Terra

Foto de ltslima

Insônia.

Palavras quase poluidas,
as vezes mesclam palavras
conduzindo o frio em vida.

A chuva cai em abundância
os ventos em grandes façanhas
molhou um lindo passarinho.

Como aléns ou aquéns.

Oh! insônia sentopeia
maleita diante do mar
febril as folhas voão.

Nas mãos que tremem
o papel!

Sinto cheiro da terra
como a ilha em mim
que fez sua moradia
escrava tornei-me de ti!

ltslima

Foto de Alexandre Montalvan

Cio da Terra

Cio da Terra

O veneno doce da tua boca
na sensualidade no desejo
eu quero toda a tua língua
e com a minha voz rouca
eu peço, teu afogueado beijo

Meu corpo se funde ao teu
na ânsia, sem qualquer palavra
teus lábios sugam os meus
de fome, de desespero, gritava.

Vêm as mãos adoradas e quentes
em seios mornos túrgidos ardentes
volúpia amarga na luxuria explicita
tamanha é sede na lascívia aflita
então abre-se como uma flor e grita.

Pecaminosos atos de bizarra paixão
corpos engalfinhados como em uma prisão
beligerantes, são como atos de guerra
no espaço absoluto calor, é o cio terra.

Alexandre Montalvan

Foto de Moisés Oliveira

Ella

Na conversa de hoje a tarde, só colhi indecisão.
Você não sabe o que quer, tampouco tem solução.

Pra deixar tudo no mesmo, é melhor nem começar.
Não se inicia pensando no fim, nem com hora pra acabar.

Quando digo meus motivos, vejo você me duvidar,
Não sei mais provar o óbvio, você tem que acreditar.

Não sou morsa nem bigorna, instrumentos de pressão,
Quero do transito o sinal amarelo: vais a abrir o coração.

A bagagem que comigo trago, te assusta, faz recuar.
Mas como saber se aguenta, sem antes tentar carregar?

A juventude é uma desculpa, que te faz poder errar.
Não sou o jovem que pareço, quero te fazer acertar.

Um barco de encanto no mar, navega ao horizonte,
Mas um simples furo no lastro, faz com que se desmonte.

Não tenho que terminar um livro, pra um a mais poder ler.
Se a historia no meio me cansa, outro livro posso escolher.

A história já está longa, muitas conversas sem exatidão.
Tudo que precisas agora, é de um pouco de razão.

A escolha não é tão dificil, já tens a admiração,
Com um estalar de dedos, perde ou ganha o coração.

O barco acima com furo no lastro, ainda pode navegar.
Mas se queres que chegue à terra, você tem que montar.

Foto de P.H.Rodrigues

Astros

Os fragmentos que se foram
brilham na espiral eterna
em meio a explosões

em torna da Terra
E da terra avista-se
em sonho o cometa
a cauda cadente,
da estrela

Que ressoa os acordes
em singelos toques
nas linhas da vida
e das vidas, ali contidas

E tudo torna-se belo
E tudo se torna um espetáculo.

Foto de Carmen Lúcia

Da janela...

Da janela vejo as folhas se entregarem
voando lentamente ao outono, com o vento,
buscando o alento de efêmeras moradas,
cumprindo a missão que lhes foi predestinada.

Da janela vejo o inverno incisivo
com seu poder decisivo de congelar e lacrar
jazigos onde folhas esquálidas repousam
pra renascerem quando a estação voltar.

Da janela vejo a vida ser mais bela,
o tempo de espera faz surgir a primavera
antes recolhida, adormecida sob a terra,
brotada das sementes, renascida em folhas verdes,
nas flores coloridas, perfumadas e singelas.

E as estações do ano nunca encerram suas lidas,
morrem e renascem retratando a própria vida...
Bailam pelo tempo em performances verdadeiras.
Terá a vida a mesma significação?
Da janela vejo a próxima estação...
Quantas mais verei até a derradeira?

