Relva

Foto de Arnault L. D.

Para rimar com amor

Campo vazio e vasto
relva baixa e capim
nasce um broto, traço um rasto
frágil e jovem jardim

Aos pouco se alfombra
e as folhas tomam forma
e a desolação assombra
enquanto se transforma

Já se vê que é uma flor
já se nota um botão
se apressando em primor
a elevar-se do chão

Logo ela se abriu
a mais linda e bela
sob um céu de anil
fez-se espetáculo vê-la

Depois da flor, as sementes
se lançaram a procura
da eternidade jazente
na terra calma e pura

mas só pedras alcançaram
nova flor não germinou
e as sementes secaram
mas, a historia não findou

Pois, na lembrança aquela flor
sempre viva permanece
um “amor perfeito” , um amor
nunca morre, nunca se esquece

Foto de A ciganinha

Mil vezes te amaria

Mil vezes te amaria

Mil vezes te amaria
A qualquer hora do dia
Seria tua mucama
Na relva ou na cama

Mil vezes te reencontrar
Viver a emoção de amar
Sem pressa nem destino
Em total desatino

Mil vezes me contagias
Crio tantas fantasias...
Que sejas meu por inteiro
Venha pro meu paradeiro

Mil vezes viver para te amar
No teu laço me recriar
Como carne e unha encrustar
E desse amor me alimentar

Diná Fernandes

Foto de A ciganinha

Vida de poeta

VIDA DE POETA

Poeta vive de amores figurados.
Sua arma é a caneta e o violão
se inspira nas mais lindas musas,
compõe versos , harmoniza e dá o tom,
a vibração... apenas ele ouve!

Vive orvalhado pelos ventos madrugais
assim como a relva ao amanhecer.

Desenha no branco do papel
seus pecados e devaneios
chora ao ler a sua canção
quando lembra seu amor primeiro.

Nas noites insones
a lua é sua companheira.
Seus versos falam de vidas sofridas,
sonhos interrompidos,
de amores mal vividos...
seus olhos vivem rasos d’água...
Choram quando a sua alma
quer gargalhar!
Cura feridas, aproxima amores
anda de mão de dadas
nos mais belos jardins
com uma suposta namorada.
Assim vive o poeta, mente
fértil como um óvulo, gestando
e parindo seus filhos
chamados ”poesia”, e que às vezes,
ainda lhes são roubados.

E se um dia lhe invade o peito
a maldita solidão,
chora de saudade
abraçado ao seu violão.

Diná Fernandes

Foto de Elias Akhenaton

ALMA CAMINHEIRA


Livre como o vento
Assim é minh’Alma caminheira
Viajando e trilhando longas estradas
Do meu Sagrado destino...

E em minhas andanças tenho
Contemplado alguns fenômenos
Naturais como o Crepúsculo do sol
Se pondo na linha do horizonte
Deixando um halo de Luz avermelhado
Que divinamente
Desaparece...

São prenúncios,
Prelúdios
Místicos
De uma noite serena, enluarada
E encantada...

É o momento de quietude da
Minh’Alma cigana.
E sob o brilho das Estrelas no Céu
Com os cintilantes pisca-piscas
Dos pirilampos, adormeço
Sobre a relva macia...

Tenho sonhos com o VERDE
Esperança da Mãe natureza
Em toda sua plenitude,
Sutileza e beleza...

Sonho com flores e suas
Delicadas pétalas coloridas
Flutuando soltas no ar
E o leve toque do seu perfume
A impregnar o meu sonhar...

E lá está à rosa VERMELHA
Com a sua cor de pura emoção
E sedução
A aflorar todo meu ser
Numa grande paixão...

Ao acordar sinto em meus lábios
Gotículas de orvalho da madrugada
E ao meu lado a rubra flor delicada.
Transformando em realidade
Os meus sonhos de quimera...

No oriente meus olhos vislumbram
O nascer de uma nova Aurora
Um novo dia se inicia
E lindamente principia...

E o sol no céu totalmente AZUL
Mostra-me uma nova rota, uma nova
Estrada a trilhar com
Minha Alma caminheira,
Livre como o vento.

Elias Akhenaton

Foto de Flávia Simplicio

Amor indefinido

Amor é...
Desejo deslavado,
o par encontrado,
o sonho vivenciado,
as cartas molhadas,
por suas lágrimas choradas,
decorrente das lembranças.
doces e amargas.

Amor é...
Acordar de um sonho,
sonhar acordado,
é um olhar traduzindo,
o que precisa ser falado.

É a pureza da relva fina,
o ardor das rosas vermelhas.
É o sonho da menina,
a lembrança das mais velhas.

É a total entrega,
é o refúgio,
é a descoberta
é não saber o que sente,
pois o amor...
Não tem definição certa.

Flávia Simplicio Rodrigues.
Todos direitos reservados

Foto de Elias Akhenaton

VIVER COM VOCÊ É UMA GLÓRIA!

Viver com você, estar com você
É sentir a brisa do mar
Tocando a pele suavemente.
Admirar a vastidão
Do firmamento estelar,
A constelação
Cruzeiro do sul
E contagiar-se pela magia
Do sagrado luar...

É sentir o frescor do ar descendo
Das altas colinas
E o cheiro delicado
Dos lírios brancos vindos
Dos campos silvestres.
É banhar-se pelos raios benéficos do
Sol matutino...

