Vento

Foto de Sandra Ferreira

Noites Solitárias...

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Tantas noites solitárias admirando as estrelas,

Fantasiando, sonhando,

Mas só o vento gélido me acariciava…

Teus beijos, fonte que secou

Exausta como se num deserto caminhasse

Os procurava, desesperada, alucinada

Sedenta dos teus lábios…

Como te amava e a DEUS implorava

Que me olhasses, sorrisses, amasses …

Companheiras da noite, lágrimas

Que silenciosamente deslizavam

Do meu olhar fatigado…

Quando o sono finalmente chegava

Permanecias em mim, nos meus sonhos

Enroscavas te no meu corpo que à muito

Esperava o toque dos teus dedos

Anjo que me embalava e reconfortava…

Nada fazia sentido,

Lágrimas que pelo meu rosto deslizavam

Eram do sofrimento que me provocavas,

Com a falta de sentimento e ásperas palavras…

Mas o amor não tem explicação

Vemos tudo com o olhar do coração…

Andei perdida, perdida

Certamente voltarei a encontrar me

Mas ainda hoje permanece no peito uma dor

Por não ter um carinho com amor…

A minha imagem no espelho

Reflectida, envolvida em solidão…

Foto de Ana Botelho

ARTE ABERTA, ESCLARECIMANTO

ARTE ABERTA, ESCLARECIMENTO
Poetar é mostrar a linguagem da alma e do sentimento
É curar qualquer dor, sem nunca lhe faltar um argumento
É deixar nascer o poeta que existe em você, sem tormento
Porque a poesia inebria, entorpece o corpo e o pensamento
Traz alegria às mentes, depois dança e sobe ao firmamento
Emociona como a prece, cria ondas, é o melhor tratamento
Quando doce, promove a paz com a energia vinda no vento
Se banhada de dor, é rima que soa forte, se rasga, fragmento
Onde está a poesia não há desculpa de ser passatempo
Porque ela carrega em si nostalgia, retrata um sentimento
Nasce da explosão, da agonia, ou de qualquer doce evento
Na música da vida ela é o tom, o tempo e o contratempo
É o nascer do sol e o cair das nuvens, é deslumbramento
Um brincar, um sonhar, eternas palavras, é documento
Se entardece em lilases, ou anoitece em lamentos
Vira memória, para não se esquecer do esquecimento
Ela é a maior fala, o grande protesto, bendito talento
Vira na dor, lenitivo, terapia e quem sabe ungüento
Em abandono, tem o som de corredores de convento
Na festa interior, eterniza tudo, o melhor momento
Será a poesia o nosso mais perfeito invento...
Em meio a tanta vírgula, parágrafo e acento
Que preenchem e emolduram esse monumento
Tratando o coração, conhece o seu sofrimento.

Foto de Cecília Santos

CAEM LÁGRIMAS...

CAEM LÁGRIMAS...
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Se falo de ti, falo de saudades.
Não tem como pensar em ti, sem sentir saudades.
Não tem como olhar seu retrato, sem chorar de saudades.
Meu coração se tornou, um livro repleto de lindas figuras.
São imagens de ti, que nele trago gravado.
Cada página folheada tem uma história de saudade.
Cada letra escrita, contém uma palavra de saudade.
Não posso viver com meu coração sempre fechado.
E quando o abro, caem lágrimas de saudades.
Rompem-se em mim sonhos tão distantes.
Me fragilizam, me atemorizam.
Será imaginário ou real!
Vejo a rosa adormecida em seu galho.
A noite abraçando o mundo.
Leve brisa passando uma à uma, as folhas do
meu livro coração.
Passa um vento gelado, roçando-me a face.
Fecho os olhos, imagino, peço, e espero.
Que minhas pálpebras inventam e tragam pra mim.
Outros sonhos, outros desejos.
Outras imagens de ti.
Que não me causam tanta dor e tantas saudades...

Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2008*

PS/ Pra minha filha Fernanda*

*repostado p/retirada do Slade*

Foto de Teresa Cordioli

Te amando em versos...

