Vento

Foto de Rosendo

MINHA ROSA

MINHA ROSA

Mandei uma rosa,
cor de rosa,
pra você, minha rosa.
Era linda, muito linda,
como uma noite que se finda,
e o sol,
que aclara a escuridão.

Fiquei triste, no entanto,
meu coração ficou em pranto,
quando vi a rosa
em outra mão.

Seu perfume me chegou
com o vento que soprou,
em minha direção.

Como é triste, muito triste
ter um amor que só existe
na minha imaginação.

Com ciumes de você
lamentando te perder
sofre muito, o meu coração.

Eu lamento,
que a minha rosa
não perceba, que esta rosa
é fruto da minha paixão.

Fico aqui no meu cantinho
te olhando com carinho,
curtndo a solidão.

E querendo, que vocâ,
até mesmo sem querer,
volte a rosa, pra sua mão.

De Antonio Rosendo

Foto de Sonia Delsin

PASSA O TEMPO

PASSA O TEMPO

Passa o tempo.
O vento.
Tudo vai ficando lá atrás.
Tudo.
Os risos, os prantos, os cantos.
Hoje canto outras canções.
Tenho outras ilusões.
Passa o tempo. Passa.
O que fomos foi.
O que éramos era.
O que tivemos já não temos.
Mas a vida é assim.
Morre uma flor.
Floresce um novo jardim.
Jardim do tempo.
Jardim da vida.
Já não florescem as petúnias.
Não as semeio mais.
Semeio flores diferenciadas.
Caminho por outras estradas.
Sou...descobri que sou.
Que pelo caminho vou.
Eu levo sorrisos e rosas.
O tempo passou.

Foto de Sonia Delsin

SEMBLANTE

SEMBLANTE

Ele me chega tão lindo.
Na manhã tão fresca ele me chega.
Chega na aragem.
Sim, no sopro do vento.
Se divago? Se me perco em pensamento?
Sim. Não vou negar.
É que sinto saudade.
Da tua boca.
De teus olhos.
Do teu semblante.
No teu sorriso doce.
Ah, vento!
Fecho os olhos.
Finjo que o vento me trouxe.
O meu amado que dorme noutra cidade.
Noutro lugar.
Mas logo vamos nos encontrar.
Então deslizarei meus dedos nas tuas sobrancelhas.
Suavemente.
Como sempre gosto de fazer.
Das horas que passamos longe vou esquecer.
Nos teus braços vou é morrer de prazer.
A lembrança de teu semblante enfeita minha manhã, meu dia.
Me traz uma intensa alegria.

Foto de ddi

Novo percurso

Eram nove horas. O sol ainda se punha, cruzando o mar bem longe numa mistura de laranjas e azul. Um dos acontecimentos que a faz sentir-se com sorte por poder presenciar. Observava no cimo de uma rocha, bem alta desde o mar, com o seu vestido branco.
Era um momento de reflexão... Talvez de evocação de lembranças. Passaram-lhe várias imagens pelo pensamento: momentos que viveu e que ainda perduram. Caiu-lhe uma lágrima.
Sentia-se apenas acompanhada pela brisa que de vez em quando passava agitando os seus cabelos e o seu vestido que contrastava com a pele, agora, morena.
Gostava de poder voltar a viver de novo o que viveu, sentir o que sentiu, dar o que deu, receber o que recebeu, amar como amou.
Por momentos achou tudo isso possível, mas... o vento deixou-a sozinha. E quebrando o momento, tirou o seu vestido e com um sorriso maroto, aventurou-se pelo céu em direcção ao mar, saboreando o momento da queda, apenas consigo mesma e com o vento que decidiu voltar para a acompanhar no seu novo percurso.
Mergulhou no mar, como quem já treinava este salto. Sentiu a água agradavelmente fria no seu corpo nu, e debaixo de água, como se existisse uma câmara de filmar atrás de si para quem a observa, olha para trás e sorri...
Só faltava a música de fundo.

Foto de Sandra Ferreira

Momento…

*
*
*


*
*

Campo verde,

Meu lar neste momento,

Sem rumo, caminho sobre ele,

Cabisbaixa, pensativa

Perdida em sofrimento…

Com as gotas da chuva

As ervas daninhas resplandecem,

Insensíveis, atrevidas

Selvagens e frias,

Impedem a minha passagem

Enroscando se nas minhas pernas

Molhando-as, ferindo-as…

O telhado do meu lar

Cinzento e nublado,

O orvalho que mansamente

Se aloja nas minhas pestanas

Dificulta me a visão

Já cansada e marejada…

Paro por momentos e o silencio é total,

A ausência dos pássaros

Do som das cigarras, do uivo do vento

E sinto me só, muito só neste momento…

Foto de Lu Lena

EM BUSCA D'ALMA GÊMEA...

Perdoa-me...

