Terra

Foto de guilitwinski

Despedida

Branco papiro de diodos
Espero que seja forte
Pois minha despedida
Não é como de outros

Traduzindo o choro da alma
Transbordando na esperança
Que se deixe ir
Que se vá

O caminho diário lembra-te
Os casais, penso em ti
A idosa, penso em nosso futuro
Mãos dadas erradas, mas de jeito bom

As orbitas sentimentais de um nerd
Hora homem outrora menino e jaz mulher
A lua orbitava perfeitamente a terra
Quem dera,
Leis de uma astrofísica bandida

Adeus, não me importa palavras bonitas
Minhas lembranças, belas e tristes suprem as palavras
Essas palavras hoje, são para mim
São para poder respirar, existir e persistir.

Medo de um futuro sem ti
Tristeza de uma vida sem
Sem, ausência e o novo
Novamente, será se você existirá?
Eu sim existirei, me apego a coisas bobas
A morte eminente já está
O agora é o futuro.
Passado é um aprendizado, apenas isso e nada mais,
Ou deveria ser

O sábio tempo que molda montanhas em planícies
Que esculpe belezas e estingue dúvidas
Separa continentes, sim o tempo separa.
A força necessária para vencer o tempo, não tivemos
uns mais fortes, porem não o suficiente.

Foto de raziasantos

Chora Israel.

Jerusalém, Jerusalém!
De surdo te fizeste...
Até quando comeras a carne dos teus filhos?
Até quando beberas o sangue do teu povo!
Negaste-te o que veio para tua salvação!
Faz caminhar em vale de sangue toda sua geração:
Oh Israel não te bastaste o holocausto para
Que se arrependeste dos teus maus caminhos?
Há cerca de cinco milhões de anos tu tens anexado o ódio aos
Palestinos lutam entre si por um pedaço de terra acaso se esqueceram
De do pó vieste e ao pó voltaram?
Esqueceram-se do amor vivenciando a morte e dor.
Por que lutam entre irmãos? Se da mesma terra tiram seu pão!
Adubam sua terra com corpos de inocentes!
Deitam e levantam sem paz ainda dizem somos filhos da paz!
Israel, Israel volte para teu Deus e ele te ouvira!
Ante que de ti nada mais sobrara!
Chore Israel clame ao teu Deus ele te ouvira!

Foto de Alexandre Montalvan

Pedaços de Vida

Pedaços de Vida

Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.

Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.

Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.

Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.

Alexandre

Foto de José Herménio Valério Gomes

DESABAFO DESCOORDENADO DE UM POEMA

Hoje sem saber porquê
Voltei a pensar como todos dias penso em ti
Senti que as nossas mäos deram um nò com um aperto
E näo mais havia sentido aquele sentimento
Como à muito tempo em toda a minha vida
Olhei entäo para o meu lado
Curioso de acordar contigo ali...
E uma voz vinda do melhor que guardei no teu Amor
Deixou-me um segredo
Silenciado para nòs
As noites continuam a ser tal como as nossas
As estrelas recordam como nòs a luz que fomos
Os mais maravilhosos dias säo partilhados
Algures entre ti e mim
Sò os elementos como o SOL a LUA o MAR e a linha da vida tatuada na pele
Sabem que o mundo pode acabar na terra
Mas a història conta que três aves contnuaram a sobrevoar
Numa direçäo onde aquele Amor ficou imortalizado
Juntando o silêncio companheiro do segredo para sempre......zehervago 02/11/2011

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de Carmen Vervloet

O Universo e sua Lei

O infinito e misterioso universo
interligado por vibrações que se comunicam...
Quando a dor machuca
gemem os homens, gemem os ventos,
gemem os rios, geme a terra...
Gemem também as estrelas,
gemem outros planetas ligados
por esta mesma energia universal.
No nosso silêncio interior
ouvimos o som dos anjos,
prevemos eventos não acontecidos,
sorrimos ou choramos unidos pela mesma chama
que emana deste todo.
E a luz dos nossos olhos humanos
sentimos a vida em permanente mutação.
Uma flor já não é uma flor,
é um sopro de vida,
uma partícula do todo!
Acima da verdade aparente,
está a verdade velada desta teia global
que se mostra de uma forma sutil
e dá suas respostas conforme
a energia emanada por cada ser humano.
Um sorriso leva a uma enxurrada de sorrisos,
e o cosmo se ilumina, se alegra, fica em festa,
enquanto uma punhalada fere todo o conjunto
e a resposta sempre chega, para quem o feriu,
com a mesma intensidade.
Tudo que se faz, volta...
É a lei do universo.

