de preconceito e apelo sexual. Lembre-se que qualquer criança pode ler o que foi escrito.
• Preocupe-se com a ortografia das palavras. Pontuação, acentuação e concordância verbal e nominal são regras importantíssimas para que se entenda o que foi escrito.
• Para os amantes das rimas, lembrem-se da musicalidade dos versos. A Poesia deve ser saboreada e não mastigada. - Cuidado com a rima pobre.

rima pobre
1. (versificação) a que ocorre entre palavras comuns, considerando-se assim as terminadas em -ão, -oso, -ar etc., bem como a que ocorre entre palavras pertencentes à mesma natureza gramatical com a mesma terminação.
Fonte:"http://pt.wiktionary.org/wiki/rima_pobre"

• Após escrever o seu texto (poema, poesia, etc.), verifique se a idéia central não foi repetitiva (a menos que o propósito seja justamente este).

* Um Poema não pode cansar o leitor.

Comece a lapidar seu diamante!

• Leia outros Poetas cujo estilo literário seja parecido ou o mesmo que o seu.
• Verifique como ele trabalha com o tema central ou a idéia principal do Poema.
• Mas muito cuidado com o Plágio, pois além de crime, é o maior indicador de que você não tem dom, nem competência para escrever coisa alguma. Principalmente Poesia.

*Lembre-se que plágio não é apenas a cópia fiel de um texto e sim, partes dele também. Vejo pessoas que fazem verdadeiros mosaicos, tentando com isso, disfarçar sua incompetência e falta de caráter.

Quanto à inspiração:

Existem pessoas que ficam desesperadas por passarem longos períodos sem inspiração para escrever, mas isso é absolutamente normal. Afinal, o Poeta é o artista dos sentimentos e um instrumento nas mãos da Poesia.
Aquele que consegue escrever Poesias constantemente é porque, além de Poeta é também Escritor. Ou seja, detém a arte dos sentimentos e das letras, concomitante ou não.
Os Poetas precisam de sentimentos à flor da pele para que possam desenvolver os seus textos. Ou então, ter uma boa memória romântica (os chamados saudosistas).
Os saudosistas conseguem escrever sobre sentimentos vividos há muito tempo e com tamanha emoção, que chegamos mesmo a crer que sejam atuais (e são...).

O Poeta necessita da Poesia, pois ela representa as suas emoções. Ou seja, a sua própria vida!

Existe o APRENDIZ DE POETA?

Apesar de ser um termo muito comum no mundo da Poesia, prefiro Poeta Aprendiz. Acredito que não se aprende a ser Poeta. Ou somos ou não somos.
O que acontece é que aperfeiçoamos este dom, fazendo a leitura de outros Poetas e/ou nos identificando com algum estilo literário. Isso é fantástico! Somos e seremos eternamente Poetas Aprendizes...
Somos aprendizes da Poesia, da Vida, dos nossos próprios Sentimentos... E com eles, vamos moldando as letras retiradas da alma, lapidando as dores, desenhando alegrias e derramando nosso ser em forma de versos...

Características principais de um Poeta:

• Escreve por prazer ou necessidade da alma.
• Tem a sensibilidade à flor da pele. (consegue ouvir o som do amor)
• Dá forma aos seus Poemas e os lapida, com o mesmo carinho que uma mãe cuida dos seus filhos...
• Tem a humildade para reconhecer erros e aceitar críticas de outros Poetas.
• Pode até viver da Poesia, mas não fará disso uma Profissão.
• Participa de concursos por prazer e divulgação de suas obras.
• Foge das competições e não suporta mesquinharias.
• Nunca está em grupinhos, panelinhas e afins...
• É o coadjuvante- Não aparece mais que suas Poesias.

Enfim, é Poeta e isso basta!

Veja que tudo o que escrevi aqui é apenas um pouquinho do que é SER POETA. Se você se identificou com algo, vá em frente e seja FELIZ! A Poesia agradece!

Ser ou não ser, dependerá apenas de você!

Com carinho,

Rose Felliciano.