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Te amando em versos...
Teresa Cordioli
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Quando uma lágrima cai em meu rosto
Procuro sempre sentir o gosto que ela tem
Descubro-o pelo endereço que lhe foi imposto,
Degustando-a em versos que vão e vêm...

Versos são palavras que ferem os corações,
Umas apaixonam, outras maltratam sem dó,
Sempre dependendo de nossas interpretações
E as suas, saiba que trato com muito xodó.

Quando suas palavras chegam de mim bem perto,
Com meus lábios em beijos de sabores diversos,
Selo-as com o mais belo, do mais belo encontro.

Aí minha alma se agarra à sua que chega em pranto
Como rosa que, com o vento, ao beija-flor faz encanto
Rasgando o véu e nua ela vai te amando em versos...

Foto de lialins

sem ar

Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos:
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
(musica-D Black)
está musica fala como me
sinto em relação á você
e como me sinto sem você

Foto de Carmen Vervloet

O TEMPO

O TEMPO

Parei o relógio na intenção
de parar o tempo.
Mas o tempo não parou.
E diferente do vento
que vai e volta,
faz reviravoltas,
o tempo segue sempre em frente.
Na mesma direção,
sem interrupção.
Acelerado, calado,
como um Deus alado
deixando apenas alguns sinais
em nós mortais!
Um fio de cabelo branco,
uma estria no flanco,
uma ruga na face
e num impasse
deixa-nos acabrunhados,
pensativos, desolados,
em nossa fragilidade,
acelera nossa idade!
E com rapidez leva nossa vida!
Um fluxo para o futuro,
um espaço escuro
coberto por um véu
que encobre o utópico céu
criado por nossa imaginação!
Tempo imparcial!
Não distingue credencial
Passa para todos na mesma cadência
sem temer conseqüências!
Poderoso na sua preponderância,
isento de tolerância!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Carmen Lúcia

Aprisionadas...

Olho o céu coalhado de pipas
dançando ao som do vento, mortas-vivas,
num vaivém de efeitos especiais,
desafiando os fortes vendavais...
E os grandes festivais.

Embaixo a gritaria...criançada e correria,
ajeitam carretilhas...Puxam, riem...Euforia!
Dão mais linha, muita linha...E qual delas ganharia?
Mais altura alcançaria?
A mais ousada, qual seria?

Mal sabem que, aos borbotões,
tentam se livrar dos grilhões
que as mantêm prensadas, enclausuradas, pesadas,
Assim como dos trens, os vagões...
os vergalhões.

Anseiam pelas rajadas de vento
que ninguém pode impedir...
Que, de repente, quebrem as correntes...
Libertem-nas, as façam subir...
Livres...leves...soltas...Ao léu!

E o desejo de liberdade prevalece.
O sonho de voar permanece.

(Carmen Lúcia)

Foto de Manu Hawk

Um Dia Qualquer... (Conto)

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Um Dia Qualquer...

Sábado/12h30min:
Acordei cansada, mais uma noite péssima, sem dormir tranqüila, insone. No banho, ainda meio lenta, apoiei as mãos na parede, cabeça baixa, deixando a água deslizar pelo corpo. De repente despertei, lembrei que dia era, sim, como poderia ter esquecido? Rapidamente acabei o banho, corri para o telefone, precisava conferir a mensagem na secretária.

13h30min:
Ao ouvir aquela voz confirmando o que queria, deixei meu corpo cair sobre a cama, sorri olhando para o teto. Sim, não errei, era hoje, finalmente nos encontraremos. Fechei os olhos, podia ouvir mais uma vez sua voz, agora ao meu ouvido sussurrando. Seu cheiro gostoso invadia o quarto, era assim que imaginava. Minhas mãos eram guiadas pelo desejo refletido no seu, tantas vezes suplicado, e sufocado. Meus seios intumescidos chegavam a doer, minha mão invadia, brincava e gozava deliciosamente, por você.

