Vento

Foto de Fernando Vieira

Rumo ao teu coração (Fernando Vieira)

Não importa se vou caminhar na areia do deserto quente, ou mesmo se irei voar atravessando continentes... Na carona do vento que sopra turbulento em algum furacão, pois pra mim agora o que importa é seguir rumo ao teu coração! (Fernando Vieira)

Foto de Fernanda Queiroz

Outono de mim

Em agudo ou grave
Uma flauta suave
Contempla o outono
Ferindo minh’alma
Tirando minha calma
Gerando abandono
Rompendo distância
Comprime minha ânsia
Vertendo paisagem
Do tempo passado
Soluço dobrado
Rebusca saudade
Imploro ao vento
Que leve o tormento
Mudando uma vida
Sem rumo ou sem rota
Como uma folha morta
Caída.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Mk presenca

Fim

estou indo com o vento
perdido com os meus lamentos
talvez merecia chorar
talvez eu merecia sofrer
essa lagrima ninguém
vai enxugar
essa dor não vai
deixar eu viver
os meus sorrisos perdidos
ninguém vai encontrar
o meu coração doente
ninguém vai curar
vou me jogar do abismo
vou me atirar ao perdido
sou mais um do nada
sou mais uma lagrima.

Foto de KAUE DUARTE

passou...(seja feliz...)

Acreditei no seu amor
Pensei que fossemos um
Acalentei meu coração quando falava
Mudei minhas opiniões por você
No seu cheirinho de mulher viajava pra longe
Com seus carinhos acreditava no sonho
Vivia o irreal ao seu lado
Me sentia o herói entre todos
Você oh amor com todos os defeitos
Me fez feliz do mesmo jeito
Acreditava somente em ti
Na leveza de seu falar
Em suas manias viciei
Me tornei você com o passar das horas
Como pude amar-te tanto
Me deixar seduzir por seus caprichos
Me ludibriar com seus feitos catastróficos
Até seus absurdos amei
Queria naquele tempo toda suas dores pra mim
Sofrer em seu lugar era remédio pra minha alma
Te amei até me consumir por inteiro
Me doei de forma descomunal
E agora não tenho nada
Só palavras que jogo ao vento
Sentimentos que se entregam ao relento
Viver pra mim é apenas respirar
É ver nos outros o que eu não tive
E te desejar ”seja feliz”
.........(kaue Jessé 26/10/2010 *)

Foto de Cecília Santos

PINTANDO...

PINTANDO...
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Pinto o amor com cores eloquentes.
Pinto as imagens de tons degrades.
Pinto a vida com a cor mais intensa
Pinto teus olhos com o imenso mar.
Pinto tua boca com sorriso perfeito.
Pinto teu rosto com traços de ternura.
Pinto teu sorriso com um quê de mistério.
Pinto teus cabelos voando ao vento.
Pinto as gaivotas dançando no céu.
Pinto o contorno verde das montanhas.
Pinto a relva que recebe as flores silvestres.
Pinto o vento brincando em aspirais.
Pinto o sol secando as roupas nos varais.
Pinto o som na harmonia que se segue.
Pinto o bater das asas do beija-flor.
Pinto a borboleta beijando a flor.
Pinto a tua imagem em branco e preto.
Pinto tua alma em esplendor.
Pinto tua falta com tinta sem brilho.
Pinto tua ausência com cristais transparentes.

Cecília-SP-10/2010*

Foto de Oliveira Santos

Vento

Vento que sopra
Que empurra navios
Que enche-me o peito
Que inflige-me o frio

Que move as areias
Que faz voar pipas
Que traz a fragrância
De rosas e tulipas

Filho do tempo
Amigo e algoz
Derruba moradas
Seu curso é veloz

Traga-me as novas
Boas ou más
Faça-se visível
Para eu ver-lhe dançar

Vento, caro Vento
Não torne a partir
Aguarde um momento
Deixe-me sentir

O cheiro que traz
Não é de frasco nem flor
É o melhor dos odores
Perfume do Amor!

12/07/96

Foto de Oliveira Santos

Não Sei Nadar

No alto de duas montanhas,
onde ao meio corre um rio,
no cume de cada uma delas,
tão alto de dar vertigens
estamos nós dois.

Cá em cima o vento, o ar escasso e o frio;
lá embaixo as pedras, a água do rio.

Quem me dera ser Ícaro e então ter a coragem
de tentar voar para ao outro lado chegar
(para poder te abraçar...)

Quem dera no mundo houvesse outro dilúvio
e o rio subisse até que eu te visse
refletida n'água, teu rosto, tua espádua
num brilho solar...

E então nela pular para poder te alcançar,
porém, não sei nadar.

18/07/96

Foto de Oliveira Santos

Tercetos Confessos

Solto um pensamento ao vento
Moribundo em atroz desalento
Na tristeza de mais um momento

Corro os meus olhos vazios
Pelos cantos tão sólidos, frios
Explorando os casebres sombrios

Movo minhas mãos castigadas
Escrevo palavras cansadas
Que soam por horas malvadas

Mas sinto com serenidade
O porvir de uma felicidade
Num peito onde só há tempestade

E abafo com força o meu grito
Em face de um ser tão bonito
E me explode por dentro o conflito

E me escorre o desejo na face
E na boca me vem todo o impasse
Do medo do que me desgrace

E o meu eu a mim mesmo convida
A sentir todo o frescor da vida
E esquecer toda dor já sentida

Caminhar sem mais olhar pra trás
Me entregar a essa coisa voraz:
Te querer cada vez muito mais

31/08/00

Foto de KAUE DUARTE

o vento

Aconchegante vem de leve
Brisa da manha esplendorosa
Devagar desarruma meus cabelos
Com leveza vai ao longe
E torna a arrepiar a pele
Concentrada de grandes massas
Balança a poeira e leva a semente
Em busca da terra fecunda
Vai, volta torna a rodear
chacoalhando os pomares
derrubando as folhas secas
balbuciando em assovios
pondo a reinar em meio a todas as coisas
com certeza é ela que traz as chuvas
que de longe se vem derramar
derruba os frutos a quem os deseja
retira o calor da alma cansada
e Põe-se a desejar
com fagulhas faz fogueiras
alastra as chamas por onde sopras
vem poderoso, impetuoso
o mesmo que refresca o corpo
derruba casas e barreiras
te peço, vem como brisa e acalenta o tempo
vem formoso vento...............(kauê Jessé)

Foto de Melquizedeque

Deserto dos poetas

O tempo mastiga cada imagem que entra na alma desses viajantes solitários que se arriscam no árido deserto da mente. Olhando para o horizonte, eles correm, sabendo que um dia encontrarão as respostas das perguntas que os guiam como uma bússola sem norte nem sul, apenas com uma agulha que gira em seu próprio eixo.

Embriagados com o rum da discórdia são levados pelo vento a um oásis que se forma nesse deserto... Ali matam a sede e se aliviam bebendo grandes dozes de loucura e genialidade. Vejo como eles crescem a cada passo que dão na direção do fim que os aguarda pacientemente. Do lado de cada um deles a morte caminha como um cão-guia companheiro e fiel... Ela se mantém aposta, esperando o dia em que se alimentará das sombras de cada um deles.

Meu futuro se encontra com o desses viajantes e, percebo que o que eles buscam é aquilo que estou a desejar. Caminho até a porta da razão e, sem medo entro naquele inóspito deserto. Respiro esse novo ar e meu corpo sente que o calor sol do saber é tão refrescante quanto às águas dos Alpes suíços. Cada idéia que tenho, ganha vida, torna-se real e extasiante.

Não tenho nada de eterno a não ser meus pensamentos. Não quero aprisioná-los e jogá-los no buraco da preguiça, onde serão consumidos lentamente até serem destruídos. Preciso viver, preciso respirar... Não me impeça de voar ao invés de correr. Não quero atolar no caminho, e sim, ver tudo o que tenho a enfrentar pela frente e, não fugir de nada. Aquilo que vejo hoje já não é mais o que outros viram antes de mim... Quero ver tudo o que existe nesse caminho como se ninguém antes tivesse imaginado.

Alguns se desfalecem no caminho e, já exaustos, começam a escrever sobre seus próprios túmulos um legado de medo e decepção. O cemitério onde se encontram esses túmulos fica no fundo das areias movediças que se estendem por todo o trajeto dos viajantes.

Cemitério que engole os fracos e traz desespero aos seguidores dos normais. A senhora morte já cavou minha cova nesse repouso, e todos os olhos me vêem como se eu fosse cair ali a qualquer momento. Mas percebo que esse magnetismo não é mais forte que meu sarcasmo... Esses olhos me observam e, o que consigo ver neles são medos e lástimas. Meus passos não marcarão aquele solo tenebroso. Esconder-se ali é se deixar levar pela inexistência. O que mais desejo é pisar naquelas terras que ficam depois da linha do horizonte.

Meus olhos brilham ao ver a luz do sorriso daquele maravilhoso sol que por detrás das últimas dunas do deserto, iluminam meus sonhos e me encantam como uma sereia no mar que anuncia seu canto irreverente. Assim percebo que para cada passo que dou uma idéia é preciso se criar dentro de mim e, isso me fascina como os suaves dedilhados de uma donzela ao tocar seu majestoso violino.

Isso me faz Mudar como os ventos do norte em busca das brisas do sul... E agora não canso de buscar eu mesmo em outros ventos. Se por acaso você me encontrar, diga-me como estou; quem eu sou e quem eu nunca fui. Se sentir minha falta, não tenha medo de me entregar suas lágrimas, e também não fuja delas. Mas as guarde naquele precioso frasco que lhe dei chamado saudade, e ali será meu eterno aposento.
(Melquizedeque de M. Alemão)

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