Foto de Salome

DEVOÇÃO

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No Silêncio desse ar que respiro,
Teu beijo num doce e amargo sopro
Me levando a louca tentação de te ter,
E me viciando no pecado dessa paixão
Que me faz perder toda a santa razão

No leve suspiro vínculando essa associação,
Você Clama o meu corpo em seu antro
E sanctifica minha pele com plena adoração,
Nos gemidos e prantos que ecoam nessa devoção
Que me devora em sua completa e fiel adição

Na urgência de carícias e de sussuros,
Deixamos de existir na solidão dessa imensidão
Que hoje nos sentença a sentir essa devassa emoção
E que não mais dispensa e compensa a síngela calmaria
Frente a esta ousadia que nos devoura e nos entrelaça

Fragmentos de momentos louvados e ousados,
Nossas mãos se tocando, iniciantes e se amando
Provocando mil e uma sensação e transpirações
Neste furacão que promete nos devourar e nos aniquilar
Num só, entre instantes lavrados e para sempre gravados.

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Salomé
Ess. "Devoção e Emoção" 2009 (Copyrighted to KMS)

Foto de DAVI CARTES ALVES

YUMI, UMA LINDA IKEBANA DE SENSAÇÕES N'ALMA

Aquele tímido sorriso iluminava minha alma, poucas palavras, discrição, o olhar pensativo, distante entre as pedras e formigas do caminho, um silêncio que amava compartilhar, pausas longas, quebrada pelas folhas secas que eram pisoteadas, enquanto caminhávamos no Parque São Lourenço

Yumi tinha um que de Fernandinha Takai, puerilmente menor, quão delicada, ao cingi-la nos braços, sentia a leveza de um feixe de tulipas frescas, cabelos amiúde colhidos sob maria –chiquinhas com as cores da bandeira japonesa.

A linda boquinha modelada por buril divino, avessa a brilho labial, fonte melíflua cujos beijos me transportavam, ao ápice de vertiginosos Satoris.

Família, esse era um refrão nos lábios nacarados de Yumi, trabalhava com os pais num quiosque de ikebanas no Mercado Municipal. A noite cursava Sistemas e Redes, quando a conheci na fila da reprografia.

Que flores são essas Yumi, que imitam pássaros de fogo?

Assim a tirava do seu sagrado ritual, enquanto confeccionava com suavidade nos gestos, ternura e habilidade na alma e nos dedos, arranjos tão sublimes.
Me olhava com afeto, uma pausa, um sorriso, envolvia um olhar maternal novamente no arranjo: essas são estrelicías, lembram não só pássaros de fogo, como origamis de luz, aquelas coloridas são gérberas, estas aqui que imitam grandes sinos tingidos são lírios. Que tal ficou este?
Belíssimo Yumi, quanta harmonia entre flores, cores e formas !

Foi um dia memorável, aquele em que fomos ao restaurante Nakaba ali na Rua Nunes Machado, não, não paguei mico, financiei gorilas em 36 vezes!!

Ela me apresentou os hashis, e com as mãozinhas tão meigas, me conduzia no manuseio dos
“ gravetinhos polidos”, mas ficou tudo mais fácil com aqueles de elastiquinho para iniciantes e comedores compulsivos de feijoada.

Nunca tinha comido tanto e me sentido tão leve, já no prato de Yumi, dava pra contar apenas alguns “enroladinhos”, a medida que iam sendo servidos, e ela ia me ensinando os nomes dos pratos tão marcantes, realçados pelo shoyo.
Esse você já conhece, é o sushi, aqui temos o tempurá, e que tal o yakissoba?
Yumi, gostei do rolinho primavera com este risoto. Também adoro, este risoto é uma especialidade da casa, chama-se Yakimeshi.
Arrgghh , já estas ostras frescas podem levar!
Ó quem fala mocinho, costumado a comer suan de porco!
Explosão de gargalhadas!

Sabe Yumi, eu sempre tive uma grande admiração pela cultura japonesa, que em você transformou-se em fascínio.

Admiro tanto a disciplina de vocês, a aplicação nos estudos no trabalho, a reverência a família e aos valores, é elogiável! Não que aqui isto não seja relevante, mas, por exemplo, eu nunca presenciei no dia a dia, em lugares públicos, japoneses discutindo alto, casais brigando , não vejo em nosso país, japoneses em matérias relacionada a prisão e a cadeias, e eles estão ocupados em “ papar” vagas nos vestibulares, concursos públicos, lá no Tribunal onde trabalho como terceiro, tem tantos japoneses, umas japinhas tão lindas...
ai, ai, desculpa, brincadeirinha...

Vocês realmente se destacam nos concursos públicos, nas áreas de tecnologia, ao passo que, com todo respeito a essa profissão, eu nunca vi um japonês pedreiro, é engenheiro civil pra cima, entende Yumi, quão intensa torna-se a a minha admiração a vocês ao refletir nisso.

E como aumenta o meu encanto por esse nenê de colo muito fofo, gut, gut, vem aqui, anjo lindo , me da um abraço.

Aquela gélida noite de junho, como esquecer?

Comíamos um cachorro quente em frente a faculdade, e percebi que Yumi estava muito mais introspectiva, muito distante, diferente, evitando o meu olhar.
Esta tudo bem?
Tudo.
Você ta tão quieta.

Ué você já me conhece tanto e...
Por isso mesmo Yumi
E por causa da exposição de Ikebanas no hall de entrada da Biblioteca Publica?
Não, isso ficou para o mês que vem, com outro quiosque de amigos e familiares.
Longa pausa,
Uma só mordida no cachorro quente abandonado
C ta muito estranha nenê?
Impressão sua, respondeu-me, mas com os olhos marejados
Por favor Yumi, o que foi que houve meu amor
Silencio sob a pequena e perene lua vermelha do oriente.
Ai estas suas pausas Yumi, fala!!

Me abraçou tão forte entre soluços incontidos
Um beijo longo com gosto de lágrimas
Outro olhar demorado dentro d’alma:

Minha família vai voltar pra Maringa

E a estrelicia perdeu a cor,
e o frio de junho confeccionou tanta,
mas tanta dor
E começou a garoar n’alma,
Fel & torpor

Compreendi ainda melhor, que família , não éra só um refrão nos lindos lábios nacarados de Yumi, era de fato uma instituição vitalícia, que a globalização e o diabo a quatro, como ocorre por essas paragens, jamais iam dissolver.
Até porque, ela recebeu inumeros convites das colegas de curso para permanecer em Curitiba.

Sim, a família estava acima de tudo, doa a quem doer.
E pra nos separar daquele ultimo abraço no Aeroporto do Bacacheri, só mesmo com um pé de cabra.

Na faculdade, os olhos duradouramente vermelhos e pisoteados, trouxeram inquietação dos amigos:
C ta cheirando um beg né?
Mas só pode ta encomendando de jamanta?!!

Ah Yumi, a saudade é uma doce melancolia
Enquanto você rouba meu pensamento
Acho que beijar esse rostinho, se vive mais cem anos
Por isso queria tanto, viver eternamente
do seu lado Yumi.

Ao lado de Yumi, usufrui experiências e sensações tão díspares, e sob matizes tão perenes, uma brisa para os sentidos.
Tudo oferecido com a mesma suavidade, leveza e brandura, do cisne ao atravessar o lago, no Parque São Lourenço.

Hoje aqui no Parque , sob céu de lama e cinzas, salpicando fina garoa,
imagino Yumi
vir correndo, de lá do outro lado do lago, com aquela graciosidade, encanto e leveza que devorava a minha alma.

Yumi se foi,
Mas deixou pra sempre, indelével
Uma linda & perene
Ikebana de sensações n’alma.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CAÇADORES"

CAÇADORES

Neste mundo de ilusões, entre ódios e amores.
Vou me esgueirando dos vilões, não sou caça.
Pertenço ao clã de caçadores
E na disputa ferrenha da sobrevivência defendo a minha raça.

Planeio por vales e colinas em busca das presas perfeitas
Tenho o faro das águias alpinas, feroz contundente e certeira.
E neste mundo de geral confusão que insisto em querer competir
Abro um leque de opções,mas não baixo as garras e não aceito Sair.

A vitória tem que ser companheira.
E quando a caça é astuta e insistente guerreira
Realizo-me, pois não aceito desistência.
A pelleia tem que ser verdadeira.

E por fim o descanso é marcado
Caçadores felizes cansados
E iniciantes totalmente deslumbrados
O vencido arfa em um canto, e o vencedor descansa aliviado.

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