Perigo

Foto de Rosamares da Maia

Porto ou Navio?

Porto ou Navio?
Na vida é muito importante ser porto,
Mas também aprender a ser navio.
E quando a missão parecer pesada,
Usar a sabedoria do mar,
Que aprendeu a acolher os dois desafios.
Chegas e partidas são destinos comuns,
Apenas acontecem num curso natural,
São apenas caminhos que se alternam,
Respondendo as marés das nossas escolhas.
Desencontros, tempestades, calmarias.
Temer o perigo é salvaguarda fundamental.
Mas não ficar preso a ancora é aprender com o mar.
Há momentos em que é preciso ser abrigo, porto,
Porém saber partir, quando for hora de ser navio.

Rosamares da Maia - 24.02.2014

Foto de Carmen Vervloet

Luto

Por que caiu o viaduto de BH?
Erro de cálculo,
material inadequado
por causa de superfaturamento,
ou pressa para deixa-lo pronto para a Copa?
Travessuras da fatalidade
que assume o peso da tragédia
ou prenúncio da derrocada da nossa Seleção?
Duas vítimas fatais e muitos feridos
e feridos também tantos corações...
Os mortos já não correm perigo
e os vivos que transitam por tantas outras obras
feitas com a mesma pressa
para a realização do grandioso evento?
Quem nos garante que elas são seguras
se nem o hexa que parecia coisa certa aconteceu?
Hoje a nação brasileira está de luto,
foram soterradas, por uma chuva de gols,
sua derradeira alegria e sua infinita esperança...
Sustentadas sobre um sonho que não aconteceu.
O que restou foi o receio do que está por vir.

Foto de Arnault L. D.

O sabor da tempestade

Foi durante uma tempestade,
o mundo, louco, em turbilhão
fazendo das coisas brinquedo
e mais difusa a realidade.
Se abrigo, ou prisão, sim e não,
a buscar tudo e tendo medo.

O que foi luz, ou relâmpago?
O que foi palavra, ou trovão?
O toque; um corpo, ou vento?
E o gosto que a boca trago,
um beijo...? Talvez, uma ilusão.
Tudo em meio ao tormento.

Nossa vida, a se encolher,
a um passo ao próximo passo.
Chuva nos retém dentro de nós.
Para longe, os pés querem correr
e pouco penso, apenas faço.
Sou instinto... e reflito após...

Busquei calor, algum abrigo
e seu tocar foi bom, e morno...
Aconchego que encontramos.
Lá fora, chuva e perigo.
O horizonte era seu contorno,
um território que nos damos.

E foi assim, numa tormenta
de encontros sem perceber,
temporal a envolver e tomar,
corpo molhado, alma sedenta,
sem saber, ver o que eu viver,
sem entender, ou sequer parar.

Agora, o céu limpo e claro
e o sol arde em meu rosto.
A chuva se foi, virou rumor,
mas, algo marcou, reparo,
na boca, molhada... um gosto...
de chuva, ou beijo... o sabor...

Foto de Arnault L. D.

Ver fazer-se o amor

Quero a tarde fria, preguiçosa,
esquecer de tudo e ser carinho,
deleitar do corpo, desnudado,
o perfume com cheiro de rosa.
Perder-me e seguir sem caminho;
cabelos, gostos , seios, tudo...

Língua à pele arrepiada a lamber
no toque de um afã mais ousado,
o aspirar apressado ofegar,
o mover das ancas, por prazer.
E o seio rijo pela boca molhado
responder como pedisse o beijar.

Buscar o ventre, coxas, nádegas...
mulher, nua, inteira... e minha,
a estremecer de querer e calor,
a suar de mel a boca que entrega,
para o tato e a língua que aninha.
Abraça-me nas pernas sem pudor.

Toma-me p’ra si e devora-me,
sou parte em si, és parte em mim.
E nem a língua já não sabe a boca
a qual pertence, e se derrame
a caçar sabores, a dizer sim
à fome imensa, divina, e louca...

De lançar-se ao maior perigo:
Ser devorado ao que se abre...
No alcançar-lhe a alma, e esta flor
que se orvalha, a quero de abrigo,
que adentro no desejo que cobre
e entre nós, ver fazer-se o amor.

E em mim, ver fazer-se o amor...

Foto de Danyy Amor Paixao

Amor e paixão

O Amor e a Paixão
Pra mim sentimentos diferentes:
Paixão,, é o que mexe com sua cabeça,, da frio na barriga te faz arriscar tudo, o que tem e que não tem,,
te faz tremer,, chorar,, rir sem noção de tempo e lugar,, te da medo de não sentir novamente tal emoção
medo de perder,, sentimento que te deixa desnublante repleta de afeto e feliz,,você perde a noção do perigo
,, você se envolve profundamente,, fica sensível ao mesmo tempo forte pra lutar por tudo aquilo que você
acha que não pode mas viver sem...
Amor sentimento doce,, esperançoso,, ciente sábio,, o amor e prova que antes você tinha receios e hoje você tem
verdades,, e consequência da paixão,, dos sonhos delírios, e loucuras... Mas ai você já tem ciência de que tudo e diferente
que pra tudo,, tem hora e lugar,, mas ai você já sabe esperar,, você entende que o importante é qualidade e não quantidade
você passa a entender horários e ter respeito,, você passa a confiar pois afinal o que importa e respeito e a confiança
ambos são provas de que somos cheios de carinho... Amor e Paixão ... Danyla

Foto de Rosamares da Maia

Meu amor menino

Meu amor menino

O meu amor é ainda um menino bonito e suave.
Que ri e canta pelas madrugadas de olhos abertos.
Suspira quando a luz desponta anunciando o dia.
Celebra e ama mansamente enquanto amanhece.

