Passado

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MADRUGADA"

“MADRUGADA”

Não consegui dormir...
Lembranças do passado...
O passado que eu vivi!!!

Seu beijo apaixonado...
De novo quero sentir...
Teus quentes lábios inchados...
Teu rosto eu revivi!!!

Teu seio firme e farto...
São imagens que jamais esqueci...
E eu preso aqui no meu quarto...
Lembrando como te conheci!!!

Imagens, miragens e sensações...
Tudo me faz Campânia...
Teu cheiro, teu jeito, tuas emoções...
Te recordar me da alegria!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MY FIRST LOVE" LOUCURAS SOBRE DUAS RODAS.

“MY FIRST LOVE”
“LOCURAS SOBRE DUAS RODAS”

Seus cabelos chicoteavam meu rosto...
Enquanto o vento desenhava o momento...
Cento e vinte no velocímetro...
Enquanto fazíamos amor ao sabor do vento!!!

Loucuras de jovens apaixonados...
Travessuras do amor escondido...
Fuga em um instante do passado...
Realidade de um grande amor vivido!!!

Fendas no tempo...
Só nós conseguimos abrir...
Vives em meu pensamento...
Faça-me de novo sorrir!!!

Vamos voltar a Rio-Santos...
Acelerar nossas lembranças...
Vem, temos muitos momentos...
O seu voltar me enche de esperanças!!!

Vem, vamos rever a estrada...
Onde ao amor nos entregamos...
Quem sabe encontramos uma morada...
Esperando por nós a anos!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MEU RETRATO"

“MEU RETRATO”

Quem sou eu?Pareço normal?
Sou apenas um poeta versejando o informal...
Ora atleta, ora vagabundo...
Ora poliglota, ora preguiçoso...
Mas não passo de um simples apaixonado...
Pelos versos ardilosos!!!

Escrevo minha historia...
Nem sempre verdadeira...
Tiro tudo da minha memória...
Esta memória demais altaneira!!!

Sou um eterno apaixonado...
Pelos amores perigosos...
Amante do meu futuro e do meu passado...
E casado com meu presente bagunceiro!!!

O que um poeta diz não é lei...
A não ser que seu coração entenda...
Poeta que fala somente de si...
Não é poeta, é lenda!!!

