Simples

Foto de Sonia Delsin

POEMA LEVE

POEMA LEVE

A vida é breve.
O meu poema deve ser leve.
Ele quer contar de algo que está me estrangulando a voz.
Oralmente eu não diria.
Mas posso contar numa poesia.
Estou mais apaixonada a cada dia.
Sinto que minha vida não é mais vazia.
Quem diria?
Quem diria?
O que estava em preto e branco tu com teu jeito simples está colorindo
Me pego rindo...
De mim, do mundo.
Tudo muda numa fração de segundo.
Não sei se o poema tem a pretendida leveza.
Mas o que estou sentindo tem beleza.

Foto de Drica Chaves

Mais você

Eu sou assim,um tanto você e um pouco de mim.
Às vezes procuro uma forma de buscar
Algo que me faça acordar
Da sua magia,melancolia
Que faz sonhar.
Traz agonia,força que se desfaz
Quando encontro seus olhos.
E neles se esclarecem todas as dúvidas
Mais sentidas,mais contidas
Consigo arrancá-las,desvendá-las
Para vir,enfim
Uma vontade devoradora de ficar
Perto de ti,viver,sentir cada instante...
Um passo à frente da luta
na labuta
De uma maneira simples
Inconsciente,reluzente
Até sentir novamente
Mais você e menos de mim.

Drica Chaves

Direitos autorais reservados.

Foto de Sonia Delsin

ALEGRIA DE VIVER

ALEGRIA DE VIVER

Não deixe que a ferrugem
corroa sua alma.
O efeito do tempo...
Aprenda a ver o sol nascendo.
Ele se levanta majestoso.
É pura beleza e promessa.
Não deixe que as dores do viver lhe tirem
o encanto.
Esqueça o pranto.
Sorria.
Abra os braços.
Gire, rodopie.
Com a vida se contagie.
Embriague-se com a simples beleza
da natureza.
Os pássaros são tão livres
na amplidão.
Nossa alma na imaginação.
Procure alegrar seu coração.

Foto de Henrique Fernandes

PARA SER HOMEM DESSA MULHER

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Exibo-te nas minhas mãos um estojo
De confiança que alegram o dia-a-dia
Os sinais do tempo são potentes e intensos
Quando a alma está decorada de motivos
Elevados de satisfação e bem-estar próprio
Surgindo sorrisos verdadeiramente reis
Dando a conhecer o que de melhor há em nós
O tesouro de auto estima sem esconderijos
Nobremente elevada com elegância de amar
Um charme em sintonia com os sentimentos
Inspirando a vida com os poderes da alegria
Um ex-líbris que consagra juventude eterna
Com o brilho no coração de uma mulher
Transformada numa verdadeira Deusa
Uma musa com postura sensual e elegante
Uma jóia soberba que retrato com amor
E faz das minhas letras pepitas de ouro
Que sem mistério deslumbro no meu poema
Envolvido entre a verdade do que sinto
E as fantasias com loucura sã de poeta
Confessando a minha consciência apaixonada
Num sumário vivo que escrevo na pele
De uma qualquer folha em branco requintada
Pelo relevo dos sentimentos que assino
Realçando a expressão desta paixão adulta
Que combina com o amor que recebo
Deixando de ser um simples homem
Para ser homem dessa mulher

Foto de Marta Peres

Mulheres

Mulheres

Ah! Essas mulheres!
Gentis, serenas, louras e morenas,
mulheres vãs, sentimentais, mulheres
divinas, deusas magistrais de vetusta Atenas!

No medo de serem fracas se fortalecem,
No amor, tornam-se vulcões em erupção,
ardentes, vibrantes, sensuais, pacatas...
Mulheres! Ah! Essas mulheres!

Mulheres que arrebatam, surpreendem,
mulheres feiticeiras, faceiras, mulheres que
fazem acontecer, feias ou bonitas,
apenas mulheres, graciosas, geniosas...

Todas elas encantam, têm encanto e doçura
por mais simples que sejam, mulheres que escondem
a dor, fingem dentro do sorriso guardando a mágoa
no peito, chorando a sós o lamento!

