Vento

Foto de Shyko Ventura

" TORNAR"

"Tornar"
Estão aqui as mesmas coisas;
O lugar ainda é o mesmo;
As paredes ecoam teus sussurros;
O perfume que passeia pelo ar
E permanece até hoje, ainda é o teu;
Uma presença constante que quase posso toca-la;
Se já foram os dias,
Ou se já passaram meses, anos,
Isso não importa mais;
Pois aqui o tempo parou,
A semente que germinaria,
Aguarda os pingos da chuva.
Da terra que brotariam mudas,
Surgiram trincas, rachaduras que se formaram
Diante da sêca decisão de ir;
O dia retirou o seu vento,
E a noite, sua brisa.
Tudo parou,
Imóvel está,
Inanimado tornou-se.
Ficaram só as lembranças vivas, latentes;
Como um ferro em brasa, marcando a pele,
Tornando visível Voce em mim.
Estão qui as mesmas coisas,
Que por outras coisas foram trocadas,
Mas que te esperam eternamente por voltar!"
_________________by Shyko 190209.

Foto de Paulo Gondim

Ausência

AUSÊNCIA I
Paulo Gondim
01/10/2010

Um sonho lindo me arrebatou
Que uma linda mulher me amava
Com todas as forças de seu coração
Um amor intenso, lindo, verdadeiro
Um amor sem limites, como se fosse o primeiro

E o sonho se perpetuou.
Atravessou o tempo
Transpôs bosques e colinas
Andou por prados floridos
Dançou a dança dos contentes
E outros sonhos se fizeram presentes
Na eterna magia dos sonhos
Como se não houvesse amanhã
Como se o dia fosse somente o hoje
Como se o tempo parasse
Como se tudo tivesse o sabor de maçã

E essa mulher transitou em cada pensamento
Orbitou em mim, no meu melhor momento
Como posseira que se fez dona
Me tomou por inteiro
Fazendo tudo puro e verdadeiro

E como o tempo que passa lento
Sem que ninguém possa vê-lo, ela se foi
Deixando meu coração cheio de saudade
Desencantado diante dessa realidade

E, na impossibilidade de vê-la,
Na ânsia constante de tê-la,
Mergulho na lembrança boa
Dos momentos que vivi ao seu lado
Lembro, penso e fico calado
Ouvindo o vento que ainda soa
Como música de sua voz macia
Quando dizia o quanto me queria
Recolho-me a meu eterno silêncio
Acostumo-me e me rendo à impaciência
Questiono-me do porquê dessa ausência
.

Foto de danieldourados

HOMENAGEM A MULHER AMADA

Ela que é uma fada,
menina em forma de Flor,
As vezes uma criança,
Que não deixa de ser uma mulher com pudor.

Às vezes inocente,
E nessa inocência tão sagaz.
Mulher... Menina...
Que leva consigo a dor,
mas também a ternura.
Que consegue deixar um sentimento de ódio,
E junto faz sentir o mais profundo gosto do amor.

Ela que é pequena, Silvinha,
Sem deixar de ser uma grande mulher,
Mãe presente, amante eloqüente...
Como pode tudo isso em uma pessoa?
Difícil de explicar, fácil de perceber,
Fácil amar, difícil se afastar...

Você sabe como suportar a dor,
De todo amor e desamor.
Sabe também enfeitiçar e encantar,
Com sua alma de muitos mistérios.

E pra encerrar, só um pedido faço ao vento...
Que leve até você, um pouquinho de magia
Um verso de poesia,
um sussurrar com muito ardor,
E um mundo inteiro de amor.


Daniel Gonçalves da Silva
Foto de jessebarbosadeoliveira27

O TOM MAIOR DO DIVAGAR

Penso com fôlego, sem fôlego:
A mente mastiga a frase
Poder ao Povo,
E não consigo tornar exequível o sonho.

A mente vaga errante, errática
Por descampados, vácuos e reinos da impotência:
Lugares onde a miséria humana
Faz-se a eterna etérea presença!

Cavalga-me pelas pradarias da verve
A voz de Renato cantando
Vento no Litoral,

Enquanto a voz de Cazuza,
Buscando agônica
A ideologia perdida,
Adormece nas asas
Da sua precoce supernova afinal.

Ah, é quando o ladrar pressuroso
Dos cachorros expulsa
A minha consciência
Da labiríntica viagem --- até então ---
Á margem do taciturno sabor do pouso
Sobre o solo da gravitacional realidade.

Enfim sinto passear,
Pela rodovia da boca,
O antigo gosto da vida-normalidade;

Entretanto, para não deixar esta aventura
Ao bel-prazer de uma página em branco,
Procuro a flor da catarse,
Que germina e desabrocha
Como um poema prolixo, insano:
Facunda topografia do absurdo humano!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Coyotte Ribeiro

Sussurro

"O anoitecer está marcado por traumas e desesperos;
Ouço gritos e rugidos em meio a tempestade;
Cada passo que sigo o medo atravessa minha alma
sucumbindo todo meu fôlego e sem paz de espírito estou vagando a sua procura.
Minhas forças cada vez menores, já não me deixam sentir o vento tocar o meu rosto.
Minhas mãos tão congeladas pela dor da alma agora pesam como pedras caindo no desfiladeiro;
Meus inimigos me procuram e querem me atacar de todos os lados.
Sou caçado como presa; Mas não vou desistir
Minha fraqueza é grande, e meu fardo é insustentável.
A aurora já se aclama no horizonte, posso ver o sol raiar;
Minhas suplicas são ouvidas, posso sentir o calor da manhã.
Sim estou alcançando o vale da esperança, falta pouco.
Não vou me render, estou sem ar. mas vou continuar!
Sim vou continuar até achar o que tanto procuro!!
Logo não serei taxado pela covardia, mas o Senhor de todas as forças
renovará minhas energias e pronto estarei para seguir minha jornada sem temer o que me cerca.
Atitude e ousadia são armas poderosas de um conquistador.
e tão logo meus inimigos cairão e alcançarei minha vitória porque Deus me fez lutar para merecer o que tanto desejo."