Foto de Ana Botelho

AMIGO É MESMO PARA SEMPRE

AMIGO É MESMO PARA SEMPRE...
Passar a infância no interior do Estado do Rio de Janeiro, com vida pacata, bucólica, como tantas outras crianças, que ali puderam conhecer a simplicidade e aprender o amar a essência que existe em cada ser humano, fez, definitivamente, a diferença para mim.
Quando chegava a época da adolescência, tínhamos que estudar das formas mais estranhas possíveis, ou saíamos para longe, em casas de parentes e amigos, ou ficávamos em sistema interno, em instituições particulares para jovens. E foi lá, justamente às margens do rio Paraíba do Sul,que conheci alguém muito especial, com uma gama de características incomuns, que vieram de encontro às minhas. Tornamo-nos grandes cúmplices em assuntos relacionados a poesias, músicas e a tantas outras afinidades, que só mesmo quem conseguiu se harmonizar com a natureza rústica e intocada, poderá entender o que preencheu cada minuto dos anos que lá estivemos. Uma lástima não termos guardado tantos poemas e registros que fizemos de situações inusitadas e muitas vezes até cômicas, ou trágicas...
À tardinha, quando ficávamos, as minhas amigas e eu, no pátio do referido internato, chovia aviõezinhos e outras dobraduras, com recadinhos carinhosos, através do gradil de madeira, que cercava o nosso espaço físico. Eram poemas lindos e bem trabalhados, que voavam do Clube de Futebol, onde os atletas da cidade treinavam( acho que até muito mais vezes que realmente necessitavam...rsrsrs). Aos fundos do internato, ficava a tal estrada fluvial cheia de corredeiras, que o meu especial a conhecia em suas detalhadas curvas, de tanto ir e vir entre remos e nados.
Chegara a época do vestibular, nos separamos... Os anos se passaram e cada um seguiu o seu curso natural, assim como as águas do velho Paraíba, que a tudo assistiram, mas foi observando o curso do rio, suas voltas , as pedras e as quedas, que aprendemos ver em nossa vida, para que servem e como elas nos colocam, a cada momento, diante dos nossos afins.
Como é bom ter isso tudo na lembrança e sentir agora as mesmas emoções, tal qual aconteceram.
Sempre apareciam notícias ou comentários saudosos e conjecturávamos onde estaria cada um morando e se ocupando do quê.
Os filhos nos chegaram e o tempo, senhor implacável e poderoso transformador da vida, atingiu a muitos com os seus sacodes, testes e até resgates desafiadores. E mais uma década se passou...Eu, a essa altura, já me encontrava cuidando sozinha de três filhos, que tinham entre seis e dez anos de idade, quando numa linda manhã de sol, o interfone tocou e o porteiro anunciou o nome do meu amigo tão lembrado em minhas constantes horas de poesias e divagações...cujo arquivo mental veio à tona imediatamente, era aquele companheiro do passado, que com um calhambeque ou uma vespa, percorria toda a distância entre as nossas cidadezinhas em estradas de terra, para nos vermos nos finais-de-semana, ou para passarmos as tardes e as domingueiras no clube onde nos dias que não tinham "feira", era um cinema de piso em declive, terrível para dançar, mas que achávamos tudo de bom (afinal, era aquele o nosso mundo e que mundo maravilhoso...) Respondi ao porteiro , entre palpitações e descompassos respiratíorios, que ele subisse, momentos preciosos esses... Estávamos de saída para a praia e ele achou ótima a idéia, só que não havia sequer uma sunga de adulto em minha casa. Brinquei, oferecendo uma das peças dos meus biquinis e foi com uma naturalidade ímpar que ele aceitou e se pôs a escolher ... Fui cuidar dos meus filhos e o deixei à vontade. Ao chegarmos à prainha de Itaquatiara em Niterói, nos acomodamos , cadeiras, cangas, brinquedos, foi quando ele tirou a roupa , fez alguns alongamentos e partiu correndo na areia com as tirinhas laterais se agitando ao vento ( só faltaram as bolinhas amarelinhas...rsrsrs).
-Olhem só, dizia eu aos meus filhos naquele instante, esse é um amigo de alma pura, tanto, que nem está aí para o que possam pensar ou falar dele com essa roupa esquisita, se dedicou à psiquiatria por entender a vida sob a ótica do amor.
Rimos muito e ele, definitivamente, caiu nas graças dos meninos também.
Hoje, como se tivéssemos planejado, moramos no mesmo balneário, num remanso onde a natureza, sempre presente, nos brinda a todo instante com uma vida iluminada. Ele é um respeitado profissional e excelente escritor e eu uma sonhadora incorrigível, entre os meus poemas, pinturas e leituras sem fim, mas conservamos ainda os traços que nos uniram: os versos e os "causos" do cotidiano. Quando nos encontramos, rimos muito ao falarmos do passado. Valeu à pena tudo o que aconteceu...
E ao ouvir, em qualquer ocasião, citações como " de médico , poeta e louco todo o mundo tem um pouco", imediatamente, a minha mente passa a caricaturá-lo como agora faço, aqui, em palavras de carinho a você, Zeus, meu doce amigo e parceiro pela eternidade...

Foto de Osmar Fernandes

socorro

Tô com medo de morrer
tô vivendo por acaso
Tenho medo de sair
Não quero ficar aqui
Minha casa não tem muros
A internet está cheia de espiões
Minha vida não tem seguro
A rua é pura insegurança
Tenho medo de paixões
O mundo perdeu sua criança
O passado eu me esqueci
Meu presente é cheio de grilos
O futuro tá esquisito
Tenho medo de morrer
Tenho pavor de ficar sozinho
Tenho pânico de multidão
É gente roubando gente
Criança furtando velho
Adulto vendendo cão
Meu direito tá no prego
O mundo tá perdendo a cabeça
O sonho não tem mais juízo
Tá faltando comida na mesa
Tudo tá no prejuízo
Tô gritando no meu silêncio
To no silêncio do meu grito
É lixo pra todo lado
É conta sem pagar
Todo mundo só fala de problema
Aonde isso vai parar
A hipocrisia anda solta
O santo tá num dilema
Anjos perdendo asas
Asas ficando sem vôos
Tô na rua, to sem casa
Já nem sei se me perdôo
Tá todo mundo doido
Tô pedindo por socorro,
Soooooocorro...

Foto de psicomelissa

hoje estou entusiasmada

GRAÇAS A TI!!

Meu querido o bem que mesmo distante tem feito por mim, me deu animo e vontade de voltar a amar, sabe:

Havia algumas coisas que a, mas de um ano me comprometia sempre a realizar, mas como sempre, uma desculpa arranjava pra deixar e em baixo dos lençóis permanecer e não conviver com ninguém evitava as pessoas da minha casa.

Confesso que hoje também tive vontade de dos lençóis não sair e mergulhar neles e permanecer como sempre andará a fazer. Mas não acho justo você ter uma pessoa pela metade, não você é deveras especial e importante pra mim que merece o melhor de mim.

Essas bobas tarefas que estava evitando realiza –lãs, hoje só me contentei depois de terminar de realizar todas elas, e ainda pensei em reformular outras coisas, um animo que nem sabia que tinha foi surgindo e me consumindo e quando me dei conta tinha passado o dia mergulhada em tantos afazeres e felizmente os lençóis não se apresentavam tão interessantes como antes.