Viver com você, estar com você
É andar nos jardins floridos.
É deixar-se ser enlevado
E impregnado pelo perfume das flores
Viver o momento único
De estarmos apaixonados...

É sentir uma chuva fina passageira
A molhar nossos corpos regando
Nossa Alma, florescendo
Ainda mais a flor do nosso Amor...

Viver com você, estar com você
É subir e descer na ponta de um colorido
Arco-íris reluzente numa brincadeira
De dois corações enamorados,
Eternos apaixonados...

É passear no bosque
Deitar e rolar na relva
E nos beijarmos demoradamente
Alimentando-nos com nossa seiva...

Viver com você, estar com você
É acordar com o canto dos passarinhos
Depois duma noite de intensos carinhos
Prontos para um novo dia
Uma nova poesia...

É o renascer de uma nova flor
Renascer do nosso Amor
Que brota todos os dias
Na chama ardente da paixão
Numa nova inspiração.
Reflexos de uma nova Aurora
Porque viver com você, estar com você
É uma Glória!

Elias Akhenaton

Foto de Carmen Vervloet

Canção ao Luar

Nem sei o que aconteceu naquele dia
A lua surgiu, no céu, silenciosa e plena
Em luar pôs-me em estado de poesia
Embriaguei-me com essência de alfazema!

Caí sobre o tapete relva no jardim,
Entreguei-me flor, alucinada de luar
Formosa, eu me abri em lascivo jasmim
E conjuguei em êxtase e paixão o amar!

Sobre meu corpo quente, um beijo doce,
Carícias e sensações que o vento trouxe,
Nos raios de prata da lua cheia...

Que então me cobria com seu manto
Enquanto você me embalava com seu canto
E minha alma fluía silente em suas veias!

Carmen Vervloet

Foto de jessebarbosadeoliveira27

AQUARELAS DE MIM

Erijo monólitos de mim quando escrevo
Erijo exílios em mim quando escrevo
Erijo céticas catedrais de paz em mim quando escrevo
Erijo no chão de cimento da minha verve
Girassóis do mágico vento quando escrevo.

Faço do silêncio interno
A mais fragorosa música quando eu escrevo
Faço da crédula e velhaca ressonância dos
Corais de zagais modernos
Estro para revelar o sabor malsão de seu mel malévolo
Quando escrevo.

Pincelo alcovas para o vácuo dormir comigo
Quando escrevo.
Pincelo AKs-47 para soçobrar os majestosos castelos da demagoga e harpíaca
Eloquência quando escrevo.
Pincelo uma miríade de pernas sôfregas por cosmopolismo
Quando eu escrevo.
Pincelo heterônimos bidimensionais
Quando escrevo.
Degusto o sol da catarse
Ao pincelar a mim mesmo quando escrevo.

Sou disco bicromático quando escrevo.
Sou relva, revoada e guepardo quando escrevo.
Sou faca cega, lâmina de dois gumes e pedra lascada quando escrevo.
Sou água-viva, letargia e águia quando escrevo.
Sou aquarela sem pais, aquarela sem limiar e aquarela sem medo.
Afinal, quando eu escrevo,
Sou aquarela inerme, aquarela do caos, aquarela indigente:
Sem nome, sem baile, sem lápide, sem brumas ou testamento!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Siby

A menina e o beija-flôr

Ela era uma menina ainda
Nada sabia sôbre o amor
Despontava para a vida
Como um botão de flôr

Pura,sem conhecer ainda
Todos segredos do amor
Sensação jamais sentida
Quando viu um beija-flôr
Voando pela relva florida
Sentiu o mais puro amor
Que aflorava em sua vida

Apaixonou-se pelo beija-flôr
O que mais desejava na vida
Era transformar-se em flôr
E ter o beijo do beija-flôr!

Mas tudo passa na vida
Um impossível sonho de amor
Agora mulher amadurecida
Desvendou os segredos do amor
Segue seu rumo real na vida
Fica o encanto por um beija-flôr!

Foto de Metrílica

Sou teu Campo...Sou teu Prado...

Sou Teu Campo...Sou Teu Prado...

Repousa sobre mim,
Sou teu campo, tua terra;
Mantenha-me aquecida,
Mantenha-me preparada,
Mantenha-me bem cuidada...

Sou teu campo, sou tua terra,
Na espera de teus cuidados,
Deita-te sobre meus prados,
Acaricie a relva que te aconchega...

Cuida-me com tuas mãos,
A terra bem tratada natura fértil;
Vem e planta-te em mim, minha semente,
Cuida-me, para ver brotar, crescer e desabrochar a flor...

Planta-te em mim com todo teu amor,
Planta-te em mim com todo o teu desejo,
Planta-te em mim com toda tua insensatez, toda loucura,
Planta-te em mim profundamente, para que a raiz se torne forte...

Plantas-te, cuidas-te da tua terra, o teu campo,
Venha e faça tua colheita,
A semente plantada germinara, tornara-se botão, tornara-se flor,
E desabrochara com teus cuidados, com teu amor...

By Metrílica ;-* for Anibal Minotaur.

novembro_2009

http://bymetrilica.blogspot.com/2009/11/sou-teu-camposou-teu-prado.html

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