Janelas

Foto de Oliveira Santos

Até Não Me Conter

Catatônico me apanho
No vítreo castanho
Das tuas janelas d'alma
E lá se foi minha calma . . .

Sem resistência me perco
No conforto do cerco
Dos teus braços quentes
Frenesi de corpo e mente

E te beijo nos lábios
Te faço alfarrábio
Do nosso prazer
Até não me conter

14/01/11

Foto de Shyko Ventura

" D.C.D. "

...
"Aguardo por um despertar,
Pelo abrir das janelas
Que revelam o brilho
Assim como a luz da lua,
Que mesmo distante,
Nota-se, aprecia-se;
Talves por mais um dia,
Que por muitos de outros dias,
Foram aguardados;
Que por, antepassados dos que já esperavam,
Esperou-se em esperar;
Pelas súplicas que lançadas foram
Para que esperassem para ter
A devida certeza de que era para se esperar;
Esperar por um despertar,
O despertar de um dia,
Que não se tenha que esperar mais
Por alguém que faça despertar!!!!"

____________________by Shyko130111.

Foto de Runa

7º Concurso Literário - Ubiquidade

Podias ter vindo hoje,
como quem chega de longe,
rompendo o silêncio da manhã
num voo de velas desfraldadas
ou num canto súbito de rouxinol
anunciando a primavera.

Podias não ter vindo hoje,
perdida numa maré de nevoeiro,
sem encontrar o caminho,
deixando-me preso à margem deserta
de um rio de águas estagnadas
como um barco sem rumo.

Podias ou não ter vindo hoje,
encher meu dia de luz ou sombra,
que não impedirias a noite de cair
nem o vento de bater nas janelas
ou que os cães latissem à lua
incapazes de compreender o futuro.

O que te queria mesmo dizer,
tivesses ou não ter vindo hoje,
é que sempre estarás dentro de mim,
mesmo nos dias em que nunca vens.

Foto de Melquizedeque

Quarto mundo

São seis horas! Deitado estou em minha cova
Micro vida, micro mundo... Esse é meu refúgio, habitado por mim, visitado por ninguém
Quarto meu! Reduto de morcegos, animais peçonhentos. Retratos de sons e imagens feitas pelos ventos
Meu mundo de idéias, lamúrias e nostálgicos inventos
Casulo meu! Aqui vejo minha transformação, meus pés saírem do chão voando com o pó
Não sou só... Vivo com meus “eus”. Tecendo desejos que recobrem as palavras, desatam perguntas e criam estradas
Anátemas palavras! Não as domino, nem as domestico... Por que arrancam de mim sentimentos e emoções, desmatando minha floresta? Oh floresta de insinuações!
Quarto meu! Dias de glória... Noites perdidas, roubadas pelo esquecimento. Aprisionadas pelo tempo. No inverno surge a angústia, cria-se o vício brota a astúcia
Mudanças! Mobilhas novas; Velhas lembranças. Arte em tudo... Quarto ouvinte, quarto mudo
Um velho sábio, um bom observador. Astuto nos sorrisos; com padecente, um vingador
Um suspiro ele dá, roubando o meu ar. Janelas se fecham e ninguém pode entrar
A porta não abre a porta não fecha... Existe entre os tijolos, e ao lado uma mesa
Mesa de livros, sabres, conhecimentos. Mesa de paz, guerra, cóleras e embotamentos
Esse é meu quarto! Na terceira dimensão... Profundo, largo, espaçoso e tenebroso
Não há teto, não há piso. O telhado é formado de sonhos, e esse chão um belo sorriso
Entre se for capaz! Prepare-se com a dor. Vista-se com a ignomínia
Abra a porta e veja as coleções. Anjos, diabos, vultos e intenções
Não se assuste! Observe, debata, mas nunca discuta
Esse é o meu assim. Meu grito, minha dor, meu meio, começo... Meu fim!
(Melquizedeque de M. Alemão, 15 de dezembro de 2010)

Foto de Eddy Firmino

Vício

È como uma prisão
Sem chaves, sem janelas
Como na escuridão
Sem lâmpadas ou velas
Chocando-se
Comprimindo-se
Um grito
Um clamor
Lágrimas
E dor...

Foto de Carmen Lúcia

A vida e a dor

A dor de uma separação
não há o que conforte;
o sofrimento é tanto
que a vida sepulta
mais que a própria morte...
Ficamos cambaleando,
perdemos a rota,
sem perceber que a vida continua,
lá, bem distante,
fora de nosso alcance.
Desafio de gigantes...

Ter que continuar
com a ausência de quem foi tão presente...
Ter que se conformar
com a lacuna imposta diariamente...
Reagir de maneira positiva,
não velar a dor eternamente,
para que não percamos a nós mesmos,
entregues ao que jamais virá a ser novamente.