(Palavras são complexas e compreendidas por quem almeja a simplicidade de corteja-las)

Foto de Cecília Santos

POEMA CIGANO

POEMA CIGANO
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#
#
Sou como o vento livre a voar.
Sou como folha solta, a dançar no ar.
Sou como uma nuvem que corre ligeira.
Trago um doce fascínio em meu olhar.
Sou como a brisa do mar, que chega bem de mansinho.
Sou réstia de sol nascente, sou uma cigana andarilha.
O mundo é a minha morada, faço dela minha alegria.
A relva é a minha cama macia, meu aconchego ao luar.
Acendo a luz das estrelas, salpico de lume o céu.
Sou livre, leve e solta, meu caminho é o coração.
Sou musica, sou canção, sou um violino à tocar.
Sou como fogo na fogueira, sou labaredas inquietas.
Sou alegre, sou festeira, trago a felicidade em meu olhar.
Sou simplesmente, uma cigana a dançar.
Trago mistério escondidos, em meu olhar.
Sou encanto, sou magia, sou pura sedução.
Sou cartomante, sou vidente, sou quase uma feiticeira.
Vejo nas cartas seu destino, seu futuro, posso ler em sua mão.
Seguindo a linha da vida, chego até ao seu coração.
Ser cigana é minha sina, sigo feliz a dançar.
A minha alma é livre, meu doce enlevo é dançar.
Sou encanto, sou magia, sou alma à viajar.
Sou um pedaço de paraíso.
Sou uma cigana à dançar!

Cecília-SP-03/2009*

Foto de Joaninhavoa

Por ti...

*
Por ti...
*

«É por ti que eu faço
frases bonitas...
Elas surgem do coração
e não compreendo a razão
Quantas vezes peço
ao vento para me levar a ti
Preciso abraçar-te
e sussurrar-te
Olha para mim...»

Joaninhavoa
(helenafarias)
26 de Setembro 2010

Foto de Ricardogiga

Lembranças

Se me tortura a distância a mesma me traz a esperança,como o vento vagueia sem dono e sem rumo,vejo o brilho da doce e ingrata manhã. Percebo agora a clareza de minha insônia levando-me a imagem e grande lembrança de teus olhos,tenros e limpos de tua face aveludada e perfeita suavidade como os campos floridos. Na simplicidade de teu brilho,como o bater das asas de uma borboleta que se vai capturada por alguém que a adora.És tu meu brilho da alma que do coração queima como chama,o brilho da minha paixão explodindo no furor e estase,como se jamais fosse ver outra vez e sentir em meu coração,ou se meu futuro fosse tão incerto em meus desejos. Te encontra minha loucura outra vez como os pássaros encontram o céu e mergulham de prazer pra te roubar um beijo de amor,eterno,sem fim. Nos teus seios se me quiseres deleito-me como ondas na praia, se rejeitais amá-la rasga a pele de minha ancia e fraca saudade .Ficar sem ti hó amada minha é estar sem ar nos pumões, é viver e desejar a morte que jamais vem e tortura com sua ausência tenebrosa então a distância que escraviza sonhos e mata se envenena minhas entranhas , assim sinto-me a morrer devagar como uma flor que murcha e pétalas que caem sem parar e sem grande lembranças.

Foto de Carmen Vervloet

VERSOS DE PRIMAVERA

Ei-la que surge com sua veste colorida
Com suas flores que se abrem em alegria
Cai o orvalho em gotículas de vida
A paisagem incita intensas fantasias.

Ao longe o inverno hiberna numa gaveta
Deixa o espaço pra essa vibrante estação
Que me atrai com seu perfume qual azul borboleta
E em doce néctar cumpre o milagre da renovação.

Limpo a vidraça de meus olhos embaçados
Desenho neles um verso de cada cor
As folhas ao vento ensaiam um novo bailado
E o coração pinta em rosa chá o amor.

Fico em silêncio à sombra de um ipê,
Ouço a primavera que sabe declamar
Liberto meus sonhos emaranhados em sapês
E colho o poema que desabrocha no ar.

Deito-me ao relento sobre pétalas excitantes
Explode em mim um jardim de sentimentos
Busco, no amor perfeito, lembranças distantes
E sinto o seu beijo caliente no leve soprar do vento

Carmen Vervloet

Foto de Gregório H

Ao vento

Ah meu amor
Se soubesses que és o meu amor
Não me deixavas a te esperar
Eu, sujeito tão dono de mim
Sujeitando-me a te procurar nas madrugadas
Pelas quais você passeia em sonhos
Ou em outros braços, não sei.
Sei o quão miserável me sinto
Esperando migalhas de um amor não sabido
Imaginando as desventuras feitas
Tendo teu seio como morada
E teus braços como abrigo
Mas são só sonhos,
Autoflagelo de um amor inverossímil
Que me deixas ao vento
A esperar, a esperar.....

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