Janelas

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

Foto de Riad Munther Al Zarba

Escolhas Sensatas

Se exige demais de quem não pode dar,
pois a força é maior que um predicado
Assim eu vejo...
paredes e janelas
rosas com espinhos
São as celas carcerárias invisíveis
que me aprisionam mau
Te julgam sem te conhecer
e conceituam pelo parecer
Mas a moral e os bons costumes
não estão num manual
Mesmo assim
você se torna diferente
arriscadamente perigosa
dentro de um grande percentual

O jogo é cruel
só sobrevive quem é de aço
Aquele quem tem no peito um corção
mas não o usa pra pensar...
portanto:
Nem o vento sul
que sopra agora
com toda sua intensidade
é mais quente q o teu olhar

Não queira entender
e nem se preocupar
pois se ninguem nunca a ensinou
Não sou eu quem vou
agora lhe ensinar

Te dou cinco horas pra pensar
e um segundo pra responder
Se a resposta é negativa
eu já nem quero mais
Pois na sombra o sol não queima
e assim percebo teus sinais
Se eu fiz essa escolha
pode apostar com toda certeza
o caminho que eu procuro
é o caminho da paz!!!

(Riad Munther Al Zarba)

* essa poesia eh bem antiguinha, eh tbm uma letra de musica fiz
ela faz uns 6 ou 7 anos...

Foto de MARTE

O ECO DAS TUAS PALAVRAS

Neste espaço...estás em mim!
És a brisa do ar que os meus lábios tocam
Por fim!
São eternos pensamentos que ficam,
Coloridos e anelantes,
Que mantêm viva a minha lembrança...
Desses olhos penetrantes
Como os de uma criança...
Vou ouvindo o eco das tuas palavras...
E as sinto...
Vou sentindo o teu calor,
As tuas ânsias
E as escuto
Com paixão e amor
Nesta minha sede de madrugada...
Na ansia de ter-te em meus braços
Querendo-te amar sem fim...
Numa só vontade criada
Com tons e traços
Viva em doces lembranças
Que hoje nos junta ...
Numa eterna pergunta!
És parte da minha pele,
Do sabor do mel...
De noites lánguidas
Vividas e amadas...
Como o sol de qualquer dia!
Enchendo de calor
Com um só beijo...
Numa perfeita sintonia
De amor
E desejo!
Minha és tu,
Teu sou e serei...
Sempre...tu!
Contigo para sempre ficarei...
Sinto a minha pele latejar,
Tu encarnas os meus sentidos...
Despertas os meus desejos eternos
Como as ondas do mar
Em lugares perdidos!
Vejo os teus olhos ternos
Em momentos de paixão...
Sinto os teus beijos,
Sinto a tua mão
Acariciando os meus cabelos...
Irreal?...sonho...fantasía!
Em mim sempre estará...
Como a água no mar
Que no horizonte se distãncia,
Em ondas impetuosas de amor
Que vem e vão...
Neste grito ...neste clamor!
No interior do meu coração
Os teus olhos brilham com a tua luz
Sinto os teus lábios como gotas de amor...
Numa fantasia que só traduz
Paixão, ternura e amor...
Como lá nas nuvens um arco iris
Irradia cores, ilusão, admiração...
A sua forma, o seu colorido encantam
Eu sinto na minha pele esse arco iris
Com amor e paixão
E oiço os pássaros que cantam
Melodias que só sente o meu coração
Mágica noite de chuva de estrelas
Que vejo destas janelas
Tímidos raios de luz
Que na minha mente produz
Com esta lua
Completamente nua
A alegría dos grandes
Amantes...
Que muda o meu rosto
Vestindo as cores do amor!
Amor louco nesta noite de saudade...
Num sol já posto
Que irradia o calor
Desses teus olhos...saudade
Meu tudo
Meu mundo...
MARTE
JCarvalho

Foto de krodrigo

Seu olhar

Em seu olhar vejo a pureza de sua alma, sinto o céu mais perto...
Seu olhar sereno me passa tranqüilidade, amor, paz enfim...
Em seu olhar sinto a serenidade, a calma de seu coração apaixonado,
Seu olhar, doce fantasia, grandiosa sinfonia.
Meu amor, seu olhar me traz de volta todo sentimento perdido, liberta minha alma para sonhar as belezas da vida,
Seus olhos, pedras preciosas que tanto gosto de admirar, de sentir...
Quando estás perto sinto-me seguro, protegido,
Quando não estás, sou de novo criança indefesa, frágil.
Você me dá forças, coragem, me faz forte a seguir o caminho da vida.
Por ti acordo todas as manhãs e em busca de seu olhar procuro nas janelas, nas ruas, nas frestas ainda que em vão, ainda que não encontre.
Seu olhar me propõe sonhos loucos, maravilhosos, por vezes obscenos.
Por te amar, persigo teu olhar pelas cidades, mesmo às vezes não encontrando.
E nessa busca incansável eu sigo a procurar teu olhar em todo rosto que encontro, a procurar tua alma em cada olhar, a te procurar em cada pessoa que vejo.
Por te amar sigo nessa busca...
Por te amar...

Foto de Lela

Amores Virtuais

Abro a janela.
Dia quente, belo dia!
As janelas virtuais
escancaradas
também mostram
se não a soberba do sol
as muitas mensagens,
os muitos recados,
muita alegria...
Só jamais estarás:
Muitas Marias
sorriem,
insinuam-se,
declaram-se...
inteiram-se
entregam-se.
Seminuas
de alma,
sem calma
uma mais tímidas,
outra nem tanto
umas discretas,
outras belas,
uma de encanto
outras nuas e cruas
algumas de quimeras
são tantas,
de tantas eras
jorram pela janela.
Crentes
de promessas
incrédula credulidade
O q importa?
esta amizade!
com nuances
do mais
que traduz-se
em felicidade
oh! alma!!!!!
ah! olhos!!!!
coração!!!!!
a humanidade
tão igual!
o amor sempre singular!
em cada ser,
A cada instante
Aquece o peito!