Por essa falta de jeito
de entrar em tua vida
assim...
atrevida e sem freio
juntando fragmentos de
nós dentro e fora de mim...

perdoa-me...

por essa busca insensata pura e tão certa...
nesse coração descompassado que jaz em alerta
num desejo devasso que em chamas queima por ti
em meu corpo vazio risca em fagulhas frementes de
fogo com pedaços quebrados de giz...

perdoa-me...

pelos dias intermináveis e nas noites escuras e frias
onde vagueio desnuda na imensidão sem rumo e sem direção
descansando nos astros nas estrelas e na lua e seu clarão
tentando aquecer meu gélido e inerte coração...

perdoa-me...

por essa leviandade um tanto pueril que aos teus
olhos possam parecer uma utopia uma viagem uma loucura
mas que em mim desnorteia corpo mente e alma
em muitas vidas sigo ao léu em tua procura...

perdoa-me...

pelas lágrimas densas que caem dos meus olhos marejados
quando em minha introspecção te busco num labirinto emaranhado...
e encolhida num breu estática e fragilizada vejo-me num poço...
tento te alcançar, mas estás tão perto e tão longe...
e muito além do flash de luz que aparece no horizonte...
em sonhos letárgicos sei que pensas em mim agora...
e vivencias comigo momentos tórridos e insaciáveis de outrora...

Perdoa-me...

por pensar que um dia em meus braços te terei...
será querer muito nessa vida contigo ser feliz?
ou tudo isso não passa de uma ilusão alada e perene
de outras vidas que eu te encontrei, mas não te quis?

Perdoa-me...

se eu te encontrar, te ouvir e nem ao menos te sentir...
e novamente nesse ciclo infindável nossa paixão esmorecer
mesmo que não consiga gritar que te amo te amei e sempre te amarei...
Como esse carma levar adiante, conseguirei?
nesse amor inatingível e eterno que dilacera e corrói em meu peito...
que é levado sempre de mim como cinzas mórbidas ao vento...

antes de deixar esse ciclo efêmero e de novo perecer...

diga-me...

- Por que, não estás comigo outra vez?

Foto de arletinha

um grito

Caminhando na areia
A chuva chora comigo
Meus olhos tristes percorrem a trilha do nada
Meu corpo nu, ferido e exposto
Reflete a dor de um passado distante
Meu rosto marcado, escondido e guardado
Meu sorriso sem reparos, sem seus avais
mostram as marcas,de uma angustia calada
de uma solidão, que me escravizou a voce
Meu corpo molhado e cansado,
se encolhe, se estende e se desfaz
Meu grito ecoa ao vento
um grito surdo, doente
Preso a um tempo sem volta...
em sulcos que a vida marcou
Não há mais tempo, nem distância,
Só eu, a chuva, a areia e a dor.

Foto de lialins

Dia de sol para mim

♥*:._.:*♥*:._.:*♥*:._.:**♥*:._.:*♥
Hoje eu me lavantei!
e abri minha janele do meu quarto
O dia estava nublado........
Um vento gelado..............
Ao bater no rosto ardia de tão frio.....
♥*:._.:*♥*:._.:*♥*:._.:**♥*:.
Mas quando eu olho la fora
eu vejo...
Um lindo dia de sol....
com uma leve brisa ....
Que amenoiza o calor do sol....
Ao bater em minha pele...
♥*:._.:*♥*:._.:*♥*:._.:**♥*:._.:*♥
Sinto muito por vc

Foto de Carmen Lúcia

Ao entardecer...

O vento entoava sua canção;
Às vezes suave...
Balançando as folhas do trigal,
que encenavam lento bailado;
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo...
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformava-se num camaleão...

Era o entardecer em rebelião...
Negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol...

Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata... Beleza nua...
Das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar...
E os pisca-piscas a estrelar.

E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece...
Exerce seu mais inusitado gesto...
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão...
Coreografia única, ato final...
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!

(Carmen Lúcia)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ESCREVI SEU NOME NA AREIA

*
*
*
*
Escrevi seu nome na areia,
A onda levou, fez um belo passeio e voltou.
Seu nome veio encantado, com ostras do mar.
Seu nome estava com maresia, cheiro de mar.

Escrevi seu nome na areia,
A areia secou, mas seu nome La ficou.
Marcado como no meu coração
Tatuado na areia a espera de uma sereia.

Escrevi seu nome na areia,
Alguém rabiscou, mas ninguém rabisca
Seu nome dentro de mim, você esta em mim
É um selo gravado timbrado, tatuado, no meu coração.

Escrevi seu nome na areia,
Um barco encalhou e teu nome não danificou,
Desci do barco toda faceira tua sereia,
Com cuidados com teu nome a beira do mar,
Com meu canto pus a te chamar,

A areia o vento levou, teu nome apagou,
De volta o vento ventou,
E junto a maresia trouxe além do nome
Você meu amor. Aos braços da sua amada.
Sua sereia apaixonada!

*-*Anna (A Flor de LIS.)

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