Terra

Foto de Paulo Gondim

Homem e mulher

Homem e mulher
Paulo Gondim
27.09.2013

O que vives é parte de mim
Embora digas que não, mas é
Se assim não fosse eu diria
Mesmo sendo mera fantasia
O que sentes é teu encanto
Mesmo que finjas, no entanto
Nada é que não seja nosso

O que te inspira me implica
O que tu desejas me complica
O que tu procuras se perde
Na tribulação de nossas vidas
E damos voltas e mais voltas
E num lugar perto ou longe
Nos encontramos

Apesar das divergências
De nossas diferenças
Somos água e fogo
Céu e terra
Um no outro
Que se confundem
Na sua existência
Sem qualquer exigência
Num jeito qualquer
Eu sou teu homem,
Minha mulher

Foto de Lucianeapv

PRETENDERIA

PRETENDERIA...

(Luciane A. Vieira - 27/09/2013 - 10:06h)

Já não sei se
Sou mar ou terra
Fogo ou ar.
Já não entendo o que
Pretendo fazer... pensar...
Esquecer...
Meus ensinamentos falhos
E inseguros faz com que eu
Me perca de mim e
Não saiba o que ser para
Ser um ser e nem ver o que
Pretenderia apenas
Esquecer...

Luciane A. Vieira - 27/09/2013 - 10:06h

Foto de Lucianeapv

RENASCIMENTO DE FÊNIX

RENASCIMENTO DE FENIX...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Já não entendo mais
A virtude do amor
Pois ele se esvai de repente
Sem deixar, em si,
Algo de bom...
Se instaura a defesa da alma e
A incerteza do destino...
Sou fogo a deixar de arder...
Sou terra e nela mergulho
Minha fera...
Sou ar a bafejar tristezas tais
Que ao vento
Não se desfaz...
Sou lava a escaldar o espírito
E a água a resfriá-la,
Juntamente com a brisa fria
Da noite no deserto...
Enfim: sou Fênix a renascer
Das cinzas de meu
Estranho viver
Onde a violência se instaura
E o medo se perverte...
E a vida pede um novo renascer...
Sem um novo querer...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Foto de Carmen Lúcia

Reconstruindo a vida

Venho

lá do fim do mundo
onde manhãs são estrelas
riscando o céu de dia,
luzindo sobre o orvalho e a neblina
onde a lua redonda se declina
e lança o seu brilho mais profundo.

Onde o sol da meia noite
é rei vestido de ouro,
silvo do açoite que arrebata
e desvenda o tesouro,
deus irreal, imortal,
luz que nunca se acaba
dourando a Terra adormecida
que a seus pés se deita, vencida
e a paz do infinito surge de um portal.

Venho
dos prados mais distantes,
campinas e flores exuberantes,
matizes, cores em gradações
que encantam olhos já pesados,
acariciam a relva e os pés cansados,
as caminhadas e tribulações.

Venho
e trago a paisagem mais bela
mesclada com tons d’ aquarela
ceifando rancores, mazelas
sobre o andor da devoção
regado à imensa emoção...

Onde o profano desfia o rosário,
o cético se ajoelha ao sacrário
e o sagrado é mais que uma oração.
É um pedido proclamado em homilia,
é a vontade de gritar que ainda é dia,
que hoje e sempre é dia de reconstrução.

(Carmen Lúcia)

Foto de Paulo Gondim

Ser humano

SER HUMANO
Paulo Gondim
15/09/2013

Nasci numa terra seca
Tão hostil e tão cruel
E disputava o sustento
Da boca da cascavel

Ali, quase nada tinha
E do pouco que havia
Só se tinha uma certeza:
Que logo das mãos saia
E do mais que se buscava
Pouca coisa ali restava
Só a fé por garantia

Da série: “Era assim, no Sertão”

Foto de Gomes S

Chuva

.
.
.
.

Essa chuva lá fora,
parece lágrima de Deus,
Água cristalina, que renova o ambiente,
Agua azul, que reflete o céu de nossa gente.

Olhe pela janela, perceba,
Como é bela a sintonia,
das gotas rolando sob as folhas,
Chuva chora sobre a terra,
Alegria de Deus,
que traz renovação, vida,
Que lava, restaura.

Chuva que chove,
Chore sob a maldade,
Lave a cabeça daqueles,
Que a mente está imunda.
Chore sobre a cidade.