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Bailarinas

Leves, tão leves, mais leves que a própria leveza,
comparadas a uma linha tênue, sutil,
levadas por um sopro, aragem febril,
girando sempre, eternamente, sem partir,
sem ferir,sem dissuadir, sem iludir,
sem realmente ir...
Asas invisíveis, voos indescritíveis,
provam a si mesmas
a não gravitação entre Terra e céu,
entre corpo e alma,
entre céu e léu,
entre tudo e céu...
mundo a parte que reparte
enlevo,entrega,beleza, o surreal...
Pisam sem pisar, lançam de mansinho
sentimentos a fluírem em suave virada,
chuva de prata, tamanha é a força da arte
que dança, alcança o tudo e o nada
povoando o vácuo com a postura
de quem sabe, quem inspira, quem lidera,
quem ganha altura,
quem espera o momento exato de descer
e tristemente encarar a vida
a girar sem rodopios,
a contundir a essência
da coreografia –ironia –
maculando as rimas, os versos
a sonoridade da melodia,
a poesia nascida das bailarinas.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Outono

Tempos dourados outorgam novo ciclo,
Outonam caminhos, regam a esperança,
douram folhas, desnudam paisagens
que nuas perambulam, a contento,
bailando sem pudor entre o calor e o frio
e de mansinho desaparecem com o vento.

Acordam a nostalgia com acordes de magia
a tecer um tapete de ouro pelo chão
por onde passará com nobreza e distinção
a doce trilogia: beleza, poesia e emoção,
fazendo o tempo deslizar bem devagar, sem precisão.

Da terra brotam sulcos, alcovas das sementes
e silenciosa, a germinação procede vagamente,
acalentando o sono das flores adormecidas,
enquanto o frio do inverno cumprir sua missão.

Mas hoje é outono, tempo de espera,
as folhas jazem mortas... até a primavera,
que cobrirá de cores o cenário amarelado,
de flores e de vida o momento esperado.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

O amor faz doer

Se o meu querer bastasse,
juro, mudaria o mundo.
Desfaria a dor, o sofrimento,
secaria a lágrima da face,
tornaria o amor fecundo.
Soprar ar aos cataventos...

Se o meu querer bastasse,
eu rasgaria as verdades,
faria doces as mentiras,
que por carinho inventasse.
E o tempo, que se evade,
tornar com a Terra, que gira.

Se o meu querer bastasse.
ele enfim se bastaria.
Não viria à boca, a salivar,
nesta fome, que me nasce
de querer fazer o que faria
se o querer fosse bastar...

Se o meu querer bastasse
minha moça, eu tornaria
o cinza em cor, novamente.
Posso querer... só me abrace...
Se pudesse, tudo, eu faria.
O amor dói, no querer que sente.

Foto de Siby

Orvalho da saudade

Orvalho da saudade

Quando a neblina na terra se espalhar,
Caindo suavemente nas plantas do lugar,
Suas gotas em orvalho vão se transformar,
É a mãe natureza que vem tudo molhar.

Uma gotícula transparente de muito brilho,
Que pende em um ramo de verde capinzal,
Enfeitando-o como se fosse um cristal,
É o momento único da gota de orvalho.

Se você com o orvalho se encantar,
Com suas gotas pendentes a brilhar,
Beleza da natureza que atrai o olhar,
Lembre que também estou a admirar.

Na sua ausência, o orvalho irei olhar,
Tristeza quando é demais não fica retida,
Quando a saudade apertar, cada lágrima caída,
Dos olhos a rolar, será o orvalho da saudade a brilhar.
(Siby)

Foto de Izaura N. Soares

O retorno do beija-flor

O retorno do beija-flor
Izaura N. Soares

O beija-flor voou
Nas mãos de Deus ele pousou,
Mas a terra retornou,
Para ser o meu amor!

Assim que o mar se abriu
Aguçou a vontade de viver
Com passos largos ele andou
Para os obstáculos ele vencer.

Nada mais impediu sua partida,
Quando o amor ele abraçou,
Pois é na terra que ele queria
Amar-te por toda vida!

O beija-flor retornou
Feliz da vida com seu amor,
A esperança se modificou
No coração feliz do beija-flor!

12/12/2014

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