Podres

Foto de Arnault L. D.

Carapuça

E a sorrir a velha ideologia
com seus dentes podres
pelo mel e açúcar que sobejou,
moles, pelo tanto que mordia
a encher a boca e os odres
da ingênua fé que roubou.

Mesmo com seu bafo fedido,
a se esquecer da idade
quer soprar ares de juventude
que a muito perderam sentido.
Se pega a paixão da vaidade,
dos que se adonam da virtude.

Da fogueira crepitante do antes
sopra o carvão da obra, lutam
a parecer aceso o já passado.
feito caricatas, debutantes...
Suas musas. senis já caducam,
as ruínas de seu templo sagrado.

Agora ainda a boca banguela
conclama sonhos por velhos ecos
porém, o hoje não mais reverbera.
Feito mania, Toc, sequela,
agarra-se a seus cacarécos:
Vaidades, engano e quimera.

Mas, ainda a ela beijam, os egos
dos que nunca admitem enganos,
que pelo que queriam, seduzidos,
os olhos para o mais tornam cegos.
Não admitem o falhar dos planos,
por seus enormes orgulhos feridos.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Senso Comum - Parte 6

A minha mulher é necropsista.

Ela junta os caquinhos das pessoas. As pessoas, que lhe chegam estraçalhadas, sem vida, aparecem-lhes desfiguradas, desmanteladas, podres. Ela examina os corpos para saber do que a pessoa sofreu, toca-lhes, e imagina como se deu o sofrimento daquele ser que tem ali os seus restos dispostos.

Eu vi apenas fotos, e posso garantir sem diminuir: morrer é uma merda.

Aproveitem a vida. Não do modo que você fazem, disperdiçando o tempo que lhes foi dado gratuitamente. Eu falo do modo grego. A incerteza de um destino maravilhoso, de um paraíso utópico. A busca pela glória, o estudo e a reflexão, o trabalho útil, o compartilhamento natural e humilde. A possibilidade de que talvez Deus não exista, mas a fé, duradoura e firme, de se sentir bem e satisfeito. A consciência líquida. A loucura do amor. O verso. O canto redescoberto.

Se eu morrer amanhã, não morro desenganado.

Foto de Edigar Da Cruz

AMAR E CASTIGO

AMAR E CASTIGO

.Nós acreditamos tanto nas pessoas que nós nos perdemos!!!sem saber, quem é essa pessoa que diz te sentir

que fala que te ama, que te faz mil promessas, mil e uma CENA sem fim, sem explicação fica algo explicito e claro que fala que tudo e amor! Vem desculpa de um lado e do outro tentando um FALSO ENTENDER!

E FATO...ninguém merece tanta atenção assim, ainda mais quando descobre os podres, dessa infeliz pessoa que diz te amar,..te sentir,,,eu tive essa dura reação quando descobri isso,..e tal amargando por dentro, poderia soltar aos cachorros para cima desse mesmo ser!, das injurias e das mentiras todas desencontradas,..quem fala que ama...não diz que você é uma PORCARIA DE PRINCIPE, beleza gostei do insulto aceito a cada frase dita ali! agora percebo que o muita gente nem merece ser , amável errei em acreditar nas pessoas volto a ser que eu era uma pessoa fria com tudo! e com todos vou ser realista e claro daqui pra frente! e reto e

Franco atirador com a vida e cruel para mim e fato estou, na vida mesmo para se FUDE mesmo ! Somente levo pedradas

Atrás de pedradas feito um cão sem dono ! a pessoa que eu

Acreditava ser minha nunca foi ,..brincou de amor e fez de pana cão do seu coração um parque de diversão quando sente vontade de ri vem atrás valeu pessoa nem vou citar vosso nome pois nem compensa, pois da uma coisa por dentro que não e raiva e sim PENA DEMAIS de pessoas assim nada EVOLUTIVAS sempre, inativas aos outros que vive somente o EU olha nunca esqueça o laudo do tutorial da vida...! SÓ SE VIVE UM VEZ somente para te lembra, e a vida e BREVE tudo pode ter vindo ao meu encontro mais a próxima vitima pode ser a mesma que fez isso..e amarga dor desse amor que era tudo ! hoje descubro como e bom ser eu mesmo ! e nunca me prender a palavras..olho o mundo do meu jeito, você nem sabe o que é mundo tem muito que aprender; minha aprendiz de feiticeira do amor! eu descobri

Tudo somente para ti lembra. Esquece de mim agora a BRINCADEIRA ACABOU!

aT: Edgar Da Cruz

Foto de betimartins

O fantasma do hospital pediátrico.

O fantasma do hospital pediátrico.

