Tinta

Foto de Salome

O Poeta

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Hoje, depois de tantos dias e momentos,
Lindo e sensível poeta repleto de magia,
Vi através dum sonho seus lindos versos
E sua mão escrevendo mais uma poesia.

Sabe que sinto saudades desses poemas
Que sempre souberam tanto me captivar
E me levaram a amar, a sentir e a viajar
No confim de labirintos e sonhos sem fim

Nunca cheguei a lhe falar e a confessar,
Mas você foi a inspiração que me levou
A ter a força e a liberdade de escrever,
Doce poeta que hoje só posso agradecer

Na verdade, sinto falta dos seus escritos
Que transcendiam emoções nuas e cruas,
Rótulos dos ventos, transições de ciclos,
Realidade que me inspirou à sensibilidade

Você me abriu a porta da fiél inspiração,
Entre os seus labirintos e suas maresias,
Você me levou a escrever em alucinação,
Tinta derramada que hoje virou poesia...

Caro poeta, ainda sinto a sua presença,
E ainda recordo seus versos e, o penso,
Sentimentos diversos, eterna lembrança
Que hoje ainda inspira e é pleno silêncio

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"Esta é uma dedicatória a um maravilhoso poeta que tive o prazer de conhecer aqui no site dos poemas mas que infelizmente já não se encontra para nos homenagear com seus sublimes escritos... O poeta que me inspirou a escrever e que sempre com suas palavras, me deu a coragem de escrever mais, não somente sobre sentimentos e sobre o amor mas tambem sobre as desigualdades deste mundo, soltando a minha alma a expôr a ilusão que por vezes não vemos por sermos demasiados cegos ou não termos a coragem de ver e de falar... Obrigado!"

Salomé (copyrights/Aug.2008 to KM)

Foto de Darsham

O Retorno das Letras

Na ânsia absurda e desesperada de querer escrever, de querer soltar de mim o que só as palavras sabem dizer, bloqueio…
No silêncio das letras me escondo, me agacho, me prendo, sufoco e grito…
- Vem a mim tudo o que deixo escorrer entre os dedos, tudo o que permito que levem de mim…
Procuro numa busca incessante e angustiante em cada pedacinho do meu ser, aquilo que os meus olhos não me deixam ver..
Levo e relevo, os dias, as horas, o tempo, o meio tempo, num contratempo...
Dou o dito pelo não dito e desdito ...
Afinal quem sou eu?
Afinal onde pertenço? Não encontro consenso…
Perco-me entre sons perdidos, que não entendo…
O coração combalido coxeia e quase cai…
A incerteza e a indecisão prendo e apreendo…
Não sei para onde esta vida vai…
Afinal, o pano cai…
Afinal sou quem sempre fui…
Afinal não me perdi de mim…
Afinal as palavras flúem como sempre…
Afinal encontro o caminho perdido entre os mares do vazio...
Afinal sou voz…porta-voz...
Afinal sou letra soletrada...
Afinal encontro-me agachada nos medos conspurcados, adormecidos e banidos...
Afinal sou vida vivida, encontrada, agarrada
Afinal sou simplesmente mais um pouco de tinta num oceano de letras…
Letras que falam...
Que gritam...
Que dizem...
Que transformam...
Que constroem...
Que vociferam verdades cruas, absolutas e nunca diminutas…
Afinal basta chamar para me encontrar, pois se num mundo não estou, noutro estarei...
A porta fica aberta…sempre…para sempre…
…e assim…sonharei…

Foto de Salome

Cartas de Sade - Lettres de Sade "Le Marquis" (Duo Salomé/Hilde)

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Cartas voando... Viravoltando...
Passado esvoaçando e cobrando

Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida

Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor

Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias

Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor

Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia

Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam

Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto

Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal

Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal

Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias

Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço

Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia

Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama

Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte

Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana

Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna

Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas

Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru

Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial

Duo: Salomé & Hilde

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(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.

Foto de SANDRO KRETUS

Versos perdidos

Por ti eu escreveria até minha tinta acabar, onde o papel seria por completo selado com palavras de amor, uma inspiração perfeitamente admirável, onde os componentes que a formam simplificam o desejo contido, tua beleza exuberante é devidamente iluminada pela luz do infinito, no qual tu és o ser mais radiante e mais bonito, onde no teu espírito, adormece o mais forte grito, o grito do amor incondicional, como uma flecha que atravessa um coração apaixonado. Se o que não nos mata nos fortalece, então a flecha que atravessa meu peito é um sinal de que a paixão é realmente a conquista do amor. Talvez um dia na aurora do amanhecer, quando uma gota de orvalho vir a visitar tua pele, tu irás perceber que esta gota é apenas uma lágrima apaixonada, que chora de amor por ti, acredito que não conseguirei completar estes versos, pois minha tinta esta acabando, talvez consiga escrever só mais uma frase, para o amor nada é impossível, quando se ama de verdade.

