Lua

Foto de Sandra Ferreira

Desejo...

Desejo
Mergulhar no teu olhar
Dizer amo te, devagar
Desejo
A fragrância,
Natural da tua pele
Misturando se,
Com a minha
Despertando
Os sentidos
Desejo
Nossos corpos
Entrelaçados, transpirados
Num frenesim
Até estarmos saciados
Desejo
Sussurro dos teus gemidos
Notas musicais
Que invadem
Meus ouvidos
Desejo
Dancemos, valsa
Despojados
Sem pudor
Com as estrelas
E a Lua
Abençoando
Nosso amor.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Carmen Vervloet

VIAGEM PELO CAMINHO DO PRAZER

VIAGEM PELO CAMINHO DO PRAZER

O tempo para num mágico passe
quando seus olhos encontram os meus...
Você me pede que o abrace, enlace...
Envolve-me nos braços seus...
Que são tão meus!...

Partimos para viagens infinitas...
Seu corpo a me entender...
Cruzamos céus, luas bonitas,
Caminhos secretos...
Paraísos discretos...
Que só o amor pode ver...

Colchões de nuvens brancas
soltos no azul do céu!...
Fios de luar em tranças...
Lua estendendo o seu véu...

Mágico cenário de infinda beleza...
Infinito liquefeito em cor!
Em nós apenas a certeza
da imensidão desse amor!...

Voltamos desse vôo, pacificados
e como eternos amantes
continuamos felizes abraçados
revivendo cada instante estonteante
dessa viajem alucinante
pelo caminho do prazer!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

Foto de Henrique Fernandes

FALTA DE AMAR

.
.
.

Noite dentro de solidão
Fico ao cuidado da luz da lua
Sem sintonia de sedução
A paragem do tempo continua

Pela mão de um suspiro
Sinto que a vida é breve
Filtrando tudo o que aspiro
Toca-me a dor ao de leve

Resisto aos ponteiros
Do relógio que não anda
Com minutos pioneiros
Do tempo que em mim manda

Não há ninguém á minha espera
Ninguém para me olhar
Conviver com o nada desespera
Esta presente falta de amar

Foto de Dirceu Marcelino

O HOMEM DE HOJE RELEMBRANDO O MENINO DE ONTEM

O HOMEM DE HOJE

A noite tinha um clarão ofuscante,
No céu a lua brilha com um clarão mais puro,
A bandeira elevar-se-á gloriosa
Aos ventos do norte ou do sul auguro!

Homem! Tu te portarás garboso,
Com o peito inflado, velho galante.
Teu filho olhará para ti orgulhoso.
O colo de tua esposa tremerá arfante.

Os discursos se ouvirão toantes,
Indo aos ares por alto-falantes.
Tu te sentirás então mais maduro,

Pensará então no Pai glorioso,
Dirá no teu íntimo jubiloso:
Obrigado Senhor! Cumpri com jubilo!

Sorocaba-SP, 15 de março de 2008

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UM HOMEM P’RO AMANHÃ

A manhã se clareará esplendorosa,
O céu estará com um azul mais puro,
A bandeira desfraldará gloriosa
Aos ventos do norte ou do sul auguro!

Menino! Tu te portarás garboso,
Com o peito inflado, pequeno infante.
Teu pai olhará para ti orgulhoso.
O colo de tua mãe tremerá arfante.

Os discursos se ouvirão toantes,
Indo aos ares por alto-falantes.
Tu te sentirás então mais maduro,

Pensará então no Pai glorioso,
Dirá no teu íntimo jubiloso:
Deus! Serei homem amanhã. Eu juro!

São Paulo, 11 de dezembro de 1980

Foto de Ana Botelho

PÃO E VINHO

PÃO E VINHO

( In memorian: Eurípedes (Macedônia), Omar Khayyan e F. Pessoa)

Sem vinho, onde haveria amor?
E quando o inverno nos batesse à porta,
Que ares deveríamos logo assumir?
Recorreríamos aos do Mediterrâneo,
Filtrando o binômio trigo/vinha
E passaríamos as tardes os saboreando.
À noite, quando tudo parecesse dormir,
Ficaríamos inertes até nos pensamentos,
Buscando somente uma cristalina taça
E o que houvesse de precioso a acompanhá-la.