O meu amor deita em meus braços dia a fora,
Mas é ele quem me embala, conforta e aquece.
Fala fácil ao meu coração, pois dele tudo conhece.
Seu calor protege minha pele e me afaga a alma.

Meu menino é suave, mas também é homem forte.
Que me trás rosas escondidas no jardim da noite.
Seu coração é pássaro liberto que voa sobre o mar.
Eu sou vela solta ao sol, navegando com o vento sul.

Meu amor tem asas e dentes brancos como pérolas,
Que me sorriem como um presente de pura claridade.
E quando em perigo me perco em sonhos, ele pousa.
Calmamente me desperta e corrigi a rota da realidade.

Foto de carlosmustang

Constrição

Eu espero algum amigo
Que lute comigo
Pela liberdade, deixa eu falar filha da puta ladrao!...
Eu clamo por um amigo

Sou imbecil, ao ordenar
Amigo nao obedece, só rasteja
Ao sentimento do amigo, humilha
Amigo chora pelo amigo

Acorda velho torto
Sua dama ta em perigo
Levanta e anda,

Afasta o amigo do alheio
E deixa ele sem voz
Mudos em castelos, pior

Amigo é perfeito
Fundamentos estilhoes
Amigos ao sempre

Foto de Allan Dayvidson

FUGITIVO

"Assistindo ao filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulin" me veio a idéia deste poema... Ele não tem explicitamente nada a ver com a história, mas basicamente fala da sensação de se um fugitivo que às vezes nos domina e nos impede de fazer o coisas importantes..."

FUGITIVO
=Allan Dayvidson=

Ele pôs os olhos em você,
mas os dois pés na estrada;
Ele corre feito um louco,
um vulto de jeans e camisa listrada;
Qualquer “olá” é um alerta, uma oferta, um perigo iminente;
Sua imaginação e curiosidade tem um caso estranho, criminoso e indecente...

Mas é só um garotinho assustado
que se move, balança e esquiva;
Sempre tão escorregadio e atento,
não importa quantas tentativas.

Detenham aquele fugitivo,
aquele eterno foragido
que está longe de chegar!
Peguem aquele forasteiro,
aquele pequeno encrenqueiro...
não o deixem escapar!

Mas tudo que ele diz,
cada palavra que se joga de seus lábios inseguros
parece um suicida sensacionalista
que curte mais o suspense que o próprio pulo.
O vento no rosto enxuga as lágrimas e tenta deixa-lo a salvo.
Ele morre de medo de dar mais tiros no escuro e ser de novo o próprio alvo.

E ele não aparece nos filmes,
comerciais ou programas de tv
Mas talvez mudando de antenas,
você ouvisse menos estática e mais o ele que tem a dizer.

“Meus medos falam, meus pés não param
e eu não faço idéia de onde vou chegar...
Só mais um pouco, é quase um jogo
e eu não vejo a hora de te deixar ganhar...
Não desanime, somos um time
e sei que só você pode me alcançar...
Pois.. é sua chance... é minha chance!
Por favor, me alcance”!!

Peguem este lábil forasteiro
de coração mochileiro
que não para de acelerar
Procura-se morto ou vivo
este adorável fugitivo...
Não o deixe escapar!
Vai lá...

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Maria silvania dos santos

VIDA DE CRIANÇA!

VIDA DE CRIANÇA!

_ Ser criança, é ser fruto de uma geração, é quem ainda irá multiplicar e forma novas nações... Ser criança é pensar o que criança pensa, é ser feliz independente do que o mundo diz...
Ser criança, é ver facilidade nas coisas difíceis, é ver dificuldade nas coisas fácil...
ser criança, é pensar que a vida é feita só de alegria, é dar cores colorida ao mundo, é transforma-lo em pura fantasias.
Ser criança, é ser imaginário, dar personagens as suas imaginação...
É estar sempre disponível, corre cair na poeira levantar sorridente, corre novamente e brincar de pega, pega, brincar de esconde esconde e dormi debaixo da cama...
Ser criança é ser como as abelhinhas, se lambuzar em mel e se sentir no céu...
Ser criança, é em apenas um gesto, garantir um sorriso adulto...
Ser criança, é ter o coração puro, cheio de inocência, é querer o bem sem se importa a quem.
Ser criança, é trocar lágrimas por sorriso, não ver o perigo e sorri para o inimigo...
Enfim, ser criança, é ter vida de criança, uma vida de alegria, esperança, uma vida de Luz, é a semelhança de JESUS!..

Autora; Maria silvania dos santos

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