Foto de Carmen Vervloet

Semeador

Sou mais um na multidão
e a tudo sou diverso de mim,
mesmo sendo igual a todos,
minhas mudanças não tem fim.
Vivo o hoje e gosto de viver assim,
não abro a porta para o passado,
e o futuro se esconde
atrás de uma cortina de ilusão.
Vivo o presente,
só ele é real,
gosto de ser dissidente,
não quero a vida banal.
Mas o em torno me exige,
tenta transformar minha alma
em lâmina afiada,
implode a minha calma!
Mas luto, reluto,
resisto, persisto...
Há muito tirei a máscara
e sei que o bem
é o caminho da alma.
Semeio o impossível,
semeio versos de fraternidade,
semeio sentimentos,
semeio o coração.
Não sei se o que semeio
cairá em terra fértil
ou morrerá na terra estéril!
Não sei... Não sei...
Mas mesmo que a flor seque,
seu perfume ficará por muito tempo
espalhado por onde semeei.

O vento semeia poeira,
só nós humanos semeamos o bem
e colhemos a paz como
sementes de felicidade!

Foto de Rosamares da Maia

Morte em soneto

Morte em Soneto

No dia em eu tiver que morrer,
Há! Seja breve e inusitado instante,
Pleno, mas de total insignificância.
Em assumida e conspirada ignorância.
Quero morrer como folhas que caem.
Soltas no simples balançar do vento.
Em transformado e útil estado servir.
Tornar-me alimento pra a terra nutrir.
Que morrer seja breve sem lamento.
Desatento como bom e leve perfume.
Nos ares fluir desatinado a me esvair.
E que todo o meu capitular desenlace
De mera rotina da vida não passe.
Como sol que se põe e anuncia o porvir.

Foto de Carmen Lúcia

Sobre belezas naturais

O mar vem me saudar em ondas
que se quebram ao beijar meus pés
num doce afago que me apraz,
abraça meu corpo e o ascende à paz.
Águas tingidas pelo azul do céu,
onde o branco das espumas brinca de ir e vir.
Sem embarcação, muita empolgação, me entrego.
E navego...

Ante a flor desabrochando,
prenunciando a primavera
expectativas invadem os campos
verdejantes pela espera.
Despedem-se do inverno,
o frio do coração do mundo
e me vejo florescer também
em meio a tulipas e jasmins
e o perfume de mato em mim.
E espero...

A melodia dos riachos
faz a dança dançar em minhas veias,
em passos harmoniosos me acho,
entre cascatas me entrelaço
luzindo luzes cristalinas,
permeando verdes e azuis turmalinas
brotadas do ventre da terra
num recital de suaves versos
a emergir poesias.
E me extasia...

O céu começa a se fechar,
o sol brilhará n’outro lugar...
Aves migram em bandos, chilreando
num bailado improvisado, inusitado.
Matizes cruzam espaços, buscam suas cores
espalhadas em multicores pelos cantos,
beleza exclusiva do fim de tarde.
E me invade...

Nessa mistura real e surreal
eu me perco, me enlevo, me levo...
Tiro os pés do chão, alço a emoção
e me elevo ao ar...
A voar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

ORAÇÃO DA MANHÃ

Oração da Manhã

Senhor,
Obrigado por meus olhos descortinando o horizonte,
Enxergando belezas que nem todos conseguem perceber.
Obrigado pelas janelas que permitem a claridade do sol,
E o azul deste céu, que tinta alguma imitará.
Obrigado Senhor pela chuva, por estender as mãos,
E com ela lavar o rosto, somente para brincar.
Obrigado senhor pela alegria inexplicável das crianças,
Que perseguem uma simples folha arrancada pelo vento.
E porque ela, ainda me habita o peito adulto, pacificamente.
Obrigado Senhor,
Pelos meus ouvidos, que ouvem a música dos Homens,
Como uma manifestação da Divindade na Terra,
Por fechar os meus olhos e ouvir a melodia dos anjos.
Obrigado pelo olfato, que capta o cheiro das manhãs,
E pelo paladar Senhor, obrigado.
E o gosto das nuvens, como montanhas doces e belas.
E pela mão que faz o café, de sabor inigualável.
Pelo sentido do tato, que recebe o afago e aquece a alma,
Que repele as asperezas da vida, como primeira defesa.
Obrigado Senhor,
Pelo sentido da vida, que encontro em uma manhã clara,
Pois percebo os Vossos olhos bondosos sobre nós.

Rosamares da Maia

08/06/2010.

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