E sem pão, qual fibra vibraria em nós?
Tudo fluiria, pegaria o veio do vento
Passaria eqüidistante por entre dois pólos,
Dentre os quais existiriam indiferentes
Apenas os dias, o que foi e o que virá,
Já que o hoje seria o bastante
E completo para nos alimentar.

A vida pode até ser boa, mas o vinho
Ah, esse sim, é muito, muito melhor!
Quem sabe amanhã a lua nos procurasse em vão,
Sentemo-nos ao relento, sentindo-nos, apenas...
E o regresso do sol apagaria as estrelas
E desvaneceria as luzes mais soberbas
Das tantas salas requintadas e vazias.
Tudo a nos mostrar o curso da vida,
De que ela deveria ser simples e natural.
Com luta para nunca nos sentirmos sós
E sempre brindarmos a um prenúncio
Dos bem - vindos e necessários amores.

Foto de Sirlei Passolongo

Cadê o menino?

.

Desceu o morro
com a alma na mão
a barriga vazia
a olhar no vão...

olhou o asfalto
meninos
da mesma idade
indo à escola
de tênis maneiro
e ele, de pés
no chão.

o morro,
não quis mais subir
sem saber onde ir
Ficou no semáforo
comendo de esmola
dormindo na rua...
Sua luz era a lua

E onde está o menino?
Se perdeu na miséria
uma bala o levou
não saiu no jornal
não passou na tevê

a ninguém ele importa
mais uma criança morta
que se perdeu
nas estatisticas...
Mas lembraram dele
na campanha política.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Sirlei Passolongo

Faço-me

.

Faço-me lua
pra iluminar
sua noite

sol
pra te aquecer
do frio

flor
pra te perfumar
os olhos

peixe
pra navegar
em teu rio

Faço-me anjo
pra velar
teu sorriso

mulher
pra adormecer
em teu peito

Faço-me poeta
pra gritar... que
te amo e preciso.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Drica Chaves

É Primavera

Quando a primavera mostrar que é bela
E variadas flores de todas as cores
Desabrocharem para mim,quero encontrar o meu amor.
Na mais pura descrição dessa estação
eu quero estar com você...
Sinto já a felicidade da sua presença
Que alimenta o meu despertar para um mundo novo.
Agora é aproveitar cada instante e que seja sempre cintilante
Quero andar por entre jardins e espelhos
Que reflitam a satisfação que sinto em distinguir amor de medo.
Eis que sou uma eterna sonhadora...
Lua nua,crua,dirigindo seus raios
para a relva de aromas especiais
Que nos embebedam e nos guiam
Na vida delineada pela mão do destino
Que nos faz cantar o seu estribilho:
É Primavera...quase sempre Primavera!

Drica Chaves

Direitos autorais reservados.