É lógico, se você estivesse neles, pode ser que eu mudasse de idéia e juntos fizéssemos um amor, puro e intenso, pois sei que o que sinto é recíproco, o fato de você imaginar que pode me ter um dia como companheira lhe motiva pra realizar os seus deveres com mais animo e com menos pesar.

Como se isso fosse a luta pessoal de cada um de nós pra poder ter o outro ao seu lado. Primeiro arrumamos a casa pra depois receber visita, mesmo que está visita talvez venha fixar residência.

Afinal ambos almejamos um companheiro que nos compreenda e que faça que o outro cresça e se realize, pra que a nossa felicidade possa ser plena. Minha garganta embarga enquanto escrevo estas singelas palavras a ti.

A emoção em mim vive a flor da pele, e em ti não consigo deixar de almejar que o destino te traga pra mim.

Oh meu nobre cavaleiro te aguardo...

Enquanto tens que vencer suas batalhas e eu as minhas.... Se por acaso o destino lhe levar pra longe de mim, serei eternamente grata por tamanha ajuda que me deste, voltei a viver e devo isso a ti, mesmo que eu não seja a donzela escolhida, se me deres a certeza que felicidade plena vives, meu coração irá chorar por não te lo junto de mim, porem ficarei realizada por saber que a vida lhe deu o que merecia.

Ser plenamente feliz.

Mas confesso que oro a Deus que me deixe faze lo o homem mais completo deste universo, pois desejo te lo ao meu lado com seus defeitos e suas qualidades. Seu olhar de moleque que teme ser rejeitado, mas que luta de forma brava e ousada pra me conquistar e uma brecha ter pra falar comigo.

Mesmo que ao nosso redor tenha uma centena de pessoas falando parece que no universo todo só existe eu e você. Você faz com que eu viva emoções que almejei e depois descartei, pois julguei ser um tolo desejo (sonho) de uma adolescente que assistiu e leu muitos romances, mas que na vida real as coisas não acontecem como nos contos de fadas.

Você vem me mostrar que não devo desistir, os contos de fadas podem existir, é só permitir a emoção fluir.

Meu coração tem saudades de ver –te mesmo que seja breve ou a distancia seja gigante, ou mesmo de saber que está próximo de mim, mesmo que não esteja na minha presença.

Saudades eternas de ti....

Beijos calorosos.... Sua donzela que esperou a vida toda pra te encontrar...

Ps: venha logo me buscar...

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças...

Fiz mudanças na casa,
Apaguei as lembranças
Que restavam de ti...
Troquei vasos de plantas
Que não mais respiravam
Que somente exalavam
Teu olor por ali,
Das paredes, os quadros,
Que sorriam, zombavam
Do amor que sofri,
Removi, escondi,
Me esforcei pra abolir
A dor de dentro de mim...
Na gaveta, os guardados,
Bilhetes de amor confessado,
Palavras engasgadas, que depressa cuspi...
Peguei tua bagagem
(Controlei minha dor),
Dentro dela o passado
Mandei por elevador...
Mas no espelho, até quando,
A brilhar qual néon
Manterei feito um mantra
“Eu te amo”, escrito com batom.

Carmen Lúcia

Foto de Dirceu Marcelino

O MAR - Soneto de Salvamento - DUETO

Eu já passei por essa experiência,
Quando entrei num mar tempestuoso
Nadei, nadei, nadei... pedi clemência,
A Deus uno e único poderoso.

Aprendi então a ter muita paciência
Pois, consegui sair do mar revoltoso
E hoje tenho fé, amor e consciência
De que só Ele é nosso pai glorioso.

“_Sim, meu amigo. Te vi desperado,
Mas foi a fé, em Deus Misericordioso,
Que te trouxe aos meus pés desmaiado.

Esqueças de vez os sonhos tormentosos,
Deixes os maus sonhos do passado
Pense agora apenas em dias gloriosos”

Foto de Dirceu Marcelino

O MAR - Meu salvamento - DUETO - VANESSA BRANDÃO e DIRCEU

(Vanessa Brandão )
Em um lado deserto
Daquela linda praia.
Sentada na areia,
Admirando o mar,
Avistei alguém dentro dele.
Que tentava sair,
Mais não conseguia
O mar que antes estava com as ondas tênuas
De repente se tornou agressivo.

Ao olhar bem percebi que era um lindo homem
Tentei pedir ajuda
Mais não havia ninguém
Fiquei sem saber o que fazer
E mesmo que eu quisesse
Não poderia salvá-lo
Pois não sabia nadar.

Me vi enloquecida
Pois queria muito ajudar
E nesta hora lembrei
Que existia em mim
Uma força muito poderosa
A fé em Deus.