( O príncipe de Tartária)

http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1066234

Foto de Salome

Vento dos Ventos

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O triste vento soprando neste dia de Outono frio,
Levando essas folhas caídas... secas e distraídas,
Ontem um vale de versos... e hoje um mero vazio,
Somente ficaram lamentos, sussurros e saudades

O vento soprando, levantando cada folha e palavra
Versos imortalizados no papel por a tinta sagrada...
E você meu doce poeta! com essa sua sensibilidade
Me lembrando de minha integridade e do tal contrato!

Vento sem destino... teu frio hoje alcançou meu corpo
Entre emoções e sentimentos em mi se imortalizando
Poemas e versos aí... o tempo parou e deixou de ser
Me questionando, me apontando, e eu sem querer...

Escrevi e sonhei no meu poetar... nunca quiz conquistar
Mas hoje face a face com mais que uma simples emoção,
Alma caída frente áquele que se diz meu eterno aprendiz
E você... navegando amor que soube me dar um coração

Sim, o vento hoje sopra com tantas palavras e poemas
E a emoção que naõ quiz verter hoje soube me dominar,
Vocês flores e rosas, uns amigos e outros lindos poetas
Que um dia souberam conquistar este, meu simples ser

Poetar quando poetar é a nossa vida, o nosso amor, o ar
Que nos faz lembrar que somos seres unicos e humanos
Com aquele dever incondicional... aquela magia immortal
De poder derrubar tanto um sorriso... como uma lágrima

Escrever é um dom tão precioso... mágico... sensacional
Mas temos que lembrar que nem todo precioso escrito
Será lido ou comentado... será reconhecido ou aplaudido
Pode ser falado ou julgado... despedaçado ou abusado...

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Salomé - Copyrights MK June 2008

Foto de Carmen Vervloet

AUTO-RETRATO

AUTO-RETRATO

Atrevo-me em fazer
um auto-retrato,
que em tinta traço.

Pinto-me flor...
Colorida, cheia de cor!
Depois, pinto-me semente...
Mas logo apago descrente!

Pinto-me árvore frondosa,
Violeta mimosa...
E depois fogo ardente,
afinal sou gente!

Tenho oscilações
e muitas emoções!
Rabisco tudo sem receio
e volto ao devaneio!

Agora sou beija-flor,
sugo o néctar do amor!
Bato asas... Equilibro-me no ar!
Amo a liberdade de voar!

Sou dançarina delicada,
parto em revoada
Sem rota, nem direção...
Sou bailarina da ilusão!

Agora, pinto-me criança,
boneca da esperança!
Boneca de louça, de trapo, de pano,
boneca da vida, cheia de enganos!

Boneca de pano encardido,
trapo velho, corroído,
galopando na garupa do tempo...
No rumo do vento!

Mas tudo não passa
de errônea interpretação...
Fantasias da minha imaginação!
Apago tudo, sem restrição!

Pinto em pastel a minha alma!
Em paz... Calma!
Essência da minha vida
Jamais corrompida!
Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de r.n.rodrigues

ESPAÇO INTIMO

dentro de mim
há um vazio que mistura-se
na sombra da noite

clara vazia/ de um ovo podre
de peixe fisgado por um anzol
sem linha nem pinta sem tinta

homens e mulheres
meninos e meninas
gatos e cachorros habitam no meu peito viril
sedento de amor e amante da vida

e dentro de mim está eu
só fraco e batido em busca de uma luz.

Foto de Dennel

A escritora sem rosto

No silêncio de seu quarto, ela escrevia furiosamente. Era a única atividade que lhe dava prazer, uma vez que fora rejeitada pela sociedade que teimava em não reconhecer seu talento de escritora.

Amigos, não os tinha, e os que afirmavam sê-lo, o faziam por conveniência ou oportunismo; no entanto, ela não desistia de escrever, seus dedos calejados eram atraídos pela caneta que a seduzia, como um beija-flor é seduzido pelo néctar da formosa flor.

Sempre quisera ter filhos, mas a natureza lhe privara deste privilégio; em certos momentos de solidão, julgava que era melhor assim, pois acreditava que filhos traziam aborrecimentos e dissabores.

Sonhava ser uma grande escritora, admirada e reconhecida nos círculos literários. Escrever lhe fazia relembrar da imigração da sua família para o Brasil. Tempos difíceis aqueles, tempos turbulentos. Hoje, nada mais possuía, além da tradição do nome da família; tradição que não lhe trazia o reconhecimento esperado junto à sociedade.

Viu surgir sua grande oportunidade quando foi convidada, pelo diretor da revista Entricas & Futricas, a escrever uma coluna sobre personalidades famosas. Seu entusiasmo era visível com sua nova função; imaginava-se sendo laureada na academia de letras, ouvindo o burburinho de repórteres, implorando por uma entrevista.