Foto de jorge luis de oliveira

SOLIDÃO E VAIDADE

SOLIDÃO E VAIDADE
Autor: Jorge Luis de Oliveira, Alegre – ES, 05/04/2014
Email:joliveira_14@hotmail.com

Dizem que a solidão é triste e apavora
Não vejo dessa forma a tristeza da solidão
Às vezes estamos cercados de pessoas do lado de fora
Porém, dentro do peito chora triste um coração

Por outro lado tem muita gente que vive só e é feliz
Não quer dizer que viver sozinho é sinal de infelicidade
“Antes só do que mal acompanhado” é o ditado que diz
Pensando bem, isto pode ser uma absoluta verdade

A solidão é como o sol e a lua que vivem nas extremidades
Um aquece o dia com seus raios, já a outra clareia a noite com sua luz
Porém, o que seria de nós se os dois vivessem cheios de vaidades ?
Ora, não teríamos vida na terra e perderíamos esta beleza que tanto nos seduz

Portanto, estar só ou acompanhado são circunstâncias da vida
O importante é aproveitar cada momento com intensidade
Seu caminho terá mais brilho e sua vida será mais florida
Diga não a tristeza, ao mal humor e a vaidade

Foto de Siby

É outono...

Agora é outono...
Muitas folhas amarelecidas,
Esparramadas, na terra caídas,
Sol suavizando, clima ameno.

Muitas árvores se despem,
Da sua roupagem amarela,
Numa bela nudez singela,
Natural, que só elas tem.

Nos pomares dos quintais e sítios,
Muitas frutas, delicioso alimento,
Para os pássaros o seu sustento,
Saciam-se entre alegres gorjeios.

Assim gira a terra numa eterna mutação,
Seguem-se os dias de outono aqui,
E longe, a primavera se sucede ali,
São sabores e cores em cada estação.

Foto de Rosamares da Maia

Declaração de Apropriação

Declaração de Apropriação

Queria me apropriar de Pessoa,
Não de qualquer pessoa. Não!
Qualquer um não serve.
Mas propriamente tomar posse de Pessoa,
- De Fernando.
Aliás, tenho me apropriado da sua pessoa.
Mesmo que de forma imaterial – Espiritual.
Tenho-me seduzido por seus versos,
Viajado em sua mística maçônica,
Sofrido a sua dor pelo que há de inexorável.
Tenho me apropriado de Pessoa, de muitos.
Sim tenho tomado posse e tenho sido tomada.
- Por todos Eles,
De todos os que saltaram de sua alma,
E em tons diferentes multiplicaram vidas.
Porque este Pessoa não se coube em um só corpo.
Tenho eu sido a cortezã de todos Eles.
Amando indistintamente, aventurando-me.
- Como D. Sebastião,
Louco além do mar português.
Tenho contado, cuidado e guardado os rebanhos,
Rebanhos dos sonhos meus.
Do menino do céu que veio brincar em minha aldeia
- Cuidei Dele também.
Perdoando-o por soprar os ventos,
Somente para levantar as saias das moças.
Tudo para apropriar-me de Pessoa.
Mas o que dele fica em mim?
Levanto-me por manhãs vazias,
E estou vazia de mim mesmo e Dele.
Porque não sou Ele!
O perfume de Fernando tem o cheiro da terra,
Das touceiras de capim arrancadas e alinhadas,
Todas dispostas a beira do caminho
O eco da sua voz me diz: “Uma flor é uma flor”
“Não foi feita para pensá-la, mas para sentir e cheirá-la”
“E eu tantas vezes vil, tantas vezes reles”.
Tenho me apropriado de pessoas e errado muito – admito.
Sou como a “criança das cidades e dos vales”,
Também eu não “aprendi a respirar”
Apropriar-me de sua alma? Sem a clareza da vista?
“Sem alma para ver claro”?
Sinto-me ridícula!
Sou como Maria José – a feia.
Escrevo cartas de amor ridículas,
Moribunda a beira da janela,
Para um homem que jamais as lerá.

Rosa Mares da Maia – 02.03.2014.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo Final

Amanheceu e chegou setembro. E quando setembro chega, por essas bandas do hemisfério sul, a primavera se faz presente e espalha as suas flores de plástico que não morrem, as pessoas ficam felizes, elas renascem das angústias e amansam seus ímpetos, elas colocam enfeites nas janelas, esperam a banda passar, alçam os pensamentos ao mais alto Parnaso e para a mais verdejante Arcádia. Os corpos se aqueciam, como se um forno tivesse sido aceso na sua mais adequada temperatura. Tudo parecia lindo.
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A turma do pastoreio gritava em sonoros brados:

- Baco! Dionísio!