E foi nela que me apeguei
Para retirar o homem do mar
Aquele homem que estava desesperado
E que aos poucos perdia as suas forças.
Percebi que as correntes marinhas,
Formavam um círculo na baía,
E com os braços fui indicando
E ele foi nadando,
De acordo com aquela orientação.
Foi da praia se aproximando
Até que no local em que as ondas se quebram
Seu corpo já entregue foi levado
Por uma das grandes ondas

Que o jogou na areia

Justamente aonde eu me encontrava
Olhei pra baixo e lá estava ele
Aos meus pés desmaiado...
Mas vivo...

(DIRCEU)

Poderá parecer mentira,
Um sonho de pescador
Ou delírio de um caipira.

Mas, foi realidade
Eras ainda uma menina,
Mas alguém como tu
Vi sentada na areia da praia,
Observando o mar de longe.
Estendi a minha esteira
Na areia.

Queria chamar-lhe atenção:
Fiz algumas flexões,
Olhei-a mas ela não me via.
Não deu bola.

Adentrei na água,
Passei os arrebentos das ondas,
Mergulhei.

Virei-me ná água
Não sei mais se ela me via
E aos poucos fui adentrando
Mar adentro.
Sempre eu fazia isso
Ia até o farol.

Mil metros, para um jovem
Na época era pouco.
Mas naquele dia,
Não percebera por encanto
Que o mar estava tenebroso
E fui adentrando,
Adentrando...

De repente
Vi que tinha passado o farol,
Era hora de retornar,
Desvirei-me do nado de costas,
E dei algumas braçadas.

De três ou quatro,
Avançaria dois metros,
Mas naquele instante recuei um metro.
Mais quatro ou cinco braçadas,
Avancei meio metro.

Ah! Já fiquei desesperado.
Olhei ao ser erguido por uma onda
Para a praia e vi ao longe só aquela morena.

Não podia gritar,
Nem adiantaria
O marulho do mar era intenso
E então fiz alguns gestos,
No padrão do S.O.S.

Noutro levantar das ondas
Vi que ela desesperada
Levantou-se da areia
E virava a cabeça para todo lado,
Talvez, pedindo ajuda,
Foi quando percebi.

Ela me fazia sinais,
Com os braços,
Em círculos
E comecei
Então,
A obedecê-los,
Seguia a corrente d’águas,
Que eu não podia vê-las
Tantas eram as fortes ondas.

Mas, com certeza, ela as via de longe
E assim, confiei nela,
E atendendo suas indicações,
Comecei a avançar,
Dois metros,
Em forma de um semi-círculo,
Dez metros,
No sentido dos ponteiros do relógio,
Cinqúenta metros,
E via a medida que avançava
Em cada onda que me erguia,
Que ela me seguia,
Andando pela praia.

Passei o farol,
E sempre em círculo,
Seguindo suas indicações
Fui avançando,
Quinhentos metros
E, já podia ver
Que para trás o farol foi ficando
E fui avançando,
Novecentos metros,
Até quando
Sentia
As ondas me elevando,
E quando passavam
Meus pés ia roçando
A areia do fundo,
E não sei quantos metros
Faltavam.
Mas já era praia
E continuei,
Remando...
Não sei
E
Só acordei,
Recobrei os sentidos
Quando a minha frente vi duas pernas
D’uma linda morena e
Ela me olhava
Sorrindo.
Vivi.
E vi que ela caminhou vários quilometros
Pela areia da praia
E foi assim que me salvou.

Se não fosse ela,
Não estaria agora aqui poetando

Por isso te peço, continues,
A vida é assim...

Até hoje agradeço a Deus!

NB. Ontem indicastes o caminho,
Hoje poderei indicar o teu
E, aqui temos muitos amigos,
Vamos nos encontrar
Na Escolinha da Fernanda. Uai!

Foto de Raiblue

Fotográfica (mente)

.
.

Por trás de um retrato
Um passado de voz rouca
Desgastado pelo tempo
Foto em preto e branco
Me olhando da cabeceira da cama
Eloqüente silêncio
Sem emoção aparente
Alma enquadrada
Na antiga moldura
Dos sonhos perdidos
Estrelas adormecidas
Dores aprisionadas...
Num canto do quarto
Você ainda tenta me alcançar
Mas é preciso atravessar
A penumbra que restou
Quando você me tirou o céu...
Sem estrelas
Sua foto agora parece morta
Não há como ajustar
O brilho já passado
Um vídeo desativado
Mas você insiste em existir
Em restaurar a fina película que sobrou
Contrariando os dias
Como uma mágica noite
Na coerência das incoerências
De todos os grandes amores...

(Raiblue)

Poema inspirado no'Monólogo P & B' do poeta Thiers Rimbaud.

Valeu,Thiers!!Que nunca seque essa fonte...onde quero sempre me embriagar...e delirar....sempre...ab surdamente....hehe
Beijos blue,meu lindo poeta !
rai

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