Vento

Foto de Carmen Vervloet

Poema de Aniversário

Poema de Aniversário

Obrigada, Senhor!
Por mais um ano de vida,
Pela experiência adquirida,
Que me faz pavimentar
Caminhos de luz
Cobrindo-os com pedrinhas
Do brilhante que reluz...
Para cada amigo meu passar...
Feliz... Sem se machucar!...

Obrigada, Senhor!
Pelos meus olhos
Que me deixam ver
Toda a beleza
Da mãe natureza!
O verde das matas...
O céu anil...
O verde mar...
As nuvens fofas e brancas,
Pula-pula dos sonhos
Da minha criança,
Ainda plena de esperança!

Obrigada, Senhor!
Pelos meus ouvidos
Que me deixam ouvir
O canto dos pássaros...
O coaxar dos sapos...
O assovio do vento...
O canto solitário da cigarra,
Anunciando o sol!...
Nesta ensaiada orquestra...
Em festa...
Que me enche de paz!...

Obrigada, Senhor!
Pelo meu olfato...
Que me extasia
Com o perfume das flores!...
Que me delicia
Com o cheiro gostoso da comida!...
Que me embevece
Com o aroma
Da terra molhada,
Fertilizando a semente
Que faz brotar a vida!...

Obrigada, Senhor!
Pelas minhas mãos
Que oferecem carinho...
Que amassam o pão...
Que libertam versos...
Que entregam afeto...
E tecem fios de amor!

Obrigada, Senhor!
Pelo meu coração
Que bate forte!...
Sem rumo... Sem norte...
Bate em todas as direções...
Levando as lições
Apreendidas no decorrer
Desta existência!...
Com luta... Suor... Dor...
Mas que tudo superou
Com amor!...
E hoje oferece um arco-íris
De cor!...

Obrigada, Senhor!
Por tanta sorte!
Por não ter medo da morte!
Porque minha vida é agora...
Nesta hora...
E embelezo cada momento
Recolhendo cada fragmento
Da experiência de outrora!...
Feliz por tantas vitórias!

Obrigada, Senhor!
Que com suas mãos luminosas
Deu-me a aurora da vida
Hoje fruto maduro
Que atravessou mais um ano
Retardando a noite
Na manhã brilhante do seu dia
Unindo o verbo à poesia
Na eternidade de cada instante!

Carmen Vervloet

Foto de Cecília Santos

HÁ TEMPOS

HÁ TEMPOS
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Há tempos não vejo seu olhar!
Há tempos não ouço sua voz.
Há tempos não vejo você.
Por onde você anda?
Em que estrela se esconde.
Em que gota de chuva
se encontra.
Em que mar navegas.
Qual raio de sol é você.
Qual pétala de rosa traz
seu perfume.
Há tempos não te vejo!
Ah! quanto tempo faz...!
Meu coração está inquieto.
Meu sorriso perdeu a cor.
Meus braços querem te abraçar.
Longe de ti me sinto perdida.
É navegar num mar de incertezas.
É não saber se o vento vai soprar
pro norte ou pro sul.
Mas é ter certeza que esse
tempo já passado.
Não trará você de volta.
E quanto mais o tempo passar.
Mais a distância e o tempo,
entre nós ficará imensurável.
E a sua lembrança infinitamente,
dentro do meu coração.

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2007*

Foto de Sonia Delsin

COMO FOGO DE ARTIFÍCIO

COMO FOGO DE ARTIFÍCIO

Estamos sim, tão grudados.
Dançando de rosto colado.
Você me beija e o mundo inteiro vira um fogo de artifício.
Você é meu vício.
Meu bem, meu bem mais caro.
Você é um homem raro.
Dançamos de rosto colado no pensamento.
Passa um vento.
A minha pele arrepia.
Sinto uma agonia.
O amor não pode ser triste não.
Tem que trazer alegria.
Seja como for... nos falamos todo dia...
Não é uma utopia.
Cresce o sentimento.
Não posso dizer que lamento.
Devo dizer que este amor traz é contentamento.

Foto de Carmen Lúcia

Sombras do passado

Hoje, de novo, o meu passado,
Que pensara já estar sepultado
Mas que retorna, ainda vivo,
Caminhando passo a passo comigo.

