Repente

Foto de Avila Monteiro

A marca do meu batom

Ao beijar minha boca
Ao me olhar discretamente
Ao me encadear com os seus olhos
Percebi mui de repente.

Sorri! Ao sentir o seu abraço,
Me perguntaste o que havia de bom
Eu vi! Respondi meigamente
Tem nos teus lábios a marca do meu batom.

Até hoje procuras essa marca,
Quer um desfecho para desvendar o segredo
Não suporta dentro de ti tanta carga
Que de um sonho virou pesadelo.

Eu também procuro o olhar
Que um dia muito me iluminou
Não é lícito! Precisamos encontrar
A marca, e o olhar do nosso amor.

Foto de ArielFF

Me perdoe, flor

Me perdoe, flor
Por eu ser tão gente
Que quando me feriu o ego
Eu ter necessidade urgente
De partir e devolver o estrago
Que outrora tu me fizeste

Perdoa-me, meu amor
Por eu ser do mar
E de repente descobrir
Que nunca soube amar

Perdoa a mim, por favor
Eu que cultivo plantas
Esqueci que és flor
Mas que tens forma humana
E necessita de mais
Do que eu poderia lhe dar

Foto de ArielFF

Poema de desamor

Este não é um poema de amor
Já que o amor não me cabe mais
Pois este me transbordou
Outrora tudo que fui
De repente se despediu
Sem pedir licença, partiu

Hoje eu sinto saudade
Da vontade
Da ânsia de coisa qualquer
Do encanto de qualquer mulher
Dos braços
Dos afagos
Dos tragos
Da saudade

Foto de Edilson Alves

O NOME NÃO DIZ TUDO

Em um final de tarde, estando eu, a passear pelas rua do Recife, fui atraído por um vendedor de livros. O sujeito começou a me mostrar os livros mais antigo, percebendo o meu interesse, abriu um grande baú, de onde tirou vários títulos.

O titulo que me chamou a atenção foi “ESPALHA BRASAS”de um escritor Paraibano de nome José Cavalcante. Folhei-o lentamente, e dei de cara com os seguintes versos:

Eu sou José Cavalcante
Conhecido por Zé bala
Moço, fui bicho elegante
Velho, foi-se minha gala

Mulher a de pouco siso
Que me chamam de pidão
Eu peço por que preciso
E elas porque me dão.

Comprei, paguei cinco reais por uma obra tão rara, esse é o valor do escritor brasileiro.

Continuei meu caminho, vinte minutos depois, esteva na praça dois irmão, eis aqui um lugar que deveria ser cuidado pensei! Cuidam nada! esses caras querem, é só gastar o dinheiro do povo. Isso eu só pensei, quem repetiu meu pensamento, foi um jovem casal que passava ao meu lado. (até parecia que lia meus pensamentos).

poucos minutos depois, estava assentado em um antigo banco de metal, debaixo de uma grande arvore.

Em vão procurei algum fruto, afim de identificar a arvore, isso mesmo, frutos, só identifico a arvore pelo fruto, e isso não é um principio bíblico, é falta de conhecimento mesmo. Se tem manga, repito: essa é uma mangueira, se eu vejo goiaba, já a identifico imediatamente como sendo uma goiabeira, e da ir por diante.

Não vi fruto, valia a sombra.

Fui a leitura, agora com mais calma, sendo interropindo as vezes, por uma mãe raivosa.

-sai daí menino, deixa o animal quieto!
-mãe, ele quer me morder!

Lia, e absorvia cada pagina!

Eu sou um tipo de animal que não morde crianças. Ou mordo?

Cinco minutos de pleno silêncio. É nesses momentos que me transporto de um lugar a outro com facilidade.

O pensamento cria asas.

Passaria o resto da minha vida ali. Aquele banco de ferro, ou era de bronze? Não sei. Só sei que faria dele o meu mausoléu, tal qual Manoel Bandeira. Percorreria as mesmas ruas. Visitaria aquela criança doente. "Em uma casa, a mãe embala uma criança doente".

