Enviado por Anahí Raphael em Dom, 30/03/2008 - 07:10
Meu desejo por você
É algo intenso e indiscritível
Que se rasga em meu peito
E fortalece minha alma
Te desejo a cada minuto
Como se o amanhã não existisse
E o ontem já não interessa-se mais
Te desejo com um amor sublime e profundo
Onde as labaredas da chama da paixão
Jamais se extingue
Peço-lhe, então,
Compaixão por esta pobre e pecadora alma
Que tenta sobreviver neste mar de angústia e distância
Onde meu alimento apenas se resume
Em um pequeno afeto loucamente me ofertado
Por esse corpo sublime e apaixonante
Essas flores que entremeias
nos arranjos da sua arte poética
ficaram ainda mais lindas e perfumadas,
qual ikebana de sensações n’alma,
um doce haicai floral
Que fragrâncias não emanam
deste arranjo multicolor,
incensadas num coleante e delicado
“vaso” de poesias & deleites
seus movimentos, inflexões, meneios
ao sopro-beijo do vento
possuem a mesma graciosidade ,
a mesma leveza sutil
que há nas curvas da jovem tulipa,
sob a brisa melíflua em fim de tarde
a mesma graciosidade,
que há no pouso da borboleta,
no mar de flores do campo,
espelhando e refratando
arco-íris perfumados n’alma
a mesma graciosidade e leveza,
o mesmo bojo de delícias
desta sublime orquídea,
que derrama de sua suave corola
aljôfares e ternuras,
no esguio tronco alquebrado
Essas flores que entremeias
nos arranjos da sua arte poética
ficaram ainda mais lindas e perfumadas,
qual ikebana de sensações n’alma,
estrelicías, gérberas, azaléias,
"cachos de acácias " ...
Revelas em tua bela poesia,
Beleza d’uma vida de paixão,
D’ arte maior vivida com maestria,
Em versos guardas a recordação.
Eternidade, amor que a extasia,
Versos do profundo do coração
E vemos que não é mera fantasia,
Pois saem de tua alma com emoção.
Resplandece em nós como magia,
Encanto sublime em eclosão,
Imagens em vida de galhardia,
Revividas em notas dessa canção,
Em nós ressoam a tua nostalgia
E faz-nos sentir a tua solidão...
********************************************************************
2. Inspirado em "OS ÓRFÃOS"...
"Suavemente o apertou em meu peito, suas mãozinhas segurando as minhas,
E tentou apagar a devastadora dor, ninando-o, cantando-lhe uma doce canção,
Dando-lhe coragem e cobrindo-o do terno amor de uma mãe por seu filho..." Marisa Dinis.
**********************************
DEUS GUARDE MEU NETINHO!
Ó bela musa encantada internacional!
Ouvindo essa triste música meu netinho
Acordou sob esse acorde sensacional,
Percebi que estava um tanto assustadinho.
Não sei se por reação ao acorde musical,
Ou radiação que eu transmitia ao pequeninho,
Ou da inspiração deste estímulo espiritual,
A acordar várias vezes o meu menininho.
Será que por receber a radiação virtual,
Ou por sentir a vibração de seus amiguinhos,
Ou por sentir a mesma sensação residual,
Do seu avô que tenta responder ao órfãozinho,
Como tu poetisa e grande musa transcendental.
Doem em minh’alma as mortes desses pobrezinhos.
Talvez eu ame menos
do que possa amar...
O egoísmo circunda meu ser...
Abro os olhos para ver
e o coração para sentir...
Mas uma névoa insiste em persistir
e me cega, sem me deixar prosseguir...
Sei que o amor é o bem mais sublime...
Mas a dor o meu peito comprime
quando vejo, sem enxergar
as misérias que deveria sanar...
As que estão a minha volta
fome, dores, revoltas...
Males que eu poderia resolver
se o egoísmo me deixasse exercer
a bondade que tenho nas mãos
e que Deus não me outorgou em vão!...
É uma luta entre Deus e o diabo...
Males que foram criados
pela omissão...
E a razão nem sempre é capaz
e a vontade não é eficaz
para sobrepujar o egoísmo feroz,
que é meu algoz...
Que me deixa inerte... Sem ação...
Que bloqueia o meu coração!
Sinto-me pequeno, imperfeito...
Noites insones no meu quente leito...
Planos para mudar a realidade...
Amenizar tantas insanidades...
Estender, aos necessitados, a mão...
Aprender o bê-á-bá do amor...
Lição que Cristo ensinou
E que meu coração anestesiado
deletou!...
Quem sabe, nesta Páscoa,
eu passe do egoísmo para o amor
e dissemine um pouco a dor?!
Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor.
