Vento

Foto de ksantos

♥ ♫ ☼ VISITANDO-ME ... ♥ ♫ ☼

Sou calada
Permito-me pouco
Amo o silêncio
Sou alma leve / alada
De um grito rouco
Como água jogada
Em pleno fogo

E no fim das contas
Refazendo a jornada
Sou liquido que corre
Sou poesia que escolhe
Sou mulher amada...

Porque em mim
Nada é demais
O vento que me habita
Vem de dentro / desafinado
E encontra apenas saudades
Saudades inertes do passado

A luz foi emprestada
E ficou para sempre
Como se fosse alugada
Do vizinho gentil
Da menina que partiu
Do berço em que foi plantada

E as palavras
Foram decoradas na partida
Saem coloridas
De uma boca treinada
São rabiscos velhos
De uma mente florida
Mas, cansada

Os sonhos dormem
E ficam parados
Sorriem em cada esquina
Sabem que são donos
Percebem seus enganos
E deixam o cheiro da vida

E continuo na luta
Da mulher sincera
Cheia de estridentes sons
Sentada em primavera
Que vive numa mente louca
Persegue cada pegada
Mas faz eterna morada
Em outra boca

E nesse silêncio
Me visito
Nas flores
Me habito
Nos sons
Me deixo
E no plural
Existo!!!

Ka Santos

Foto de Carmen Lúcia

Suave Canção

Seguiremos a doce melodia...
Partirei de um ponto qualquer
e irei lhe encontrar onde você estiver...

E então, pressentindo meus passos,
virá ao meu encalço em plena sintonia
com meu coração, com a suave canção...

Seguindo os acordes da sinfonia
que se tornam mais fortes
à medida que de mim se aproxima...

E a cada passo que damos
gravada deixamos, a chama do amor...
no chão que pisamos,
ar que respiramos,
perfume da flor...

Nos dias que antecedem
o nosso encontro, em qualquer ponto,
marcado pelo destino que aponta o caminho
para nos encontrar...

Seguiremos a suave canção
entoada ao vento,
regida pelos astros...

Serão muitos sóis e luas
que rastrearão nossos rastros...
a testemunhar nossos passos;
nesse afã de chegar...

Mas toda estrada se encurta
se partimos em busca
do incólume desejo de amar.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Vervloet

SOU ROSA, A RAINHA DAS FLORES

Enquanto a margarida é flor despetalada
com poucas folhas e miolo amarelinho,
sou rosa de pétalas encarnadas,
protejo-me com meus espinhos.

Sangro a mão que me maltrata
vestida em veludo ou cetim
sou de família aristocrata
insigne, decantada por poetas e afins.

Sou surda, silenciosa e bela...
Sou rainha dos jardins!
Artistas me pintam em aquarela,
desfolho-me só se o tempo exigir assim.

Minhas pétalas exalam doces aromas,
inebrio os corações sensíveis,
guardada em tantas redomas
enfeito salões, igrejas... arco-íris de matizes incríveis!

Todos me querem tão bem
embriagados com meu perfume,
sou soberana e não refém
transporto almas aos cumes.

E por ser forte, mas delicada
até o vento vai falando de mim...
Sou do amor uma aliada,
construo meu destino assim.

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

UM NOVO MUNDO

Mesmo se for apenas por um segundo
olhos e fé no infinito transcendente
eu quero ver nesse nosso imenso mundo
a vida plena transitando benevolente.

Olhar o céu se acender sossegado,
o orvalho puro umedecer a plantação,
a rosa e o cravo sorrindo, enamorados,
dançando enlaçados pelo vento e sua canção.

A mata virgem despertando paixão
nos seres vivos, livres e preservados,
as fontes límpidas batendo seu coração
matando a sede do fértil solo arado.

Os alimentos brotando abundantes
saciando a fome de todos os viventes,
grilos alegres, pelas noites saltitantes,
anunciando um novo homem mais consciente

E a fartura nas mesas fazendo festa,
o corpo e a alma em grande evolução,
a vida plena cortada de suas arestas
entregando, um a um, o troféu da preservação.

Então a Deus agradecerei de joelhos
o despertar da sua semente divina
nos corações de seus humanos herdeiros
neste meu sonho que a devastação ajardina.

Carmen Vervloet
Diritos Reservados

Foto de Ozeias

Choveu no sertão

E Sem anunciar, a chuva caiu sobre o sertão. Rapidamente, a poeira se fez barro.
As gotas batiam na terra quente, rachada, e logo se evaporavam. Mais água despencou e resfriou a terra permitindo assim a terra saciar sua sede.
O cheiro de existência e da terra molhada se espalhavam no sertão levadas pelo vento úmido.
- Viva nossa senhora!-Gritavam os sertanejos banhando-se em águas lamacentas.
Quando se ouviu o rufar da primeira trovoada, foi como ouvir o som do amor que no coração fenece.
Alguns diziam ver esqueletos de peixes saltitando sobre a lama. Outros diziam ver passeando pela chuva os entes queridos que se foram, sobre as carcaças de bois mortos pela sede. As asas brancas voavam, ainda que caíssem com o peso da água sobre as penas.
Rosinha, toda esperançosa e com brilho no olhar não desgrudava os olhos da estrada à procura do amor que se foi dizendo voltar. Junto com os risos de alegria e as pancadas de chuva, ela podia ouvir a promessa do amado.
“ Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão"

