Ódio

Foto de Carmen Lúcia

Eu creio...

Eu creio...
No azul sereno do céu
Mesmo ao anunciar tempestade...

Eu creio...
Na calma que traz o mar
Mesmo quando um furacão o invade...

Eu creio...
No amor entre os homens...
Que o ódio é uma estranha forma de amar.

Eu creio...
Que a distância não mais persiste,
Que o longe não mais existe...

Eu creio...
Que a paz há de reinar
Mesmo em tempo de turbulência,
Em que a violência se estampa no ar...

Eu creio...
Na conscientização global,
No fim da desigualdade social...

Eu creio...
Nos sonhos e na esperança
No sorriso ingênuo de uma criança...

Eu creio...
Na luta perseverante e eficaz
Por um mundo melhor e capaz...

Eu creio no bem que vence o mal.
Eu creio na vida, afinal...

Foto de Marta Peres

Destino

Destino

Esqueceste das juras que fizemos,
Falas de carinho e eterno amor.
Hoje no silêncio choro o que tivemos,
só me resta o ódio e o rancor.

Fujo de ti, de ti me separo,
Meu coração é só mágoa e dor
Na vida não tenho mais amparo
Morreu a esperança aberta em flor.

A certeza triste se define!
Rasgo de vez retratos, rasgo o véu
Na ânsia do choro o peito me comprime.

Não culpo a sorte, nem o céu!
A vida tem coisas que não se redime
Nem tudo pode ter sabor de mel!

Marta Peres

Foto de Daemon Moanir

De amores

Enquanto o meu amor florescia
Uma parte de mim padecia
Lentamente morria, desaparecia
E a minha face sem esforço sorria
Sem medos eras tu a minha alegria
Pensava que tudo podia
Mas tu ao meu lado nunca estarias
Nada de mim querias, mesmo assim, meu amor continuaria
Até ao ponto de hoje
Até ao ponto de não saber quem sou

E hoje continuo a amar
Com toda a minha fé a gostar
Nunca com ódio agora estou
E penso em ti até me escapar o controlo

Os meus fantasmas vão voltando
A escuridão tenta de novo adornar-me
Mas, agora, amo-te a ti
És o meu caminho
A minha paixão é agora o meu guia.

Foto de Carmen Lúcia

"Mania de poetar"

Se a poesia, um dia, virasse mania
E contagiasse o universo de versos, euforia,
Feito bando de aves, poetas migrariam
Encobrindo céus de perfeita harmonia.

Cantada em versos, o que fosse dor, seria
Tragada pelo amor, lançada para amar...
Banido entre os homens, envolto em poesias,
Sucumbiria o ódio, por lhe faltar o ar.

E todos os poetas, em grandes romarias,
Desarmariam o mundo, de versos guarnecidos,
Fragilizariam seres empedernidos,
Libertariam almas de um inferno dantesco!

Oh! Sonhos, quimeras, quiçás...
Pensamentos perdidos aqui e acolá...
Alastram-se inúteis manias...Megalomanias!
Só não se contagia mania de poetar.

Foto de Sonia Delsin

QUANDO SE MATA O AMOR

QUANDO SE MATA O AMOR

Diz meu professor.
Que no coração da gente ocupa o mesmo espaço... o ódio e o amor.
Será que ele está certo, ou não?
Como vamos entender as coisas do coração?
Mas quando se mata o amor o coração fica tão alquebrado.
Parece que tudo está acabado.
Parece que ele vai ser sepultado.

Quando se mata o amor fica tamanha a dor...
Tamanha a dor...

A impressão que temos é que vamos todo dia a um velório...
Até que os dias passem...
Até que novos dias nasçam mais azuis.
Até que borboletas cheguem enfeitando nosso céu.
Até que colibris façam festa.
A dor vai ficando enterrada no fundo e começamos de novo a achar lindo o mundo.

Quando se mata o amor é preciso muito vigor.
Uma nova estrada precisamos trilhar.
O passado enterrar.
Não sei se o ódio e amor ocupam o mesmo espaço.
Só sei que é preciso mudar nosso estilo de vida, dar um novo passo.

