Rock

Foto de Sonia Delsin

OS DOIS PRATOS DA BALANÇA

OS DOIS PRATOS DA BALANÇA

Adoro o silêncio. Minha alma com ele se delicia.
Adoro ficar quietinha observando o vôo de um colibri.
Adoro adentrar nas matas silenciosas.
Quando uma ave interrompe o silêncio de forma prazerosa sinto grande alegria. Como se eu fosse parte integrante do ecossistema.
Gosto das minhas horas quietas, quando medito, quando fico simplesmente a olhar uma estrela que desponta.
Amo observar o sol nascendo, se pondo.
Como gosto de ficar à beira de um lago olhando a água. E as cachoeiras então! E o mar!
Já contei tantas vezes que sou apaixonada pela lua. Que adoro andar pelas ruas. Tudo olhando, tudo observando.
Procuro lugares quietos quando minha alma pede silêncio. Mas também há horas que precisamos do barulho. Gosto de rock, mas tudo a seu tempo, sua hora. Gosto muito de dançar e estar numa danceteria ouvindo belas músicas.
Penso que quando ficamos em silêncio temos um encontro conosco e quando estamos em meio ao burburinho temos um encontro com o mundo.
Precisamos de ambos para estarmos equilibrados.

Foto de Carmen Lúcia

Paisagem urbana(modificada pelo homem)

O sol começa a se espreguiçar.
É a rotina...São dez da matina...
Embaçado, pretende acordar a manhã,
iluminar a estação...Primavera?
Tão linda ela era...
O céu se acinzenta...
Nuvens?Não!Fumaça!
Fusão de azul e petróleo
sobre veículos e pedestres apressados...
Odor de óleo queimado...
Som estridente, alterado.Rock and Roll?
Não!Buzinaço a todo vapor...
Barulhos de trens do metrô...
Agitos do vai e vem...
Luta do dia-a-dia!
Pela sobrevivência...pela conveniência!
Alguém ainda dorme no banco da praça.
Cachaça?Acordar?Não tem graça!
Algo surge no céu, sem escarcéu...
Não é nave espacial...
É a lua prestigiando um luau.
(saudade dos velhos saraus)
Pontinhos cintilam fraquinhos...
Vaga-lumes?Não!Estrelinhas!
(nas entrelinhas)
Querem dar o ar da graça!
Coitadas!Tão sem graça!
E o corre-corre continua...
Agora a paisagem é crua e nua!
Luzes incendeiam bordéis...
E os sonhos?Vendidos aos tonéis!
Casas noturnas, peças teatrais...
Encenam vidas reais...
Travestis e prostitutas disputam locais,
esquinas se enchem de marginais...
O êxtase excita, alucina,
domina atitudes tribais, canibais...
Poetas observam, perdem-se em rimas...banais.
Um barzinho, um cantinho e um violão...
Um estampido, um grito, sirene e furgão.
Numa igreja, louvores e cânticos,
nos cantos, clamores do sexo,
e toda a fé perde o nexo...
De repente, um seqüestro-relâmpago...
Nas casas, noticiários na televisão,
em volta, grades de prisão!
Uma coruja espreita, assustada...
Espera o dia surgir
pra dormir...sossegada(?)

(Carmen Lúcia)

Foto de diana sad

Eu quero, eu posso conseguir!

Eu quero, eu posso conseguir!

Eu não quero muito
Só a chance de poder olhar para fora
Desse mundo louco que apavora.
Eu te conheci e gostei
Tive chance e fôlego pra pular fora
Mas, algo brinca e te faz caminhar em câmera lenta,
Pras decisões praticas da vida.

Eu quero domingo no parque
Segunda sem preguiça
Futebol sem briga
Crença pela vida
Eu quero rock e energia
Eu quero esquecer minhas frescurinhas
Eu quero gente e gente
Eu arroz e feijão
Eu quero café e pão

Eu só quero te esquecer por um segundo apenas

Faz tempo que não lembro o que é esquecer de você
Se dormiu se acordou
Se sorriu ou se chorou
Se está de bom ou mau-humor
Se o trabalho deu resultado ou foi um saco
Se vai aparecer ou me deixar na mão

Eu só quero te esquecer por um segundo apenas.

Eu quero inverno, verão, outono e primavera.
Eu quero acreditar que vamos sair ilesos dessa
Eu quero ter sorte pra ver meus filhos nascer
Eu quero acreditar em cada passo que eu der em
Busca da felicidade.

Eu quero só te esquecer por um segundo.

11/06/08

Foto de diana sad

Eu quero, eu posso conseguir!

Eu quero, eu posso conseguir!

Eu não quero muito
Só a chance de poder olhar para fora
Desse mundo louco que apavora.
Eu te conheci e gostei
Tive chance e fôlego pra pular fora
Mas, algo brinca e te faz caminhar em câmera lenta,
Pras decisões praticas da vida.