Foto de L.Guerreiro

Palavras

Habitas em cada minha palavra,
em todos os meus silêncios.
Sou o vento, e não me vês.
Sou uma gota de chuva, e não me vês.
Sou a terra que pisas, e não me vês.
Sou o pobre que estende a mão à esmola, e não me vês.
Sou a multidão, e não me vês.
Se eterna é a verdade,
eterno é o verdadeiro amor.

Foto de Rodrigo Stenio

LÁGRIMAS DE OUTONO

Lágrimas de outono

(Rodrigo Stenio – 29/07/2010)

Cada lágrima que rola, me arranca um pedaço, me fere e desconsola...

O tempo passou e as feridas ficaram ainda mais vivas;

Cada lágrima que molha, me cava um espaço, me insere e esfola...

O momento secou e as salivas esperam ainda mais viças.

O sol nasce para todos, mas as sombras me perseguem a luz do dia;

Os nós me atam com um tolo, e eu me lembro do que eu não faria;

Onde o vento faz curva, eu esqueci todas as minhas vaidades;

Como as nuvens fazem chuva, eu adormeci com minhas saudades.

Não vou mais acordar pra sorrir de novo;

Espero o outono pra secar com as folhas;

Não sou mais de esperar pra sentir o novo;

Espero o outono pra secar com as folhas.

Cada lágrima que rola, me arranca um pedaço, me fere e desconsola...

O tempo passou e as feridas ficaram ainda mais vivas;

Cada lágrima que molha, me cava um espaço, me insere e esfola...

O momento secou e as salivas esperam ainda mais viças.

Não vou mais acordar pra sorrir de novo;

Espero o outono pra secar com as folhas;

Não sou mais de esperar pra sentir o novo;

Espero o outono pra secar com as folhas.

O sol nasce para todos, mas as sombras me perseguem a luz do dia;

Os nós me atam com um tolo, e eu me lembro do que eu não faria;

Onde o vento faz curva, eu esqueci todas as minhas vaidades;

Como as nuvens fazem chuva, eu adormeci com minhas saudades.

Não vou mais acordar pra sorrir de novo;

Espero o outono pra secar com as folhas;

Não sou mais de esperar pra sentir o novo;

Espero o outono pra secar com as folhas.

Foto de Ana Rita Viegas

Noite singela

No silêncio da noite singela
encontrei um fogo
que arde em gelo
que congela em chama.
Nessa noite singela
meu coração palpitou
junto daquele rochedo
ao sabor do vento.
Meu olhar perfurou o teu
modelando um novo ser
dentro deste frágil corpo.
Fiquei deveras contente
sem saber o que fazer
minha mente deslizou.
Nessa noite linda
eu aprendi novamente
a ficar enamorada.
Nessa noite mágica
aprendi a amar
de forma diferente.
Apartir dessa singela noite
aprendi a mudar.

http://drafts-of-my-life.blogspot.com

Foto de L.Guerreiro

Chuva

Enquanto pregas o botão
na casa do vestido,
ponho o ouvido em sentinela.
Lá fora,
chove sem igual,
a água escorre pelo beiral.
O vento entra pela chaminé a dançar,
parece uma bailarina com os pés no ar.
As sombras da noite caíram em cima do telhado.
Depois do botão estar pregado,
comemos fatias de pão com água-mel,
fizemos palavras cruzadas,
entre as palavras cresceu a fome,
nasceu a poesia,
e ninguém sabe porque chovia.

Foto de Rodrigo Stenio

O MELHOR MOMENTO

O melhor momento!

(Rodrigo Stenio – 17/02/2010)

Pra caminhar pelo próprio contento...
Sem saber se o destino vai acertar...
Pra entregar todo o meu sentimento...
Sem ter minhas lágrimas para chorar...

Eu caio da rede;
Eu rolo no chão;
Eu subo pela parede;
Eu abro o meu coração;

Ser tão grande de amor e presença...
Na magia da paixão e da sutileza...
Ser tão grande de calor e esperança...
Na alegria da redenção e da realeza...

Eu suo gelado;
Eu mordo o desejo;
Eu escorro molhado;
Eu olho e te vejo.

E o tempo desabou o sofrimento...
A distância se desfez na sua boca...
E o vento transformou o momento...
A ganância se refez na sua boca...

Eu suo gelado;
Eu mordo o desejo;
Eu escorro molhado;
Eu olho e te vejo;

Eu caio da rede;
Eu rolo no chão;
Eu subo pela parede;
Eu abro o meu coração.

Foi bom poder esperar;
Saber que ainda podia sonhar;
Foi bom te ver sem ressentimento;
Saber que a vida nos trouxe o melhor momento!

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