Enviado por Drica Chaves em Qua, 19/03/2008 - 15:42
*
* Homenagem à poetisa Rose Felliciano
*
Feliz aquele que poderá aconchegá-la no peito
Enquanto tua nau navega em céu de brigadeiro
E poderá olhá-la no fundo de teus olhos do jeito
Que gostas e dizer-lhe sempre, todo dia, o ano inteiro.
És uma mulher muito sublime e sem preconceito
Tão suave e altaneira, aquele amor verdadeiro,
Quantos homens gostariam de ti ser o eleito
E ouvir de tua voz suave dizer que é o primeiro...
A conduzir-te em um mar de intensos desejos
Enlevando-se nos mais distintos sabores,
aqueles que trazem ao paladar verdadeiro
Lembranças das trilhas do amor...
Pudessem então avistar a Ilha da Magia
E nesse porto onírico, jamais retido, lançada fosse a âncora do além-mar.
(Drica Chaves)
* Este dueto foi inspirado no poema Ilha da Magia, de Rose Felliciano.
Primeiro,o Dirceu Marcelino homenageou-a com os quartetos e deixou autorizado a alguém a colocar os tercetos. Diante da emoção que senti ao lê-lo, aceitei o desafio, enfatizando minha admiração à poetisa.
Como vêem, os tercetos foram lançados ao doce sabor da inspiração...
Feliz aquele que poderá aconchegá-la no peito
Enquanto tua nau navega em céu de brigadeiro
E poderá olhá-la no fundo de teus olhos do jeito
Que gostas e dizer-lhe sempre, todo dia, o ano inteiro.
É uma mulher muito sublime e sem preconceito
Tão suave e altaneira, aquele amor verdadeiro,
Quantos homens gostaria de ti ser o eleito
E ouvir de tua voz suave dizer que é o primeiro... ( Dirceu Marcelino)
****************************************
"A conduzir-te em um mar em teu veleiro
Enlevando-te em mares de distintos sabores,
Aqueles que trazem ao paladar verdadeiro,
Lembranças das trilhas dos amores...
Pudessem então avistar por derradeiro
A ilha de nossa vida ou será a de Açores."
NB.: (Complemento com base em tercetos de Drica Chaves ).
*
* Homenagem às amigas com que tive o prazer de contactuar neste domingo
*
Feliz aquele que poderá aconchegá-la no peito
Enquanto tua nau navega em céu de brigadeiro
E poderá olhá-la no fundo de teus olhos do jeito
Que gostas e dizer-lhe sempre, todo dia, o ano inteiro.
És uma mulher muito sublime e sem preconceito
Tão suave, altaneira, aquele amor verdadeiro,
Quantos homens gostariam de ti ser o eleito
E ouvir de tua voz suave dizer que é o primeiro...
Ah! Como a isso, não posso, e não estou sujeito,
Vou fazer o que posso cuidar do meu canteiro
Bem, pelo menos com isto eu me ajeito,
Vou tirar as ervas daninha, pois, sou o jardineiro.
Tiro alguns capins, colho uma rosa e aproveito
Para cheirá-la, profundamente, e vou ao jasmineiro.
Não é primavera, encontro um jasmim e fico satisfeito
Apanho-o e junto com a rosa rose eu cheiro,
E penso como és boa p’ra mim. Com todo respeito...
Receba um beijo carinhoso, do modo mais maneiro,
Deste teu amigo, teu “fã”, ora até um pouco suspeito
Mas que te quer olhar assim, como um cavalheiro.
É uma verdadeira obra de arte
O luxo dos sentimentos
Um cofre repleto de jóias
Um valor que equilibra a paz interior
Jóias nascidas em gestos de carinho
Criadas numa voz que reflecte amor
Amar é escrita arrojada na pele
Destacando a paixão que dá á alma
Um brilho precioso como assinatura
Sublime no rosto que se contempla
Na noção perfeita de um sorriso nobre
Enaltecendo a beleza dos sentidos
Sentir o amor de alguém é voar
Sobre colheitas de alegrias
Por entre sementes de prazer
E saborear arrepios de satisfação
Partilhando a troca de um beijo
Um roçar de lábios original
Testemunhando a vida
A cada dia que passa, acredito amigo,
Ser os olhos o espelho da alma, neste sentido.
Já aconteceu isso comigo e agora consigo,
Embora, muitas vezes passe despercebido.
A paixão é um sentimento que fica retido
No nosso inconsciente – ID – Quando preciso,
Aflora-se em rompantes de nossa libido.
Misturado até aos complexos, tipo Narcísico.
Daí a importância do ser esclarecido,
Daqueles que como eu que agora te sigo
Distinguir conscientemente o sucedido
E com razão diferenciar todo o sobredito,
Reconhecendo no teu EGO a paixão e redigo,
O amor é algo mais sublime. Tenho dito! ( Dirceu Marcelino )