Mas as coisas não saíram como era esperado, o número de leitores e comentários da sua coluna caía vertiginosamente. A direção da revista não teve alternativa, senão rescindir o contrato, pois apesar do talento para as investigações jornalísticas, ela fazia a cobertura do cotidiano de pessoas tão ou mais desconhecidas do que ela; evidentemente para a revista não interessava a vida de desconhecidos.

Tentou sem sucesso todos os argumentos que julgavam válidos, porém, o diretor fora inflexível. Via desabar diante de seus olhos o castelo de sonhos que erguera para si; sentiu um nó na garganta ao receber o veredicto fatal, a única ocasião em que sentira tamanha angústia fora numa solenidade literária, ao engasgar com um gole de água que bebera às pressas.

Passou dias desolada, lamentava a injustiça que sofria; a única que parecia compreendê-la era sua inseparável caneta. Agora escrevia como um autômato, descarregava toda a sua frustração nos escritos. Seus pensamentos não tinham unidade ou valor que levassem as pessoas a refletir sobre um modo de vida salutar, mas o que importava é que, escrevendo, sentia-se melhor.

Tomou uma decisão que avaliou lhe traria o reconhecimento que tanto buscava. Sabia que no mundo das letras havia o plágio; soubera inclusive do autor americano que fora laureado com o Nobel de literatura plagiando um escritor de outro país. Ela faria o mesmo, arrazoava consigo mesma que os fins justificam os meios. Quando se deparava com um texto que lhe agradava, ela o modificava ligeiramente, afirmando depois ser o mesmo de sua autoria. Para maior credibilidade, lançou uma campanha contra o plágio, defendendo os direitos autorais.

Sua obstinação de ser reconhecida levava-a ao ridículo, pois abordava pessoas desconhecidas na rua, propondo amizade, o que não raro produzia uma frase indignada do abordado: “Vem cá, eu te conheço?”.

Ela não se importava com estas situações vexatórias, lembrava-se de seus únicos ídolos, Hitler, Mussolini, Lampião e Idi-Amin Dada, que sempre souberam vencer preconceitos e dificuldades, tornando-se heróis para alguns e vilões para muitos.

Olhando-se no espelho, via as rugas a sulcar-lhe o rosto, o tempo fora implacável com ela. Lançando um olhar para a penteadeira, via as poucas fotos que retratavam sua vida; não havia semelhanças entre elas, de forma que se outra pessoa as visse, juraria que estava diante de um camaleão.

Sua atenção volta-se novamente para o espelho, cuja imagem parece lhe transmitir terrível acusação: “Você é uma fracassada”. Ela sente uma vertigem, apóia-se ligeiramente na penteadeira; ao lado, sua velha e fiel companheira parece convidá-la para escrever o último ato de sua existência.

Trêmulos, seus dedos agarram fortemente a caneta, que com a força empregada, se rompe, deixando um borrão de tinta na folha que um dia fora branca.

Juraci Rocha Da Silva - Copyright (c) 2005 All Rights Reserved

Foto de Carmen Lúcia

Sem palco!

Desce desse palco!
O teatro acabou...
A realidade convida...
Se a vida imita a arte
Que a arte viva a vida.

Sem máscaras na face,
Autenticidade e verdade,
Rouba-nos a alma o disfarce...
É hora de viver !
O tempo passa a correr...

Resgata tua identidade,
Vem viver de verdade...
A vida aqui fora
Esquece-se da hora,
Longe da alienação.

As flores têm perfume,
Aromas florais, naturais,
Os matizes pintam cores
Sem tinta nem pincel...
As manhãs não têm cenários,
Nem um sol imaginário...
Lindo ver o azul do céu!

Os enredos rolam livres...
Não se prendem a uma história,
Onde atores marionetes
Rendem-se às mãos de autores
Ambiciosos por glória!

Vem...Dá-me tua mão!
Vamos viver agora...

(Carmen Lúcia)

Foto de Cecília Santos

PINCÉIS DE ILUSÕES

PINCÉIS DE ILUSÕES
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Paredes com tinta salmão.
Rosas salmão num vaso
a descansar.
Penumbra retratada de
perfume e encanto.
Vento suave, bailando com
as cortinas da sala.
Paredes que antes eram
pintadas de azuís celeste.
Representando o céu,
em sua infinitude.
Um dia tornou-se triste
e cheia de saudades.
Pinceladas de outra cor
apagaram as lembranças.
As arestas deixaram de existir.
Paredes nuas, despidas de
quaisquer imperfeição.
Foram apagadas juntamente
com o passado.
Saliências já não existem,
Retratos enfeitam as paredes,
um quebra-luz ilumina a intenção.
Cada segundo e de emoção.
Pois as paredes pintadas de salmão,
estão prontas novamente.
Pra começar nova história de paixão.

Direitos rervados*
Cecília-SP/03/2008*

Vídeoclip´"Ana Carolina e Seu Jorge/ É ISSO AI"

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