Os tambores ressoavam o vento dos leques, os Miami Bass dos moleques, os maculelês dos pivetes. Sonos eram interrompidos pela festa popular. Num determinado momento, dois ou três já desfilavam sem roupa. Quando a balbúrdia foi notada, os ditos dominantes trocavam de pele na rua. Não se obedecia a nenhuma hierarquia estabelecida. As pessoas nasciam e morriam no torpor da natureza humana, viva e bruta como a de qualquer outro animal, os instintos eram deflagrados, nem Freud e nem Jung eram mais uns reprimidos. Lembrava em certo ponto até o Brasil.

- As flores! Não se esqueçam nunca das flores!

Os miseráveis eram coroados e os nobres decapitados, mas ninguém deixava de ser alegre. Um tarja preta virtual assegurava a plena satisfação dos envolvidos na comédia. O paradeiro de muito era desconhecido. O que importava isso agora? Me diz? É dia de rock, bebê. Se você não entende a sensação de atravessar a Sapucaí e repetir o batuque da bateria, então vá embora, o seu lugar não é aqui. Dona Clarisse, com seu erro ortográfico e seu rosto reconfigurado, até arriscava uma derradeira conclusão.

- Eu nunca mais quero acordar desse sonho...
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Luís Maurício, que não havia se manifestado até então, pede a palavra:

- Amigos, é chegada a hora da reconciliação. A hora em que seremos livres de todas as nossas culpas e arrependimentos. Eu declaro anistia geral! Constituiremos desde já uma nova república, uma democracia quase que direta, uma pátria do Arco-Íris e do pote de ouro, um paraíso na Terra, um novo Éden, a Canaã que deu certo!

Clarisse recosta-se ao palanque improvisado.

- Eu posso ficar...? - Silaba.

- Evidente.

- Que sim ou não?

Feito isso, ela coloca-se para se despedir de Dimas.
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Um homem estava parado no meio da multidão. Ele dava alguns passos para trás, com o devido cuidado de não deixar nenhum folião o encochar. Ele andava de lado, como quem ia para fora. Clarisse o viu perto do portão pelo qual se sai para sempre da Sociedade.

- Espere... Eu tenho que te falar mais algumas coisas...

- Diz.

- Eu não te amo e nunca vou te amar um único segundo da minha vida.

- Eu sempre soube e nunca me iludi do contrário.

Tânia, incógnita até então, não se sabe observando de longe ou entretida com outra orgia, puxa o lixo pelo braço e faz cara de que se estivesse com ciúmes.

- Ele é meu, ouviu? Meu! Dá o fora logo sua vaca! Vai procurar o homem dos outros! Ele já tem a quem comer, tá, queridinha! E não adianta dizer que ele tá te querendo, que se você tentar alguma coisa, eu mato os dois! Sua puta, sua piranha! Você não me conhece! Não sabe o que sou capaz de fazer! Eu sou mulher de verdade, sua vagabunda! Rapa fora daqui!

Dimas sorriu, e por um exato milésimo de segundo sentiu-se amado de verdade. Clarisse debochou com a mão, engoliu a tragédia de ter desperdiçado o único sentimento cristalino que já havia presenciado e deu suas costas, andando tropegamente de volta ao seu destino. Uma lágrima furtiva caiu sobre seu cenho? Procurou a corda mais próxima? Não saberemos, e nunca vamos saber. Ela disse que não se importava, e esta ficará sendo a versão oficial. Se falarem alguma coisa sobre o que aconteceu com ela ou então comigo é mentira, o que vale é o que está registrado nessas linhas. Enfim, temos um final.
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- Vamos, amor, ser felizes para sempre?

Tânia e Dimas atravessaram o portal daquele mundo.

Ao que se sabe, não existiriam mais pessoas de sangue frio ou quente naquela realidade. Apenas pessoas, Tudo aconteceria conforme o planejado, por todas as eras, e nunca mais mudaria, pois não era necessário.

O casal apaixonado corria nu pelos prados. Correram até não aguentar mais, até um lugar que parecia longe o distante para que fizessem amor pela eternidade. A tarde caia, e com ela o pulsar atingia seu auge. Tânia e Dimas se abraçaram e deitaram na relva, um beijo selaria a felicidade interminável consagrada naquela união.

- Eu te amo e pra sempre vou te amar! - a Torta nunca fora tão reta na sua declaração.

E ela foi sincera como poucas vezes se viu em toda a existência.

Até que um dia sua pele começou a descascar...

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