Marta Peres

Foto de Paulo Gondim

A morte do operário

A MORTE DO OPERÁRIO
Paulo Gondim
09/03/2008

Um fato qualquer. Sem importância
Assim foi a morte do pobre operário
Até houve um choro natural
Dos primeiros minutos
Das primeiras horas
Nem um dia se completou

No dia seguinte, a realidade.
Morto pobre não deixa saudade
Para os filhos, a liberdade
Que antes já tinham, contra sua vontade
Por muito desprezo, falta de respeito
Era o que recebia, na vida sem valia

A mulher, no seu jeito sempre roto
Nem chorou. Nem simulou
(Acho até que festejou...)
Marido bom é marido morto!

E viverão, filhos, netos e a esposa ausente
Que mal no velório se fez presente
Da minguada e escassa pensão, mas viverão
Será mais simples a divisão
Sem o marido, sem o pai, sobra mais ração

Sobra mais dinheiro no fim do mês
Viverão melhores, na sua pequenez
Enganados, acomodados na sua mesquinhez
Vão viver à custa dessa mísera pensão
Improdutivos, até que gastem o último tostão

Foto de Bira Melo

SÚPLICA PÓS MORTIS

Se ao acaso o irônico destino,
Ou a mera fatalidade do viver
Trouxer hoje o janeiro do meu ser
De uma maneira inesperada
Não quero choro, nem risos, nem nada
Não quero vela, nem o pranto mudo
De uma gazela desesperada.

Flores... Para que se não há mais nada?
No meu esquife, não há mais necessidade
Pois que a matéria ali repousada
Não carece de ser decorada.

Sei que gostas de flores perfumadas
E eu, do simples, das flores e das floradas.
Em vida, somente em vida e mais nada!
Pois que em morte minha, já não gosto de coisa alguma,
Porque tudo tem um sabor de nada.

Tenho medo dos vermes,
Da escuridão da lápide,
Do gelo quente da madrugada
E esse medo faz com que te suplique
Que faças minha matéria ser cremada
E das cinzas: fazei um carnaval, uma levada
A travessia de São Paulo, o Morro
Da rampa do mercado, sairás na madrugada.

E em noite de Lua cheia
Por estrelas guarnecida
A poucas milhas da chegada
Espalha ao vento sobre o mar
Minhas cinzas flamejantes
Que outrora foi bela morada
Desta alma diminuta
Louca e eternamente apaixonada.

direitos autorais reservados. Poema in "Anjinho de Carvão".

Foto de Mentiroso Compulsivo

Mulher(é mais um!)

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Hoje é o dia, parece que tenho que falar!
É mesmo inevitável já não o posso adiar.
Contente fico por haver, num ano, um dia
Para a mulher, que é a mais bela maravilha,
Ainda maior que o universo feito de mar,
Por entre céus e céus em forma de luz que brilha.

Mas agora vamos lá um pouco brincar.
Feliz eu estou por haver para si um dia no ano,
Como é bom o homem, desta forma, assim ficar
Com os restante 264 dias… que grande plano!
Quem criou este dia só nos quis ajudar!
Foi de propósito ou por mero engano?

Não leveis a mal esta maldade sem mal.
Esta invenção foi feita com uma anomalia,
Para a mulher não há apenas um só dia,
São todos os anos desde o começo da vida afinal.
Esta ideia foi só por alguém um dia concebida,
Para tornar uma flor natural em interesse comercial.

Mas eu vos digo, vós não mereceis as flores,
Por mais belas que sejam, elas irão murchar.
Vós sois dignas de ter vastos jardins a flutuar
Deixando em todos os lugares os seus perfumes.
Poderia ficar aqui a devagar uma vida inteira,
E jamais escrevia a mulher na sua forma verdadeira.

Que aborrecido seria para vós afinal este poema,
De tanto escrever e nada conseguir dizer deste teorema.
Assim eu vos desejo muito amor, nesta minha brincadeira,
Feita de modo simples, como vós, à minha maneira.

