Pontes

Foto de Carmen Lúcia

Nunca é tarde!

Quero consertar meus erros,
Livrar-me de culpas,
Mostrar arrependimento,
Sincero, verdadeiro,
Não apenas com palavras
Que voam ao vento,
Se perdem no tempo...
Mas através de atos
Que comprovem de fato
A transparente mudança...
Consertar o que estraguei...
O sorriso que não dei,
O carinho que neguei,
A palavra que não disse,
O silêncio que maldisse,
A esperança que não cri,
O consolo que omiti...
As lágrimas que não chorei,
A verdade que olvidei,
A alegria que contive,
A mágoa que mantive,
O perdão que não foi dado,
O beijo nunca roubado...
A primavera que não vi,
O inverno que não vivi,
Os sonhos que não sonhei,
O dever que não cumpri,
O amigo que não abracei,
O olhar que recusei,
O livro que não li...
Os frutos que não colhi,
A coragem que não ousei,
O amor que não partilhei,
O prazer que não senti,
A felicidade que perdi...

Ainda há tempo...
Nunca é tarde
Para o arrependimento...
Deixar falar o coração,
Voltar-se ao mundo e pedir perdão...

Vou atravessar as pontes,
Retratar o que não fiz...
Esquecer em cada canto
O bem que ainda resta em mim
Adormecido pelo desencanto...
Uma centelha de luz,
Que em meu ser ainda reluz...
Mostrar que consigo ser
Antes dos queixumes e da dor
Uma mistura bonita
De saudade, poema ...
...e amor!

_Carmen Lúcia_

Foto de Sonia Delsin

DIA REINVENTADO

DIA REINVENTADO

Era preciso que aquele dia morresse.
Que fosse sepultado.
Era preciso um outro dia.
Um dia reinventado.
Dizer que o pecador se arrependeu do pecado.
Que foi mal amado.
Que teve um sonho.
Ah, coitado!
Devem ser demolidas as pontes do passado.
Deve aquele dia ficar morto, enterrado.
O brilho do novo enleva o dia morto.
E tudo fica em paz.
Pra que chorar ainda mais?

Foto de Sonia Delsin

OS SONHOS SÃO MEUS

OS SONHOS SÃO MEUS

Olho para trás.
Vejo tantas pontes derrubadas.
Posso dar risadas.
Os sonhos são meus.
A eles nunca digo adeus.

Foto de Carmen Lúcia

Labirinto

Rastreio passos por caminhos que perdi,
Procuro inversos entre os versos que reli,
Busco a essência infiltrada na raiz
E a palavra sacrossanta que bendiz...
Percorro livros que clareiem minha mente
Sem encontrar o conteúdo convincente,
Se me aproximo da verdade, ela se esconde
E me afasto sem saber... Ir para onde?
Abro horizontes e não sei o qual seguir,
Construo pontes com intuito de unir,
Se as transpasso, ultrapasso o meu espaço
E vou além de onde precisava ir...
Recorro a Freud, que explode o pensamento,
Que não explica... Replica meus argumentos...
De meu rosário descontei todas as contas
E até meu credo anda descrente de mim...

Já não sei quem sou, como sou, se sou...
Inerte estou, perdida num labirinto
Pintado em minha mente, triste mente
E o coração gritando a confusão que sinto.

Carmen Lúcia

Foto de Henrique Fernandes

SAUDADE DE AMOR

.
.
.

O meu relógio em silêncio da madrugada
Alimenta-se da minha rude insónia imposta
Por uma falta imensa de ti no meu nada
Nas perguntas que faço ao escuro sem resposta
Vasculho meu espaço oco pelo teu toque
Com apenas tua presença nos meus sentimentos
Lamentando tua ausência em estado de choque
E realça desejo de te tocar nos meus momentos
Ao mesmo tempo neste remoinho de saudade
Evolui certeza que desmente esta distância
Que o destino nos proporciona com maldade
Dos impossíveis aos possíveis da consciência
Uma viagem a passo lento na alma que chora
Sem consolo nesta vontade de te amar
Faminto em jejum de conforto que devora
Meu rosto com desejo de agora te beijar
Neste nós longe ao invés de enfraquecer
Fortalece a razão do nosso cruzamento
Num nada frio de agora difícil de viver
Que superaremos após nosso momento
Envergando esperança perfumada de paixão
Um todo de uma reviravolta na nossa vida
Cheia de tristeza acorrentada ao coração
Mas próximos recompensaremos as feridas
Provocadas pela falta imensa de nós
E em breve nossa união brotará das fontes
Dizimando a saudade que dá luto da voz
Findando em amor esta viagem sem pontes

Foto de Teresa Cordioli

Na estrada da vida

Na estrada da vida
(Teresa Cordioli)

Corri por entre ruas e alamedas
Cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador...
Viajei pelas veredas das emoções,
Ao deixar para traz:
Teus carinhos, teus abraços,
Tuas palavras.

E, na corrida da estrada da vida,
Não ouvi meus passos e não vi meus rastros,
Atravessei pontes,
Cruzei fronteiras, pulei precipícios.
Fechei os olhos diante do perigo,
Estava eu tão só, que chorei e que sorri.