Faria uma reforma na "Ponte Buarque de macedo, indo em direção a casa agra" E como Augusto dos Anjos, "Assombrado com minha sombra magra"

Construiria a minha tese em cima dos versos de Mario Quitana.

Todos aqueles que atravessa meu caminho
Eles passarão
Eu, passarinho.

Ou simplesmente releria as ultimas estrofes de Zé Cavalcante:

Eu peço por que preciso
E elas por que me dão.

Tudo seria possível, se não fosse aquele grito, que parecia vir do além.

Cruel, ou Cruel! Vem aqui por favor!

Fui tentado a sair do meu transe momentâneo, e me transporta a vida real.

O grito de alguém, chamando outro alguém, eram insistente, Cruel, ou Cruel.

Fui forçado a me virar. Mais não fiz isso de forma brusca, agi como que estar em câmara lenta, estava mas curioso em saber quem era Cruel, do que, em quem chamava.

Seria algum animal? se fosse, o animal, seria da raça Pit-Bul, sendo assim, seria melhor eu ser cauteloso em meus movimentos.

De repente, passa por me um jovem, não era do tipo negrão, Galegão, ricardão. Era apenas um jovem.

Era magro, muito magro.

fixei meu olhar naquela figura. Seus traços finos, voz suave. No seu andar, tinha a leveza da brisa. Mãos na cintura. Caminhava devagar. Quase parando.

Chega até sei interlocutor, poe-lhe a palma da mão no ombro, sacode a cabeça e pergunta:
-Que queres?

Passavam das seis horas.

Levantei. Sair caminhando lentamente, enquarto pensava:

O nome não diz tudo.

Foto de Moisés Oliveira

De repente

De repente me deu saudade de falar e estar contigo.
Te ver sorrir e me abraçar, ficar um instante comigo.

De repente o curto momento, fica eterno com você,
Me alivia ter te dito, fazer você tudo saber.

De repente meus olhos perdidos, procuram por você.
Sete dias por semana, buscam pra te conhecer.

De repente me vejo bobo, sempre a pensar em ti.
Treino o momento do encontro, repito a me consumir.

De repente escrevo cartas. Leio o jornal que antes não lia.
A noticia estava velha, minha atenção não merecia.

Sem rancor ou dor de culpa, só você pra me entender.
Te convido a falar muito, te escuto até anoitecer.

Sua fala muda a frase, tudo faz mais sentido,
Despertas o poeta imaturo, antes adormecido.

De repente da dúvida extraio o fato mais exato.
Duas vidas que se cruzam, nada além de um fato.

De repente me encontro pronto, querendo te conhecer.
Mas sua cabeça, nada mole, não deixa nada acontecer.

Foto de Arnault L. D.

Faz de conta

E lá vamos nós, de repente
cometer os mesmos enganos.
Tendo a coragem insciente
mesmo não sendo inocente.
Novos os erros, velhos planos,
e o mundo novo novamente.

Pois, somos agora novatos
tais iniciantes calouros,
a encher a boca de doce,
da vida, a encher os pratos...
Temos na cabeça os louros,
heróis pelo medo que fosse.

Dos guardados que sabiamos,
não mais nos servem de destino.
O futuro foi só iniciado,
ao inexplorado arriscamos...
Me reinventei um menino
adiante do inesperado.

Por hora, amada criança,
iremos passar por adultos.
E quem sabe, crescer de novo,
no concretizar da esperança
de dar tudo certo, e ocultos,
brincar de esconder entre o povo.

Foto de Carmen Lúcia

Escrevo?

Escrevo...
a folha em branco me impele
provoca-me
convoca-me
remexe meus neurônios
os sentimentos à flor da pele
quer que me revele
que me rebele
trace recônditos da alma
a ansiedade que me transtorna
o momento em que me encontro.
Palavras se difundem
confundem as emoções
debatem-se em confronto
emudecem as razões.

Escrevo...
um emaranhado de letras
embargadas na mente,
de início, incoerentes,
mas que ganham sentido
de repente
à medida que descrevo
a verdade (in)contida
a palavra que não digo
o silêncio que consente
em calar o que sinto.