Foto de Marcelo Souza

Dentro da mina de ouro

O mundo já não era mais o mesmo,
As portas eram cada vez menores,
As ruas menores,
E as calcadas mais baixas.
O alcance das minhas mãos mais alto, porém inexplicavelmente miúdo,
Ao ponto de não mais conter o mundo entre elas.
Meus olhos viam mais longe e as visões tornavam-se cada vez mais horrendas.
Os amigos mais distantes e os inimigos multiplicavam-se ao meu redor.

O vocabulário a ser decorado se tornara maior e mais difícil,
Ao passo que as mais simples e verdadeiras palavras ficavam impronunciáveis.
As famílias cada vez menores e as camas cada vez maiores,
Do tamanho do vazio em cada um dos corações.

O amor já era um desaparecido, senão desconhecido,
E as flores? Flores já não eram mais.
O céu de cinza já estava pintado e o chão com rios de sangue.
Verdadeiramente o mundo não era mais o mesmo,
O dinheiro havia tornado-se o seu único rei,
Tendo dona ganância como sua rainha,
A luxuria sua mais bela princesa,
E o ódio, o príncipe que haveria de herdar o trono.
Neste reino os calabouços estavam cheios de toda gama de bons sentimentos,
Estavam eles acorrentados e esquecidos ao longo de todo este tempo.
O mundo já não era mais o mesmo, era um mundo sem fé e sem salvação,
Um mundo sem esperança, pois esta há muito já havia sido expulsa dele.
Era um mundo que ria de tantos que antes choraram;
Sem saber o quanto ele mesmo ainda haveria de chorar.
Era um mundo envolto em trevas e que delas jamais escaparia.
Era este o mundo, um novo mundo,
Apenas uma sombra negra de outro mundo,
Mundo de outrora, mundo de ontem à noite.
Mundo sombrio, sem paz e que jaz,
Mundo diferente do meu mundo, o mundo em que antes eu vivia.

Marcelo”thefox”Souza
Fortaleza, Novembro 2007

Foto de Osmar Fernandes

Você se já se viu no espelho?

Você já se viu no espelho?

Tem gente que, ao se olhar no espelho, humilha-se... Ou porque é alto ou baixo, gordo ou magro, branco ou negro, comum ou diferente... Você já se viu no espelho?

Já agradeceu a Deus por ter conquistado a sua maior vitória, a vida? Já O agradeceu por ter nascido fisicamente perfeito? Tem gente que tem vergonha da própria imagem, evita o espelho e a balança a qualquer preço. Esse sentimento negativo pode levar qualquer pessoa ao precipício do estresse, e até a morte. “Se eu me odiar, quem vai me amar? Se eu me achar feio, quem vai me achar bonito? Se eu me depreciar, quem vai me valorizar?”

Um cego de nascença nunca se viu no espelho. Jamais discernirá o belo do feio...Nunca poderá ver a beleza do pôr-do-sol, nem as cores irradiantes do arco-íris... Jamais viu o rosto da mulher amada e a face do filho querido... Mas consegue enxergar a vida com os olhos da alma. Agradece ao Todo Poderoso por ter nascido. É feliz assim.Você já pensou nisso alguma vez?

Um surdo-mudo, vive num planeta construído e preparado para os fisicamente perfeitos. A todo instante tem que enfrentar barreiras e vencê-las ou adaptar-se a elas. A cada conquista agradece a Deus... É um guerreiro vencedor. Estuda ferozmente cada passo do mundo, adquirindo conhecimento e sociabilizando-se para entender a linguagem e a política da sociedade em que vive.

Um ser humano sem pernas e sem braços, para ir ao banheiro fazer suas necessidades fisiológicas, precisa da ajuda eterna de uma pessoa qualquer. Alguém tem que levá-lo nos braços, despi-lo (nunca vai poder manter sua vergonha em secreto). Depois, sentá-lo no vaso, segurá-lo (pois não tem ponto de apoio), e após defecar, necessita que este alguém limpe o seu bumbum e suas genitálias. Ele vive sua vida dependente vinte e quatro horas por dia. Como você viveria numa situação dessas?