A chuva de minhas lagrimas,
Molhavam meus cabelos que dançavam com o vento...
Minhas únicas companhias eram os pássaros,
Que em seus vôos perdiam suas penas ao vento.
E cantavam enquanto eu chorava.

Fiquei parada pensando:
Por que estava eu ali... Ali, tão só....

Neste momento lembrei-me do teu olhar....
Ah, o teu olhar! Este desnudava meu corpo!
Teus beijos, teu cheiro, tudo ficou lá..
Ficaram lá na esquina.
Pedi socorro,
Mas meu grito se perdia num grande eco,
Onde ninguém me ouvia...

Adormeci, deitada em folhas secas
E nos meus sonhos derramei, a minha saudade...
Foi uma espera de muita dor
Porque se eu voltasse, saberia que não estaria,
A me esperar.

Pássaro, cante, cante, cante para eu te ouvir.
Quero ouvir teu canto,
Nesta espera do nada..
Pássaro, voe, voe bem alto e diga a ele:
“ela ainda te ama”

Foto de helo Paulinha

Jardim da amizade !

Como é bom encontrar no caminho da vida flores que alegram o nosso destino, flores que encatam que dao cor a um caminho preto e branco,
flores que tem nomes, nomes preciosos como ha importancia destas flores em minha caminhada, flores que foram cultivadas, com um pouco de lagrimas e outro de sorrisos, flores que sao fortes,
que nos apoiam, que transformam nosso defeito em virtude.
A flores que sao tao raras, tao belas, tao valiosas, como é bom te-las encontrado e ate hoje cultivado-as. Pobres aqueles que matavam suas flores ,que pisavam em suas tao lindas cores,existem trlhas no caminho da vida que sao feitas de pontes , onde seu unico apoio sao as tao belas flores, que cultivamos desde o inicio da tao breve e longa caminhada .
Dedico meus agradecimentos a estas flores que pelo caminho tive a sorte de encontra-las.
Meu jardim tem um doce nome chamado .....
amizade.

Foto de Teresa Cordioli

Na estrada da vida...

Na estrada da vida
(Teresa Cordioli)

Corri por entre ruas e alamedas
Cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador...
Viajei pelas veredas das emoções,
Ao deixar para traz:
Teus carinhos, teus abraços,
Tuas palavras.

E, na corrida da estrada da vida,
Não ouvi meus passos e não vi meus rastros,
Atravessei pontes,
Cruzei fronteiras, pulei precipícios.
Fechei os olhos diante do perigo,
Estava eu tão só, que chorei e que sorri.

A chuva de minhas lagrimas,
Molhavam meus cabelos que dançavam com o vento...
Minhas únicas companhias eram os pássaros,
Que em seus vôos perdiam suas penas ao vento.
E cantavam enquanto eu chorava.

Fiquei parada pensando:
Por que estava eu ali... Ali, tão só....

Neste momento lembrei-me do teu olhar....
Ah, o teu olhar! Este desnudava meu corpo!
Teus beijos, teu cheiro, tudo ficou lá..
Ficaram lá na esquina.
Pedi socorro,
Mas meu grito se perdia num grande eco,
Onde ninguém me ouvia...

Adormeci, deitada em folhas secas
E nos meus sonhos derramei, a minha saudade...
Foi uma espera de muita dor
Porque se eu voltasse, saberia que não estaria,
A me esperar.

Pássaro, cante, cante, cante para eu te ouvir.
Quero ouvir teu canto,
Nesta espera do nada..
Pássaro, voe, voe bem alto e diga a ele:
“ela ainda te ama”

Foto de Raiblue

Alma

Alma

Nos porões
Da alma
Se esconde
A eternidade
Na superfície
Apenas
Os artifícios
Do tempo
Que no seu ofício
De passar
Nos asfixia
Tentando tirar a poesia
Embaçando o olhar
Mas a alma
Que olha por trás da vidraça
É cristalina
E limpa a retina
Insiste em iluminar
Vem de muito longe
De outras vidas
Atravessando pontes
No bonde chamado destino
Buscando saídas
Não envelhece nunca
Sempre se refaz
E como uma mandala
Não termina jamais...

Raiblue

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

POR NÓS DOIS

Por nós dois, assumo riscos
Não pergunto o que virá depois.
Por nós dois, encaro o mundo de frente
Destemida e inconseqüente.
Por nós dois, pego em armas
Vou do Iraque ao Tibete
Na zen violência de quem
Apenas quer amar.
Por nós dois, fico louca
Me alucino pra te incendiar
O fogo insano que arde, aquece
Sem que possa me queimar.

Por nós dois derrubo muros,
Construo pontes, abro trincheiras.
Por nós dois vou pra guerra, sem fronteiras,
e busco a paz que o amor me traz.
Por nos dois quebro correntes,
Sigo em frente, e de repente,
Sinto a brisa arrebatar,
Viajo ao léu, sem saber onde pousar.
Por nós dois viajo o mundo
Vou ao Hades mais profundo
Sem ter medo de sofrer.
Ou perigo de me extraviar.

Por nós dois arrisco tudo
Perco minha identidade
Largo de vez a imaturidade
Pra viver a aventura
De toda vida te amar.

poesia realizada em parceria com minha amiga Beatrice

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