Escrevo...
no papel em branco
- meu cais-
onde aporto meu barco,
onde choro meus ais
onde volto e parto
e o branco do papel já não é mais
molhado e pardo
descreve a neblina
de pranto e de mágoa
expressa o que quero
o que grava a minha retina
mas que nunca revelo.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Roma

Apenas um sopro de ar
e de repente. ela voltou;
no perfume, que veio brincar
de burlar o tempo que passou.

Involuntário rompante
somei ao ar toda extensão,
saudade, e naquele instante
só ela em mim, fez clarão...

E veio assim, de surpresa,
a memória tal fosse agora
num átimo, sem defesa.
O dia perdeu a hora...

Suspiro, desperto ao aspirar;
o olor, acorda o que sonhei.
Ancorar um navio no ar...
um navio, e o mar que afoguei.

Bebendo a brisa embriaguei
no cheiro e gosto, partes, grei,
que do amor também guardei.
O perfume, seu perfume, sei.

Foto de Fernanda Queiroz

Vim dizer que te amo

Na penumbra de teu quarto
Teu corpo estendido na cama
Desarmado e indefeso
Jaz entre os lençóis amarrotados
De semblante inalterado
Teu rosto amado
Um pouco nublado
Da sombra azulada
Da barba por fazer
De olhos fechado
De riso calado
Teu perfume no ar
Um eterno inebriar
Teus cabelos se espalham
Em contraste ao branco suporte
Que ampara pensamentos
Adormecidos
Ou sonhos vividos
Entregue
Suave
Estás tão perto
Posso estender minhas mãos
E acariciar tua mente
Mais que de repente
Contornar a tua face
Tornear os lábios teus
Afagar os teus cabelos
Percorrer com os dedos meus
Fazer viver a esperança
Que perpetua na lembrança
De teu rosto e o meu
Sussurrar em teu ouvido
Sem dor ou sem gemido
Frases que ocultei
Dizer que me libertei
Das algemas do passado
Que quero viver a teu lado
Que para sempre serei
Mais verdade que sonho
Mais refugio que fuga
Mais abrigo que adeus
Dizer que te amo mil vezes
Olhar nos olhos teus
Mas você está dormindo
Ou é mais um sonho meu?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Ayslan

Amor para sempre

Os dias se passam e sinto que as horas são curtas ao teu lado
Hoje percebo que tenho menos tempo quanto um dia tiver
para te olhar e te fazer sorrir para dividir em tempos curtos, pausas
breve de beijo a beijo apreciando cada segundo...
Nossa distancia tão perto nos distrai
E todas as frases ditas criadas em tua ausência
São contidas retidas em distrações casuais ou obrigações
Hoje resolvi escrever o não dito talvez esteja um pouco misturado
fora da ordem de repente pode encontrar um “Eu te amo” fora do contexto
Mas sei que vai entender se não você mais ninguém pode decifrar essas palavras
Tempo esse que passa tão rápido não envelhece minhas palavras
Que refletem o passado e futuro o amor de agora expresso aqui mesmo que
Um dia se desfaça vai existe basta você procurar o que um dia foi dito
E sempre que estiver lendo “Eu te amo” vai ouvir, vai sentir esse amor impresso
Bom meu coração acelerado não me deixa desfaçar ou adiar mais
O sorriso não contido em cada verso entrega minhas intensões
Minha estrela escolhi chama-te assim de todas os outros mil apelidos carinhoso
Esse é tão seu merecido basta olhar em teus olhos para rapidamente encantar-se
Eu posso mais eu posso sentir teus abraços logos e carinhosos
Eu posso te ver e ouvir dormir sim ouvir dormir, deixe que se perguntem que fique
as interrogações que não compreendam é você que vai saber o que quero dizer
E se tudo um dia tende acabar minhas palavras não iram “Meu amor também não”
Já tenho algo jamais será esquecido mesmo que não lembrado foi dito
Ao vento e vai percorrer os quatro cantos ate quando houver vida
Pode ouvir?
Vai sentir
E quando pensar em me e sorrir
Sim eu estarei dizendo
- Eu te amo Priscila

By: Renê Ayslan

Páginas

Subscrever Repente

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma