Tempo

Foto de Sonia Delsin

NÉON

NÉON

Eram meus olhos presos.
Meus olhos fitos.
Tão bonitos.
Eram meus olhos que o néon machucava.
Era a lágrima que teimava.
Era você que não chegava.
É morto este tempo?
Não, ele vive...
No mais recôndito.
Meu mundo secreto.
Dolorido e brilhante.
Meu mundo pleno de amor e sonho.
Guardo algo fascinante.
Se estou chorando?
Não. A lembrança me faz bem.
Estou é rindo.
Tenho guardado algo mui lindo.

Foto de Sonia Delsin

NUDEZ

NUDEZ

Tão bela em sua nudez.
Bela diante do espelho...
Bela.
Os cabelos a pentear.
Os seios a acariciar.
As mãos correndo na pele macia.
Lembrança de outro tempo.
De outro dia.
Ele dizia.
Que por ela morria.
Que aquela pele o seduzia.
Ele dizia.
E a tola acreditava.
Para ele se entregava.
Ardentemente se entregava.
O corpo lhe dava.
Como o amava!
Nudez...
Olhar no espelho outra vez.

Foto de Teresa Cordioli

Almas carentes...

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Teresa Cordioli

Minha alma em pensamentos quer voar
Encontrar a tua e dela ser dependente
Matando assim nossa saudade e ficar
Em teus braços e te amar eternamente!

Minha alma nasceu assim tão carente
De um grande amor que possa amar
A tua alma deixa aqui sinais evidentes
Que um grande amor está a procurar

Nossos tempos são tempos diferentes
Um, tempo de partir e o outro, de chegar
É o tempo que cada um tem e felizmente
São tempos que se podem compartilhar...

Minh’alma, não quer partir antes de me ver feliz,
E a tua não quer que eu parta antes de me amar...

Foto de Darsham

Vieste tarde...

Porque vieste?
Cansaste-te de correr o mundo?
De viver a tua vida
Sem pensar um segundo?

Lembras-te de mim?
Sabes quem sou?
Já não sou o benjamim
Que seu pai abandonou…

Vinte anos contam
De solidão e ausência
Vinte anos contam
Que me levaram a inocência

Hoje surges
Vindo não sei de onde
Indo não sei pra onde
E em grande aflição
Dizes que o tempo urge!!!

Não vês que já não sou eu
Que tu já não és tu?
Que estranhos somos
E que aquele tempo morreu…

Outrora menina
Hoje mulher
A quem a vida ensina
E sabe o que quer

Noites em branco
Olhando o escuro
Implorando, rezando
Que não fosses tão duro

Pai?
Assim queres que te chame
Como queres que te ame
Se o amor se esvai

Não sou trapo
Sou humana
E de ti me escapo
Dizendo sempre a verdade
Não sou eu quem engana

Que queres de mim agora?
Se nada te posso dar
Se não te consigo amar
Se tantas vezes gritei
Que me viesses salvar

Trazes de volta o brilho de meu ver?
Se não porque quiseste voltar
Desculpa…
Mas hoje não te quero
Hoje não sei te querer

Apenas te peço que partas
O meu coração não se irá render
Mas não sem antes me explicar
Como fizeste para me esquecer
E sem mim a vida enfrentar…

Foto de Darsham

A importância de um Abraço

Sinto que estou a crescer, que finalmente começo a ser adulta, o que pode parecer estúpido, uma vez que já tenho 26 anos e há muito que o deveria ser. Mas, estranhamente, ou talvez não, a minha existência sempre foi pautada por demasiada fantasia, com muitos sonhos à mistura, e com uma ingenuidade perante o que realmente é a vida. Vivia com um pé na realidade e com o restante de mim noutro mundo longínquo e diferente, em que me estava ao alcance de um pensamento. Talvez não tenha tido as estruturas, os alicerces que me ajudassem a construir as minhas próprias estratégias para enfrentar as dificuldades, os obstáculos com que todos nós nos deparamos dia-a-dia, e o medo me fizesse paralisar e fugir para outro lugar em que tudo era perfeito e onde poderia continuar a ser criança eternamente. E apesar da maturidade aos poucos dar sinais de se querer instalar, ainda deambulo um pouco entre estes dois mundos, talvez porque ainda não esteja totalmente preparada para de facto assumir ser adulta. Não sei muito bem como devo agir, as expectativas são demasiado altas e a probabilidade de falhar assusta-me… Por outro lado, quando somos crianças pouco esperam de nós, não nos exigem coisas que muitas vezes, não somos capazes de dar ou fazer, mas que ninguém se parece realmente importar com isso. Às vezes, estranho-me, pois sempre fui uma pessoa demasiado sensível, dada às manifestações de afecto, ainda que isso me tenha trazido muitos dissabores, pois confio demais nas pessoas e dou demasiado de mim, acabando por me desiludir e ser magoada. Contudo, desde há algum tempo que sinto uma necessidade de me proteger, de estar sempre na defesa, e isso fez com que me tornasse fria em relação a muitas coisas e pessoas. Será isto crescer??? Será que é isto o ser adulto? Será que para conseguirmos sobreviver nesta selva em que vivemos temos que aprender a construir um muro ao nosso redor? Dou por mim a nem sequer conseguir dar um abraço às pessoas que gosto, pois sinto algo que me bloqueia, que me assusta e paralisa. Sinto que fico numa posição em que revela fragilidade e não me sinto capaz de fazê-lo. Não gosto de ser assim. Não quero viver no mundo dos adultos. Quero voltar a ser criança…

Foto de Henrique Fernandes

AMO-TE PAI

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Pai, não te tive na minha infância
Como ambos desejaríamos
Porque andavas ocupado com a vida
Numa luta constante pelo meu alimento
Um sacrifício pelo meu melhor futuro
Mesmo assim, ocupado naquela luta
Por entre muitos breves momentos
Foste o meu pai
O muito pai que sempre foste e serás
E quando finalmente conseguiste
Um pouco deste meu melhor futuro
Partiste
Levando contigo o resto da sabedoria
Que hoje me falta
É com alegria que te recordo
Foram tantos os sorrisos sinceros
Foram gargalhadas, foram brincadeiras
E aprendi ouvindo os teus sermões
Quando ralhavas aos meus erros
E tanto mais que me ensinaste
Sou a continuação do homem que foste
Respeitando teu presente do passado
No hoje de cada dia com saudade
Dos abraços que ficaram por dar
Das conversas que não tivemos
No tempo que nos foi tão curto
Mas acredito que de onde estejas
Estás comigo nos melhores valores
Desculpa todas as desilusões que te causei
Amo-te pai

(Ao meu pai Vitorino Fernandes que já está noutra dimensão)

Foto de Mentiroso Compulsivo

O Actor

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Cansei-me.
Desliguei o leitor de CD’s, fechei o livro, e rodei do sofá para o chão. Cheguei à janela, afastei as cortinas. Chovia a “potes”.

Fui comer. Voltei à janela. Já não chovia. A noite estava escura, o ar, fresco da chuva, cheirava a terra molhada; a cidade lavada. Vesti a gabardine e saí.

Cá fora, a cidade viva acolheu-me. No meio dos seus ruídos habituais, nas luzes do passeio. Percorri algumas casas e vi um bar um pouco retirado. Era um destes bares que não dá “muitos nas vistas”, sossegado e ao mesmo tempo, barulhento.

Com alguns empurrões, consegui passar e chegar ao balcão. Pousei o cabo do guarda-chuva na borda do balcão e sentei-me. O bar estava quente e o fumo bailava no ar iluminado. Senti o cheiro a vinho, a álcool. Ouvi as gargalhadas impiedosas de duas mulheres e dois homens que se acompanhavam. Deviam ser novos e contavam anedotas. Eram pessoas vulgares que se costumam encontrar nas pastelarias da cidade, quando vão tomar a sua “bica” após o jantar. Estes foram os que mais me atraíram a atenção. Não, esperem... ali um sujeito ao fundo do balcão, a beber cerveja...
- Desculpe, que deseja? – perguntou-me o empregado.
- Ah! Sim... um “whisky velho”, por favor.
Trouxe-me um cálice, encheu-o até ao meio e foi-se embora.

Bebia-o lentamente. O tal sujeito, desagradável, de olhos extraordinariamente brilhantes, olhou para mim, primeiro indiferentemente, abriu a boca, entortou-a, teve um gesto arrogante e voltou o rosto.
Estava mal vestido, tinha um casaco forte, gasto e sapatos demasiado velhos para quem vivesse bem.
Olhou-me de novo. Agora com interesse. Desviei a cara, não me interessava a sua companhia. Ele rodou o banco, desceu lentamente, meteu uma das mãos nos bolsos e veio com “ares de grande senhor” para o pé do meu banco.
O empregado viu-o e disse-me:
- Não lhe ligue... é doido “varrido” e “chato”.
Não lhe respondi.
Entretanto, ele examinava-me por trás e fingi não perceber. Sentou-se ao meu lado.
- É novo aqui?!... – disse-me
Respondo com um aceno.
- Hum!...
- Porque veio? Gosta desta gente?...
- Não os conheço – cortei bruscamente.
Eu devia ter um ar extremamente antipático. Mas, ele não desistiu.
-Ouça, - disse-me em voz baixa, levantando-a logo a seguir – devia ter ficado lá donde saiu, isto aqui não vale nada. Vá-se por mim... Está a ver aqueles “parvos” ali ao canto? Todos reparam neles... levam o dia a contar anedotas que conhecem já de “cor e salteado”...Vá-se embora. Todos lhe devem querer dizer, também, que não “ligue”, que sou doido...

Tinha os olhos raiados de sangue. Devia estar bêbado. Havia qualquer coisa nos seus olhos que me fez pensar. Era um homem demasiado teatral, havia nos seus gestos e segurança premeditada, simplicidade sofisticada do actor. Cada palavra sua, cada gesto, eram representações. Aquele homem não devia falar, devia fazer discursos.
Estudando-me persistentemente, disse-me:
- Você faz lembrar-me de alguém que conheço há muito, mas não sei quem é... Devia ter estado com esse alguém, até talvez num dia como este em que a chuva caía de mansinho... mas, esse alguém decerto partiu... como todos... vão-se embora na noite escura, ao som da chuva... nem olham para ver como fico.
Encolheu miseravelmente os ombros, alargou demasiado os braços e calou-se.

Eram três da manhã. Tinha agarrado uma “piela” com o ilustre desconhecido. Tinha os olhos muito abertos, os cotovelos fincados na mesa da cozinha e as mãos fechadas a segurarem-me os queixos pendentes. Ele tinha um dedo no ar, o indicador, em frente ao meu nariz, abanava a cabeça e balançava o dedo perante os meus olhos. Ria às gargalhadas, deixava a cabeça cair-lhe e quis levantar-se. O banco arrastou-se por uns momentos e cai com um estrondo. Olhou para mim com um ar empobrecido, parou de rir e fez: redondo no chão. Tonto, apanhei-o e arrastei-o para a sala.

Deixei-o dormir ali mesmo. Cobri-o com uma manta, olhei-o por uns instantes e fui aos “ziguezagues” para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com uma terrível dor de cabeça. Dirigi-me aos tropeções para a casa de banho. Vi escrito no espelho, a espuma de barba; “Desculpe-me, obrigado. Não condene a miséria!”

Comecei a encontrá-lo todos os dias à noite. Fazíamos digressões nocturnas, íamos ao teatro. Quando percorríamos os corredores dos bastidores, que ele tão bem conhecia, saltavam-nos ao caminho actores que nos cumprimentavam; punham-lhe a mão no ombro e quando ele se voltava, davam-lhe grandes abraços. Quase toda a gente o conhecia.

E via-lhe os olhos subitamente tristes, angustiados. Ele não se esforçava por esconder a tristeza: era uma tristeza teatral. De vez em quando, acenava a cabeça para alguns dos seus amigos e dizia:
- Não devia ter deixado...

Inesperadamente, saía porta fora, certamente a chorar, deixando-me só. Quando saía via-o pelo canto do olho encostado a uma parede mal iluminada, mão nos bolsos, pé alçado e encostado à parede, cenho franzido e lábios esticados. Nessas ocasiões estacava, por momentos, e resolvia deixa-lo só. Estugava o passo e não voltava a olhar para trás.

O seu humor era variável. Tanto estava obstinadamente calado e sério, como ria sem saber porquê.
De certa vez, passei dois dias sem o ver. Ao terceiro perguntei ao “barmen”:
- Sabe o que é feito do actor?... Não o tenho visto.
- Ainda não sabia que ele tinha morrido? Foi anteontem. A esta hora já deve estar enterrado...foi melhor para ele...
Nem o ouvia. As minhas mãos crisparam-se à roda do corpo, cerrei os dentes. Queria chorar e não conseguia. E parti a correr pelas ruas. Por fim, cansei-me. Continuei a andar na noite, pelas ruas iluminadas. E vi desfilar as imagens. Estava vazio e, no entanto, tantas recordações. Não sentia nada, e apenas via as ruas iluminadas, as montras, os jardins.
Acabei por me cansar, de madrugada tive um sonho esquecido.

Percorro as ruas à noite, os bares escondidos, à espera de encontrar um actor “louco e chato”. De saborear mentira inocente transformada em verdade ideal. E há anos que nada disso acontece. É verdade que há sujeitos ao fundo do balcão, mal vestidos, a beber cerveja... mas nenhum que venha e pergunte se sou novo aqui... As pessoas continuam a rir como dantes, todos os dias vejo as mesmas caras, e se me perguntarem se gosto desta gente digo-te que não as conheço ainda... e olho-os na esperança que venha algum deles e que lhe possa dizer, como a raposa de “ O principezinho”:
- Por favor cativa-me.

Acordei, tinha parado de chover, lá fora ouviam-se as gotas mais tímidas ainda a cair dos telhados, fazendo um tic-tac na soleira do chão, como quem diz o tempo da vida continua, por segundos parei o tempo e pensei, mais um dia irá começar e neste dia eu também irei pisar o palco, todos nós iremos ser actores, uns conscientes da sua representação, outros ainda sem saber bem qual seu papel, uns outros instintivamente representando sem saber que o fazem e outros ainda que perderam o seu guião....

Foto de housy

Meu querido....

As grandes amizades, os grandes sentimentos, os grandes amores perduram no tempo e pelo tempo.
Deixar que o tempo eventualmente, como sempre faz, reduza coisas à verdade dos sentimentos torna-as indesmentíveis ontem e hoje.
Disso é a prova desta carta... com alguns anos, mas tão actual na sua essência como só o conseguem ser as coisas reais.
LC
....................................................................................

Meu querido...,

Podia dizer-te que estou a arrumar algumas coisas no pc e que dei com isto e que me lembrei de ti e... e... e...
A verdade é transversalmente diferente: lembrei-me de ti e fui procurar-te dentro do meu pc. Apeteceu-me falar contigo e ainda tive o telefone na mão.... mas não o fiz. Não me perguntes porquê mas pensei que, talvez, não te importasses de me ler.

Tive saudades tuas e a arrogância suficiente de pensar que também as tenhas tido minhas. As fotos que te envio são pedaços de uma felicidade que é feita de um somatório de momentos .... "lugar comum" o que acabo de dizer, mas é assim .. é mesmo!
Os momentos contigo, fazem parte desse tempo. Continuam inteiros... como se tivessem sido ontem.
Soubemos misturar sexo, carinho e amor... e separar uns dos outro ... ou mistura-los em momentos consecutivos, por vezes com segundos de diferença. Soubemos fazer do corpo o deve ser... uma extensão de sentimentos. É esse o encanto e a magia que encontro em ti.

Não sei onde estaríamos hoje se não tivesses ido a Málaga naquele dia. O que sei é que se esse dia não tivesse existido, talvez não estivesse hoje aqui a escrever-te. Ambos ficamos mais "ricos"um do outro ... ficaste em mim, por todo este tempo que já nem tempo tem ... mesmo que te quisesse tirar daqui. Não o vou sequer tentar, nunca! E se eu tivesse a mínima dúvida de que o que estou agora a dizer, te feriria nunca mais o ouvirias de mim.

Infringimos alguns códigos da "moral clássica". Nunca infringimos os nossos códigos e ( por ti também falo) fomos fieis a nós próprios, sempre! E a maneira como agimos um com o outro não quebrou nenhuma dessas regras.
Tomara a "moral clássica " .... !!!! Não juro, até porque não tenho que o fazer mas meu querido, acredita, que todos os dias em que voltei para ti vinha ... inteira!

Histórias "iguais" a esta estão contadas por aí, mas nenhuma é a tua nem a minha. Esta é só uma confissão que serve para fundir "coisas" de qualquer maneira na consciência e no desejo de cada um de nós.
Por ironia, disse-te aqui o que provavelmente não te teria dito ao telefone.

Hoje tudo é diferente, já te quis ter sabendo que nos teríamos como mais ninguém... mas também que nos voltaríamos a ter no desencontro das coisas.
Se alguma vez nos voltarmos a ter será da forma antiga. Afinal, daquela que sempre funcionou connosco... onde todas as teorias caem por terra e nos possuímos sem querer que mais ninguém possua o outro....

Não te zangues com o que te acabo de escrever, mas se o fizeres não te esqueças que ninguém se gosta enquanto não se zanga pelo menos uma vez ...

Acabo por aqui, porque se faço mais algum comentário sem conseguir chegar a lado nenhum, fico aqui para sempre.........

Um beijo

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO XIV - (Depois do último tango - em baixo dos lençóis... )

*
* Homenagem a Carmem Lúcia = Açúcena
*

"Vejo-te...
Na luz diáfana de cada alvorecer
Trazendo resquícios prata do luar
Que ainda não teve tempo de se apagar...
...
Vejo-te...
Sob os lençóis da cama, a me saciar
Os desejos insanos, que a alma reclama
E que acorda só, pois não estavas lá... ( Carmem Lúcia = Açúcena )

Dirceu

É como se tu não soubesses?

Mas estou em baixo dos teus lençóis, em tua cama.
No escurinho de um dia que lá fora começa a clarear
E tu dás uma olhadinha com os verdes de teus olhos
Que iluminam a alma de quem te ama.

Não só te vejo,

Mas sinto o cheiro, o perfume, o aroma
Que exala uma mulher que quer amar
E dá uma “piscadinha” com um olho
E faz com que haja uma derrama,
De fluídos, de néctares
De prazeres...

Das Ninfas ...

As mesmas que nos oferecerem seus lábios,
Em forma de conchas e recheadas,
Do mel que só em tuas bocas podemos encontrar
E, então, beijamos-te, das formas mais voluptuosas
Até as mais carinhosas, pois, sóis as rosas,
As flores mais gostosas...

Que nos dão suas pétalas,
Para nos satisfazer e saciam
Nossos prazeres
Com os fluídos de seus amores.

Então, temos mais que a obrigação,
De retribuir-lhes por nos dares a luz da vida
E de nos encherem de mimos de paixão.

Devemos dar-lhes sensualmente nossos amores,
Fazendo-lhe gozar o bom da vida
E encher-lhe os corpos de paixões.

E tuas almas de amores.
Pois, sóis Mulheres
E, nós somos
Homens.

OBS.: Vocês já assistiram o vídeo-poema da "Gata de Olhos Verdes". Assistam e saberão de qual "piscadinha" ou "piscadela" eu falo.

Foto de Henrique Fernandes

ORQUESTRA DA VIDA

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Ao longe um som de violino acompanha o meu olhar
Pousando leve como uma pluma no horizonte
Suspiro confiança como quem tecla um piano no escuro
Produzindo sons afinados para que rimem com a vida
Um violão tocado lentamente por de trás de uma nuvem
Traduz a falta solar que compõe a minha tristeza
Censurando a limpidez dos meus sentimentos escondidos
Entre um rufar de tambores num longo silêncio quebrado
A vida é orquestra de dias fonéticos em tempo maestro
Um musical por avenidas reféns do passado
Iluminadas por esperança ao toque alegre de um clarinete
Fazendo os reflexos da alma saltarem em notas soltas
Num sorriso que sopra timidamente o saxofone da certeza
E uma harpa cantante faz-me deslizar atento até amanhã
Em sinfonias relaxantes de rosas que bailam no meu peito
Perfumado de amor lembrando de como é bom estar vivo
Paixão é jovem cantora que interpreta o meu personagem
Encenado por um elenco de emoções aplaudidas pela alma
Um rock and roll suave misturado num clássico estrondoso
O tempo maestro não se cansa de ser director musical
E a orquestra da vida passeia de mão dada com o destino
Saído do Sol nascente que iluminou as grutas sombrias
Com sintonias de amor e narrativas verdadeiras
Recrutando novas melodias para a minha dança de gente

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