Foto de Carmen Vervloet

UM POUCO DA HISTÓRIA DO ES - Convento da Penha - 450 anos

Convento da Penha – 450 anos

Nos idos do mês de maio de 1535 fundeava na enseada da futura Vila Velha, até então terra dos índios goitacazes, a Caravela Glória trazendo o luso donatário Vasco Fernandes Coutinho que vinha tomar posse da Capitania, à qual deu o nome de Espírito Santo.
Encontrou aqui, beleza natural estonteante que deixou a todos sem fôlego! Muitos eram os pontos fortes desta então Capitania, mas dou destaque àqueles que sempre extasiam meus olhos e enchem de luz e paz o meu coração capixaba: A verde Mata Atlântica, com sua rica flora e fauna, palco de orquestra composta pelas mais variadas espécies de pássaros; Suas montanhas esculturais criadas pela mão da grande artista natureza, pedras que fecundam o próprio chão; E o seu mar pincelado com o verde liquefeito de suas matas e o azul liquefeito de seu céu que juntos lhe dão a cor verde-azul que se expande numa extensão infinita onde meus olhos pousam cheios de amor e admiração!
A esperança que dominava o nosso donatário ao desembarcar nas praias deste Novo Mundo foi aos poucos se apagando em razão das lutas entre os colonos e os índios.Vasco Fernandes Coutinho mandou vir de Portugal alguns padres missionários para que pacificassem os nativos.
No ano de 1558 chegou aqui o Missionário Espanhol Frei Pedro Palácios que trouxe na sua bagagem um belíssimo painel de Nossa Senhora da Penha, o mesmo que ainda se encontra no Convento da Penha. Procurou abrigo numa caverna no pé da montanha para onde levou seus pertences e também o painel de Nossa Senhora. Quando no dia seguinte acordado pelo gorjeio dos pássaros e o marulhar das ondas do mar que no seu vai e vem levavam e traziam de volta os seus sonhos de missionário depositando-os sob a forma de branca espuma sobre a areia morena, percebeu que o Painel de Nossa Senhora havia desaparecido. Preocupado saiu à procura do mesmo, no que foi ajudado por outros colonos e depois de longa e dolorosa busca, exauridos, arranhados, machucados, encontraram-no a 154 metros de altitude, bem no cume da montanha entre duas frondosas e verdes palmeiras. Levaram-no de volta para a caverna e no dia seguinte, segundo a lenda, lá estava Ela outra vez de volta ao cume da montanha, entre as mesmas duas verdes e frondosas palmeiras. Este fato aconteceu por três vezes, até que Frei Pedro Palácios percebendo que Nossa Senhora queria ter uma melhor visão sobre seus filhos para que pudesse protegê-los de todas as vicissitudes e perigos, atendendo a vontade da Santa, construiu a sua capela no lugar escolhido por Ela. Ele próprio, velho e alquebrado, mas homem de muita fé carregou lá para o píncaro os primeiros materiais para a construção da ermida. Realizado seu grande sonho, a poder de muito trabalho e esforço a capela foi inaugurada com toda a pompa merecida no dia primeiro de maio de 1970. Nesta mesma data, levado por Anjos, aos sons dos sinos da sua pequena capela partiu feliz o velho e santo missionário para sua morada eterna.
Hoje o Santuário da Penha abrange uma área de 632.226m2. No seu interior abriga séculos e séculos de história, de fé e esperança, de devoção e coragem e é sem dúvida considerado o maior atrativo turístico e religioso do Estado do Espírito Santo. Fica localizado no Município de Vila Velha, integrante da região da grande Vitória, Capital do Estado. A faixa de Mata Atlântica existente no Santuário da Penha é o mais importante pulmão verde da cidade de Vila Velha e abriga uma variada flora e fauna. A festa da Penha é considerada hoje a terceira maior festa religiosa do País.
Nas noites de lua cheia, guardo ainda a imagem que tatuei na minha alma de criança. O manto de Nossa Senhora entrelaçado junto ao manto do luar estendido sobre a nossa cidade protegendo-a de todas as ameaças e perigos envolvendo-nos nos seus braços de Mãe do Céu.

Carmen Vervloet

Foto de Mentiroso Compulsivo

O CAOS

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O meu corpo feito de água transparente,
vinda da nascente do sol em asas de condor,
caminha pela aurora da lua ingente e brilhante.
Causando tempestades de sol revoltas nos oceanos,
a fazerem a ponte entre a terra e o paraíso,
envolta em infernos de chamas feitas de cinzel.
Levado pelo pecado que tenho da sede de cinzas
que rebentam da fonte seca do meu coração.
Sucumbo à luz do dia e desfaleço no luar da noite.
Caminho errante durante todos estes anos de vida.
Não vejo, não sinto nada o que os devotos contam.
Só nestas palavras encontro uma morada de harmonia,
um abrigo diferente do nada, onde procuro o refugio,
dos vapores inflamantes que corroem em meu corpo.
Ticões crepitantes e ardentes a queimarem a fina teia,
com que ela bordei as nuvens do caos de peso inerte,
para fazer o filtro da discórdia entre a luz do sol e da lua.

© Jorge Oliveira

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