Eu quero domingo no parque
Segunda sem preguiça
Futebol sem briga
Crença pela vida
Eu quero rock e energia
Eu quero esquecer minhas frescurinhas
Eu quero gente e gente
Eu arroz e feijão
Eu quero café e pão

Eu só quero te esquecer por um segundo apenas

Faz tempo que não lembro o que é esquecer de você
Se dormiu se acordou
Se sorriu ou se chorou
Se está de bom ou mau-humor
Se o trabalho deu resultado ou foi um saco
Se vai aparecer ou me deixar na mão

Eu só quero te esquecer por um segundo apenas.

Eu quero inverno, verão, outono e primavera.
Eu quero acreditar que vamos sair ilesos dessa
Eu quero ter sorte pra ver meus filhos nascer
Eu quero acreditar em cada passo que eu der em
Busca da felicidade.

Eu quero só te esquecer por um segundo.

11/06/08

Foto de diana sad

¨*sou eu¨¨*

Ter coragem de olhar a vida olho no olho
Sorrir e com ela brigar
Namora-lá e confiar
Chorar e cantar. Com a vida casar.

Eu creio em mim
Em algo maior
Vejo meu valor e dos meus irmãos
Sou ferro e fogo
Sou ar e solidão
O bem e o mau
Sou eu...
Do que o vizinho diz bossa até o carnaval
O meu sangue tem nome é rock
Eu amo alguém
Mais ainda no amor não tive sorte
Um dia eu cantarei pra você
Em versos simples teus olhos
Da forma que eu os vejo
Cantarei a sua boca da forma
Que eu imagino seus beijos

Enfim sou eu...
Tentando confiar na vida que deus me deu
O poeta escreveu
O que aos poucos sem saber leio e sem entender às vezes
Eu teimo, sem saber que cada estrofe tem o seu por que.

Ter coragem de gritar o amor encravado dentro do peito
Dar e receber respeito
Olhar olho no olho o sujeito: ser humano
E fazer de minhas vontades o meu ritual
Ri do que eu achar extremamente necessário
Chorar sim mais só pra aliviar...

Foto de Henrique Fernandes

ORQUESTRA DA VIDA

.
.
.

Ao longe um som de violino acompanha o meu olhar
Pousando leve como uma pluma no horizonte
Suspiro confiança como quem tecla um piano no escuro
Produzindo sons afinados para que rimem com a vida
Um violão tocado lentamente por de trás de uma nuvem
Traduz a falta solar que compõe a minha tristeza
Censurando a limpidez dos meus sentimentos escondidos
Entre um rufar de tambores num longo silêncio quebrado
A vida é orquestra de dias fonéticos em tempo maestro
Um musical por avenidas reféns do passado
Iluminadas por esperança ao toque alegre de um clarinete
Fazendo os reflexos da alma saltarem em notas soltas
Num sorriso que sopra timidamente o saxofone da certeza
E uma harpa cantante faz-me deslizar atento até amanhã
Em sinfonias relaxantes de rosas que bailam no meu peito
Perfumado de amor lembrando de como é bom estar vivo
Paixão é jovem cantora que interpreta o meu personagem
Encenado por um elenco de emoções aplaudidas pela alma
Um rock and roll suave misturado num clássico estrondoso
O tempo maestro não se cansa de ser director musical
E a orquestra da vida passeia de mão dada com o destino
Saído do Sol nascente que iluminou as grutas sombrias
Com sintonias de amor e narrativas verdadeiras
Recrutando novas melodias para a minha dança de gente

Foto de Amuika

A moda antiga.

Quem não sou, acho que me perdi.
Ainda continuo com o mesmo nick,
Às vezes uso os Msn’s antigos,
Rezando pra você está lá.

Não possuo mais orkut
E tanto faz se não consigo amar.
Ah, comecei a falar de amor.
Ele sempre me surpreende quando penso em você.

O repertorio musical mudou novamente.
Não escuto rock, pop, eletrônica.
Perderam-se os motivos de alegria.
Ah, comecei a falar de tristeza.
Sempre vem, quando penso em você.

Lá vem um outro amor,
Não sei quanto tempo irá durar.
Um mês, um ano, mas irá acabar.
E logo a frente vem o outro.
Se penso logo no próximo,
Porque volto sempre pro passado?

Onde está você,
Minha canção inacabada?
Onde está você,
Minha primavera com flores?
Onde está você,
Para que eu possa me acha?

Se tão futurístico é meu poema,
Cheio de tecnologia, e velocidade,
Por que ainda penso em bater na porta da sua casa com um buquê de flores?
Recitar um poema de amor,
Sem dor,
Perdão...

Será que esquecemos de combinar de não nos encontrarmos?
Se for num bar, quero logo te encontrar,
Na boate, arrumo-me toda, pra você não se decepcionar,
Mas no fim, acabo com um copo vazio,
Num canto, sentada, sentindo frio...

Se de longe vejo alguém parecida com você,
Tremo-me toda, com a esperança de ser.
Ah! Se eu conseguisse chorar,
Seria mais fácil,
Quem sabe, desabafar...