Era noite o João piorou, o seu câncer alastrava e seu tempo de vida era diminuto o seu caso já era bastante mais avançado, as dores eram muitas e precisava ser de novo medicado. Seus pais, o senhor Alfredo e dona Isabel pegaram no João e arrancaram com ele para o hospital, o seu medico já estava esperando ele, recomendou que fosse melhor internar e vigiar de mais perto.
João fez cara feia, era um menino lindo de olhos verdes, cabeça sem cabelo, mas um sorriso iluminado e franco, era bastante positivo e conformado com a sua doença, às vezes era ele que tranqüilizava a sua mãe. Mala já no carro e foram para hospital oncologia de Lisboa, lá tinham tudo, uma sala, repleta com novidades, desde PC, jogos, livros e até palhaços e pessoas muito simpáticas.
Faziam um bom trabalho, de convívio e auxilio, todos eram simpáticos e o João achou que isso até ia ajudar sua mãe a superar o que vinha ai. Ele sabia que tinha pouco tempo, seu amigo invisível já tinha falado a ele que se preparasse, apenas esperava por ele para fazer a passagem.
Logo lá chegaram, o medico medicou o João e mandou fazer mais uns exames para diagnosticar melhor o estado do João, ele já estava tendo falência de órgãos, seu caso estava mesmo muito mau.
João não era parvo ele lia os olhares das pessoas e sabia o que eles pensavam, sorria e apenas se conformava. Seu quarto era grande, tinha uma cama para sua mãe ficar ou seu pai, olhava para tudo com admiração, mas era muito equipado com maquinas, nada faltava ali. As dores aumentavam à medida que a morfina já não fazia efeito, ele já ficava muito cansado, ele tinha um dom que via o que outros não viam, ele conseguia comunicar com os mortos.
A noite veio e sua mãe adormeceu cansada, ele pode conversar com seu amigo invisível, queria contar as novidades, estranhamente ele o chamou, mas ele não apareceu, nada, estava assustado ele o ajudava a superar o tempo e as dores. A noite já ia alta, eram cerca de três horas da manhã e escutou um riso assustador e um gemido de uma menina, aterrorizada, dizendo:
- Deixa-me, por favor, não faças isso.
Desatando aos gritos, como ela gritava, ele não sabia como fazer, não podia sequer sair da sua cama com os tubos que ligaram nele. Fechou os olhos e pensou no seu amigo com força e pediu a Deus que enviasse seu amigo. Nada, absolutamente nada, que iria ser dele se aquela coisa o atacasse, ele chorou, teve medo, nunca tinha medo, mas naquele exato momento um arrepio atravessou a espinha.
A noite avançava, o silêncio imperava pelo hospital, não se escutava nada e de repente, ele escuta um arrastar de passos, pesados, um cheiro nauseabundo, para exatamente a na sua porta do quarto, o frio percorre seu corpo, queria gritar, não conseguia, a voz sumiu e ficou quieto e dando a impressão que estava a dormir.
A porta abriu-se, entra um palhaço, de aspecto horrendo, mal cheiroso, seus dentes estavam podres e seus olhos esvaiam sangue. Era horrendo, ele caminha em direção de sua cama, rindo de forma assustadora, rindo ele dizia:
- Este aqui vai ser meu, eu o vou levar comigo.
Rindo e maquiavélico, ele saiu do quarto, dando o menino como alma ganha no seu assombroso mundo. Logo ele escutou a voz da menina, chorando e gritando, estava gelado e sem saber o que devia fazer também que ele poderia fazer? Nada estava preso na cama.
A porta se abre de novo e entra uma enfermeira simpática, outra dose para ele ficar sem dor e adormecer, totalmente cansado e sem forças ele adormece.
Entra a luz pela janela do seu quarto, escutando os carrinhos de comida pelo corredor, agitação, vozes, agitação e vida. Satisfeito ele fica agradecido por ser dia, certamente aquela coisa horrenda não o vai chatear, se seu amigo aparecesse logo ele saberia o que fazer.
Na sala estava uma menina linda ainda muito pequenina, teria ai cerca de quatro anos, escutou pela sua voz que era a menina que chorava e gritava. Ela sorriu para o João, nisto ela modificou o seu rosto, ficou pálida, João olhou para onde ela estava a olhar, viu o palhaço horrendo acenando com a sua mão, cheia de sangue. Ele olhou para o João e desatou a rir assustadoramente. Jessica era o nome da menina, desatou a chorar.
- Eu não quero estar aqui, deixa-me ir para casa mama, por favor.
Desolada a mãe ficava sem saber o que fazer ela também estava muito mal já não agüentava mais nenhuma sessão de quimioterapia, já não havia mais nada a fazer, apenas esperar que ela não sofra muito.
João sabia que era naquela noite que algo muito ruim ai acontecer, ele sentia dentro de si, a noite logo veio, sua mãe não parava de chorar, o coração do João estava fraco, os rins quase nem mais funcionavam, os pulmões estavam também falhando, se dessem mais morfina, ele certamente teria falência cardíaca. O câncer ósseo espalhou-se rapidamente pelo seu corpo, a noite estava ficando mais silenciosa, seu amigo nada, sem sombra dele, se ao menos ele aparecesse, poderia o ajudar á Jessica.
Todos dormiam, estava um silêncio pesado, mortal, o ar estava sufocante, o medo invadia seu corpo, de repente escutasse um grito, um grito desesperante, volta o silêncio, que mata. Choros e correria, uma movimentação descomunal, escuta um medico falando no corredor:
- A Jessica, foi forte, apenas não compreendo, ela estava a começar responder ao tratamento e foi-se de repente, estranho.
Desolado ele fica com medo, foi o palhaço e agora sou eu. Olha para sua mãe e afaga seus cabelos, que estava dormindo aninhada em sua cama, ela sorriu dormindo, ele pensa quantas saudades eu vou ter dela e do meu pai.
Um lagrima cai pelo seu rosto, soava a despedida, lembrou as coisas boas e lindas que viveram, com os seus pais, logo tudo ia terminar.
Tudo voltou acalmar, ele queria dormir, mas não conseguia, logo voltou a escutar os passos assustadores, a porta se abre e ele decide não ter medo e lutar contra o palhaço, olhos esvaindo de sangue, voz tenebrosa, o cheiro nauseabundo era tudo o que ele conseguia sentir.
Ele enfrenta o palhaço tenta sugar a sua alma, o menino se defende fazendo uma oração que seu amigo ensinou algo acontece, o palhaço se esfuma e desfaz. Sumiu por completo e estranhamente, ele vê uma luz incrível, dela sai um anjo lindo, era seu amigo invisível, felizes eles, se abraçam e o anjo amigo fala para ele:
- João, tu mereces uma oportunidade, pois superaste a tua doença, foste gentil com os teus pais, foste valente e acreditaste no nosso Pai.
Sorrindo e suas mãos rodeadas de uma luz, uma linda luz verde clara que ele coloca no seu corpo e todo ele começa a vibrar e bilhar como uma magia, uma coisa de anjos mesmo.
Cansado e agradecido ele adormece, logo sua mãe o acorda para ser visto pelo medico, espanto o João estava com os batimentos cardíacos normais. Espantados fizeram exames e verificaram que ele estava curado, completamente curado.
João curou-se e o fantasma tira almas tinha desaparecido de vez, já não voltava para assustar as criancinhas e as levar para a escuridão