Por que insiste em me perseguir?
Se já nem sei mais pra onde ir...
Já lhe paguei tim-tim por tim-tim,
Nada lhe devo, não me torture assim!

Certas lembranças já não dizem nada,
São como as cinzas de um amor que acaba,
Que o vento espalha e a chuva lava...
O ontem são águas passadas...
Não sobrou nada!
Renasço pro hoje...Vida renovada!

Foto de Sonia Delsin

NÃO ME PERGUNTE

NÃO ME PERGUNTE

Não me pergunte meu nome.
Eu não direi.
Direi apenas que sou uma folha ao vento.
Passei...
Não me pergunte se as rosas são perfumadas.
Que elas já morreram eu contarei.
Não me pergunte se aquele monte eu escalei.
Direi que não sei.
Não me pergunte se muito amei.
Porque meus olhos calados falarão.
Eles dirão sim mesmo quando eu afirmar que não.

Foto de Joaninhavoa

Abandonado (Menino)

O menino chora gelado ao relento,
gemidos de dor...
Ficou abandonado com o tempo
no seu andor...
E a névoa vai com o vento!...

O menino chora atolado na lama,
indefeso...
Ficou perdido num andar que não conseguiu
acompanhar no tempo...
E a névoa vai com o vento!...

Ficou pr`a traz
Num piscar audaz
Num mudo e surdo
Pai, como foi capaz?
E a névoa vai com o vento!...

Lágrimas, anjo rejeitado
desejos ocultados, papel incapaz
meninos como este menino
que surge do nada ressuscitado
Mostrai e Apelai ao Mundo a Paz!...

JoaninhaVoa, em
09 de Dezembro de 2007

Foto de Sonia Delsin

UMA JANELA PARA O SUL

UMA JANELA PARA O SUL

A janela lá está.
O mesmo vento.
A mesma vista.
O tempo não é o mesmo.
Ela não é a mesma.
Mas a janela resiste ao tempo.
Resiste às lembranças.
O vento
ainda pode trazer
o mesmo perfume
das flores da jabuticabeira.
O vento
ainda pode trazer
as mesmas palavras
que ela guardou a vida inteira.

Foto de Marta Peres

Medo

Medo

Noite silenciosa e enluarada,
Lá fora soluça o rio dolorosamente,
Grande e límpido, parece me chamar...

Ouça seu barulho! Sinto medo!
Ele me chama a todo momento
Gritando meu nome, ouça o vento!

Tento esconder não consigo,
Ele me encontra para onde eu for
E com fome gritando meu nome
Me deixa sentir ânsia e dor.

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Sem Tempo

Sem Tempo

Sem tempo procuro fazer poesia
Com o canto que vem do rio
Não é só água, é vento, é mágoa,
É lamento, é peixe pego no anzól
Do barranco ou no desvario da areia.
Fazendo poesia, ouço meu rio
No suave cantar, não é canto
É sofrimento, saudade de alguém
Para amar.
Sem tempo, inda gosto de sonhar!

Marta Peres

Foto de Cecília Santos

CATADORES DE CONCHAS

CATADORES DE CONCHAS
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Praia imensa, onde o mar acompanha
a linha do horizonte.
Lá no final já não se distingui o que é
o mar é o que é o céu.
Os tons se mesclam, os azuís se
confundem .
O vento forte trás o perfume
salitrado do mar.
Mar muito azul, com dançantes ondas
coroadas de branco que vem beijar a areia.
Trazendo consigo conchas coloridas,
seixos marinhos para enfeitar a praia.
O vento sopra rajadas ensolaradas
e sombras através do mar.
As nuvens baixas se formam e se dispersam.
Revelando vislumbres de um céu muito azul.
Nessa quietude imensa, interminável.
Os catadores de conchas, catam sonhos
ilusões e maravilhas.
Seguem pela praia à fora, com as ondas
beijando-lhes os pés.
Talvez uma pessoa jamais cresça
inteiramente diante de uma maravilha
dessas que Deus criou.
Deixará sempre seu lado criança falar
mais alto, mais potente.
E enquanto existir mar azul, areia branca,
e ondas à dançar.
Existirão os catadores de conchas à brincar
na areia do mar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2007*

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