Mas tenho apenas isso,
Um poema, rascunho,
Um teclado, um Word barato,
Pensamentos que não se acabam.
Estou me esquecendo seu nick,
Da sala de bate-papo...

Foto de Civana

Chegando aos "enta"... (Escrito em 7/09/2002)

Faltam nove dias pra passar dos "enta"... Como será isso? Olhando no espelho não ocorreram muitas diferenças, alguns pequenos traços de mágoas do tempo. A cabeça, embora lute incansavelmente com as deprês do dia a dia, está muito boa. Lembranças tristes insistem em marcar presença, mas as boas quando querem ser lembradas superam qualquer expectativa.

Vivi muito? Não sei, acho que não. Talvez metade do caminho, pois tenho muita sede de viver ainda! Posso até dizer que vivi muito, quando vejo mulheres na minha idade que não conheceram, nem experimentaram metade do que eu tive oportunidade. Vivi muito porque fui ao Rock In Rio I. Vivi mais ainda porque pude recepcionar todos os grandes cantores que fizeram parte daqueles dias mágicos! Na época trabalhava no Aeroporto Internacional do RJ.
Vivi a loucura da Madonna e o delírio dos Rolling Stones no Maracanã! E voltando pra muito, muuuuito tempo atrás mesmo, vivi no mesmo Maracanã o show escandalizante do Kizz! E muitos outros que não deixei de comparecer, como Aerosmith, Bon Jovi, Titãs...Sempre Titãs! Discoteca? Sim, freqüentei muito!!! Inclusive a que ficava no Pão de Açúcar, que vista!
Futebol? Não ligo, sou Fluminense e nem lembro. Mas época de Copa do Mundo enlouqueço, viro outra pessoa, brigo se ficarem na frente e discuto os passes com meus irmãos, rs. Que santo é esse que baixa, ainda não identifiquei.

Enfim sou um ET? Não, tenho 40 anos e amo música, dançar, caminhar, falar, rir... Nossa, esqueci como eu gostava de rir! Era chamada pelos colegas no trabalho como a felicidade em pessoa, contagiava todo mundo. Estranho, essa "eu" se perdeu no caminho. Ahhhhhh... Não podia esquecer disso, até uma música fizeram pra mim, foi o Ronaldo Monteiro, o mesmo que compôs "Madalena", cantada pelo Ivan Lins no Festival da Canção. Nossa, que festivais no Maracanãzinho! Não me esqueço jamais da voz do Oswaldo Montenegro ecoando por todos os lados com "Agonia"! E o "Planeta Água" de Guilherme Arantes? Ai Ai... Onde foram parar nossos festivais? Onde foi parar nossa música?

Ops, volta a fita muié. A tal música que falei do Ronaldo, foi porque num verão em Arraial do Cabo eu o conheci junto com um grupo de amigos, cheguei a namorar um dos amigos dele. E a tal música acho que foi uma brincadeira dele com a gente. Nem imagino o nome da música, uma vez me falaram que era "Vida de Marisco", mas não tenho certeza. Nem muito menos sei quem gravou, pois fiquei sabendo dela quando cruzei rapidamente com ele no Aeroporto, numa de suas viagens. Uma pena, queria ter escutado... Gente, parece hora da saudade, mas os verões em Arraial do Cabo eram maravilhosos! Ai bateu uma tristeza... Fui pegar o cd do Oswaldo Montenegro e estou ouvindo Bandolins.
Bom, amanheceu o dia e nem dormi. Bom dia dona Insônia e Beijos pra vocês!

(Civana)

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de andrepiui

Na Lata...

Um coroa muito louco
Cruzou o meu caminho
Com um cachimbo pindurado na boca
Chegou pra mim e disse filho
Esse mundo é uma doideira
Muitas minas eu já lasquei
Cabaços e bebedeiras
Todos os baseados eu já fumei
Eu sigo uma estrela
estampada no horizonte
Rock n roll a noite inteira
Quando acordei estava longe
Longe de minha casa
curtindo com uma gata
Em noite de lua cheia
Uma sereia me enfeitiça
e me leva pra casa
Quando chegamos em sua casa
Ela estava menstruada
E queria que eu ficasse na lata...

Na lata não ficarei,
Na lata não vou ficar
Venha linda sereia
pois de corpo e alma
quero lhe penetrar

A festa rolando a noite inteira
No fundo desse lindo mar
Peixe agulha piaba boi
Tubarão golfinho e baleia
Um enorme carangueijo
aparece para me falar
Com seus enormes tentaculos diz
O presidente eu quero matar
Chega de tanta corrupção
Marginalidade escola de ladrão
O bem e o mal se encontram
Dando uma nova cor a esse mundão
O coroa sentado na esquina
Com sua viola seguia a cantar
Na lata não ficarei
na lata não vou ficar
Venha linda sereia
pois em suas veias corre uma droga
que eu nescessito para respirar...
(André dos Santos Pestana)

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