Foto de MARTE

PERTO DESSE DIA...

Escrevo pensando em ti,
Nesta madrugada a nascer,
Sinto que sempre te pertenci,
Nos gritos do meu quer...
A minha alma levita no tempo,
Quando sinto-te ao meu lado,
Nos pensamentos perco-mo,
No teu olhar guardo-me...
O teu sorriso são as estrelas,
Os teus olhos são a luz,
Que aquecem o meu coração,
Que iluminam as minhas janelas,
Num sentimento que me seduz,
Amiga, amada, amante...tentação...
És a felicidade que me invade,
A minha musa dos amores,
As rimas da minha verdade,
Nos poemas... nos meus clamores!
São indeléveis sensações,
Como este luar de agora,
Que me trás estas emoções,
Vindas do horizonte que existe lá fora!
A madrugada ,uma canção,
Que contigo nunca dançei,
A lua em plena sedução,
Lembrar-me do que eu errei...
Vou misturando a minha emoção,
Perdendo-me nos meus devaneios,
Fazendo de ti a minha confissão,
O poema dos meus anseios...
Só sei que és a minha tentação,
Neste sentimento avassalador,
O olhar da minha razão,
Um sentimento tentador...
Lado a lado contigo quero estar,
Sentir a tua doce companhia ,
E um dia...... na beira do mar,
Eu sonho....como seria!

Foto de MARTE

NO MEU UNIVERSO II

Em que dois olhares se amam!
Numa outra dimensão,
No sêmem da minha poesia,
Que se transformam,
No sim e no não,
Sentimentos da utopia,
Compondo os versos de uma canção!
No interior da minha alma,
Que sentimentos desnua,
No bater do meu coração
Luar que me acalma,
No lado reflectido da lua,
Na melodia de um simples verso!
Que trasformo em amores,
No jardim do universo,
Aonde colho as flores,
Que define todo o meu ser!
Percorrendo uma estrada de luz,
Na galáxia do meu viver,
Numa energia que me conduz,
Reflectido nas minhas janelas!
Na trajectória de um cometa,
São o olhar que eu sinto,
Aonde as estrelas,
Conduz-me a um planeta,
O meu espaço infinito!

Foto de MARTE

NO MEU UNIVERSO

O meu espaço infinito,
Conduz-me a um planeta,
Aonde as estrelas,
São o olhar que eu sinto,
Na trajectória de um cometa,
Reflectido nas minhas janelas...
Numa energia que me conduz,
Na galáxia do meu viver,
Percorrendo uma estrada de luz,
Que define todo o meu ser!
Aonde colho as flores,
No jardim do universo,
Que trasformo em amores,
Na melodia de um simples verso!
No lado reflectido da lua,
Luar que me acalma,
No bater do meu coração
Que sentimentos desnua,
No interior da minha alma,
Compondo os versos de uma canção!
Sentimentos da utopia,
No sim e no não,
Que se transformam,
No sêmem da minha poesia,
Numa outra dimensão,
Em que dois olhares se amam!

Foto de MARTE

PERTO DESSE DIA...

Escrevo pensando em ti,
Nesta madrugada a nascer,
Sinto que sempre te pertenci,
Nos gritos do meu quer...
A minha alma levita no tempo,
Quando sinto-te ao meu lado,
Nos pensamentos perco-mo,
No teu olhar guardo-me...
O teu sorriso são as estrelas,
Os teus olhos são a luz,
Que aquecem o meu coração,
Que iluminam as minhas janelas,
Num sentimento que me seduz,
Amiga, amada, amante...tentação...
És a felicidade que me invade,
A minha musa dos amores,
As rimas da minha verdade,
Nos poemas... nos meus clamores!
São indeléveis sensações,
Como este luar de agora,
Que me trás estas emoções,
Vindas do horizonte que existe lá fora!
A madrugada ,uma canção,
Que contigo nunca dançei,
A lua em plena sedução,
Lembrar-me do que eu errei...
Vou misturando a minha emoção,
Perdendo-me nos meus devaneios,
Fazendo de ti a minha confissão,
O poema dos meus anseios...
Só sei que és a minha tentação,
Neste sentimento avassalador,
O olhar da minha razão,
Um sentimento tentador...
Lado a lado contigo quero estar,
Sentir a tua doce companhia ,
E um dia...... na beira do mar,
Eu sonho....como seria!

Foto de sonhos1803

Chuva

Abro as janelas da alma,
A tempestade esfria meu corpo,
Já é noite,
O mês de outubro chega,
Mas a tempestade relampeja,
Na noite escura faço a minha ceia,
Como os restos,
Esperanças, amores,
Uma ultima taça de licor,
A bebida entorpece, aconchega,
A água molha as paredes,
Chega aos meus pés,
Observo com reserva,
Mas não há pressa,
Irei esperar,
Noites, dias,
A calma banha minhas feridas,
Apenas escuto,
A chuva cair,
Rezo pra ver o sol,
Escrevo pra mim mesma,
Rio sem graça,
As vezes vejo que estou afundando,
Mas que outra solução?
Aprendi a viver nessa casa abandonada,
Um dia foi uma manha ensolarada de sonhos,
Hoje é apenas o que não fomos,
Felizes e sinceros.

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