Reconstruir a vida
partindo através da chegada.
E não da partida...
Sermos maiores que a dor que vivemos,
nos amarmos para resgatar o que perdemos...
Livrarmo-nos dos lixos afetivos
que nos fazem depressivos...

Escancarar portas e janelas
e esperar o novo que vai chegar...
E acreditar...

_Carmen Lúcia_
15/10/2009

Foto de Carmen Lúcia

A mesma chuva...

A mesma chuva que molha meu corpo
molha também o teu...
A mesma nuvem pesada
que escurece meus dias
escurece os teus...
A mesma lama parda e suja
que escora a água da chuva
revela vestígios de nossas pegadas
em direção contrária à luz...

O céu macilento e triste que vejo
é o mesmo que tu vês...
O pranto que minh’alma chora
é o que chora a tua, agora...
Fomos feitos do mesmo barro,
da mesma massa encruada,
pérolas negras no lodo geradas
que não preservaram a beleza,
aviltaram tamanha grandeza
imbuída na palavra amor...

Passamos ilesos por ela
sem perceber o que gera,
sem nos ater ao real valor...

Hoje é cada um por si...
perdemos a chance oferecida.
Não vimos o céu se abrir,
deixamos a chuva inundar nossa vida...
Fechamos janelas, facilitamos partidas,
perdemos o chão, a ocasião...
sucumbimos no vazio da solidão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Nailde Barreto

PAIXÃO COR DE ROSA

Com nome de rosa fui batizada,
me perdi nos braços de um homem
pelo qual estou apaixonada.
Na brisa de cada amanhecer,
me levanto, abro todas as janelas,
olhando para as rosas, pensando em você.
Sou uma rosa feliz, sou um rosa a brotar,
seja na luz do dia ou na luz do luar,
me fazendo suar ou desabrochar
esperando o amanhã
para meu amor reencontrar.
Agora, vai chegando devagar,
reparando entre todas
para ver se vai me encontrar.
Coração disparou, pois,
entre as muitas do jardim,
a mais bela com um beijo me calou.
E com o calor do seu corpo,
faça brotar esse amor,
com a pureza de uma rosa,
com você toda charmosa.
Envolvida em meus braços,
nesse jardim de rosas plantado,
fazendo de mim nesse momento,
um homem muito apaixonado.

Foto de Melquizedeque

Vozes do coração

Olhe dentro de você... Vasculhe nas janelas da sua mente onde eu estou e se atente fixamente aos meus olhos. Verá que no fundo deles sempre se abrem um gracioso sorriso quando você os admira. Nesse momento consigo entender como o vento consegue beijar as nuvens de um céu adocicado, que é feito pelas mãos de uma pequena criança. Explicações se vão seguindo a razão que passa de longe e olha-me com um ar de desprezo pelo meu deleitar com a emoção e as fantasias que nesse instante me dominam.

Não me diga adeus, sem antes eu me perder dentro de você e escutar as belas canções que esse arcanjo canta no palco do seu coração. Deixe-me dizer que te amo! Mesmo que não me ouça, ou me despreze, não cansarei de repetir e conclamar.

Meu silêncio brada uma linda canção, e peço aos pássaros que lhe dê os meus sorrisos e lágrimas que tenho guardado. Isso é a coisa mais valiosa que posso lhe dar, pois tudo o que tenho veio de fora, mas isso que lhe entrego se criou dentro de mim. Então, amor! Peço-lhe que guarde isso que te ofereço. E não me arrependo de dizer o quão bom é sofrer por você. Guardo meu coração, frágil e sensível, para que tu sempre estejas nele. Mas por favor, não me abandone. Nem por um minuto.

O que sinto agora se transforma a cada segundo. Tudo se torna novo a cada piscar de olhos que dou. Você se recria em minha mente e cada vez mais se torna divina. Meu sangue corre mais rápido quando você me visita, e o ar se torna mais leve, quase sem gravidade. E tudo é mais alegre, mais sorridente, como o nascer do sol no horizonte. Meu mundo é aperfeiçoado com suas delicadas mãos. Então não diga nada, apenas me abrace e me diga – Estou aqui! E aí então serei feliz em seus braços.

Foto de Carmen Lúcia

Aquela rua...

Aquela rua...

Retorno àquela rua...
Não é a mesma, nem há mais lua...
Escondeu-se entre prédios e assédios
E tímida, já não se mostra nua.
Pisaram a poesia que havia nela
Roubaram-lhe o encanto, meu recanto...
Fecharam-lhe as portas e janelas...
Amordaçaram seu sorriso e o seu pranto.
E as pedrinhas reluzindo dia e noite,
Trocaram-nas por asfalto... um açoite,
Arrebatando-lhe os sonhos de criança
A rua onde guardei a minha infância.

_Carmen Lúcia_

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