19h30min:
Adormeci viajando em você. Acordei assustada, achando que havia perdido a hora. Corri para o banho. Sais, rosas, tudo que tinha direito, um banho delicioso. Ainda tinha algumas horas, três longas e torturantes horas para te ver.

22h00:
O telefone toca. Ouvir sua voz dizendo que estava no aeroporto me acalmou, e deixou excitada ao mesmo tempo. Fui para o local onde havíamos combinado, estava uma noite linda, a praia seria perfeita.

22h25min:
O céu estava maravilhoso, aliás, tudo estava perfeito nessa noite. Sentia o vento gostoso vindo do mar. Caminhava inquieta, passos pequenos, virei, buscava você em cada olhar. Parei, tudo parou, aquelas cenas de filmes, onde somente quem desejamos vem caminhando. Sim, era você, lindo, sorriso gostoso, cabelos maravilhosos, vindo em minha direção.

22h29min:
Nos beijamos loucamente, não havia lugar para palavras. Sentir o gosto de você era tudo que queria naquele momento. Quantas vezes pensei em sentir sua boca, essa dança de línguas, saliva, tesão. Nossos corpos se atraíram igual ímã, como era gostoso sentir você assim, seus braços me envolvendo, suas mãos em minha nuca, cabelos. Uma vontade de matar todos os desejos em um segundo, como se um fosse atravessar o corpo do outro de tanto tesão.

23h00:
Jantar cancelado! Entramos em casa juntos, abraçados, olhos nos olhos, como numa dança os pés seguiam sem perder a direção. Não paramos de nos beijar, roupas caíam lentamente... Meus pés, mãos e corpo te guiavam para a cama. Agora sim, sorri olhando para o teto. Sua voz sussurrava gostoso ao meu ouvido, e seu cheiro gostoso realmente invadiu o quarto. Já vi essa cena, mas não fechei os olhos dessa vez. Quero seus olhos nos meus, sua boca na minha, enquanto, dessa vez, suas mãos é que brincam em meu corpo, me excitando cada vez mais.

Domingo/00h45min:
Fechei os olhos, de prazer e tesão. Sentir seu corpo gostoso, suado, deslizando, invadindo, penetrando foi mais delicioso que havia imaginado. Desejava cada centímetro desse corpo, dentro e fora de mim, incessantemente. Despi-me de pudores e me entreguei aos seus, meus, nossos desejos mais descabidos. Gozamos muito, em mãos, bocas, membros, alucinados e infinitamente!

08h05min:
Acordei cansada, extasiada. Apenas abri os olhos. Essa noite não houve espaço para insônia. Senti sua mão em minha perna, me aninhei em seu corpo, fechei os olhos e dormi novamente...

(por Manu Hawk - 27/06/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Izaura N. Soares

Olhando o tempo findar...

Olhando o tempo findar...
Izaura N. Soares

Cheguei ao fim da minha jornada...
Uma longa espera sem nada.
Tentei buscar o nada
Para preencher a solidão
Que se prendeu ao coração!
Mas o nada, em minhas mãos,
É como água que corre por entre os vãos
É como a areia que escorrega
Na palma da minha mão,
Que voa de contra o vento
Que sopra em meio a um redemoinho
Num destino sem saída, numa triste paixão.
Que quando se acalma é sempre um nada
Num deserto sem fim!
Fiquei horas olhando o tempo findar...
Aproximei-me do silêncio que se juntou o nada
Resistindo ao tempo e o abandono do ser.
Diante de uma calma a paz silenciar...
Folheando o silêncio da paz...
Que se apresentava no amanhecer.
Suspiros constantes que conduzia um fardo
Vejo o silêncio entorno do nada
E as lágrimas derramadas
Num coração ferido desejando ser amado!

Foto de Sirlei Passolongo

As Pipas de Papel

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Meninos sonham
enquanto empinam pipas,
tão inocentes que não sentem
os pés descalços na pedra brita.
E quando o vento assopra
riem felizes ao ganharem o céu.
A pipa virou um ponto no infinito...
Ah! Vê-los é muito bonito...
Até se esquecem que ela é de papel.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora.

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