Um deficiente vive desafiando o seu limite a todo o momento. Busca forças inimagináveis para a realização do seu objetivo. Trava batalhas de vida e morte na superação de uma tarefa, seja ela qual for. Ter nascido é a sua maior vitória, é o seu pódio, sua medalha de ouro. Aceita seu corpo, como é. Estar vivo é sua felicidade sem preconceitos, seu presente, ele agradece ao céu por isso.

Se você nunca se viu no espelho, veja-se agora. Nunca é tarde demais para nascer de novo. Ninguém está isento de se tornar um deficiente. Em verdade, digo que o verdadeiro pobre coitado é o pobre de espírito; que o pior assassino não é aquele que mata o inimigo: é aquele que mata a si mesmo, o próprio sonho. Enfim, é aquele que só carrega o ódio no coração e morre de inveja dos perfeitamente felizes.

Você realmente já se viu no espelho?!!!

Para alguém muito deprimido, estressado, tenho dito: Antes de fugir de si mesmo, cometer qualquer bobagem ou até pensar em suicídio – visite uma APAE, UM ASILO, UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO, UM LIXÃO, UM PRESÍDIO, UM ORFANATO, UMA IGREJA, UM CEMITÉRIO OU UM HOSPITAL QUALQUER...e seja voluntário por um dia. Tenho certeza que vai sair de lá com vergonha do seu problema, e vai agradecer a Deus pelo seu livre arbítrio, por ver, ouvir, falar, andar, amar e ser amado. Vai redescobrir o valor incalculável de viver. Vai reaprender a ter respeito, humildade e o amor por si mesmo; tornar-se-á um ser humano espiritualizado a tal ponto que voltará a sorrir de novo e a ver nas pequenas coisas o verdadeiro sentido da vida – a dádiva de Deus

Foto de Daemon Moanir

De ti, a Loucura

Oh! Que raiva!
Que ódio e desilusão sinto.
Que horrores pulsam em mim e percorrem minhas veias?
Que obsessão! Que tormentos são estes que a mim se antecipam?
Que prazer é este que não alcanço?
Que nojo de mim! Até náuseas tenho.
O cheiro a pútrido e a morte paira no ar
Este leva-me a uma abulia terminal
E a ansiedade cresce dentro de mim...
Quero respostas para o que me acontece!
Porquê eu? Porquê a mim?
Que a chuva se abata e me lave!
Pois estou imundo em pecados.
Para, então, pedir o perdão.
E sentir o prazer de nada no peito trazer.

Foto de Iara N. Silva

Sou aquela...

sou tantas coisas...
sou aquela que te passa segurança, mas também sou que te angustia...
aquela que te faz sentir bem mas também aquela que te faz com ódio esmurrar a parede...
aquela que te faz sorrir mas que também te faz chorar...
sou aquela que morre de felicidade por estar com vc, mas aquela que se consome em remórcio por não te dar o que tanto deseja...
aquela que lhe sorri com um ponto de preocupação no olhar...
aquela que te quer feliz...
aquela que não quer explicações fúteis, mas se preocupa com seu bem-estar...
que se ira com o atraso mas perdoa com o toque suave de sua voz...
sou aquela que não sabe o que sente...mas sabe que encontrou alguem especial...você...

por tudo que temos passado...
por todos os momentos felizes...
por vc estar ao meu lado...

OBRIGADO.

Foto de Minnie Sevla

Caminhos

São tantos caminhos...
Caminhos de flores
De alegria,
De tristeza,
De rancores.

Caminhos retos,
Tortos,
Longos,
Curtos,
Vivos,
Mortos.

Caminhos de amores,
De paz,
De guerra,
De ódio,
De dores.

Caminhos de lutas,
De saudade,
De justiça,
De violência,
De maldade.

Caminhos de esperança,
De lembrança,
De fé,
De espiritualidade,
De Deus...de eternidade.

Minnie Sevla/Ramgad

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