© Jorge Oliveira 8.MAR.08 (Dia da Mulher)

Foto de JGMOREIRA

AINDA LEMBRAS? I

AINDA LEMBRAS? l
RRR

Talvez ainda tenhas neurônios
Talvez ainda recordes, pense e sonhe...

Quem nos viu não entendeu
Quem viveu foi sepultado
Vivemos em catalepsia
Seremos fetos no formol?
Seremos um pouco de dó em si-be-mol?

Ah, realmente me concebi no teu ventre fértil
Fui algum dos espermas que ejaculas sem prazer
Faço concorrentes na tua memória áudio-visual
Serei teu encontro provocado-casual?

Ah, meu amor, os homens marcham
As guerras se abastecem de almas desvairadas
E nós? Dois bêbados lúcidos a perambular
Sem importância por qualquer lugar
A pensar, queimando os fios do cérebro
A confundir os sistemas gastos
Convencendo nossos espíritos
A convalescer de cada endemia de mágoa.

Realmente já passei dos talvez
Sou fruta madura à espera de solo com ph
Mais propício, úmido, fecundo
Já sou a anciã desgastada que foge calada
Cabeleira alvoroçada

E tu?
Rocha metamórfica
Tumulo descaverado
Alquimista falido
Engenho inacabado
Pecador sem pecado
Inseto urgente de formicida
Autômato despilhado

Eu vivo e sobrevivo
Sempre recomeço dos barrancos aos trancos
Sobre pés descalços, raros tamancos
Os homens olham, mas não me vêem
Os meus olhos olham sem enxergar
Procuro a forma simples de amar
Como amo a ti
Amo do amor mais profundo além do corpo
Para dentro da alma
Não vejo teu amor em ninguém, solto por aí
Não ouço o que diz a tua boca lacrada
Não rio seu riso em dente algum

Tanto amo que desamo
Nem sei se estou dando ou negando
Orando ou odiando
Subtraio ou multiplico
Se retrocedo ou ascendo no holocausto de espinhos

Não falo mais de coisas normais, informais
Imorais, sensuais, iguais, banais
Ando escutando sem ouvir
O astigmatismo me castra as pupilas
A miopia retrai o nervo ótico
Encurta os espelhos, já nem me vejo
Nem te vejo refletido nas poças de chuva

Ainda lembras-se das não promessas?
Dos teus adeuses solitários e burros?
Dos retornos às pressas com ar soturno
De quem lançou as últimas moedas no poço do infortúnio?

Talvez ainda recordes, sonhe e ao acordar, pense
Que sequer existimos.

Um dia/1979

Foto de Henrique Fernandes

ENXOVAL DE EMOÇÕES (amizade, homem vs mulher)

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O céu de uma noite linda é uma revelação
Um sumário de estrelas num enxoval de emoções
Hóspedes nos pensamentos alusivos aos sentimentos
Que sinto por ti e se passeiam em mim com charme
Chegados de uma amizade configurada na madrugada
Onde o silêncio fora interrompido por uma voz íntima
De aceitação prévia do ser dos nossos seres
E o frio da rua confirmou quão sermos importantes
Nesta recém boa relação teada pelo destino
Que sem propósito nos propõe aproximação pura
Com a qual me identifico um ser verdadeiro e genial
Ao nível da qualidade humana que teu sorrir exige
Em ti transformo amor em carinho de lealdade
E a paixão numa confiança cordial sem ciúme
É um descontrolo da alma este desejo de te beijar
O desejo de te tocar é uma beleza que nasce natural
Tão idónea que mentia ao esconder-te o meu interesse
Como homem que sou e um simples macho animal
Pelo teu exterior de mulher nesse interior amigo
Dás um toque de magia ás acções que te direcciono
Organizando um espaço de respeito no meu coração
Um trono onde te vejo sentada confiando em mim
Um poeta dando lustre ás minhas intensas palavras
Com letras tenras que me confessam teu admirador
Fiel encorajador de sonhos e alegrias mútuas
E podes encontrar nos meus escritos a doçura do teu olhar
Que um dia olhei e confirmei uma verdade entre nós
Que sermos nós próprios compensa!

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