Foto de ALAXANDRO

PAIXÃO

PRESO POR PAREDES, PERDIDO EM PEGUNTAS, PENSEI !
PRECISO DE PAZ, PAIXAO ETC. POREM POR PURA
PACIENCIA, PREFIRO PERMANECER PARADO.
POREM PASSEANDO PELA PRAÇA, PROXIMO DA PRIMAVERA PUDE PRESENCIAR PASSAROS, POMBOS, PARDAIS,
PENSEI ! PRECISO PROCURAR UM PAR PICANTE,
UMA PARCEIRA PRA PECADOS PROIBIDOS.
POETA PAREÇO PORQUE POEMAS PRODUZO, POREM PENSO PRINCIPALMENTE NA PRESENÇA DO PERFUME PENETRANTE E PERIGOSO QUE POE-ME PERTO DO PARAISO, POE A PULSAR, PALPITAR PARTES DO POETA PRESENTE; PARECE PALHAÇADA! POIS POSSO PROVAR , PARALISA PARTES DAS PERNAS, PARA O PALPITAR DAS PALPEBRAS; PARE PRA PERCEBER! PODE PARECER PARANOIA, POREM; PRECISO PARAR DE PENSAR EM PRECIOSA PRINCESA, PORQUE PENSEI EM PASSAR-ME POR PRINCIPE, PORTANTO PASSEI-ME POR PATETICO.
POREM PASSEI A PAGINA, PULEI AS PEDRAS, PROSSEGUI PACIENTE, PERALTA , PERDI AS PENAS, PAREI COM PRANTOS, PASSEI DE PROFESSOR PRA PROFETA, POREM PERDI O PRAZER PELAS PALAVRAS.
POSSO PROPOR UM PEQUENO PACTO? PENSE NO POETA PATETICO, PENSE PRIMEIRO NO PEQUENO PRINCIPE, PERDIDO, PRESO, PENSANDO NA PRECIOSA PRINCESA, PRESENTE PERFEITO PARA PARAR O PAVOR QUE PERSISTE EM PUNIR O PEITO DO PEQUENO PRINCIPE POETA.
PENSEI EM PEDIR AO PODEROSO PAI PODER PARA PRENDE-LÁ NA POLTRONA E PEDIR PERDÃO POR PARECER PRETENCIOSO, PERDÃO PELAS PIADAS, PALPITES, PALHAÇADAS, PELAS PERALTICES, POR PARECER PENSATIVO, MAS PERSISTIREI NA POSSIBILIDADE DE PROPORCINAR UMA PAIXÃO PICANTE E PROIBIDA.
PORTANTO! PAGO O PREÇO, PERCO O PISAR DOS PASSOS, PEGO AS POESIAS POBRES E PODRES, PARO, PONHO COM PENA NA POEIRA DA PRIMAVERA DO PASSADO E PROSSIGO PENSATIVO.
O PALCO, A PRATA, AS PROPOSTAS, AS PERGUNTAS, AS PALHAÇADAS E OS PASSAROS EU POSSO PERDER.
PORTANTO A PAIXÃO PROFUNDA NO PEITO PERSISTE EM PROCURAR POR VOCE.

Foto de pttuii

Caleidoscópio

tolos versos,
prenhos de sexo,
falta de senso,
para me cuidar
e desmembrar,..

poema a meio,
frete ou cheiro
a centeio,
de virgem apurada,
enamorada de tolos,
com chuva a cair,
trovões sem sorrir,...

noite de medos fáceis,
inspiração agarrada
a flatulências ocasionais,
faros de anormais,...

para acabar sem o sim,
só de não disparado
e já morto,
para fazer o que se espera,
disto que se assemelha,
a poema semi-torto,
com raíz ecuménica,
para no fim dizer,
que sós somos todos,
mesmo quando para dentro,
restam-nos ovos,
podres ovos de sonhos
reflexos,
e medonhos....

Foto de Jamaveira

Monstro

Monstro

Torpe o momento que louco te dispo
Sirvo a mim banquete de prazer
Lambuzando a tara nefasta
Onde a gula arregala os olhos.
Engulo cada pedaço do teu ser
Pálido de ira engorda a maldade
Sangue escorre entre dentes podres
Aumentando a paixão canibal.
O irreal toma forma do mal
O monstro adormecido agora real
Faz festa colossal
Desvendando segredos bestiais.
No escuro inferno onde escondo
Moldura teu grito de pavor
Aumentando a sede do querer
Desequilíbrio mental gargalha
Dilacera sua presa com amor
Degustando insanidade sem pudor.

Jamaveira

Foto de pttuii

Meretriz façanhuda

um dia, enamorei-me
do grito que fez de mim
a puta menos asseada
da freguesia de dores
contidas,....

dei-lhe um beijo,
em troca do sonho
de que por um abraço,
de que por somas
desnecessárias de afectos podres,

o mundo morrerá engasgado.....

Foto de pttuii

Irritação na púbis

Estavam lado-a-lado. Os pêlos do braço esquerdo dela, enliavam-se com a penugem do braço direito dele. Tinha acabado de aplicar cera, e a masculinidade latente fazia uma pausa,...indiscriminada. Queriam unir tesões. Não sabiam como. Auras de sabor a morango, apostavam que se reconheciam se fizessem sexo anal. O vento encontrava pouso entre a janela de alumínio semi-aberta.
Os caçadores de pérolas de Bizet estavam tímidos.
Embalavam exdrúxulas pepitas de pó que baloiçavam por entre o mobiliário vitoriano de um quarto que nunca se havia rido de ver rir. Baque, dois baques, emancipação de fluidos. Sexo anal fora de questão.Peidar é bom, atenua precipitações, e dizem que dispersa o pó.
Continuam lado-a-lado. Agora as auras engendram pelo menos dois estratagemas opostos para terminar o que nunca devia ter começado. Talvez azeitonas podres em sopa de poejos. Dizem que acidifica a urina, e precipita o desentendimento. Ou os desentendimentos religiosos ancestrais. Para já, banho. Estio com pó, dá sempre irritação na púbis.

Foto de pttuii

Cinco dias

um dia podem ser dois dentes
podres a recuperar,
dois dias são três flores
que perderam cheiro,
três dias mesmo espremidos
não contam para vidas emparelhadas,
quatro dias desconheço
por morrer antes sequer
de me dizer amén,
cinco dias são testamento,
lista de suicídios com molho bechamel,
resisto,
sou só o ourives que luta
por ressuscitar o tempo morto....

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